domingo, 31 de dezembro de 2017

Os Benefícios das Fibras e Prebióticos



As fibras e os prebióticos são utilizados para auxiliar na saúde da flora intestinal humana e de animais. Através da fermentação ocorrida no cólon (parte superior do intestino), estes alimentos ou aditivos selecionam e promovem o crescimento das bactérias anaeróbias (probióticos) que habitam a microbiota intestinal humana. Esses compostos são encontrados em frutas, legumes e verduras e por apresentarem benefícios ao organismo ao serem ingeridos, podem ser considerados alimentos funcionais. Estes alimentos fazem parte de uma dieta saudável, possibilitando a prevenção e o tratamento de inúmeras complicações e doenças. Entre as enfermidades tratadas e que podem ser evitadas com o consumo de fibras e prebióticos estão: obesidade, diverticulite, hipertensão arterial, colesterol LDL, diabetes, constipação intestinal, câncer, detoxicação (limpeza de toxinas), aumento da absorção de minerais e imunomodulação (aumento da imunidade).

As fibras e os prebióticos são potencialmente utilizados na indústria alimentícia, podendo servir como substitutos em alimentos gordurosos, fornecendo ao alimento baixo teor calórico.As fibras solúveis (viscosas) possuem potencial para reter água. Assim ao serem ingeridas elas aumentam de tamanho no estômago auxiliando na sensação de saciedade, permitindo que o indivíduo sinta menos fome, coma menos, e consequentemente emagreça (quando consumidas diariamente na dieta).

Já as fibras insolúveis são fermentadas pelos micro-organismos presentes em nosso organismo, os chamados probióticos, auxiliam na manutenção da saúde da flora intestinal.
Donatto et al., 2006 cita uma segunda divisão das fibras em três tipos, sendo estas:

Dietética: compostas por carboidratos não digeríveis e lignina, estas são intrínsecas e intactas em plantas;

Funcional: compostas por carboidratos não digeríveis isolados que promovem benefício fisiológico;

Totais: estas são compostas pela união das fibras dietética e funcional e estão contidas nos alimentos. 

No caso das fibras é aconselhado que os alimentos sejam consumidos in natura, isto é sem coar sucos ou retirar o bagaço e caule dos vegetais, pois desta forma aproveita-se todo seu potencial benéfico.

A recomendação diária de fibras são 40 g. Efeitos adversos provenientes de seu consumo inadequado ou exagerado são: flatulências, diarreia, estufamento e intestino preso (isso no caso do indivíduo que toma pouca água).

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referência Bibliográfica:

Anderson, J. W.; Baird, P.; Davis jr, R. H.; Ferreri, S.; Knudtson, M.; Koraym, A.; Waters, V.; Williams, C. L. Health benefits of dietary fiber. Nutrition Reviews 2009; v.67, n.4, p:188-205.

Cardoso, GA. Os benefícios das fibras e prebióticos. Grupo de Estudos em Alimentos Funcionais – GEAF, ESALQ/USP. Disponível em: www.alimentosfuncionais.blogspot.com.br Acessado em: 18/12/2017.

DONATTO, F.F.; PALLANCH, A.; CAVAGLIERI, C.R. Fibras Dietéticas: efeitos terapêuticos e no exercício. Rev. Saúde 2006, v.8, n.20, p:65-71.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Alterações e Dicas Nutricionais Para Idosos



Até 2050, o número de pessoas com 60 anos ou mais chegará a 2 bilhões, mais que o dobro dos 900 milhões de indivíduos nesta faixa etária registrados em 2015. Os idosos representarão um quinto da população do planeta.

A maioria dos idosos conserva os hábitos de alimentação formados quando ainda eram mais jovens. Entretanto, muitas pessoas nessa faixa etária correm o risco de desnutrição por vários motivos. Falta de informação sobre uma nutrição adequada, limitações financeiras, incapacidade física, que interferem com a compra e preparo dos alimentos, isolamento social, anorexia (falta de apetite), má-absorção provocada por doença gastrointestinal, alcoolismo que afeta o estado nutricional quando alimentos nutritivos são substituídos por álcool. O uso a longo prazo de certas drogas terapêuticas que interferem com a absorção e o metabolismo de nutrientes, pode também causar desnutrição nos idosos.

Alteração dentária

A mudança bucal influencia muito, como a perda de dentes, por exemplo. Uma refeição mais consistente pode se tornar complicada. Muitos idosos têm anemia porque nessa altura da vida se perde bastante o fator que produz a vitamina B12 (encontrada especialmente em alimentos de origem animal, como peixes, carnes, ovos, queijo e leite). As pessoas acreditam que a anemia em um idoso ocorre por falta do ferro, mas a terceira idade precisa muito desse tipo de alimento para não ter deficiência dessa vitamina).

Paladar

A mudança no paladar pode levar ao exagero de sal e açúcar. O idoso muitas vezes acha a comida insossa ou menos doce e pede para adicionar mais sal e açúcar. É preciso ter cuidado porque isso acontece devido à perda de parte da capacidade das papilas gustativas. Vale lembrar também aos familiares e cuidadores que é preciso ter paciência, pois se trata de uma condição que o adulto de meia idade muitas vezes desconhece. Ele precisa se inteirar sobre o assunto e transmitir essa informação. Quando houver a demanda por muito sal, por exemplo, o ideal é fazer o uso de temperos naturais, que ajudam a saborizar a refeição.

Absorção de nutrientes

A absorção de nutrientes e desidratação são outros fatores complicados na terceira idade. O idoso, na maioria dos casos, perde a sede. Muitas vezes temos até que prescrever água, pois ele só a bebe na hora de tomar o remédio. Eles desidratam muito rápido e é preciso tomar cuidado. E como a absorção de nutrientes é menor nesta fase da vida, é necessário que o idoso coma mais vezes ao dia, em menores porções. Outra necessidade é o banho de sol. As pessoas acreditam que só bebês precisam dele, mas o idoso precisa do sol para absorver melhor o cálcio, por exemplo.

Deve-se dar ênfase ao consumo de um número de alimentos variados de todos os grupos alimentares: carboidratos (pão, arroz, batata e massas) que fornecem energia; proteínas (carnes, leite e derivados, ovos e feijões), que são responsáveis pela construção de novas células, enzimas, hormônios e etc. e vitaminas e minerais, presentes nos vegetais e frutas.

Se a mastigação for um problema, devem ser introduzidos alimentos nutritivos mais moles e cortados em pedaços menores.

Dicas Nutricionais

● Consuma frutas moles, como mamão, pera, melancia, banana, suco de frutas variadas e também verduras e legumes, cozidos e cortados em pedaços pequenos. Essas são as principais fontes de vitaminas e minerais do organismo, necessárias para diversas funções;

● Tome bastante líquidos, já que o envelhecimento leva a desidratação dos tecidos do corpo;

● Consuma alimentos fontes de vitamina C (laranja, acerola, tomate, limão), pois melhoram o sistema de defesa do organismo, prevenindo de gripes e resfriados;

● Consuma alimentos fontes de vitamina E, que possuem características antioxidantes e combatem os radicais livres, amenizando o processo de envelhecimento. São fontes dessa vitamina: gérmen de trigo, óleos de soja, de algodão, de milho, de girassol, vegetais folhosos e legumes;

● Consuma alimentos fontes de bioflavonoides, que são antioxidantes e inibem os hormônios que provocam o câncer. São encontrados na maioria das frutas frescas e verduras, que podem ser consumidos em forma de sucos;

● Consuma alimentos fontes de cálcio, que são importantes para manter a saúde dos ossos. Os alimentos fonte são leite, queijos e derivados.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

Bertolucci, P. Idosos. Disponível em: www.partriciabertolucci.com.br Acessado em: 27/12/2017.

OMS cobra melhorias no atendimento aos idosos. Ministério da Saúde. Disponível em: www.saude.gov.br Acessado em: 27/12/2017.

Conheça os fatores que influenciam a alimentação de pessoas com mais de 60 anos. Ministério da Saúde. Disponível em: www.saude.gov.br Acessado em: 27/12/2017.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Como Aproveitar Melhor o Ferro



Você sabia que existem dois tipos de ferro nos alimentos? O ferro heme vem dos alimentos de origem animal como carnes, por exemplo. E o ferro não-heme, dos vegetais.

As carnes são as principais fontes de ferro da alimentação. Contribuem para a formação das células vermelhas do sangue, prevenindo a anemia. Como fonte de proteína, o consumo de carne é essencial para o crescimento de músculos, órgãos e tecidos em geral e, por isso, é tão importante na fase de crescimento infantil. Estima-se que o maior aproveitamento do ferro nos alimentos de origem animal acontece graças à vitamina A e o betacaroteno, que formam um complexo com o ferro, protegendo-o de outros nutrientes que podem atrapalhar sua absorção.

Já o ferro não-heme está presente nos alimentos de origem vegetal, principalmente nos vegetais verde escuros. Entretanto, o ferro não-heme tem menor biodisponibilidade, isto é, o organismo apresenta baixo aproveitamento deste nutriente. Uma dica importante é combinar o ferro não-heme com os alimentos ricos em vitamina C, como as frutas cítricas, por exemplo. Em dietas vegetarianas, a vitamina é o principal ajudante na absorção do ferro, por isso seu consumo deve ser incentivado para que o organismo consiga aproveitar melhor o nutriente.

Mas, você sabia que alguns nutrientes atrapalham a absorção de ferro não-heme? O fitato é um deles. Ele está presente principalmente nos cereais integrais, no feijão e na soja. O modo de preparo/processamento dos alimentos ajuda a remover ou diminuir a quantidade do fitato, como aquecimento, germinação, fermentação, “deixar de molho” e trituração. Em refeições ricas em fitato, recomenda-se a ingestão de vitamina C, que compensaria o efeito negativo deste nutriente.

Se você já colocou um prego, por exemplo, para cozinhar com os alimentos na esperança de aumentar a quantidade de ferro da alimentação do seu filho, pare já com isso. O ferro presente nesses objetos não é absorvido pelo nosso organismo, por isso é necessário oferecer uma alimentação rica nesse nutriente.

Outro mito muito comum é tomar suco de beterraba na tentativa de aumentar o consumo de ferro. O vegetal é rico em vários nutrientes, como o ácido fólico, por exemplo, importante para a formação dos bebês, porém ele não tem grandes quantidades de ferro.

O ferro proveniente da carne bovina é o que possui melhor aproveitamento pelo organismo, seguido pelo frango, peixes e leguminosas (feijão, lentilha e ervilha). Sempre escolha alimentos com melhor biodisponibilidade de ferro. Invista numa alimentação variada e colorida.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referência Bibliográfica:

Como aproveitar melhor o ferro na alimentação. Meu Pratinho Saudável. Disponível em: www.meupratinhosaudavel.com.br Acessado em: 22/12/2017.