sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Happy Hour


Com a chegada do fim da semana, os convites para os famosos happy hours, os encontros em bares e restaurantes, são bem comuns. Para muitas pessoas é sinônimo de alto consumo de comidas gordurosas e bebidas alcoólicas. Mas, você sabia que é possível, com moderação e algumas adaptações, comer melhor nestas ocasiões?

Uma alimentação balanceada é essencial para que os momentos de festa e descontração não comprometam a saúde e a qualidade de vida. A primeira orientação é nunca chegar aos eventos de estômago vazio.

Quando estamos com fome não conseguimos escolher o que vamos comer, e simplesmente comemos o que tem disponível. Além disso, há uma tendência a comer mais rapidamente e sem controle quando a fome aperta demais.

Outra dica importante para evitar o exagero à mesa dos bares é, antes de ir para qualquer evento, procurar sempre fazer um lanche saudável. Sugerimos como opções um sanduíche natural, com muita salada e patê de atum ou peito de peru com queijo magro. Também pode ser uma fruta, cereal integral, nozes ou frutas secas.

Frituras devem ser evitadas, uma vez que são muito calóricas e podem dificultar a circulação, aumentando os níveis de colesterol. Alimentos ricos em gordura (carnes gordas e frituras), temperos prontos e molhos gordurosos (o branco, por exemplo) devem ser evitados.

Estes alimentos são de lenta digestão e podem causar desconfortos intestinais, que é tudo o que a pessoa não quer ter nesses dias. O excesso de sal também deve ser evitado para não causar a retenção de líquido.

Boas opções de petiscos podem ser, por exemplo, palitinhos de vegetais (cenoura, erva-doce, pepino), bruschetas de tomate com manjericão, tremoço ou tomates cereja.

Uma das principais vilãs são as bebidas alcoólicas. Uma boa dica para diminuir o consumo e melhorar a hidratação é usar copos pequenos, isso ajuda a manter a bebida gelada também e sempre alternar um copo da bebida com um copo grande de água.

Não é preciso passar por privação social para ter boa saúde. Algumas mudanças simples podem garantir a diversão e ao mesmo tempo a boa forma.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

Almeida, E; Natacci, L. Vai curtir um Happy Hour? Cuidado com a alimentação. Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Disponível em: www.saude.sp.gov.br Acessado em 30/01/2020.


quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Cannabis: do uso recreativo às aplicações medicinais


Cannabis sativa (maconha) é uma planta bem conhecida, uma das mais antigas drogas usadas pelo homem, e gera muita controvérsia. Há intenso debate sobre o seu valor medicinal e legalização, e discussões sobre ser uma possível porta de entrada para drogas mais pesadas e dependência. Cannabis é um tópico quente entre defensores, detratores, órgãos reguladores e especialistas da área médica. A ciência mostra que Cannabis interage com células, órgãos e sistemas do organismo. Suas muitas ações na fisiologia humana a tornam um tema fascinante, com ramificações médicas, éticas e legais.

Fitocanabinoides - THC e CBD

Moléculas específicas de sinalização intercelular, receptores celulares e enzimas que degradam a Cannabis existem no corpo há milhares de anos, antes dos seres humanos começarem a ingerir ou queimar a planta e inalar a fumaça. Há registros que remontam a 4.700 anos, documentando seu uso medicinal. Em 1964 pesquisadores isolaram seu principal componente psicoativo, o tetrahidrocanabinol (THC). Depois foi isolado o canabidiol (CBD). No começo dos anos 90 foram isolados os receptores, denominados CB1 e CB2, onde os canabinoides se ligam e interagem na fisiologia humana. Atualmente sabe-se que Cannabis contém 400 fitocanabinoides, sendo que 144 são farmacologicamente ativos.

Endocanabinoides - anandamida e 2-AG

Além dos canabinoides exógenos (fitocanabinoides), vieram à tona os canabinoides endógenos (produzidos pelo corpo), revelando toda a complexidade do sistema endocanabinoide. Os mais estudados são anandamida e 2-AG (2-araquidonoilglicerol), porém há algumas centenas deles. Canabinoides realizam operações de sinalização semelhantes aos neurotransmissores do corpo, como dopamina e serotonina. O sistema endocanabinoide atua em uma variedade de processos fisiológicos, incluindo regulação metabólica, dor, sono, estresse, função imunológica e muito mais. Pesquisas recentes revelam sua ação na saúde intestinal e no controle de doenças inflamatórias do cólon.

Sistema endocanabinoide

O sistema endocanabinoide (ECS) é um extenso conjunto de sinalização endógeno com mais de uma centena de participantes. Para entender melhor, tanto endocanabinoides como fitocanabinoides funcionam como chaves que se encaixam nas fechaduras (receptores) e abrem as portas para produzir suas ações no organismo. Estes receptores (CB1 e CB2) estão distribuídos por diversos órgãos do corpo. CB1 está localizado principalmente no cérebro e medula, mediando funções como aprendizagem, memória, tomada de decisão, capacidade de resposta sensorial e motora, reações emocionais, apetite e outros processos biológicos. CB2 se localiza majoritariamente em órgãos periféricos e células associadas à modulação do sistema imunológico.




Indicações terapêuticas

A modulação da atividade do sistema endocanabinoide oferece uma grande promessa terapêutica para diversas enfermidades, como transtornos de ansiedade, problemas neurológicos e de movimento, dor, doenças autoimunes, lesão medular, câncer, doenças cardiometabólicas, derrame, traumatismo craniano, osteoporose e outros. Recentemente, os fitocanabinoides têm sido utilizados com sucesso como tratamento adjunto para tumores cerebrais malignos, mal de Parkinson e Alzheimer, esclerose múltipla, fibromialgia, doenças intestinais, dor neuropática, autismo e distúrbios convulsivos em crianças, depressão, insônia, e muito mais.

Texto elaborado por: Dra. Tamara Mazaracki. 

Título de Especialista em Nutrologia –  Associação Brasileira de Nutrologia;

Membro Titular da ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia;

Pós-graduação em Medicina Ortomolecular, Nutrição Celular e Longevidade – FACIS-IBEHE – Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo e Centro de Ensino Superior de Homeopatia;

Pós-graduação em Medicina Estética – Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino – IBRAPE.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

*Alternative Therapy in Health & Medicine 2019. Endocannabinoid System & its Modulation by Cannabidiol (CBD).

*Acta Pharmacol Sinica 2019. Brain activity of anandamide: a rewarding bliss?

*Progress in Lipid Research 2018. 2-Arachidonoylglycerol: A signaling lipid with manifold actions in the brain.

*Progress in the Chemistry of Organic Natural Products 2017. Molecular Pharmacology of Phytocannabinoids.

*Neurotherapeutics 2015. The Endocannabinoid System & its Modulation by Phytocannabinoids.

*Cerebrum 2013. Getting High on the Endocannabinoid System.

*European J Neuroscience 2019. Modulatory effects of cannabinoids on brain neurotransmission.

*Surgical Neurology International 2018. Review of the neurological benefits of phytocannabinoids.

*Journal Dual Diagnosis 2019. Cannabis and Epilepsy.

*Current Psychiatry Reports 2019. Cannabinoid Regulation of Fear & Anxiety: an Update.

*Permanente Journal 2019. Cannabidiol in Anxiety & Sleep: A Large Case Series.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Minerais


Os minerais são elementos inorgânicos, que possuem papeis vitais no metabolismo humano, sendo indispensáveis ao nosso organismo. Sua baixa ingestão prejudica a constituição dos ossos, dentes, músculos, células nervosas, regulação de processos enzimáticos, acarretando diminuição na defesa no organismo gerando uma menor resistência à infecções. 

Quando essa baixa ingestão ocorre por um tempo prolongado, pode levar a desnutrição, anemias (deficiência de ferro), osteoporose (deficiência de cálcio), bócio (baixa ingestão de iodo), atraso da maturação sexual, déficit de crescimento, sendo também fator de risco para arteriosclerose (baixa ingestão de zinco), além da preocupação com o desenvolvimento de alguns tipos de câncer, devido às diminuições da defesa do organismo. 

Alguns minerais merecem destaque devido à sua função no organismo e, sua carência pode desencadear doenças mais severas. Dentre eles, pode-se destacar: cálcio, ferro, potássio, sódio, fósforo, zinco, iodo, flúor e magnésio. Porém todos os minerais são indispensáveis para manutenção do organismo. 

Os minerais são indispensáveis em todas as fases da vida, entretanto, é necessário uma atenção especial na infância, que necessitam de boas fontes diárias de cálcio e demais minerais para formação de ossos fortes, crescimento, para evitar anemias e desnutrição. 

Na gestação as mulheres devem estar atentas à ingestão de minerais, já que necessitam de alimentos que contenham boas fontes de minerais, evitando assim uma possível deficiência durante a gestação ou durante a amamentação, além de contribuir para a saúde do bebê. 



Na terceira idade, há uma diminuição da absorção de inúmeros nutrientes, o ideal é realizar uma alimentação balanceada evitando a carência de minerais como o cálcio e ferro. 

Também vale ressaltar a possibilidade de deficiência de minerais em vegetarianos, que devem ingerir boas fontes de alimentos de origem vegetal, sempre atentos à sua ingestão de ferro. 

Quanto às cápsulas e suplementos alimentares, eles só são viáveis em casos de deficiências severas e em alguns casos de vegetarianismo restrito e dependendo do objetivo podem ser úteis para atletas de alto rendimento. 

Muita atenção quanto à sua ingestão em excesso, pois alguns minerais podem acumular-se e tornarem-se tóxicos ao organismo. Além disso alguns minerais competem entre si, e podendo acarretar a diminuição da sua absorção, como é o caso do cálcio e fósforo, quando ocorre a ingestão excessiva de fósforo consequentemente a absorção de cálcio diminui. Vale lembrar, que indivíduos que realizam hemodiálise, devem estar conscientes do risco da ingestão em excesso de alguns minerais como, sódio e potássio em que sua quantidade deve ser reduzida neste caso, para evitar complicações renais.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

Barankevicz, GB. Minerais: Nossos Aliados Grupo de Estudos em Alimentos Funcionais – GEAF, ESALQ/USP. Disponível em: www.alimentosfuncionais.blogspot.com.br Acessado em: 26/01/2020.