quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Romã: Zero Gordura e Menos de 50 Calorias!


 

A romã é uma fruta considerada exótica, típica da região do Mediterrâneo e Oriente Médio, muito consumida em épocas festivas, principalmente por estar associada a crenças populares e simpatias de Natal e Réveillon, que dizem que, ao consumir suas sementinhas vermelhas, os nossos anseios e esperanças se transformam em realidade! Coisa boa, né? 😃

No ponto de vista nutricional, é em seu interior que se encontra sua maior riqueza: as sementes, que são suculentas e têm sabor agridoce. Elas possuem baixíssimo valor calórico, com menos de 50 kcal por 100g de sua polpa.

Apesar de pouco calórica, a romã é fonte de muitos nutrientes: ferro, zinco, magnésio, manganês, cálcio e vitamina C. É também rica em compostos que ajudam na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, hipertensão e até câncer, além de antioxidantes, que beneficiam principalmente a pele.

A romã também ajuda a manter sob controle os níveis de colesterol e pressão arterial. Possui, ainda, ação anti-inflamatória e é uma ótima opção para diabéticos, pois sua quantidade de sacarose é quase nula.

Além de todos esses benefícios, a romã é uma ótima fonte de fibras, vitaminas e minerais. É uma fruta que não possui nenhuma gordura, somente uma mínima quantidade de hidratos de carbono, que proporcionam energia de forma imediata.

E a casca também é cheia de benefícios! Que tal fazer um chá da casca da romã? Ele tem ação anti-inflamatória natural, sendo bom para infecções na garganta, e para combater micro-organismos causadores de infecções na pele.

As romãs podem ser consumidas in natura, como suco, polvilhadas em vários pratos, doces e salgados, em saladas, vitaminas, tortas e bolos, geleias, sorvetes, como molho de carnes, entre outras opções.



Consumida nas Festas de fim de ano ou quando você desejar, a romã é uma fruta deliciosa, com muitos benefícios! E, se as crenças e simpatias estiverem certas, ainda pode trazer muito boa sorte a você! Na dúvida, não custa nada tentar... 🤭

#romã #benefíciosdosalimentos #fontedefibras #nutricionista #frutasdaestação

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Idade e Sistema Digestivo

 


O processo digestivo envolve a interação de vários órgãos e ocorre gradualmente à medida que os alimentos se movem através do canal alimentar. As mudanças no sistema digestivo relacionadas à idade começam na boca e podem afetar praticamente todos os aspectos da digestão. Doenças diversas e uso de medicamentos acabam contribuindo para agravar as alterações digestivas decorrentes do envelhecimento.

 

Envelhecimento da boca e orofaringe

As papilas gustativas se tornam menos sensíveis, então a comida não é tão apetitosa como antes. Dentes e gengivas podem ter doenças, os músculos da mastigação não são mais tão fortes, as glândulas salivares não produzem saliva suficiente. Engolir pode ser difícil e os alimentos ingeridos se movem lentamente através aparelho digestivo, devido à redução da força e tônus do tecido muscular.

 

Sensores, enzimas e hormônios

Os sensores presentes na parede do canal alimentar ajudam a regular as funções digestivas, e a comunicação neurossensorial vai ficando amortecida, retardando a transmissão de mensagens que estimulam a liberação de enzimas e hormônios. Esses mecanismos regulatórios impulsionam a atividade digestiva através de ação mecânica e química. Os hormônios que podem ser afetados são gastrina, secretina, colecistoquinina, peptídeo inibidor gástrico, motilina e muitos outros.

 

Enfermidades do sistema digestivo

Doenças que prejudicam os órgãos digestivos, como hérnia de hiato, gastrite e úlcera péptica, podem ocorrer com frequência maior à medida que se envelhece. Problemas no intestino delgado podem incluir úlceras duodenais, má digestão e má absorção. Distúrbios no intestino grosso abrangem doenças diverticulares, prisão de ventre e hemorroidas. Condições que afetam a função de órgãos acessórios, como pâncreas e fígado, reduzem a sua habilidade de fornecer enzimas pancreáticas e bile ao intestino delgado, e incluem pancreatite, icterícia, cirrose e cálculos na vesícula.

 

Redução do ácido gástrico

Várias condições patológicas, como gastrite por H. pylori, gastrite atrófica do corpo, bem como medicamentos antiácidos e antissecretores de ácido gástrico podem interferir no funcionamento normal da mucosa do estômago e na absorção de micronutrientes, causando anemia e deficiências diversas.

 

Micronutrientes

Deficiências de micronutrientes podem levar a sérias consequências clínicas quando não são prontamente reconhecidas e tratadas, especialmente em pacientes idosos. O estômago desempenha um papel importante na homeostase (equilíbrio) de micronutrientes como ferro, vitamina B12, vitamina C, cálcio e magnésio. A mucosa do corpo do estômago (parte central) é composta de células parietais, cuja principal função é a secreção de ácido gástrico (digestão e absorção dos nutrientes citados) e a produção de fator intrínseco (essencial para a absorção de B12).

 


 

Medicamentos antissecretores e cálcio

Quanto à absorção de cálcio e o impacto da hipocloridria gástrica (redução de ácido clorídrico) no metabolismo, o uso prolongado de antissecretores (inibidores da bomba de próton), como omeprazol e outros ‘prazóis’, deve ser considerado: ao reduzir a secreção de ácido clorídrico esses agentes afetam a assimilação do mineral, aumentando o risco de osteoporose e fraturas ósseas.

 

Infecções, pólipos e câncer

Além do cálcio, a baixa acidez ou uso prolongado de antissecretores pode interferir nos níveis adequados de magnésio, vitamina C, B12 e ferro, pois eles precisam de ácido gástrico para ser absorvidos. Uma supressão crônica de ácido gástrico por ‘prazóis’ pode levar a infecções do trato intestinal, respiratório e urinário. A hipocloremia (baixa do íon cloro no sangue) causada pelo uso contínuo destes medicamentos pode induzir o crescimento de pólipos gástricos e até câncer de estômago.

 

O que fazer?

Não costumamos dar muita atenção ao aparelho digestivo, achando que ele vai trabalhar e funcionar bem para sempre. Podemos perceber o envelhecimento extrínseco, como a pele enrugada, manchada, sem viço, a redução de massa muscular e força física com o passar dos anos. Esquecemos que o envelhecimento intrínseco acompanha tudo isso, escondido de nossos olhos. Os órgãos do corpo encolhem, endurecem, ficam menos competentes em suas funções com o passar dos anos. É importante procurar sanar as doenças de base, fazer uma dieta adequada sem exigir muito esforço ao sistema digestivo, repor os micronutrientes que estejam em baixa e usar enzimas digestivas.

 

Texto elaborado por: Dra. Tamara Mazaracki. 

 

Título de Especialista em Nutrologia –  Associação Brasileira de Nutrologia;

 

Membro Titular da ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia;

 

Pós-graduação em Medicina Ortomolecular, Nutrição Celular e Longevidade – FACIS-IBEHE – Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo e Centro de Ensino Superior de Homeopatia;

 

Pós-graduação em Medicina Estética – Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino – IBRAPE.

 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.

 

Referências Bibliográficas:

*Stat Pearls 2021. Physiology of Digestion.

*Nutrients 2021. Small and Large Intestine: Malabsorption of Nutrients.

*Nutrients 2021. Common Pitfalls in Management of Patients with Micronutrient Deficiency: Keep in Mind the Stomach.

*Therapie 2021. Long-term use of proton pump inhibitors as risk factor for various adverse manifestations.

 

domingo, 26 de dezembro de 2021

Bebidas Alcoólicas: Elas Têm Algum Valor Nutricional?


 

Para muitas pessoas, as bebidas alcoólicas ingeridas com moderação fazem parte da vida social normal. Para alguns, porém, o álcool torna-se uma compulsão. Para evitar os exageros e saber quando parar (ou buscar ajuda), é fundamental conhecer seus efeitos - inclusive os nutricionais.

Cada grama de etanol contém 7 calorias - quase o mesmo que 1 grama de gordura (9 calorias). Uma única latinha de cerveja contém mais de 150 calorias. Uma caipirinha de limão (com adoçante) passa de 200 calorias.

Do ponto de vista estritamente nutricional, há três principais consequências ao ingerir álcool em excesso: a desidratação do organismo, a dificuldade de absorção de nutrientes e o ganho de peso.

A ingestão de álcool, mesmo que moderada, gera efeitos sobre todos os órgãos, especialmente sobre o coração, os rins, o cérebro, o fígado, o estômago e o sistema imunológico.

A absorção de nutrientes fica prejudicada pela ingestão de álcool, pois o efeito diurético do etanol leva à diminuição da água no organismo, fundamental para o metabolismo adequado.

Além disso, o alto valor calórico do álcool promove ganho de peso, acúmulo de gordura no fígado e aumento da pressão arterial, o que eleva o risco de eventos cardiovasculares. Há efeitos também sobre o sono, o apetite, a disposição, a recuperação muscular, e ainda pode levar a doenças como a cirrose hepática, esofagite e gastrite.

E, claro, há também o efeito depressor do sistema nervoso central - o que é perigoso, especialmente quando o álcool é misturado a medicamentos ou substâncias ilícitas.



O álcool provoca dependência, com efeitos que vão muito além da saúde física, afetando profundamente também a saúde mental, emocional, a vida pessoal e o desempenho profissional.

Se consumir álcool é um prazer para você, aprecie sempre com moderação. De verdade. Beber álcool pode ser um prazer desde que seja, ao mesmo tempo, um ato de responsabilidade com você, com sua saúde e com o bem-estar de quem está ao seu redor - seja conhecido ou não.

Vá com calma. E, se puder, evite. Seu corpo e sua saúde agradecem.

#bebidasalcoolicas #comportamentosaudável #escolhasinteligentes #moderação #consumacommoderação

 As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Cuidados Necessários Com a Alimentação No Verão e Período de Férias

 


A época mais quente do ano chegou e com ela os cuidados com a saúde e alimentação devem ser dobrados, tanto no que diz respeito à nossa saúde física, quanto à integridade e qualidade dos alimentos. A maior exposição ao sol pode ocasionar quadros de desidratação e queimaduras, além de que um ambiente muito quente pode não ser a melhor opção para o preparo ou manuseio de alimentos. Pensando nisso, trouxemos algumas dicas valiosas para cuidar da saúde em geral no verão:

Não esqueça da água

Nos dias mais quentes nosso suor aumenta, e, consequentemente, perdemos mais água corporal. Por isso, leve sempre consigo uma garrafinha de água. Visualizar seu copo ou sua garrafa ao longo do dia pode lhe ajudar a tornar esse hábito mais frequente. Além disso, alguns aplicativos de celulares funcionam como alertas de hidratação, facilitando a função para quem acaba esquecendo de beber água durante o dia. Se você tem muita dificuldade, pode apostar também na água saborizada para deixá-la com sabor agradável e diferenciado. Aposte em frutas como limão, abacaxi, morango e complemente com hortelã ou gengibre.

Opte por alimentos mais leves

Alimentos ricos em açúcar ou gordura podem dificultar a nossa digestão, portanto, escolha alimentos leves e de fácil digestão. Sanduíches naturais, frutas, oleaginosas, sucos e smoothies são boas opções para estes dias quentes. Evite alimentos hiper condimentados e com excesso de gorduras, principalmente as saturadas.

Faça seus próprios lanches

A tarefa de fazer os próprios lanches faz com que sejamos mais cuidadosos com a refeição que iremos fazer. Isso começa desde o planejamento da refeição e escolha dos ingredientes. Além disso, temos o conhecimento da higiene local, dos alimentos e de como foram preparados. Isso já os torna mais saudáveis do que comprá-los prontos, em locais onde não sabemos como foram as etapas de produção.

Não perecíveis podem ser uma boa opção

Frutas desidratadas, barras de cereal ou de proteína, sementes e oleaginosas podem ser boas opções para você carregar na bolsa ou mochila e não se preocupar com o armazenamento. Estas opções também são facilitadoras, uma vez que podem ser acomodadas direto de sua embalagem de origem ou potes pequenos, ocupando pouco espaço e ainda, sendo alternativas saudáveis.




Armazenamento e temperatura

Se a ideia for transportar alimentos, providencie uma bolsa térmica que comporte adequadamente os itens que você desejar. É de extrema importância manter os alimentos nas temperaturas corretas, uma vez que pode ocorrer contaminação dos alimentos, e em dias quentes, o desenvolvimento microbiológico ocorre ainda mais rápido. No seu domicílio, atente-se também ao refrigerador: evite deixar a geladeira aberta por muito tempo e tome cuidado para não obstruir a circulação do ar com sacolas ou caixas grandes, pois isso pode prejudicar a distribuição de temperatura de forma homogênea no ambiente. Além disso, o termostato também pode ser ajustado a depender da temperatura, e no verão, o freezer deve estar a -18C e a geladeira, a 5C.

Atente-se à qualidade dos estabelecimentos de alimentação

Quando a opção for fazer as refeições em um estabelecimento, é importante tomar alguns cuidados: além de ingredientes frescos e de qualidade, atente-se quanto a limpeza e a higiene local, pois esses pontos refletem diretamente na qualidade geral do local. Quando não for possível, evite pedir pratos com ingredientes crus, como o sushi e o tartar, por exemplo, pois o risco de contaminação pode ser maior. 

 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

 

Referência Bibliográfica:

 

Del Pino, B; Canabarro, JS. Cuidados necessários com a alimentação no verão e período de férias. Nutrição em Pauta. Disponível em: www.nutricaoempauta.com.br Acessado em: 21/12/2021.

domingo, 19 de dezembro de 2021

Natal Saudável e Sem Culpa

 



O Natal é uma data repleta de delícias gastronômicas compartilhadas com famílias e amigos. É um momento de prazer e alegria, que tem na comida uma forma genuína de dar e receber afeto. Mas é possível passar por esta época do ano sem exagerar nas calorias?

Claro que é! Não é preciso desistir de comer as coisas gostosas típicas do Natal, mas é possível fazer algumas substituições e escolhas saudáveis, comendo com moderação e equilíbrio, para evitar os excessos.

Uma ótima sugestão é que você coma com calma, degustando bem cada uma das suas escolhas. Faça isso saboreando também as conversas e as companhias. Essa mudança de atitude, por si só, poderá fazer você sentir maior saciedade, com menor quantidade de comida.

Outra dica é que você ajuste a quantidade de comida da ceia para o número de convidados, evitando que reste muita comida - e que você passe a semana seguinte inteira beliscando o que sobrou...

A ceia de Natal não é o momento para privações, que só aumentam o desejo e, assim, a chance de comer de forma exagerada. Coma o que tem vontade, sempre em quantidades moderadas e com consciência. Faça as refeições normalmente no dia do Natal, para não chegar à ceia com excesso de fome.

Comece a ceia pela salada. Ela é uma opção saudável, saborosa e que proporciona a sensação de saciedade. Em seguida, sirva-se de um pouquinho de cada prato quente que goste. Evite repetir - procurando diferenciar a fome da simples vontade de comer.

Na hora da sobremesa, comece pelas frutas. Sirva-se de doces se ainda tiver vontade, mas somente dos seus preferidos e sempre em pequenas porções.



Aproveitar a ceia de Natal não é jogar fora seu comprometimento com uma alimentação saudável e equilibrada. Significa apenas que você também entende que datas especiais podem acomodar alguns desejos extras na alimentação. É a hora de saborear sem culpa uma refeição especial, que só acontece uma vez por ano!

Ser saudável é também permitir-se essas liberdades, na quantidade certa, com inteligência e moderação.

Feliz Natal para você e para quem você ama! 🥰

#comidanatalinasaudavel #natalsemexageros #natalsemculpa #semculpa #nutriçãofuncional

 

 As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Frutas Natalinas Engordam?

 


As uvas passas podem até dividir opiniões, mas fato é que sua presença se torna mais constante no Natal, assim como acontece com as cerejas, as nozes e a romã. Todas essas iguarias costumam ter o passe garantido nas ceias de final de ano, mas indo além do visual e do sabor que elas agregam aos pratos típicos da época, muita gente quer saber se essas frutas natalinas engordam.

Sabemos que, na prática, o final de ano pode não ser o período mais propício para manter o foco na dieta. Contudo, conhecer os nutrientes que os alimentos mais consumidos nessas semanas carregam é um passo importante para fazer, ao menos, escolhas mais conscientes no cardápio em meio a tanta variedade. 

 

Afinal, frutas natalinas engordam?

 

Comer nozes gera um aumento de peso

Parcialmente verdade. Por mais que as nozes e outras oleaginosas possam ser calóricas se consumidas em excesso, não vai ser um consumo moderado em uma noite de Natal que irá influenciar no seu ganho de peso. Estudos apontam que controlar a quantidade de nozes consumidas por dia pode estar associado a um menor ganho de peso a longo prazo e menor risco de obesidade em adultos.

Consumir cerejas pode favorecer o praticante de exercícios físicos

Verdade. Segundo pesquisas, com alta capacidade anti-inflamatória e antioxidante, os nutrientes presentes nas cerejas podem ajudar na recuperação da função muscular e a inibir a inflamação induzida pelo exercício, o estresse oxidativo e, principalmente, a dor. Entretanto, os benefícios devem ser aproveitados como parte de uma alimentação equilibrada, e não como suplementação.

O consumo de romã altera diretamente a perda de peso

Mito. Por mais que a romã seja rica em nutrientes como taninos, polifenóis, flavonoides e vários outros tipos de compostos antioxidantes, seu consumo não está diretamente relacionado à perda de peso. Resultados de um estudo mostraram que não houve um efeito significativo do consumo de romã no peso e nos índices de composição corporal entre pacientes que consumiram a fruta sob análise.

Uvas passas podem prevenir a obesidade

Verdade. Em uma comparação feita entre pessoas que consumiam e que não consumiam uvas passas, o primeiro grupo apresentou um peso corporal inferior, menor índice de massa corporal e de circunferência da cintura, além de terem 39% menos probabilidade de estarem com sobrepeso ou obesidade e um risco 54% reduzido de síndrome metabólica. Como conclusão, o consumo de uvas passas foi associado a uma melhor ingestão de nutrientes, qualidade da dieta e parâmetros de peso.

Além da perda de peso

Mais do que saber se as frutas natalinas engordam, vale conhecer os benefícios desses alimentos à saúde, que são diversos. Veja alguns deles:

 


 As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências bibliográficas:

Xiaoran L. et al. Changes in nut consumption influence long-term weight change in US men and women. BMJ, 2019.

Emma S. et al. The role of cherries in health and exercise: A review. Candinavian Journal of Medicine and Science in Sports, 2013.

Alireza G. et al. Does pomegranate consumption affect weight and body composition? A systematic review and meta‐analysis of randomized controlled clinical trials. Phytotherapy Research, 2019.

Victor L. et al. Association of raisin consumption with nutrient intake, diet quality, and health risk factors in US adults: National Health and Nutrition Examination Survey 2001–2012. Food Nutr Res., 2017.

Frutas natalinas engordam? Nutritotal. Disponível em: www.nutritotal.com.br Acessado em: 17/12/2021.

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Alimentação e Saúde da Tireoide



A tireoide é uma importante glândula do nosso organismo e produz hormônios que tem como uma das suas principais funções regular o metabolismo. Quando ela não funciona adequadamente pode levar a repercussões em todo o corpo em graus variáveis de severidade, desde sintomas que muitas vezes podem passar despercebidos até formas extremamente graves que podem trazer risco de vida.

O principal nutriente para o bom funcionamento da tireoide é o iodo (pode ser encontrado na alimentação: algas marinhas, ovo, salmão, sardinha, truta, atum, linguado, pescada, bacalhau, cavala e arenque). 


A recomendação usual de iodo é de 100 a 150 microgramas ao dia (o que corresponde a 150g de pescada ou 150 g de salmão) para adultos. Esta concentração é adequada para manter a função normal da tireoide.

A glândula utiliza o iodo para a produção dos hormônios. Medicamentos, vitaminas ou alimentos com grande quantidade do mineral podem fornecer uma dose exagerada, o que pode atrapalhar o funcionamento da glândula.

Na presença de substâncias bociogênicas na dieta (como a mandioca, mostarda escura, nabo, rabanete, couve, brócolis e repolho), aumente a ingestão de alimentos fonte de iodo.

O selênio é um constituinte de uma enzima atuante no metabolismo dos hormônios da tireoide, e as síndromes de deficiência de iodo são mais graves quando há deficiência simultânea de selênio. Então, o consumo de alimentos fonte de selênio como, castanha do Pará, salmão, semente de girassol são importantes para o melhor funcionamento da tireoide.

O zinco participa das reações que promove a síntese ou aproveitamento dos hormônios da tireoide. Alimentos fonte: carne de boi, frango, peixes, grãos integrais, cereais e castanhas.

Estudos têm feito associação entre o glúten encontrado na farinha branca (pão branco, macarrão, biscoito), aveia, e o desenvolvimento de doenças autoimunes como a tireoidite de Hashimoto. Isso ocorre devido a uma sensibilidade ao glúten, onde a molécula do glúten ao ser absorvida gera a produção de anticorpos contra ela, o que provoca inflamação em diversas regiões do organismo, inclusive na tireoide. 


Porém a restrição do glúten para doenças autoimunes da tireoide ainda é controversa para indivíduos não portadores de doença celíaca.

 


A intoxicação por metais tóxicos, especialmente o mercúrio, aumenta a possibilidade de disfunção tireoidiana. Recomenda-se limitar o consumo a uma vez ao mês dos peixes predatórios, como tubarão, peixe espada e cavalinha, e a uma vez por semana dos peixes de risco médio de contaminação por mercúrio, como no caso do filé de atum, cavala, garoupa e corvina.

Os alimentos de origem vegetal que contem substâncias bociogênicas, são os do gênero Brassica como a mostarda escura, nabo, rabanete, couve, brócolis e repolho, que podem inibir a captação de iodo pela tireoide, favorecendo o aparecimento do bócio e agravando, substancialmente, o processo adaptativo da glândula tireoide, induzindo hipotiroidismo grave, tanto na primeira infância como na idade adulta.

Além do bloqueio da captação de iodeto pela tireoide, outras etapas da biossíntese hormonal podem ser afetadas pelos alimentos. É o que acontece com as partes comestíveis do babaçu, com nítido efeito inibitório na incorporação do iodeto, agravando, portanto, as consequências deletérias da carência de iodo.

No caso da soja, as principais toxinas são alergênicos, fitatos, inibidores da protease, genisteína e goitrogênicos, através de uma substância que se liga ao iodo evitando a sua absorção pelo organismo a partir do trato gastrointestinal.

Enquanto os estudos não determinam o exato efeito dos produtos a base de soja no metabolismo de hormônios da tireoide, o consumo excessivo de soja deve ser visto com atenção.

A deficiência de iodo também pode ser provocada pela alta ingestão de cálcio, que diminui sua absorção pelo intestino.

Porém, não existem artigos conclusivos dizendo que pessoas com hipotireoidismo devam evitar esses alimentos. Normalmente, as pessoas com hipotireoidismo são tratadas com hormônios e a ingestão desse medicamento deve ser em jejum, pois o consumo de qualquer produto que contenha soja, assim como alimentos ricos em fibras, suplementos de cálcio ou ferro e antiácidos contendo alumínio e magnésio pode atrapalhar a absorção da medicação. Mas em outros horários ainda há controvérsias se o consumo desses alimentos deve ser restrito. Até porque eles tem efeito protetor para o organismo. O ideal seria ter uma alimentação variada com dieta de rotação, ou seja, não consumir sempre o mesmo tipo de alimento.

 

Texto elaborado por: Patrícia Bertolucci

Nutricionista pela Universidade Federal de Goiás – UFG.

Assessoria a Clubes e Empresas ligadas ao esporte ou com interesse em qualidade de vida.

Responsável pela empresa Patrícia Bertolucci Consultoria em Nutrição.

 As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.