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As dietas de rotina compreendem as
dietas nutricionalmente equilibradas que possibilitam a manutenção da saúde,
sendo prescritas para aqueles que não necessitam de restrições ou modificações
em sua composição. Podem sofrer modificações quanto à consistência,
possibilitando melhor adaptação em períodos de maior dificuldade na aceitação
alimentar ou em fases de transição relativamente curtas, adaptando-se a dieta
às condições do indivíduo, como, por exemplo, nos períodos pós-operatórios.
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Dieta Geral: destinada a
indivíduos que não necessitam de modificações em nutrientes e na consistência.
Portanto, a dieta geral é a que inclui a maior gama de alimentos, ou seja,
todos que são indicados em uma alimentação saudável.
Consistência: Normal
Fracionamento: 5 a 6 refeições (desjejum, almoço,
lanche da tarde, jantar e lanche noturno).
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Dieta Branda: é uma dieta de
transição para a dieta Geral, indicada para pacientes com problemas mecânicos
na ingestão e/ou digestão dos alimentos, em situações pós-operatórias (fase de
transição para a dieta geral), ou durante a recuperação após procedimentos
invasivos (cateterismo ou angioplastia). Apresenta consistência mais macia, com
fibras alimentares abrandadas pela cocção, o que facilita a digestão e evita
traumas mecânicos.
Consistência: tecido conectivo e celular abrandado
por cocção ou ação mecânica.
Fracionamento: 5 a 6 refeições (desjejum, almoço,
lanche da tarde, jantar e lanche noturno).
Alimentos que devem ser
evitados: especiarias
e condimentos fortes como pimenta, pimenta do reino e outros; frituras.
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Dieta Pastosa: é indicada
para pacientes que apresentam disfagias, dificuldades de mastigação e/ou
alterações gastrintestinais, pacientes em pós-operatório ou em situações
clínicas especiais. Nessa dieta, a consistência de todas as preparações e
alimentos é pastosa ou cremosa firme, com a programação de alimentos moídos,
liquificados e em forma de purê.
Consistência: pastosa (alimentos sólidos, porém
amaciados ou moídos, sob a forma de purês ou mingaus).
Fracionamento: 5 a 6 refeições (desjejum, almoço,
lanche da tarde, jantar e lanche noturno).
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Dieta Leve: destina-se a
pacientes em situação pré ou pós-operatória (fase de transição), em situações
cuja função gastrintestinal esteja alterada, para preparo de alguns exames, ou
quando existe dificuldade de mastigação e/ou deglutição.
Consistência: Semilíquida a pastosa (alimentos bem
macios, como bolachas, sopas, purês e papas).
Fracionamento: 5 a 6 refeições (desjejum, almoço,
lanche da tarde, jantar e lanche noturno).
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Dieta Líquida: é indicada
para pacientes que apresentam alterações na mastigação, quando há restrição da
função digestiva, problemas mecânicos no trato digestivo, extração dentária,
preparo de exames e no pré e pós-operatórios.
Consistência: Líquida, baixo teor calórico e fácil
absorção (alimentos são submetidos à cocção, liquidificados e peneirados).
Fracionamento: 5 a 6 refeições (desjejum, almoço,
lanche da tarde, jantar e lanche noturno).
As dietas especiais são aquelas
planejadas especificamente para alguma patologia e que sofrem modificações nas
proporções entre os macronutrientes (ex. hipogordurosa, hipocalórica,
hipoproteica) e/ou no teor de outros componentes (ex. hipocolesterolêmica,
hipocalêmica, hipopurínica).
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Hipossódica: é indicada para
o tratamento de pacientes que necessitam controlar o consumo de sódio devido à
hipertensão (arterial ou pulmonar), ou insuficiência cardíaca, renal, hepática,
edema ou outras patologias onde esta restrição seria necessária.
A dieta é restrita em sódio, cujas
fontes são o sal de cozinha (cloreto de sódio), utilizado em preparações e
alimentos que contenham sódio em sua composição intrínseca e/ou adicionados de
compostos à base de sódio, como os conservantes utilizados na indústria de
alimentos embutidos ou enlatados.
As preparações são produzidas no
mesmo padrão da dieta geral, porém sem adição de sal. É entregue ao paciente um
sache contendo 1g de sal nas grandes refeições (almoço e jantar).
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Hipogordurosas: são restritas
em gorduras de adição, como óleo e azeite, e alimentos gordurosos, como
manteiga e embutidos. Conforme o estado clínico do paciente, é indicado o
consumo de alimentos desnatados, como iogurtes e leite. É indicada para
pacientes com distúrbios pancreáticos, hepáticos, as vesícula biliar e
pacientes com alterações no perfil lipídico; este último também em alguns casos
associados à medicação.
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Hipoproteica: a quantidade de
proteína é diminuída por meio da restrição dos alimentos fontes de proteína
vegetal e animal, como leguminosas, carnes, leite e substitutos e ovos. São
indicadas principalmente para portadores de doenças renais e gota.
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Hipocalêmica (pobre em potássio):
é indicada para pacientes com doença renal ou alguma alteração nos níveis de
potássio. A dieta apresenta restrição deste nutriente, e é constituída de
alimentos cozidos, incluindo frutas, sucos e legumes.
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Diabetes Mellitus: é indicada
para pacientes diabéticos e para dietas hipocalóricas. Visa manter o nível de
glicemia estável. Às vezes o paciente não é diabético, mas dependendo do
estresse metabólico, estes níveis alteram, e muitas vezes já é padrão da UTI
fazer o controle glicêmico através da glicemia capilar (dextro) para avaliar a
necessidade do uso de insulinoterapia.
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Dieta Laxativa: indicada para
pacientes com dificuldade de evacuar. Esta dieta é necessária, pois há um
aumento da ingestão de fibras o que colabora para o fluxo intestinal,
juntamente com ingestão de líquidos. Pode-se incluir um suco laxativo composto
por mamão, ameixa seca e suco de laranja.
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Dieta obstipante ou sem resíduos:
indicada para pacientes com quadro de diarreia (três ou mais episódios de fezes
líquidas, ou seja, para um controle do peristaltismo. Neste caso restringe-se o
aporte de fibras, ofertando adoçante em substituição ao açúcar para minimizar
as flatulências, substitui-se o leite por chá, evita-se servir saladas cruas e
grãos.
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Dieta sem xantinas: prescrita
para pacientes que realizarão exames, como: cintilografia, MIBI e não podem consumir
alimentos fontes de cafeína: café, chá, chocolate, refrigerante a base de cola.
Nestes casos esses alimentos são substituídos por sucos ou leite puro.
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Dieta sem crus: indicada para
pacientes que realizaram transplantes e devido à baixa imunidade não podem
consumir alimentos crus, que possam sinalizar alguma evidência de contaminação,
o que prejudicaria o processo de aceitação de órgão transplantado. Por isso,
todos os alimentos são cozidos, ou alimentos esterilizados ou pasteurizados.
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Dieta com restrição hídrica:
destina-se a pacientes que necessitam de ingestão controlada de líquidos.
Restringem-se líquidos de modo geral e preparações com alto teor de umidade. A
distribuição do volume dos alimentos líquidos se dá de acordo com a aceitação
do paciente. Considera-se o teor médio de umidade das frutas para incluí-las
nas dietas conforme a aceitação e restrição hídrica individuais.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas
por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos,
nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e
exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências
Bibliográficas:
Caruso, L; Simony, RF; Silva, ALND. Dietas
hospitalares: uma abordagem na prática clínica. 1. ed. São Paulo: Editora
Atheneu, 2004.
Isosaki, M; Cardoso,
E. Manual de Dietoterapia e Avaliação Nutricional do serviço de nutrição e
dietética do Instituto do Coração – HCFMUSP. 1 ed. São Paulo: Editora Atheneu,
2004: p.101-169.
Martins,
BT; Basílio, MC; Silva, MA. Nutrição aplicada e alimentação saudável. 1. ed.
São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2014.
Santos, MJ; Kovacs, C; Plata, RG; Campos,
CRL; Cury, FB; Magnoni, D. Nutrição em Cardiologia. In: Souza, AGMR; Magnoni,
D; Kovacs, C; Santos, MJ. Ciências da Saúde no Instituto Dante Pazzanese de
Cardiologia: Volume Nutrição. 1. ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2013.
Gostei bastante de todas as informações sobre as dietas hospitalares que vocês abordaram. Parabéns!
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