O Brasil deve registrar este ano mais de 66 mil novos casos de câncer de
mama, de acordo com dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer). Os
médicos alertam, entretanto, que a identificação da doença tem ocorrido
nas formas mais avançadas, devido a um diagnóstico mais tardio após dois
anos de pandemia e a postergação de exames.
Alguns dos mitos e verdades mais disseminados sobre a doença.
O câncer de mama atinge mais quem tem histórico familiar da doença.
VERDADE
O
histórico familiar é um fator de risco para o desenvolvimento do câncer
de mama. Principalmente parentes de 1º grau acometidos com a doença
constituem um fator de risco, mesmo que às vezes o indivíduo não tenha
outros fatores de risco adicionais. Quem tem histórico familiar precisa
ficar mais atento.
Todo caroço na mama é câncer.
MITO
Existem
muitas alterações que parecem um nódulo na mama nas apalpações, mas são
alterações benignas, como por exemplo, na mulher que está amamentando,
uma mastite, um empedramento do leite, um cisto ou uma alteração benigna
como fibroadenoma.
Mulheres que começam a menstruar muito cedo ou são mães tarde têm maior probabilidade de desenvolver a doença.
VERDADE
Esses
são dois fatores de risco realmente assumidos para o câncer de mama: as
mulheres que têm a menarca (a primeira menstruação) muito jovem e as
que são mães após os 35 anos de idade. Isso marca uma exposição maior
aos ciclos menstruais e à exposição ao estrógeno.
Anticoncepcionais que interrompem a menstruação são eficazes na prevenção do câncer de mama.
MITO
Os
anticoncepcionais são reconhecidos como medicações que aumentam o risco
de câncer de mama. Esse aumento do risco é relativamente pequeno e
depende da idade de início do anticoncepcional, da duração da exposição
ao medicamento, por isso as mulheres devem discutir com seus
ginecologistas os prós e contras do seu uso.
Amamentar protege o câncer de mama.
VERDADE
A
amamentação é um fator protetor contra o câncer de mama. Quanto mais
jovem a mulher for ao amamentar e quanto maior o tempo passar
amamentando, maior a proteção.
Atividades físicas ajudam a prevenir o câncer de mama.
VERDADE
Estudos
apontam que indivíduos saudáveis que praticam exercícios físicos
regulamente têm um menor risco de desenvolver câncer de mama, dentre
outras neoplasias.
Mulheres obesas são mais suscetíveis à doença.
VERDADE
A
obesidade é um fator de risco relacionado ao câncer de mama,
principalmente em mulheres na pós-menopausa. Na pré-menopausa também há
algumas associações do risco de desenvolvimento da doença e um subtipo
de câncer de mama um pouco mais agressivo, chamado Triplo Negativo.
Terapia de reposição hormonal pode ser um fator de risco.
VERDADE
Assim
como o anticoncepcional oral, quando a mulher entra na menopausa e
passa a suplementar com hormônios femininos – estrógeno mais
progesterona conjugada – esse é um fator de risco importante. O risco
relativo do uso de terapia de reposição hormonal depende da duração do
uso e da composição da reposição hormonal.
Já existe uma vacina contra o câncer de mama.
VERDADE
O
arsenal terapêutico contra o câncer de mama vem aumentando bastante. No
combate à doença, temos não só a quimioterapia e a terapia
anti-hormonal, mas medicamentos que são considerados como se fossem
vacinas, anticorpos que bloqueiam algumas proteínas que podem estar
expressas em algum subtipo de câncer de mama, além da imunoterapia e
medicações.
O câncer de mama tem cura.
VERDADE
Com
certeza. A chance de uma mulher ficar curada quando é diagnosticada com
câncer de mama depende de vários fatores, dentre os quais, o
estadiamento da doença (o quão localizada ela está), se tem acometimento
do linfonodo, o tratamento recebido e a sequência e medicações corretas
que impactam profundamente a cura. Hoje em dia, a grande maioria das
mulheres com câncer de mama conseguem ser curadas.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.
Referência Bibliográfica:
Gagliato, D. Mitos e verdades sobre o câncer de mama. Nutrição em Pauta. Disponível em: www.nutricaoempauta.com.br Acessado em: 19/06/2022.
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