domingo, 29 de novembro de 2020

Ácido Alfa Lipóico

 


Muito estudado como auxiliar no tratamento de pacientes diabéticos (tipo 2), pessoas que sofrem com artrite reumatoide e Alzheimer, esse antioxidante vem sendo muito estudado também como auxiliar pra quem treina.

É um importante antioxidante e tem propriedades importantes em diversas reações da mitocôndria. Melhora a condução de impulsos nervosos e mimetiza a ação da insulina, ajudando a carrear mais nutrientes para as células. Indicado para ajudar no tratamento de formigamentos (não somente do diabético), e dormências.

A busca por quem treina vem aumentando porque sua suplementação parece ser eficiente pra ajudar na recuperação, a combater dores excessivas e a proteger as células do envelhecimento precoce. Naturalmente pode ser encontrado na dieta, em carnes e no espinafre, e pouco se produz pelo seu próprio corpo. Sua suplementação deve ser feita em farmácia de manipulação, através de prescrição de um profissional habilitado.

E não carece de efeitos adversos e cuidados, por isso, nada de se auto suplementar! Cuide de seu bem mais precioso, sua saúde, e lembre-se: ajuste sua dieta, seus treinos e controle o estresse sempre. Essas são as chaves para o sucesso, e também para garantir que a suplementação (quando necessária) seja realmente eficiente.

 

Texto elaborado por: Priscila Di Ciero

 

Nutricionista formada em 2001, sou pós-graduada em Nutrição Esportiva Funcional e estou em formação para obtenção da certificação do Functional Medicine Institute (USA). Sou self e professional Coach formada pelo IBC e certificada pelo Internacional Society of Sports Nutrition (USA). Atualmente curso pós-graduação em Fitoterapia e atendo em consultório particular na zona sul de São Paulo (SP).

 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Edamame

 


Hoje vamos falar sobre um alimento que está em destaque no nosso dia a dia, além de ser considerado o principal produto do agronegócio brasileiro: a soja. Na verdade, vamos discutir e explorar uma nova maneira de apresentação dos grãos de soja. A nova modalidade de consumo, muito utilizada na Ásia, utiliza os grãos ainda verdes e leva o nome de edamame.

Em virtude de seus benefícios, a soja deixou o berço chinês para ir à mesa dos consumidores de todo o mundo como ícone de uma alimentação balanceada. Tópico de muitos estudos, ela ganha cada vez mais espaço no mercado, e atualmente pode ser consumida das mais diversas formas que vai de óleo vegetal a sorvetes.

A soja é uma leguminosa assim como o feijão, a lentilha e a ervilha. Esta leguminosa chegou ao Brasil via Estados Unidos, em 1882, e desde então vem se destacando pelos seus inúmeros atributos e formas de utilização. 

Há séculos a soja é reconhecida como um alimento de qualidade nutricional por seu alto valor energético e pela excelência de sua proteína, constituindo uma alternativa proteica aos vegetarianos.

Recentemente, as concentrações consideráveis de isoflavonoides (especialmente as isoflavonas genesteína e daidzeína) vêm sendo destacadas como os responsáveis pelos benefícios no tratamento alternativo dos sintomas da menopausa e do climatério. E os benefícios não param por ai. Rica em fibras, vitamina B, ácido fólico, iodo, magnésio, potássio e fósforo, a soja demonstra também efeitos benéficos na prevenção de tumores, aterosclerose e na redução do mau colesterol (LDL).

Até este momento falamos sobre a soja que atualmente podemos encontrar em todos os supermercados na forma de diferentes produtos. Mas e o edamame? Afinal o que é o edamame? Quem já ouviu falar em edamame?

 

O edamame nada mais é que grãos imaturos de soja, ou seja, os grãos de soja ainda verdes. As vagens imaturas de soja são colhidas ainda verdes e em seguida inseridas no vapor ou fervidas em água por até 20 minutos.    

                 
    

Estudos realizados sobre o edamame relatam a presença de luteína e beta caroteno. A luteína é um pigmento amarelo encontrado nos alimentos e que o nosso organismo não consegue sintetizar. Seus benefícios estão relacionados à preservação das funções visuais, bem como a proteção da retina de lesões solares e degenerações maculares. Pesquisas indicam também uma relação positiva na prevenção do câncer de cólon. Enquanto ao betacaroteno são atribuídas ações antioxidantes e anticarcinogênica. Vale destacar que o teor de betacaroteno diminui no grão de soja maduro.


Além dos benefícios descritos acima, o edamame oferece 582Kcal/100g, podendo ser considerado uma boa fonte de energia.    

Vamos incluir este grão verde que pode ajudar a tirar a nossa saúde do vermelho quando consumido como parte da nossa alimentação!

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

 

Referência Bibliográfica:

 

Morzelle, MC.Edamame: o outro nome para a soja verde. Grupo de Estudos em Alimentos Funcionais – GEAF, ESALQ/USP. Disponível em: www.alimentosfuncionais.blogspot.com.br Acessado em: 26/11/2020.

 

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Acetilcolina e Memória

 


Acetilcolina tem papel crítico na memória, aprendizado e atenção. Sinais típicos de baixos níveis de acetilcolina são lapsos de memória e falta de concentração. A acetilcolina circula por todo o corpo realizando uma ampla gama de funções, e pode afetar diversas áreas da fisiologia humana. No cérebro ela funciona como neurotransmissor e neuromodulador, e aumenta a plasticidade cerebral e flexibilidade cognitiva. Além disso, a acetilcolina está envolvida em funções diversas como vigília, sono REM, controle motor, atenção, raiva, agressão, sexualidade e sede.

 

O peso da idade

 

Os seus níveis tendem a diminuir à medida que se envelhece, e os primeiros sinais de baixa acetilcolina são declínios na memória visual, memória verbal, velocidade de processamento de pensamentos e orientação espacial. Quando a memória visual começa a decrescer, é mais difícil fixar o que se acabou de ler, formar imagens na mente, recordar rostos ou lembrar onde estão as chaves ou outros objetos. Quando a memória verbal é reduzida, é comum esquecer palavras, nomes ou perder a linha de pensamento no meio de uma conversa.

 

Sintomas de deficiência

 

Não há como dosar os níveis de acetilcolina no sangue, mas alguns sintomas podem ser sugestivos de deficiência deste importante neurotransmissor: sensação de névoa no cérebro, falhas de memória, dificuldade de concentração, fadiga, tontura ao se levantar, rubor facial súbito, instabilidade emocional, inflamação crônica, taquicardia, olhos secos, pupilas dilatadas, constipação, disbiose (desequilíbrio da flora intestinal).

 

Causas de deficiência

 

Existem algumas razões médicas para uma pessoa apresentar baixos níveis de acetilcolina. É possível ter anticorpos contra receptores de acetilcolina, como no caso da miastenia grave, e isto também pode ocorrer na esquizofrenia e na síndrome da fadiga crônica. Resistência à insulina e diabetes podem interferir na síntese de acetilcolina. No entanto, as duas causas mais comuns de deficiência de acetilcolina são uma dieta inadequada e o uso de certos medicamentos, como os anticolinérgicos.

 

Dieta rica em colina

 

A acetilcolina é sintetizada principalmente a partir de colina, um nutriente relacionado ao complexo B. Os seres humanos podem produzir colina no fígado, porém a quantidade que o corpo sintetiza naturalmente não é suficiente para atender às necessidades fisiológicas. A produção de acetilcolina é limitada pela quantidade de colina disponível na dieta, e a estimativa é que muitas pessoas não ingerem o suficiente deste nutriente. As melhores fontes de colina são gemas de ovo e vísceras, carnes e pescados ricos em gordura, laticínios. Dentre as fontes vegetais estão os crucíferos (brócolis, repolho, couve-flor), feijões, cereais integrais, nozes e sementes.

 


 

Quantificando a colina

 

A ingestão diária recomendada de colina é de 425 mg para mulheres, e de 550 mg para homens, gestantes e lactantes. Alguns exemplos da quantidade de colina nos alimentos: 2 ovos - 296 mg, 100 g de fígado - 356 mg, 100 g de peixe - 70 mg, 1 xícara de leite - 43 mg, 1 xícara de brócolis - 62 mg, 1 batata grande - 57 mg, 1 xícara de quinoa - 43 mg, ½ xícara de amendoim - 48 mg.

 

Outros alimentos

 

Por rotas indiretas, atuando através de receptores específicos, outros alimentos estimulam a ação de neurotransmissores. Polifenóis vegetais, como curcumina, antocianinas, resveratrol e catequinas, exercem impacto positivo na função neurológica pela modulação de acetilcolina. Cafeína, presente no café, chá e chocolate, é objeto de inúmeros estudos, que evidenciam a sua ação positiva no sistema colinérgico. 

 

Ações da colina

 

Colina tem impacto na saúde cardiovascular, hepática e cognitiva, e no desenvolvimento do tubo neural. A colina interage com folato (ácido fólico): quanto menos folato na dieta, mais colina é necessária, porque ambos têm a mesma função em várias vias metabólicas. Tanto folato como colina pertencem à grande família do complexo B. Deficiência de colina pode causar danos musculares, danos no fígado, esteatose hepática, desordens neurológicas e defeitos na formação do tubo neural.

 

Grupos de risco

 

Apesar de seu notável papel na saúde, a maioria da população não atinge um aporte adequado, e pesquisadores estimam que até 90% da população pode estar ingerindo colina insuficiente.  Grupos com maior risco para deficiência de colina incluem grávidas, lactantes, mulheres na menopausa, atletas de resistência, veganos, idosos e pessoas que bebem muito álcool.

 

Texto elaborado por: Dra. Tamara Mazaracki. 

 

Título de Especialista em Nutrologia –  Associação Brasileira de Nutrologia;

 

Membro Titular da ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia;

 

Pós-graduação em Medicina Ortomolecular, Nutrição Celular e Longevidade – FACIS-IBEHE – Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo e Centro de Ensino Superior de Homeopatia;

 

Pós-graduação em Medicina Estética – Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino – IBRAPE.

 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.

 

 

Referências Bibliográficas:

 

*J Neurochemistry 2017. Cholinergic modulation of the hippocampal region & memory function.

 

*Behavioural Brain Research 2011. Acetylcholine & attention.

 

*Neurology 2020. Association of anticholinergic medication & Alzheimers biomarkers among cognitively normal older adults.

 

*Drugs.com 2019. Anticholinergic Drugs to Avoid in the Elderly.

 

*Nutrients 2020. Relationship between Choline Bioavailability from Diet, Intestinal Microbiota Composition & Modulation of Human Diseases.

 

*NIH 2020. Health Professional Fact Sheet - Sources of Choline.

 

*Current Neuropharmacology 2020. Neuroprotective Polyphenols: A Modulatory Action on Neurotransmitter Pathways.

 

*Neuropharmacology 2018. A novel pharmacological activity of caffeine in the cholinergic system.

 

*Nutrients 2017. Neuroprotective Actions of Dietary Choline.

 

*Nutrients 2020. Choline, Neurological Development & Brain Function: A Systematic Review Focusing on the First 1000 Days.

 

*Nutrients 2018. Dietary Choline Intake: Current State of Knowledge Across the Life Cycle.

 

*Nutrients 2019. Natural Choline from Egg Yolk Phospholipids Is More Efficiently Absorbed Compared with Choline Bitartrate; A Randomized Trial in Healthy Adults.

 

*Nutrients 2017. Usual Choline Intakes Are Associated with Egg & Protein Food Consumption in the US.