domingo, 29 de maio de 2022

Cirurgia Bariátrica: Será Que Eu Posso?

 


Antes de pensar em fazer cirurgia bariátrica, é indispensável saber que ela não é uma solução mágica para a perda rápida de peso, para se livrar da obesidade. Muito menos deve ser vista como um procedimento estético.

A obesidade é uma doença crônica, que cresce de forma alarmante em todo o mundo, e que gera muitos problemas à saúde: hipertensão, diabetes, apneia do sono, dificuldades motoras, diminuição da expectativa e da qualidade de vida, entre outros. A cirurgia bariátrica, ou cirurgia de redução do estômago, é parte do tratamento de uma doença - a obesidade - e visa a promoção da saúde, acima de qualquer outra coisa.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cirurgia é indicada para pessoas com IMC (Índice de Massa Corpórea) acima de 35 kg/m2 e que não tenham conseguido resultados positivos de emagrecimento pelos meios clínicos, tanto com medidas comportamentais quanto medicamentosas. Isto significa, portanto, que a cirurgia bariátrica só deve ser considerada depois que outras tentativas para reduzir a obesidade tenham falhado.

Antes da cirurgia você deverá passar por uma avaliação clínico-laboratorial individual, incluindo acompanhamento psicológico e nutricional, e a mudança de alguns hábitos. Bebidas alcoólicas ou fumo, por exemplo, são proibidos neste período.

A cirurgia bariátrica é um procedimento que muda a vida de quem a faz, em muitos aspectos. Além de perder muito peso, você poderá sentir melhora da sua saúde de forma geral. Por outro lado, terá que aprender a lidar com alterações importantes na sua autoimagem, no volume e frequência da alimentação e até mesmo no papel que a comida desempenha na sua vida e nas suas emoções.

Reduzir o estômago é uma decisão radical, que só deve ser adotada por quem realmente têm a indicação para fazê-la. Se este não é o seu caso, invista na reeducação alimentar e na prática de exercícios físicos. Eles podem ser alternativas menos radicais - e muito benéficas - para você e sua saúde.

Se há indicação de cirurgia para o seu caso, comprometa-se e encare-a com confiança e seriedade. Sua saúde e seu corpo agradecem.

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 As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.

sexta-feira, 27 de maio de 2022

Vitamina D e Imunidade

 


Manter bons níveis de vitamina no organismo é essencial em qualquer época do ano. No outono e no inverno, estações em que é comum a aparição de doenças respiratórias, é importante redobrar a atenção com a vitamina D, grande responsável pela manutenção do sistema imunológico e que pode ser reduzida por conta da baixa exposição à luz solar, sua principal fonte de reposição.

A deficiência de vitamina D está relacionada à pior resposta do sistema imunológico. Tivemos estudos correlacionando essa deficiência a um maior risco de complicações na COVID-19, por exemplo. Sua baixa presença pode causar maior predisposição para osteopenia e osteoporose, piora do quadro de doenças autoimunes, além de desequilíbrios hormonais, fadiga e falta de energia. Níveis baixos da vitamina também podem interferir na eficácia da leptina, um dos hormônios que causam a sensação de saciedade, então temos uma relação para emagrecimento também.

Apesar de conhecida como a vitamina do sol, ela pode ser adquirida por reposição suplementar e alimentos. Além da exposição ao sol, por pelo menos 15 minutos por dia, entre 10h e 14h, preferencialmente, sem protetor solar, a reposição também pode ser feita por alimentos como atum, salmão, shitake e óleo de fígado de bacalhau.

Apesar de ser encontrada em alimentos, a suplementação é uma ótima opção para essa reposição. Prescritos de acordo com a necessidade de cada indivíduo, os suplementos agem como complemento aos bons hábitos alimentares e ajudam a nivelar os índices ideais de cada organismo. Vale lembrar que todos precisamos nos atentar aos níveis de todas as vitaminas que nosso organismo necessita para funcionar de forma saudável. Alguns indivíduos têm polimorfismos genéticos que dificultam a síntese ou o transporte da vitamina D, portanto quem tem alguma alteração deve acompanhar ainda mais de perto os parâmetros sanguíneos. Não só neste, mas em todos os casos, é necessária a atenção à dosagem. A ingestão de altos valores da vitamina pode levar a toxicidade e sobrecarga renal e hepática. Manter os exames em dia e procurar um profissional especializado é a melhor forma de garantir um bom funcionamento do organismo.

 As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.

 

Referência Bibliográfica:

 

Thawana, R. Com a chegada das estações mais frias do ano, entenda a importância da vitamina D para a imunidade. Nutrição em Pauta. Disponível em: www.nutricaoempauta.com.br Acessado em: 27/05/2022.

quarta-feira, 25 de maio de 2022

Micro e Nanoplásticos


 

Em média, cinco gramas de minúsculas partículas plásticas são ingeridas a cada semana – isso equivale ao peso de um cartão de crédito. Micro e nanoplásticos ingeridos representam um risco potencial para a saúde, e estão sendo investigados em inúmeras pesquisas. Estudos experimentais indicam que ao passar pelo trato gastrointestinal, os micro e nanoplásticos levam a alterações na composição do microbioma intestinal. Estas mudanças estão associadas ao desenvolvimento de doenças metabólicas como diabetes, obesidade e doença hepática crônica.

 

Absorção intestinal

Além dos efeitos no microbioma, os cientistas também encontraram mecanismos moleculares que facilitam a absorção de micro e nanoplásticos no tecido intestinal. Através de análises específicas foi demonstrado que os micro e nanoplásticos podem se entranhar nas células do intestino e ativar mecanismos de respostas inflamatórias e imunes locais. Os nanoplásticos, em particular, estão associados a processos bioquímicos envolvidos na carcinogênese, ou seja, na produção de células cancerígenas. Os possíveis efeitos negativos de micro e nanoplásticos podem ser mais impactantes em portadores de doenças crônicas.

 

Cadeia alimentar

Por definição, nanoplásticos têm medida inferior a 0,001 milímetros (< 1 μm), enquanto microplásticos variam de 0,001 a 5 mm. Estas partículas entram na cadeia alimentar principalmente a partir de resíduos de embalagens, dentre outras fontes como alimentos de origem marinha (pescados, mariscos, sal marinho), frutas, vegetais, água e bebidas diversas. De acordo com os pesquisadores, quem bebe 1,5 a 2 litros de água por dia a partir de garrafas PET, ingere cerca de 90.000 partículas plásticas por ano apenas desta forma. Já a água da bica filtrada contribui com 40.000 partículas anuais.

 

Revolução tecnológica

Na década de 1950 o plástico revolucionou o mercado trazendo praticidade às nossas vidas. No entanto, ninguém antecipou o outro lado da moeda até recentemente. Ao longo dos anos, vários estudos vêm destacando o acúmulo de grandes volumes de detritos plásticos na natureza e suas consequências ambientais. Somente nos últimos 10 anos surgiram investigações aprofundadas sobre o efeito de plásticos microscópicos na saúde humana em geral e na carcinogênese em particular.  O consumo de micro e nanoplásticos pode ocorrer diretamente através da cadeia alimentar ou indiretamente através da ingestão de partículas inaladas ou absorvidas pela pele.

 

Poluição plástica

Plásticos causam uma contaminação generalizada no meio ambiente e em organismos vivos. Em 1950 a produção anual gerou um ‘modesto’ nível de 2 milhões de toneladas. Em 2015, a produção global de plásticos havia crescido para 380 milhões de toneladas por ano, e até esta data foram gerados 6,3 bilhões de toneladas de resíduos, dos quais 9% foram reciclados, 12% foram incinerados e os 79% restantes foram parar em aterros sanitários ou no meio ambiente, especialmente em mares e oceanos. A estimativa é que 8,5 bilhões de toneladas métricas de plásticos e produtos derivados foram produzidas até o momento atual.

 


Toneladas de partículas plásticas

De acordo com um estudo feito no Marine Biology & Ecology Research Centre, a carga plástica liberada por roupas feitas de fibras sintéticas (poliéster, acrílico, nylon) equivale a mais de 700.000 microfibras por lavagem de máquina (6 kg de carga), que acabam em águas residuais. Assim, toneladas de partículas plásticas chegam aos rios e mares para entrar na cadeia alimentar, através da sua ingestão por animais marinhos, no sal marinho e na água potável, e vão parar na nossa mesa de jantar.

 

Inflamação e alterações imunológicas

Estudos recentes indicaram a presença de micro e nanoplásticos em outros alimentos, como frutas, legumes e arroz, equivalendo a uma ingestão média de cinco gramas de plásticos por semana por pessoa. A boa notícia é que pesquisas com células humanas in vitro e modelos de mamíferos in vivo sugerem que apenas uma fração limitada das partículas de plástico é absorvida pelo corpo humano. A má notícia é que a simples presença de plásticos no trato digestivo leva a modificações na composição da microbiota intestinal, produzindo inflamação local e alterações no sistema imunológico. 

 

Texto elaborado por: Dra. Tamara Mazaracki. 

 

Título de Especialista em Nutrologia –  Associação Brasileira de Nutrologia;

 

Membro Titular da ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia;

 

Pós-graduação em Medicina Ortomolecular, Nutrição Celular e Longevidade – FACIS-IBEHE – Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo e Centro de Ensino Superior de Homeopatia;

 

Pós-graduação em Medicina Estética – Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino – IBRAPE.

 

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Referências Bibliográficas:

*Exposure & Health 2022. To waste or not to waste – questioning potential health risks of micro & nanoplastics with focus on their ingestion & potential carcinogenicity.

*Life (Basel) 2021. Microplastics in the Food Chain.

*World Health Organization 2019. Microplastics in Drinking-Water.

*Environmental Research 2020. Micro & nanoplastics in edible fruits & vegetables.

*Marine Pollution Bulletin 2016. Release of synthetic microplastic plastic fibres from domestic washing machines.

*Science Advances 2017. Production, use & fate of all plastics ever made.

*Nanomaterials (Basel) 2021. Impact of Microplastics & Nanoplastics on Human Health.

 

domingo, 22 de maio de 2022

Vitamina K2 e Anticoagulantes

 


Até onde os estudos nos permitem compreender, a classe de anticoagulantes que interage com a vitamina K1 é a pertencente à classe dos antagonistas da vitamina K1, como a Varfarina, e não a Vitamina K2.

Entretanto, não há informações sobre a interação com a K2.

Por um longo período de tempo, os antagonistas da vitamina K (varfarina e acenocumarol) eram os únicos anticoagulantes disponíveis na apresentação oral. No entanto, grandes dificuldades para a obtenção de anticoagulação ideal sempre existiram com esses medicamentos. Essas dificuldades são atribuídas a uma farmacocinética e farmacodinâmica pouco previsíveis, um início de ação lento, uma janela terapêutica estreita, múltiplas interações com outros fármacos e alimentos. Além de considerável variabilidade inter e intraindividual em relação à dose administrada e ao respectivo efeito anticoagulante.

Atualmente, há drogas mais modernas que não tem essa interação.

Os novos agentes anticoagulantes incluem Rivaroxaban (Xarelto), Dabigatran (Pradaxa) e Apixaban (Eliquis). Esses agentes não têm interações medicamentosas e com alimentos e, portanto, não interagem com vitamina K1 e vitamina K2.

 

Novas Evidências!

Existem vários grandes estudos clínicos sendo realizados em todo o mundo com a suplementação de vitamina K2 em uma variedade de pacientes cardiovasculares, cujos resultados irão adicionar mais substância ao papel da vitamina K2 nas doenças cardiovasculares (DCV).

 

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Referências Bibliográficas:

ROCHA, GDW. Vitamina K2 e Anticoagulantes. Instituto Ana Paula Pujol. Disponível em: www.institutoanapaulapujol.com.br Acessado em: 22/05/2022.

sexta-feira, 20 de maio de 2022

Sopa de Tomate

 


Os tomates são ingredientes adorados na culinária, justamente por serem saborosos, combinarem com muitos pratos e serem nutritivos. São ricos em vitaminas, minerais, antioxidantes, possuem poucas calorias e oferecem muitos benefícios à saúde. 🍅

O licopeno é o pigmento que dá ao tomate a sua cor vermelha, e tem efeito preventivo sobre muitas doenças crônicas. Estudos comprovam que ele é melhor absorvido pelo nosso corpo quando está cozido, como nas sopas, que se tornam excelentes fontes deste composto.

A sopa de tomate também é uma excelente fonte de antioxidantes, melhora a saúde óssea (favorecendo o aumento da densidade mineral e reduzindo o risco de fratura), além de oferecer benefícios à saúde da pele e da visão. O tomate também ajuda a proteger o organismo de infecções bacterianas, perturbações digestivas e até pulmonares.

Essa sopa de tomate é fácil de fazer e fica deliciosa! Veja só:

INGREDIENTES:
- 1kg de tomate maduro
- 1 cebola roxa média
- 2 dentes de alho
- 1 punhado grande de manjericão
- Azeite extravirgem, pimenta, orégano e sal a gosto.

MODO DE FAZER:
Pré-aqueça o forno enquanto corta os tomates em quatro partes. Descasque a cebola e o alho e corte em pedaços. Disponha-os numa assadeira e tempere com o azeite, a pimenta, o orégano e o sal. Deixe no forno por cerca de 1 hora e meia. Quando estiver bem assado, bata no liquidificador, adicionando as folhas de manjericão.

Agora é só servir! Se quiser dar um toque especial sirva acompanhado de 2 ou 3 torradinhas integrais.

Além de deliciosa - especialmente nos dias mais friozinhos - a sopa tem incontáveis benefícios à saúde. Você vai adorar! Bom apetite! 🍅

#receitasaudável #sopadetomate #alimentaçãosaudável #ideiassaudaveis #sopadetomates

 

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quarta-feira, 18 de maio de 2022

Você Pensa Que Tem Alergia Alimentar, Mas Pode Não Ter

 


Às vezes, comer um amendoim, camarão ou cogumelo pode causar uma reação alérgica imediata. A pele fica vermelha, começa a inchar e a glote fecha aos poucos. Surgem dores abdominais e diarreia, às vezes acompanhadas de vômito e tontura. Contudo, não é todo mundo que tem alergia a esses alimentos, mas, ainda assim, muita gente pensa que possui alguma restrição em relação à comida. Foi o que mostrou um estudo publicado pelo Journal of the American Medical Association (JAMA).

A pesquisa foi feita com cerca de 40.000 adultos e descobriu que 10,8% deles eram realmente alérgicos a alimentos de alguma natureza. Contudo, o que mais chamou a atenção foi que 19%, quase o dobro do percentual de alérgicos, acreditavam sofrer reações ao consumir determinadas comidas.

Dos adultos alérgicos, mais da metade apresentou pelo menos um episódio de alergia alimentar no início da vida adulta e 38% relataram ao menos uma visita ao departamento de emergência relacionada à alergia alimentar durante a vida.

Acompanhamento médico

Os pesquisadores também descobriram um dado que serviu de alerta às pessoas que, de fato, eram alérgicas. Somente metade dos adultos com alergia alimentar tinha um diagnóstico confirmado pelo médico, e menos de 25% relataram ter uma receita atual de epinefrina, usada para conter as crises.

Eles ainda identificaram os alimentos que mais causavam reações alérgicas nos americanos. Em primeiro lugar vieram os moluscos e vôngoles, que causam alergia em 7,2 milhões de pessoas. Em seguida, o leite de vaca com 4,7 milhões, o amendoim com 4,5 milhões, nozes com 3 milhões, peixes com 2,2 milhões, ovos e trigo com 2 milhões.

Por fim, vale lembrar que é importante consultar um médico para diagnósticos apropriados antes de eliminar completamente os alimentos da dieta. Existe uma série de testes que podem ser feitos, e se a alergia alimentar for confirmada, o tratamento também deve ser sempre orientado.

 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.


Referências Bibliográficas:

Muita gente pensa ter alergia alimentar, mas não tem. Nutritotal. Disponível em: www.nutritotal.com.br Acessado em: 18/05/2022.
 

segunda-feira, 16 de maio de 2022

Espessantes Alimentares: Para Que Servem?

 


Quando preparamos uma receita, atentar-se à consistência é essencial para o sucesso de um prato. Assim, a ideia de um arroz soltinho ou um feijão cremoso são tão importantes quanto seu tempero e os espessantes alimentares são aliados para alcançar a textura perfeita.

O espessante alimentar é um aditivo geralmente em pó que, quando adicionado a líquidos e emulsões, altera sua textura. A consistência viscosa é definida pela resistência de um líquido em escorrer, quanto mais resistente, maior a viscosidade. Na prática, os espessantes alimentares engrossam os líquidos, tornando mais fácil atingir o ponto desejado.

Falando em ingredientes que tornam o alimento mais espesso, é comum pensar nos mais conhecidos como o amido de milho ou a fécula de batata. Contudo, estes podem afetar além da textura, o sabor, o aroma e a cor dos alimentos. Em função disso, os espessantes industrializados são amplamente utilizados, de forma a manter função, sem alterar o sabor.

A maltodextrina é um exemplo de espessante que altera exclusivamente a textura do alimento. Sendo também usada como fonte de carboidrato, a maltodextrina é uma quebra parcial da molécula do amido de milho. Ao alterar esta forma da molécula, ele altera a maneira como ela se comporta ao entrar em contato com os líquidos.

Outros espessantes industrializados que não alteram o sabor ou as cores dos alimentos são as gomas, como a xantana e guar. Assim como a maltodextrina, a goma xantana é um polissacarídeo que é facilmente solúvel em água. Já a goma guar  é proveniente em sua maioria da Índia e oferece ótima viscosidade. Quando em conjunto, podem formar um gel de boa viscosidade com textura lisa e cremosa em alimentos líquidos.

Se por um lado, estes exemplos de espessantes são amplamente utilizados nos alimentos para atingir a textura ideal, em outros casos ele pode ser o ponto chave para ter uma alimentação segura. Estamos falando do uso de espessantes para casos de Disfagia.

A Disfagia é como é chamada a dificuldade de deglutição, seja na região oral, garganta ou faringe. Para pessoas que sofrem com esta condição, engolir líquidos e alguns tipos de alimentos causa incômodo, engasgos e, em casos mais graves, a broncoaspiração, na qual pedaços de alimentos se alojam nas vias aéreas ou pulmão.

Para estas pessoas é recomendado o uso de espessantes para mudar a textura dos líquidos, facilitando a deglutição e reduzindo o risco de engasgos. Nestes casos, o uso de ingredientes que agem como espessantes, como o amido de milho não são recomendados. Além de alterar o sabor do alimento, eles têm efeito no movimento gastrintestinal.

Logo, para casos de Disfagia, os espessantes como maltodextrina e demais gomas são ideais, uma vez que existem texturas específicas a serem alcançadas para tornar a alimentação segura. Estas texturas são padronizadas pelo IDDSI (International Dysphagia Diet Standartisation Initiative) e divididas em categorias como néctar/mel, pastoso, purê, entre outras.

Estas consistências são testadas de acordo com a resistência do líquido em escorrer entre os dentes do garfo, de cima da colher ou ainda passando por uma seringa. Para pessoas com Disfagia é essencial que a textura seja a indicada pelo nutricionista ou fonoaudiólogo, sendo um alimento mais espesso ou mais fino, um risco à saúde.

Por outro lado, ao pensarmos no paladar e na satisfação da alimentação, os espessantes como a maltodextrina são bons aliados, uma vez que estes não alteram as cores, aromas ou sabores dos alimentos. Utilizando-se de uma boa apresentação dos pratos é possível evitar a perda do interesse na alimentação que pode ocorrer entre pessoas com Disfagia.

Os espessantes alimentares fazem parte da culinária e da nutrição como um todo. Eles são especialmente importantes para pessoas com dificuldade de deglutição que precisam alcançar uma textura específica, de forma a tornar a alimentação segura e prazerosa.

 

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Referência Bibliográfica:

Espessantes alimentares: para que servem?. ProDiet Nutrição Clínica. Disponível em: www.prodiet.com.br Acessado em: 16/05/2022.

Ao comprar uma roupa você, com certeza, busca informações como tamanho e tecido, além do preço, certo? O mesmo vale para os eletrodomésticos. Quando você compra um liquidificador você procura saber o tamanho, quantas velocidades ele tem e qual a sua voltagem, além do seu preço. Não é verdade?

E os alimentos? Precisamos saber apenas o preço? É CLARO QUE NÃO! Precisamos conhecer a fundo o que estamos proporcionando  ao nosso corpo. Estas informações estão nos RÓTULOS DOS ALIMENTOS. O rótulo é a declaração de tudo o que aquele alimento possui.



Leia mais: https://alimentofuncional.webnode.page/news/rotulos-o-raio-x-dos-alimentos-/

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sexta-feira, 13 de maio de 2022

Quercetina e Saúde



Quercetina é um tipo de flavonoide encontrado em alimentos de origem vegetal, incluindo verduras folhosas, frutas diversas, azeite, chá e vegetais crucíferos, como brócolis. É tecnicamente considerado um pigmento vegetal, presente em frutas, folhas e legumes bem coloridos e cheios de nutrientes. Um dos antioxidantes mais abundantes na dieta humana, a quercetina desempenha papel importante combatendo os danos produzidos por radicais livres, os impactos negativos do envelhecimento e os efeitos da inflamação, segundo mais de 20.000 estudos.

 

Agente com múltiplas ações

Quercetina é um agente antiviral, antimicrobiano, anti-inflamatório e antialérgico, atuando em diferentes tipos de células do corpo humano. Suas funções mais marcantes são na regulação ou supressão de vias inflamatórias (leucotrienos e citocinas), com um forte efeito na imunidade e inflamação causada por leucócitos e outros sinalizadores intracelulares. Embora a quercetina esteja presente em uma dieta saudável, por vezes é necessário tomar este composto em forma de suplemento concentrado para efeitos mais intensos.

 

Ação antioxidante

As pesquisas mostram que alimentos ricos em quercetina podem ajudar a gerenciar uma série de problemas de saúde de origem inflamatória, como doenças cardíacas, distúrbios circulatórios, alergias, infecções, fadiga crônica, sintomas relacionados a doenças autoimunes como artrite. Estes benefícios vêm de sua alta capacidade antioxidante, neutralizando os radicais livres e ajudando a retardar o progresso do envelhecimento, devido à redução dos efeitos do estresse oxidativo no corpo. O estresse oxidativo ocorre continuamente, faz parte do nosso metabolismo, mas pode ser acelerado por uma má dieta, altos níveis de estresse emocional, falta de sono e exposição a toxinas químicas.

 

Ações na imunidade e na inflamação                                                   

Quercetina aumenta a imunidade, combate a inflamação e é um anti-histamínico natural, atuando em processos alérgicos, urticária e asma. Inflamação constitui a base de muitas enfermidades, incluindo câncer, artrite, esteatose hepática (fígado gorduroso), doenças cardíacas, autoimunes e neurodegenerativas. Este polifenol flavonoide, encontrado em muitos alimentos do reino vegetal, tem propriedades biológicas únicas com benefícios para a saúde geral, incluindo ação anti-inflamatória, anticancerígena, antiviral, antioxidante e psicoestimulante.

 

Outras ações

Ela ainda atua positivamente no diabetes, inibe a peroxidação lipídica (oxidação do colesterol) e agregação plaquetária (formação de trombos), melhora a permeabilidade capilar (reforça os vasos) e estimula a biogênese mitocondrial (formação de novas mitocôndrias). Além disso, suplementar com quercetina pode ajudar no combate à dor associada com doenças autoimunes como a osteoartrite, e em infecções da próstata, do trato respiratório e outras.

 

Fontes alimentares

Quercetina está presente em uma grande variedade de frutas e legumes, sendo cebola roxa e alcaparra as mais concentradas no polifenol. Outras fontes: cacau, maçã (principalmente a casca), ameixa, berries, couve, agrião, brócolis, tomate, chia, feijões, azeite, cítricos, chá verde e preto. Algumas ervas fitoterápicas apresentam boas concentrações de quercetina, como ginkgo bilobahipericum e silimarina. Para se obter uma boa ingestão de quercetina é fundamental fazer uma alimentação diversificada e colorida. Com base em estudos em animais, ela se acumula principalmente no pulmão, fígado, rins e intestino delgado, com níveis menores no cérebro, coração e baço.

 


Coma frutas e hortaliças variadas

Com base no consumo de frutas e hortaliças, estima-se que a ingestão média de quercetina alimentar varia de 5 a 100 mg por dia. O consumo intenso de alimentos ricos em quercetina, como cebolas, maçãs e brócolis, pode levar a uma ingestão diária de 250 a 500 mg. A biodisponibilidade da quercetina melhora quando ingerida com alimentos gordurosos e fibras alimentares.

 

Suplementação

Em estudos, a suplementação de 50 mg de quercetina por 2 semanas produziu um aumento de 178% nos níveis sanguíneos, enquanto 100 mg elevou para 359%, e 500 mg chegou a 570%, embora com grande variação individual. Para tratar problemas específicos a dose diária recomendada deve ser feita em forma de suplementos na faixa de 500 a 1000 mg, ou mais a critério médico.  Quercetina, com uma longa história de uso na história humana, é bastante eficaz e sem efeitos adversos, sendo um bom suplemento para o tratamento de doenças variadas, atestado por inúmeros ensaios clínicos. Além disso, a quercetina tem preço acessível e origem natural (fitoterápico).

 

Texto elaborado por: Dra. Tamara Mazaracki. 

 

Título de Especialista em Nutrologia –  Associação Brasileira de Nutrologia;

 

Membro Titular da ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia;

 

Pós-graduação em Medicina Ortomolecular, Nutrição Celular e Longevidade – FACIS-IBEHE – Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo e Centro de Ensino Superior de Homeopatia;

 

Pós-graduação em Medicina Estética – Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino – IBRAPE.

 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.

 

Referências Bibliográficas:

*Critical Reviews in Food & Science Nutrition 2020. A minireview of Quercetin: from its metabolism to possible mechanisms of its biological activities.

*Foods 2020. Pharmacological activity, biochemical properties & pharmacokinetics of the major natural polyphenolic flavonoid: Quercetin.

*Food Chemistry 2022. Quercetin as an inhibitor of hemoglobin-mediated lipid oxidation.

*Critical Reviews in Food & Science Nutrition 2022. Quercetin: an effective polyphenol in alleviating diabetes & diabetic complications.

*Scientific Reports 2021. Mechanism of Quercetin therapeutic targets for Alzheimer disease & diabetes.

*Frontiers in Immunology 2021. Potential Implications of Quercetin in Autoimmune Diseases.

*Plant Foods for Human Nutrition 2020. Molecular & Biological Functions of Quercetin as a Natural Solution for Cardiovascular Disease Prevention & Treatment.

*Future Medicinal Chemistry 2017. Quercetin & derivatives: useful tools in inflammation & pain management.

*Biomedicine & Pharmacotherapy 2020. Pharmacological basis & new insights of quercetin action in its anti-cancer effects.

*Allergy, Asthma & Clinical Immunology 2020. Quercetin with the potential effect on allergic diseases.

*Saudi J Gastroenterology 2021. Nonalcoholic fatty liver disease: role of Quercetin & its therapeutic implications.

*http://phenol-explorer.eu/contents/polyphenol

*Molecular Nutrition & Food Research 2018. Safety Aspects of Use of Quercetin as a Dietary Supplement.