segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Reeducação Alimentar Para Todas As Idades


 

Reeducação alimentar é o processo de modificar hábitos, escolhas e comportamentos relacionados à alimentação, com objetivo de torná-los mais saudáveis e equilibrados.

Fazer boas mudanças é sempre algo positivo, a qualquer momento. Portanto, a reeducação alimentar pode, sim, ser feita em todas as idades.

Tenha em mente, porém, que reeducação alimentar não é o mesmo que dieta, nem é igual para todas as pessoas. É muito importante que um profissional de Nutrição elabore um plano alimentar individual, que leve em conta o gosto, os hábitos, necessidades e a condição de saúde de cada um.

Embora muitas pessoas busquem perder peso com a reeducação alimentar, os objetivos podem, na verdade, ser muito mais variados. O que se espera é estabelecer uma relação saudável com a comida, de forma definitiva e duradoura. A ideia é ter maior qualidade de vida, melhores condições físicas e biológicas, estimular o metabolismo ou criar opções saudáveis e gostosas para quem tem restrições alimentares, por exemplo.

Uma boa reeducação alimentar considera também o âmbito emocional: entender o que a comida significa para você, como suas emoções afetam seu comportamento e escolhas alimentares, entre outros aspectos.

Crianças, adolescentes, adultos e idosos podem, e devem, aprender a seguir um cardápio saudável, que lhes ofereça prazer e saúde simultaneamente. Para os pequenos, os pratos podem ser mais atrativos e coloridos; para os idosos, alimentos mais macios e suaves, e assim por diante.



O importante é que esse processo aconteça sem deixar de lado o prazer de comer. A pessoa deve aprender a explorar novos sabores, texturas e combinações, conciliando prazer e bem-estar de forma natural e consciente, sem sacrifícios.

Inserir hábitos novos e saudáveis à sua rotina, de maneira inteligente, prazerosa e funcional, é uma mudança que só gera ganhos - para o corpo, para a mente e para a saúde como um todo. Conte comigo para ajudar você neste processo! 😉

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 As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Como Planejar Suas Refeições em Tempo de COVID 19?

 


Até o momento, existem poucas evidências ou recomendações sobre alimentação e COVID-19, no entanto, sabe-se que o adequado estado nutricional, consumo alimentar, hidratação contribuem para a manutenção e recuperação da saúde dos indivíduos. Além disso, é sabido que em situação de isolamento ou de quarentena, em função da pandemia, podem ocorrer alterações na dinâmica das famílias no momento da compra, no preparo e no consumo de alimentos, exigindo, portanto, maior planejamento das refeições.

 
Ressalta-se que ainda estamos aprendendo sobre a transmissão do novo coronavírus, assim, este material poderá sofrer modificações conforme ocorrerem atualizações das referências relacionadas ao tema que possam alterar as recomendações aqui contidas.

 
Não se tem evidências acerca da transmissão da COVID-19 por alimentos.

 
As medidas adotadas para prevenção da propagação da COVID-19, incluindo tanto o isolamento quanto a quarentena, poderão alterar a frequência de compras e o comportamento de consumo de alimentos das famílias brasileiras. Por exemplo, a compra menos frequente de alimentos, para evitar sair de casa, e a necessidade de organizar formas diferentes de idas aos locais em que as compras serão realizadas. Reforça-se que àqueles que manifestarem qualquer tipo de sintoma devem evitar sair de casa e poderão fazer uso da opção de compras on-line, caso disponível no município.

 É importante se atentar aos cuidados alimentares recomendados para populações de risco. Reforça-se ainda a necessidade de intervenções e atenção especial às pessoas em maior vulnerabilidade social e em situações de emergência. Um estado nutricional inadequado associa-se a um pior prognóstico e a um risco aumentado de complicações em caso de doença aguda.

 
Em idosos, as atenções são redobradas em função dos prejuízos da má nutrição e da falta de atividade física à sua saúde e qualidade de vida. Então, neste período de quarentena é necessária uma atenção especial à alimentação do idoso. Caso você seja idoso ou esteja cuidando de uma pessoa idosa, atenção à sua alimentação, que deve ser a mais adequada e saudável possível.

 Como planejar cada uma de suas refeições em tempos de COVID-19?

 
Em tempos de COVID-19 também é muito importante manter uma alimentação equilibrada, com maior consumo de alimentos in natura e minimamente processados, de maneira a evitar o consumo de alimentos ultraprocessados, com altas quantidades de energia, sal, açúcar e gordura. Uma dieta com base em alimentos ultraprocessados aumenta o risco de deficiência de nutrientes importantes e pode levar ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares,  diabetes, obesidade e outras condições crônicas. Uma alimentação saudável ajuda a promover a saúde. Uma dieta baseada em alimentos in natura e minimamente processados, se possível, variada, contribui para a ingestão de vitaminas e minerais, favorecendo o equilíbrio de nutrientes que são essenciais para a saúde.

Fique atento às orientações à seguir


 


 


 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

 


Referências Bibliográficas:

Recomendações de Alimentação e COVID 19. Ministério da Saúde, 2020..

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Suchá de Hibisco com Morango


 

Você não conhecia Suchá, não sabe o que estava perdendo! Essa é uma forma divertida, incrementada e deliciosa de tomar chá! Além de super simples, a receita de suchá é rica em nutrientes e cheias de benefícios para a saúde do seu corpo. Além disso, seus ingredientes, como o Hibisco, possui componentes diuréticos e ajuda na redução dos níveis de colesterol e prevenção de câncer (leucemia). Ou seja, além de delicioso e refrescante, possui vários benefícios para saúde. Então, faça você também sua Receita Suchá e se divirta criando novas formas de fazer esta receita!

 

Ingredientes:

  • 1 xícara de infusão de chá de hibisco gelado
  • 1 fatia de melancia
  • 5 morangos
  • Folhas de hortelã a gosto
  • Cubos de gelo a gosto

Modo de Preparo:

Bater tudo no liquidificador. Sirva em seguida.

 

Propriedades da Receita de Suchá:

 

Hibisco:

Muitas aplicações medicinais da planta têm sido relatadas tais como, combate a hipertensão, redução dos níveis de colesterol e prevenção de câncer (leucemia). É utilizado também como diurético, para tratamento de desordens gastrointestinais e infecções hepáticas. Possui atividade antioxidante e antimicrobiana e podem ser preparadas por meio de infusão ou decocção.


 

Hortelã:

É utilizada para o tratamento da síndrome funcional espástica do abdômen superior, já que reúnem as atividades espasmolítica colagoga, carminativa e antibacteriana. É especialmente indicada quando ocorrem náuseas e vômitos, bem como dores espásticas como sintomas principais. Deve-se ter cuidado quando há muita acidificação do estômago, que pode ser intensificada pela hortelã-pimenta.

Morango:

A classe de polifenois vermelhos, roxos ou azuis que conferem pigmentação aos morangos, além das antocianinas, as elagitaninas compõem o segundo maior grupo de polifenois. O morango é uma boa fonte de vitamina C e outros compostos antioxidantes, tais como flavonoides e outros fenólicos. Além disso, a composição em flavonoides do morango, caracterizada pelo alto teor de antocianinas, e a presença de derivados de ácido elágico, compostos com alto teor potencial biológico e distribuição mais limitada, o torna especialmente interessante.


Consuma morangos orgânicos!

 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

 


Referências Bibliográficas:

MEURER, MC; ROCHA, GDW. Receita de Suchá Hibisco com Morango. Instituto Ana Paula Pujol. Disponível em: www.institutoanapaulapujol.com.br Acessado em: 26/01/2022.

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Você Está (Mesmo) Cuidando da Sua Hidratação?


 

Manter-se hidratado é uma prioridade para quem quer estar sempre saudável. A água é parte fundamental do nosso metabolismo. Nosso corpo utiliza água a todo instante, em muitos processos, seja na transpiração, na urina, fezes e até ao respirar.

Por isso, repor essa água é fundamental. Quando o corpo começa a se desidratar, todas as funções são afetadas - e podemos começar a sentir dificuldade para realizar algumas atividades básicas, devido ao desequilíbrio do organismo.

A hidratação adequada gera incontáveis benefícios: melhora da elasticidade da pele; manutenção das funções cerebrais (raciocínio, concentração etc.); digestão mais fácil, graças à maior motilidade intestinal; melhor desempenho em atividades físicas; fluidificação de mucos (ajudando a prevenir gripes e resfriados); manutenção da saúde dos rins, entre outros.

Além disso, beber água promove a sensação de saciedade, fazendo com que você coma menos e, consequentemente, possa manter ou perder peso mais facilmente.

Se estiver sentindo muita sede ou se perceber que sua boca e pele estão muito secas, se a urina estiver reduzida e com cor muito acentuada, ou se estiver sentindo dores de cabeça súbitas e tontura, fique atento: existe a chance de você estar desidratado. Desidratações leves e moderadas podem ser resolvidas tomando água, mas as mais severas precisam de acompanhamento médico.

Alguns alimentos também contêm grande quantidade de líquidos e podem ajudar na hidratação diária. Entre eles estão a melancia 🍉, o abacaxi 🍍 e o melão 🍈, o pepino 🥒, a alface 🥬 e o tomate natural 🍅. Chás, sucos, leites e isotônicos também são recomendados, mas fique atento à quantidade de calorias de cada um!



 

Lembre-se também que você não deve consumir toda a água do dia de uma só vez! O excesso de água pode sobrecarregar os rins e provocar a perda dos estoques de sódio no sangue. Beba água de modo distribuído ao longo do dia, ok?

Manter seu corpo bem hidratado é o mínimo que você pode fazer por sua saúde! Que tal uma pausa agora mesmo, para um golinho de água? 😉💦

#mantersehidratado #hidratarse #alimentosquehidratam #vidasaudavel #nutricao

 As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

 

domingo, 23 de janeiro de 2022

Caqui

 


Quer oferecer uma fruta que ajude na saúde dos olhos do seu filho? Invista no caqui, alimento rico em carotenoide chamado zeaxantina que tem uma atividade antioxidante poderosa, neutralizando os radicais livres que destroem  as células do olho.

Ela também é rica em pectina, uma fibra solúvel, que funciona como um probiótico e ajuda na saúde intestinal. Para se ter uma ideia, 100g de caqui suprem 34% das necessidades diárias de fibras das crianças com idade entre 1 e 2 anos e 26% das necessidades diárias daquelas entre 3 e 8 anos. Além disso, o caqui também contém cálcio, vitamina C, potássio e compostos bioativos, como taninos.

Ele é essencial para a visão, unhas e cabelos e auxilia o desenvolvimento ósseo. Retarda o envelhecimento precoce do organismo. O caqui é fonte ainda de licopeno, um fitoquímico com importante atuação na defesa do organismo.

A fruta contribui para o bom funcionamento do intestino, por conter fibras, e atua como calmante, devido à alta concentração de açúcar e frutose, razão pela qual deve ser consumida moderadamente, em especial por diabéticos. O ideal é não exagerar. A melhor recomendação é variar os tipos de frutas e escolher ao menos três por dia.

Como oferecê-lo à criança

Por ser docinho, costuma agradar ao paladar infantil, e a melhor forma de se oferecer caqui é in natura, uma ótima opção para que não se perca nenhum de seus nutrientes durante qualquer tipo de processamento.

Como escolher

Delicado e com casca muito fina, o caqui precisa ser bem embalado para a venda. Na hora da compra, deve estar livre de rachaduras, firme e com a coloração uniforme. A recomendação é consumi-lo in natura, ou seja, cru.

Mas muitas pessoas gostam de saboreá-lo na forma de suco. Este, porém, tem de ser bebido logo após o preparo. Do contrário, o sabor é alterado e perde-se parte das vitaminas.

Após a compra, caso o caqui esteja maduro, a recomendação é guardá-lo na geladeira entre três e cinco dias, no máximo. A conservação também pode ser feita em local fresco, desde que o consumo seja rápido. Se ainda estiver verde, deve ser mantido fora da geladeira para amadurecer.

É importante lavá-lo com delicadeza, um a um, esfregando com as mãos. Em seguida, deixá-lo imerso em solução clorada (hipoclorito de sódio, à venda em supermercados) por aproximadamente 20 minutos. Vale lembrar que não é recomendável lavá-lo se o consumo não for imediato, pois pode azedar.

Período de Safra

Março-Maio 

Tipos de Caqui

  • Caqui Rama ForteColoração vermelha, polpa de consistência mole e gelatinosa;
  • Caqui TaubatéColoração vermelha, polpa de consistência mole;
  • Caqui Giombo (tipo chocolate)Alaranjado, de consistência firme e crocante;
  • Caqui FuyuAlaranjado e de consistência firme.​

Propriedades Nutricionais

Em um caqui médio ou em 100 gramas

  • Calorias - 71 kcal
  • Fibras - 6,5 g
  • Cálcio - 18 mg /li>
  • Vitamina C - 29,6 mg
  • Potássio - 164 mg
  • Fósforo - 18 mg
  • Carboidrato - 19,3 g

Fonte: Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (Taco)​

Melhores combinações

Além do suco, o caqui pode ser usado em saladas, combinado com outras frutas, transformado em bolos saudáveis, geleias ou purês.

 


Geleia de Caqui

 

Ingredientes

  • 1 ½ kg de caqui maduro
  • 1 kg de açúcar
  • ½ limão
  • 1 copo de água

Modo de preparo

  1. Retire os cabos dos caquis e lave-os um a um.
  2. Descasque-os (basta puxar a casca com os dedos ou com a lâmina de uma faca).
  3. Passe por uma peneira e reserve.
  4. Leve a água e o açúcar ao fogo brando até dissolvê-lo.
  5. Acrescente a casca do limão.
  6. Retire a casca do limão e coloque a fruta.
  7. Cozinhe em fogo brando e mexa até engrossar.
  8. Quando esfriar, guarde em vidros previamente higienizados e secos e feche bem.​

 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

De Vuono, T. 101 alimentos para seu filho comer antes de crescer. 1 ed. Bauru, São Paulo: Astral Cultural, 2019.

Ramos, EGC. Caqui: benefícios à saúde. Hospital Israelita Albert Einstein. Disponível em: www.einstein.br Acessado em 23/01/2022.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Glúten: Devo Evitar ou Não?

 


O glúten é um conjunto de proteínas presente naturalmente em alguns grãos, como no trigo, na aveia, no centeio, entre outras. Muito usado na indústria alimentícia, principalmente na área de panificação, o glúten confere maciez, elasticidade e aderência às massas.

Diferente do que muita gente pensa, o glúten não é prejudicial para a grande maioria das pessoas. Apenas 1% da população tem a doença celíaca, uma doença autoimune do intestino, que ocorre pela exposição ao glúten.

Muita gente evita o glúten desnecessariamente, acreditando que evitá-lo significa comer de forma mais saudável. Mas, na verdade, o glúten só precisa realmente ser retirado da dieta por quem sabidamente é portador de alguma doença, sensibilidade ou alergia relacionada à sua proteína. Atualmente já há vários alimentos produzidos sem a presença de glúten, para atender ao público que não pode ingerir essas proteínas, ou para os que podem, mas não desejam.

O glúten em si não engorda. Alguns alimentos nos quais ele costuma ser encontrado (massas, pães e biscoitos) são fabricados com farinha de trigo branca - e é a alta quantidade de carboidratos simples destas composições, que podem levar ao ganho de peso. Isso faz com que as pessoas relacionem o glúten ao ganho de peso de forma equivocada.

Quando consumido de maneira correta e equilibrada, o glúten, ao chegar ao intestino delgado, ajuda na proliferação e renovação das bactérias "do bem", que auxiliam na digestão alimentar.

O glúten é uma proteína de baixo valor nutricional. Por isso, não o consumir não representa um déficit alimentar importante para a maior parte das pessoas. Porém, é interessante buscar alternativas, como a inserção de fibras sem aditivos artificiais, como os conservantes, aromatizantes e corantes.

Alimente-se de forma equilibrada, com bom senso e inteligência. Contar com a orientação de um nutricionista é uma excelente forma de definir uma rotina alimentar adequada às suas necessidades, sem precisar abrir mão de alimentos (ou ingredientes) que tornam a alimentação mais gostosa, sem fazer mal à sua saúde. Conte comigo!

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 As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Qual é a Diferença entre Alergia, Hipersensibilidade e Intolerância aos Alimentos?

 


A alergia é definida por uma reação do sistema imunológico a um alimento, a hipersensibilidade não envolve resposta imune e a intolerância é caracterizada quando o corpo é deficiente de alguma molécula ou enzima necessária para digerir determinados alimentos. As três modalidades podem variar de um incômodo leve ou considerável até um quadro grave, e podem apresentar sintomas variados, dificultando o diagnóstico.

 

Alergia

Embora o termo "alergia" seja comumente usado para descrever qualquer reação desagradável a uma droga, comida, picada de inseto ou produto químico, isso é enganoso. A verdadeira alergia é uma reação produzida quando o corpo entra em contato com uma substância normalmente inofensiva, que foi "lembrada", pois houve uma exposição anterior com a produção de anticorpo IgE (imunoglobulina E). No caso de uma alergia, o sistema imunológico aprende a atacar este material por razões ainda desconhecidas. Ou seja, para que uma alergia se desenvolva, o indivíduo deve ser exposto a tal substância pelo menos uma vez antes que o problema se manifeste. A alergia alimentar é um importante problema de saúde pública que afeta crianças e adultos, e sua prevalência vem aumentando nas últimas décadas. Cada vez há mais alérgicos no mundo.

 

Os oito alimentos mais problemáticos

Os alergênicos mais comuns são ovo, leite, amendoim, nozes, soja, trigo, mariscos e peixes. No primeiro consumo não haverá problema, no entanto o sistema imunológico pode considerar o alimento como um ‘estranho’ e produzir IgE contra o mesmo. Depois, quando se consome ou se é exposto ao alimento, o corpo entra em ‘modo de ataque’. Alguns sintomas comuns ligados a alergias são reações na pele como eczema e urticária, problemas respiratórios, rinite, lacrimejamento, e até choque anafilático. Os sintomas podem surgir imediatamente ou dentro de algumas horas, dependendo do tipo de alergia e da resposta do sistema imunológico.

 

Hipersensibilidade

A hipersensibilidade é uma reação exagerada a uma substância (aditivos alimentares), sem envolver uma resposta do sistema imunológico e sem a produção de anticorpos, e pode apresentar múltiplos sintomas que vão desde alterações no trato digestivo até problemas neurológicos, e sintomas vagos como fadiga, perda de peso, rinite crônica, sensação de mal estar geral e indefinido, o que torna difícil rastrear a substância ofensiva. A hipersensibilidade pode se tornar séria, especialmente se a pessoa é exposta repetidamente, razão pela qual é importante estar atento aos sintomas e evitar o alimento/aditivo causador de problemas. A hipersensibilidade aos corantes, conservantes, MSG (mono sódio glutamato, um realçador de sabor) e adoçantes como o aspartame é bem conhecida.

 

Intolerância alimentar

A intolerância acontece quando os sintomas aparecem após ingerir um alimento que o corpo não consegue metabolizar. Isso ocorre porque o sistema digestivo não produz quantidades suficientes de alguma enzima particular, necessária para quebrar o alimento e permitir a digestão. Um exemplo é a intolerância à lactose causada pela falta da enzima lactase, necessária para digerir o leite. Neste caso, ao se consumir produtos lácteos surgem sintomas como inchaço, dor abdominal e diarreia. 

 

 

Diagnosticando e tratando

Para resumir, as alergias podem ser causadas por alimentos que fazem parte do nosso dia a dia, como ovo, leite, amendoim, nozes, soja, trigo, mariscos e peixes. Na hipersensibilidade os principais culpados são os aditivos alimentares como o corante amarelo tartrazina, vermelho carmim e azul brilhante, conservantes como o benzoato de sódio, nitritos e nitratos, realçador de sabor como o MSG e adoçantes como o aspartame. As intolerâncias mais comuns são à lactose, frutose, glúten e histamina. É essencial fazer o diagnóstico correto para que o tratamento da alergia, hipersensibilidade ou intolerância seja feito de forma adequada, sempre com supervisão médica. 

 

Texto elaborado por: Dra. Tamara Mazaracki. 

 

Título de Especialista em Nutrologia –  Associação Brasileira de Nutrologia;

 

Membro Titular da ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia;

 

Pós-graduação em Medicina Ortomolecular, Nutrição Celular e Longevidade – FACIS-IBEHE – Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo e Centro de Ensino Superior de Homeopatia;

 

Pós-graduação em Medicina Estética – Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino – IBRAPE.

 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.

 

Referências Bibliográficas:

*StatPearls 2021. Allergy.

*Pediatric Annals 2021. Food Allergy: A Review.

*Acta Biomedica 2019. Hypersensitivity reactions to food & drug additives: problem or myth?

*Nutrients 2021. Food Allergy & Intolerance: A Narrative Review on Nutritional Concerns.