O
pão é um alimento amplamente consumido por diversas faixas etárias e classes
sociais, definitivamente um alimento sem preconceitos. Por ser bastante
acessível, incrementá-lo com ingredientes que possam colaborar com a saúde de quem
os consome é uma ótima opção.
Mas seria interessante trocar o
tradicional pão francês ou aquele convencional pão de forma branco por pães
mais elaborados, com elevados teores de fibras? A resposta para essa questão é
positiva. Essa troca é uma alternativa muito válida para aquelas pessoas que
buscam se alimentar de forma mais saudável e procuram aliar qualidade de vida
com a nutrição.
Esses pães com a composição
nutricional diferenciada são conhecidos como pães integrais, que são aqueles
fabricados com a farinha do cereal em sua forma integral, ou seja, os grãos
utilizados para fabricação apresentam em sua composição o gérmen, endosperma e
farelo e a farinha confeccionada não passa pelo processo de refinamento. Devido
à presença desses componentes o produto final acaba apresentando um teor
elevado de fibras alimentares.
As fibras podem ser classificadas
como solúveis ou insolúveis. As primeiras, como o nome diz, têm a propriedade
de se misturar com a água e são encontradas principalmente nas frutas e vegetais,
mas encontradas também em quantidades consideráveis nos pães integrais. Este
tipo de fibra está relacionado com a redução do colesterol ruim (LDL) e
consequentemente o aumento do colesterol bom (HDL), redução dos níveis de
triglicerídeos e açúcar no sangue, ajudando assim a prevenir doenças
cardiovasculares.
As insolúveis, assim chamadas porque
não se misturam com água, são celuloses (as hemiceluloses e a lignina). Essas
cumprem uma função fundamental na motilidade intestinal concorrendo para o aumento
do bolo fecal, deixando as fezes mais leves, úmidas e volumosas, facilitando
seu trânsito. Com isso evitam a prisão de ventre e reduzem o risco das doenças
gastrointestinais. Podem ser encontradas principalmente nos cereais integrais,
como é o caso do pão integral.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh83RI6WTctZpejUWeOsjurfsUtsoDYi6BZINdySirXlXUdid3Mz2_VIQAJ4A23UqZEbjVZNCPFKRFZorwZhe6IgDwOuoqflzxD5D6Fwy_WxZWaLDZBVJKlH2S6HIwFhzjuCas6zKjq5Xy7/s280/Blog-P%25C3%25A3o+Integral+3.jpg)
Nessa quantidade de alimento deve
haver os 3,0g de fibras para que haja os benefícios a saúde esperados. A tabela
nutricional disposta no rótulo do alimento mostra a quantidade de cada
ingrediente em 100g do produto e por porção do alimento, basta olhar a
rotulagem e ver se no pão integral que você está levando tem 3,0g de fibra
alimentar por porção do alimento. Alguns pães integrais não apresentam essa
quantidade de fibras. Fica o alerta de sempre observar a rotulagem dos
alimentos para não levar gato por lebre. Os alimentos com esse apelo a saúde
acabam por ter um valor agregado maior e pagar mais por um produto que não
trará tais benefícios não faz bem nem a saúde e principalmente a saúde do
bolso. Por isso olho nos rótulos e lembrando sempre que nem todo pão integral é
um alimento funcional.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas
por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos,
nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e
exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências Bibliográficas:
Santana,
ATMC. Pão integral como fonte de fibra alimentar: verdade ou mito? Grupo de
Estudos em Alimentos Funcionais – GEAF, ESALQ/USP. Disponível em: www.grupoalimentosfuncionais.blogspot.com.br
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. Resolução n. 17, 18 e 19, de 30 de abril de 1999. Aprova
o Regulamento Técnico que Estabelece as Diretrizes Básicas para Análise e
Comprovação de Propriedades Funcionais e ou de Saúde Alegadas em Rotulagem de
Alimentos. Brasília, 1999.
SALGADO, J. M. Alimentos inteligentes: saiba
como obter saúde por meio da alimentação. São Paulo: Prestígio editorial, 2005.
v.2, p. 44-46.
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