![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU9qbQlXjPIZrNGrCdLvPtzflmJiI1SQIYOzXP8iWElyFmgMQdzUJ5Do58jT-BEWhRobe-QxtXusPmqB0gLPiXGYiozC6PQPybGfOAE_GWzp0MGUsvXtJ7Z9wEUsXtCgmXk4hE_DM5ntH7/s280/Blog-Niacina+1.jpg)
O
processo de absorção é o mesmo para ambos os compostos. Eles são rapidamente
absorvidos em porções do estômago e do intestino, por processo de transporte
ativo dependente de sódio (quando a niacina está em baixas concentrações) e
difusão passiva (quanto em altas concentrações); portanto, praticamente, toda
niacina ingerida parece ser absorvida. O excesso de niacina é excretado na
urina sob a forma de diversos metabólitos, sendo o principal deles o
N¹-metil-nicotinamida e seu derivado piridona. Em situações de ingestão
insuficiente de niacina, ela pode ser sintetizada a partir do triptofano, na
taxa de 60mg de triptofano para 1mg de ácido nicotínico. É uma conversão
dependente também da vitamina B6 e riboflavina.
A
niacina é essencial a quase todas as reações bioquímicas do metabolismo dos
macronutrientes para obtenção de energia na forma de ATP. A principal função é
exercida pelas coenzimas NAD e NADP, em que ambas participam de pelo menos 200
reações no metabolismo celular, principalmente nas de oxidação e de redução,
que ocorrem nas células. A NAD também participa de reações de catabolismo, na
glicólise (na conversão de glicose em piruvato) e no ciclo do ácido cítrico e é
rapidamente regenerada.
Ambas
as enzimas agem como receptores de íons H+, na remoção desses íons de moléculas
específicas. Quando isso acontece, a forma reduzida das coenzimas é
representada como NADH+H+ ou NADPH+H+. A forma NADPH+H+ é importante na via
bioquímica da síntese de ácidos graxos e também de hormônios. Além dessas
funções, a niacina protege os epitélios e o trato gastrointestinal, ajuda na
mobilização do cálcio e é necessária no reparo do DNA.
Recomendações
de Ingestão
Quadro
1. Valores de DRIs
para Niacina.
Estágio
de vida
|
EAR
(mg/dia)
|
RDA
(mg/dia)
|
UL
(mg/dia)
|
|
Recém-nascidos
e crianças
|
|
|
|
|
0-6 meses
|
-
|
2 (AI)
|
ND
|
|
7-12 meses
|
-
|
4 (AI)
|
ND
|
|
1-3 anos
|
5
|
6
|
10
|
|
4-8 anos
|
6
|
8
|
15
|
|
Homens
|
|
|
|
|
9-13 anos
|
9
|
12
|
20
|
|
14-18 anos
|
12
|
16
|
30
|
|
19-70 anos
|
12
|
16
|
35
|
|
> 70 anos
|
12
|
16
|
35
|
|
Mulheres
|
|
|
|
|
9-13 anos
|
9
|
12
|
20
|
|
14-18 anos
|
11
|
14
|
30
|
|
19-70 anos
|
11
|
14
|
35
|
|
> 70 anos
|
11
|
14
|
35
|
|
Gestantes
|
|
|
|
|
≤ 18 anos
|
14
|
18
|
30
|
|
19-50 anos
|
14
|
18
|
35
|
|
Lactantes
|
|
|
|
|
≤ 18 anos
|
13
|
17
|
30
|
|
19-50 anos
|
13
|
17
|
35
|
|
*EAR (Necessidade Média Estimada); RDA (Quota Diária Recomendada);
AI (Ingestão Adequada); UL (Limite Superior Tolerável de Ingestão).
Fonte: IOM (1998)/Cozzolino, 2005.
Fontes
Alimentares
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIAxV48MZu9U63titzMlsQ0P3nDcLn6sAlrsIN5uETyrynInVtl3wKRo_IKxM6vRVo3bv8lqL_DVZ8rrg2DVYMByCcepqTcowHwMvnZQe7f9-9ZMeq68vHiOdffBXB4a6i-ldHMSmReRNW/s280/Blog-Niacina+2.jpg)
Quadro
2. Conteúdo de
niacina em alimentos considerados fonte.
Alimento
|
Medida usual
|
Quantidade (g)
|
Niacina (mg)
|
Fígado
cozido
|
1
unidade
|
100
|
17,5
|
Salmão
cozido
|
2
filés
|
200
|
15,0
|
Peito
de frango sem pele
|
1
unidade
|
100
|
13,7
|
Atum
enlatado em óleo
|
2
½ colheres de sopa
|
112,5
|
13,2
|
Peito
de peru assado
|
1
filé
|
100
|
6,4
|
Carne
moída (20% gordura)
|
3
½ colheres de sopa
|
63
|
3,7
|
Bacalhau
cozido
|
1
pedaço
|
135
|
3,3
|
Camarão
no vapor
|
13
unidades
|
104
|
2,6
|
Tilápia
cozida
|
2
filés
|
200
|
2,6
|
Linguiça
defumada
|
1
gomo
|
50
|
1,6
|
Amendoim
|
25
unidades
|
10
|
1,3
|
Arroz
branco cozido
|
4
colheres de sopa
|
125
|
2,9
|
Batata
inglesa cozida
|
1
½ unidade
|
202,5
|
2,8
|
Arroz
integral cozido
|
6
colheres de sopa
|
198
|
2,6
|
Goiaba
|
½
unidade
|
95
|
1,1
|
Morango
|
10
unidades
|
240
|
1,0
|
Abacate
amassado
|
4
colheres de sopa
|
120
|
2,0
|
Tomate
comum
|
1
unidade
|
109
|
0,7
|
Cenoura
crua
|
1
unidade
|
84
|
0,8
|
Fonte: Philippi, ST. 2008.
Deficiência
de Niacina
A
primeira descrição de pelagra (a deficiência clássica em niacina) ocorreu na
Espanha e foi denominada pelo médico Casal em 1735 como “mar de la rosa” (doença da rosa). O nome atual foi atribuído
tempos mais tarde, pelo médico italiano Frapolli: “pelle” + “agra” (pele
rugosa), em 1771.
A
pelagra é conhecida como a doença dos 3 Ds – dermatite, demência e diarreia. A
dermatite caracteriza-se por lesões cutâneas fotossensíveis, como queimaduras
solares, e também aparece em regiões não expostas à luz do sol, mas sujeitas a
pressões. A demência ocorre em estágios mais avançados da deficiência e
caracteriza-se como uma depressão psicótica, em que o paciente apresenta fases
de surto alternadas com repentinos momentos de lucidez. Além desses sintomas, a
deficiência da vitamina também provoca perda de apetite, insônia, glossite e,
se não for tratada, pode levar à morte. A população em geral não se encontra em
risco de deficiência, no entanto, não é um quadro raro entre alcoólicos. Estes,
além da ingestão inadequada, precisam de maior quantidade de niacina, uma vez
que o metabolismo do etanol é dependente de NAD.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas
por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos,
nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e
exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências Bibliográficas:
Cozzolino, SMF;
Cominetti, C; Bortoli, MC. Grupo
das Carnes e Ovos. In: Philippi, ST. Pirâmide dos
Alimentos: fundamentos básicos da nutrição. 1. ed. Barueri, São Paulo: Manole,
2008.
Vannucchi, H;
Chiarello, PG. Niacina. In: Cozzolino, SMF.
Biodisponibilidade de nutrientes. 1. ed. Barueri, SP: Manole, 2005.
Vannucchi, H.; Cunha, SFC. Vitaminas do
Complexo B. International
Life Sciences Institute – ILSI, 2009
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