quinta-feira, 29 de abril de 2021

Hipo e Hipertireoidismo: Tratamento Nutricional

 


Os hormônios tireoidianos exercem importantes funções fisiológicas com atuação em todos os órgãos e vias metabólicas. Seus principais efeitos incluem o desenvolvimento de vários tecidos como o sistema nervoso central, consumo de oxigênio, regulação da temperatura corporal, frequência cardíaca e metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras. Além disso, participam da síntese e degradação de muitos outros fatores de crescimento e hormônios. Esses hormônios são responsáveis pelo Hipo e Hipertireoidismo.

Hipotireoidismo

Há dois tipos de Tireoidismo: o Hipo e o Hipertireoidismo. A fonte de hormônio tireoidiano é a glândula tireoide, que secreta, predominantemente, tiroxina (T4) da qual deriva, por deiodinação, a maior parte do triodotironina (T3) circulante. O T3 apresenta atividade biológica no mínimo 5 vezes maior do que o T4. Assim, como todos os tecidos do organismo possuem receptores para T3, todos são dependentes da sua atividade biológica, que só acontece quando esse hormônio se liga a esses receptores. A deficiência na produção desses hormônios caracteriza o hipotireoidismo e provoca consequências adversas sobre a saúde.

Os hormônios tireoidianos têm importante impacto no metabolismo do colesterol. Onde ocasionam redução dos níveis de LDL. De fato, pacientes com hipotireoidismo apresentam níveis aumentado de colesterol total, triglicerídeos e LDL.

 Hipertireoidismo

Já o hipertireoidismo ocorre quando há excesso de hormônio produzido pela glândula tireoide. Sua principal causa é o bócio difuso tóxico, mais conhecido como doença de Graves ou doença de Basedow-Graves. É uma síndrome caracterizada por hipertireoidismo associado àoftalmopatia específica e mixedema pré-tibial. Outras causas de hipertireoidismo são o bócio multinodular tóxico e o adenoma tóxico.

Como manifestações clínicas do hipertireoidismo podemos citar o nervosismo, sudorese excessiva, intolerância ao calor, palpitação, fadiga, perda de peso, dispneia e fraqueza. Além disso, podemos ainda citar: aumento do apetite, queixas oculares, edema de membros inferiores, hiperdefecação, diarreia, distúrbios menstruais, anorexia, ganho ponderal, taquicardia, bócio, tremor, entre outros.

Tratamento Nutricional do Hipo e Hipertireoidismo

Em um estudo publicado em 2015 pela revista Nutrición Hospitalaria observou que o tratamento de hipertireoidismo subclínico tem impacto sobre a composição corporal em indivíduos com mais de 65 anos. Além disso, o ganho de peso reflete aumento de gordura e, mais interessante, na massa magra.

O estado nutricional em relação aos excessos ou carência de micronutrientes, assim como a exposição a algumas substâncias bociogênicas, pode interferir na regulação da tireoide e na produção hormonal periférica. Dessa forma, acaba comprometendo o equilíbrio funcional dos hormônios tireoidianos.

O iodo tem como única função conhecida o metabolismo dos hormônios tireoidianos. Dependendo da disponibilidade do iodo a tireoide é capaz de aumentar ou limitar a utilização dessa substância para a produção dos hormônios tireoidianos.

O selênio também tem função importante na regulação do funcionamento da tireoide. A tireoide contém a maior concentração de selênio entre todos os tecidos. A deficiência de selênio está relacionada com aumento dos níveis circulantes de anticorpos antitireoidianos (anti-TPO: antitireoperoxidase). Além disso, a suplementação de selênio pode reduzir a atividade inflamatória contra a tireoide. Porém, não cura a tireoidite de Hashimoto.

Outros micronutrientes também influenciam na regulação tireoidiana, como é o caso da vitamina A, o cálcio, bromo, flúor e cobalto.

Alguns alimentos mais eficazes para ajudar na destoxificação incluem bássicas, os curcuminoides (cúrcuma e curry), chá verde, alimentos que contém enxofre. Vários desses alimentos podem conter substâncias bociogênicas. Dessa forma, a orientação de consumo, além da forma de preparação, devem ser levadas em consideração em pacientes com suscetibilidade genética para as desordens tireoidiana.

A maneira mais segura para a saúde tireoidiana seria a redução da exposição tóxica, reduzindo o consumo de produtos industrializados e dando preferência aos alimentos orgânicos. Esses conferem maior proteção destoxificante, antioxidante e de fitonutrientes  anti-inflamatórios. Além disso, reciclar e reutilizar materiais cuja decomposição no meio ambiente é lenta e fonte de liberação de diversos disruptores endócrinos também representa uma medida importante.

 


 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:


MEURER, MC; ROCHA, GDW. Hipo e Hipertireoidismo: Tratamento Nutricional. Instituto Ana Paula Pujol. Disponível em: www.institutoanapaulapujol.com.br Acessado em: 29/04/2021.

terça-feira, 27 de abril de 2021

Adoçantes: Indicações, Riscos e sua Utilização na Indústria

 


Os adoçantes conhecidos na indústria como edulcorantes são aditivos alimentares que possuem alto poder de adoçar, normalmente utilizados para substituir parcial ou totalmente o açúcar presente em alimentos industrializados.

Inicialmente, seu uso era destinado à produção de alimentos ou bebidas diet indicados para diabéticos, que precisam retirar ou controlar o consumo de açúcar da dieta, e, também, indicado para o tratamento da obesidade.

Contudo, com a utilização massiva de edulcorantes pela indústria em diversos alimentos e bebidas nas suas versões light, diet e zero, hoje em dia é muito fácil encontrar pessoas sadias utilizando esses produtos. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD) cerca de 35% da população em geral consomem algum tipo de produto dietético, sendo o campeão de consumo o refrigerante zero.

Desta forma, para que os adoçantes não tragam risco à saúde é preciso conhecer os seus limites de consumo diário recomendados e não os ultrapassar. Esses limites são estabelecidos através de muitos estudos científicos que comprovem a inexistência de efeitos adversos decorrentes do consumo de cada adoçante. A liberação de seu uso é feita pelo JECFA (comitê conjunto de peritos em aditivos alimentares da OMS e FAO) que avaliam os estudos e estabelecem a IDA (ingestão diária aceitável) de cada edulcorante, expressa em miligrama por quilo de peso corpóreo (mg/kg p. c.). No Brasil, a legislação sobre os aditivos alimentares segue os critérios adotados pelo JECFA, tanto para a liberação de um adoçante, quanto para a definição de limites de quantidade utilizados em alimentos e bebidas (RDC nº 18, de 24 de março de 2008).  

Porém, a informação que o consumidor tem sobre a quantidade de adoçantes que consome é falha. Apenas as bebidas, que são regulamentadas pelo Ministério de agricultura, pecuária e abastecimento (MAPA), são obrigadas a informar nos rótulos a quantidade de edulcorante utilizado em 100 ml ou 100 mg do produto fabricado (Lei nº 8.918/94 e Decreto nº 2.314/97), já os alimentos (chocolates, gelatinas, barras de cereal, adoçantes de mesa) regulados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) não possuem essa obrigatoriedade, dificultando muito para o consumidor avaliar sua ingestão diária, correndo o risco de ultrapassar a IDA.

Exemplo de cálculo da IDA:

A IDA do ciclamato é de 11mg por quilo de peso corpóreo, uma criança pesando 30 kg poderá consumir no máximo 330 mg de ciclamato por dia, e uma mulher pesando 50kg, 550mg. Consumindo 1 latinha de refrigerante zero, com 69,7 mg de ciclamato a cada 100ml de produto, a criança já atingiria 74% de sua ingestão máxima e a mulher já supriria 45% do seu consumo máximo, considerando apenas um único produto.

 

Em vista disso, mudanças na legislação brasileira sobre a rotulagem de alimentos são necessárias e alguns cuidados com a alimentação são aconselháveis:

  • Aprecie o sabor natural dos alimentos, reduza o consumo de açúcar e adoçantes;
  • Diminua o consumo de alimentos industrializados;
  • Quando necessário, leia os rótulos dos alimentos e prefira as marcas que informem as quantidades de edulcorantes utilizadas na fabricação de seus produtos;
  • Diversifique os tipos de edulcorantes utilizados evitando excessos e respeitando a IDA sem ultrapassá-la;
  • IMPORTANTE: Verifique se os adoçantes que utiliza são recomendados para a sua condição de saúde (fenilcetonúria, hipertensão, diabetes). Durante a gestação, consulte sempre seu médico quanto à utilização de edulcorantes.

Para ajudar nas suas escolhas, abaixo segue a tabela com as características e as IDAs dos edulcorantes aprovados pela ANVISA:

 

 




 

 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

 

American Dietetic Association. Position of the American Dietetic Association: use of nutritive and nonnutritive sweeteners. J Am Diet Assoc. 2004;104(2):255-75.

 

ABIAD, Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos e para Fins Especiais. Adoçantes. Acesso em: 23/12/2016. Disponível em:

http://www.alimentosprocessados.com.br/arquivos/Ingredientes-e-aditivos/Adocantes-ABIAD.pdf

 

ABIAD, Associação Brasileira das Indústrias de Alimentos Dietéticos, para Fins Especiais. O mercado diet e light. Outubro/2004. Acesso: 23/12/2016. Disponível em:

http://www.abiad.org.br

 

Evaluations of the Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives (JECFA). Acesso em: 29/12/2016. Disponível em:

http://apps.who.int/food-additives-contaminants-jecfa-database/search.aspx?fc=66

 

JECFA - Monographs & Evaluations. Acesso em: 29/12/2016. Disponível em:

http://www.inchem.org/pages/jecfa.html

 

Revista do IDEC – De olho dos adoçantes. Abril 2015. Acesso em: 23/12/2016. Disponível em:

http://www.idec.org.br/uploads/revistas_materias/pdfs/197-edulcorantes1.pdf

 

Atenção aos adoçantes: indicações, riscos e sua utilização na indústria. Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Disponível em: www.codeagro.agricultura.sp.gov.br Acessado em 27/04/2021.

domingo, 25 de abril de 2021

10 Alimentos Importantes Para A Saúde Ocular


 

Alguns nutrientes mantêm o olho saudável e alguns reduzem o risco de doenças oculares. Uma alimentação pobre em gorduras saturadas e rica em frutas, vegetais e grãos integrais pode ajudar não só o coração, mas também os olhos. Isso não é novidade: os olhos dependem de pequenas artérias para obter oxigênio e nutrientes, assim como o coração depende de grandes artérias. Manter essas vias saudáveis ajudará o coração e os olhos. A Academia Americana de Oftalmologia listou vários alimentos saudáveis para a visão:

Vegetais de folhas verde-escuras - São fonte de luteína e zeaxantina, relacionadas à vitamina A e betacaroteno. Estes nutrientes ajudam a proteger os tecidos oculares dos danos causados pela luz solar e reduzir o risco de alterações visuais relacionadas ao envelhecimento. Entre os vegetais de folhas verde-escuras estão a couve, nabo, espinafre, brócolis. Outros alimentos ricos em luteína e zeaxantina são: ervilha, kiwi, uvas vermelhas, abóbora, laranja, milho, manga e melão. É importante saber que para melhor absorção da luteína e a zeaxantina é preciso consumi-las com um pouco de gordura, por isso acrescente um fio de azeite ou algumas fatias de abacate na sua alimentação.

Batata doce - Esse tubérculo é fonte de betacaroteno. O organismo converte betacaroteno em vitamina A, um nutriente que ajuda a prevenir olhos secos, cegueira noturna e infecções oculares. Outras fontes de betacaroteno são alimentos alaranjados, como cenoura, abóbora, manga e gema de ovo. Assim como à luteína e zeaxantina, o betacaroteno e a vitamina A também são melhor absorvidos quando ingeridos com um pouco de gordura saudável, como o azeite.

Morango - morangos frescos são bons para os olhos porque contêm bastante vitamina C, que é um antioxidante que ajudar a diminuir o risco de catarata. Outros alimentos ricos em vitamina C são, brócolis, laranja, tangerina e melão. 


Salmão - é uma excelente fonte de ácidos graxos ômega-3, um anti-inflamatório natural benéficos para a saúde ocular. O salmão também é fonte de vitamina D, que ajudar a proteger contra a degeneração macular. A vit. D também pode ser encontrada em sardinha, leite além da exposição solar.

Chá Verde - contém substâncias saudáveis chamadas catequinas, responsáveis por suas propriedades antioxidantes. Outros alimentos ricos em catequinas incluem vinho tinto, chocolate, frutas e maçãs. 



Oleaginosas e sementes - nozes, castanhas, amêndoas, sementes de chia, linhaça, abóbora e girassol são ricas em ácidos graxos ômega-3 e vitamina E, que protegem os olhos dos danos relacionados à idade.

Frutas e vegetais - fontes de antioxidantes ele ajuda a proteger o corpo contra os radicais livres. Alimentos fritos, industrializados, fumaça de tabaco, estresse, produzem radicais livres. Estas moléculas podem danificar as células. Laranja, tangerina, limão, pêssegos, pimentão vermelho e tomate são algumas fontes de antioxidantes.

Ovos - são excelente fonte de luteína, zeaxantina, vitaminas C e E e zinco, nutrientes importantes para a saúde dos olhos.

Água - pode não ser surpresa que um líquido essencial à vida também seja fundamental para a saúde ocular. Beber água pode prevenir a desidratação, o que pode reduzir os sintomas de olhos secos.

Leguminosas - o zinco ajuda a manter a retina saudável e proteger os olhos dos efeitos nocivos da luz. Feijão fradinho, carioca, preto, vermelho, carne vermelha e aves são algumas fontes de zinco. 


 

 As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

 

Referência Bibliográfica:

 

Stavro, A. 10 alimentos importantes para a saúde ocular. Nutrição em Pauta. Disponível em: www.nutricaoempauta.com.br Acessado em: 25/04/2021.

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Você Está Consumindo Minerais Suficientes Para Uma Saúde Plena?

 


Minerais são elementos que ocorrem na natureza e estão presentes em plantas, em rochas, na terra e na água, bem como dentro do corpo humano, onde ajudam a dar estrutura a vários sistemas fisiológicos. A saúde e o metabolismo dependem de níveis adequados de minerais essenciais.

 

Múltiplas funções

Ossos e dentes, por exemplo, são compostos de cálcio e fósforo, que conferem dureza e força permitindo que ossos protejam os órgãos e suportem o peso do corpo. Minerais são importantes para a produção de certas biomoléculas que as células precisam para funcionar e sobreviver. Assim, o ferro é necessário para produzir hemoglobina, uma proteína que ajuda a transportar oxigênio dos pulmões para os tecidos. O enxofre compõe importantes enzimas antioxidantes que controlam a oxidação e protegem as membranas celulares. Cromo e vanádio estão implicados no metabolismo dos carboidratos.

 

Nutrientes essenciais

Minerais são substâncias inorgânicas, por isso não podem ser produzidos pelo corpo humano e é necessário obtê-los de alimentos (ou suplementos). É por isso que os minerais que o corpo precisa são chamados de nutrientes essenciais, como cálcio, fósforo, potássio, sódio, cloreto, magnésio, enxofre, ferro, zinco, iodo, cromo, cobre, molibdênio, manganês, selênio, silício, vanádio e cobalto. Felizmente, as plantas são muito eficientes em absorver minerais do solo, e assim podemos ingerir quantidades generosas de minerais essenciais comendo uma variedade de frutas, vegetais, grãos e sementes. Alimentos de origem animal também fornecem minerais.

 

Macrominerais e minerais-traço

O corpo usa minerais para muitos trabalhos diferentes, como manter ossos, músculos, coração, cérebro e outros órgãos funcionando bem. Minerais também são importantes para produzir enzimas e hormônios. Há dois tipos de minerais: macrominerais e minerais-traço. Os macrominerais são necessários em quantidades maiores, e incluem cálcio, fósforo, magnésio, sódio, potássio, cloreto e enxofre. Já os minerais-traço estão presentes em diminutas quantidades, como ferro, manganês, cobre, iodo, zinco, cobalto, selênio.

 

Tireoide e pituitária

Vários minerais desempenham um papel importante no sistema endócrino e na produção de hormônios. Hormônios da tireoide comandam o metabolismo e são essenciais para o crescimento e desenvolvimento, e a glândula só pode fabricar hormônios na presença de iodo e selênio. Já a deficiência de zinco inibe a glândula pituitária, travando a liberação de hormônios que comandam a produção de testosterona. Além disso, milhares de enzimas no corpo dependem de minerais, como o magnésio, que é um cofator para mais de 300 enzimas.

 

Imunidade

O sistema imunológico é composto por uma vasta e complexa rede de células, tecidos e órgãos que estão constantemente trabalhando em conjunto para proteger o corpo de ataques externos (vírus, bactérias) e doenças. Para que a imunidade funcione em capacidade plena, é necessário manter o equilíbrio adequado de minerais, com destaque para zinco, magnésio, selênio, ferro e manganês.

 

Minerais na natureza

Os nutrientes necessários à vida ocorrem naturalmente no solo e na água, e são absorvidos pelas plantas. Em um mundo ideal, poderíamos facilmente atender às necessidades diárias de nutrientes comendo uma variedade de produtos frescos todos os dias, porém as práticas agrícolas modernas tornaram isso difícil de alcançar. Ao longo dos anos, a agricultura industrial foi associada ao uso de fertilizantes químicos e pesticidas, irrigação pesada, lavoura intensiva com redução da capacidade mineral do solo. Essas práticas esgotam a terra de nutrientes e também baixam seu teor de matéria orgânica. Assim as plantas cultivadas convencionalmente tendem a ser menos nutritivas do que as obtidas por cultivo orgânico.

 

Suplementação

A deficiência de minerais essenciais nos alimentos é um grande problema, visto que vegetais orgânicos são caros e nem sempre disponíveis. A dosagem no sangue pode evidenciar a carência de minerais, e muitas vezes há necessidade de suplementação. Minerais podem ser manipulados ou comprados prontos. A qualidade dos suplementos é muito importante, pois se os minerais não forem biodisponíveis, a maior parte será simplesmente eliminada, sem a devida absorção e utilização pelo organismo. O ideal é usar minerais quelados, que são ligados a aminoácidos ou ácidos orgânicos, o que aumenta o seu aproveitamento pelo organismo. Consulte o médico para obter o tratamento mais adequado ao seu caso.

 

 

Texto elaborado por: Dra. Tamara Mazaracki. 

 

Título de Especialista em Nutrologia –  Associação Brasileira de Nutrologia;

 

Membro Titular da ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia;

 

Pós-graduação em Medicina Ortomolecular, Nutrição Celular e Longevidade – FACIS-IBEHE – Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo e Centro de Ensino Superior de Homeopatia;

 

Pós-graduação em Medicina Estética – Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino – IBRAPE.

 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.

 

Referências Bibliográficas:

*BMJ 2020. Health effects of vitamin & mineral supplements.

*US National Library of Medicine. Medline Plus – Minerals.

*Michigan Medicine. Minerals: Their Functions and Sources.

 

terça-feira, 20 de abril de 2021

Caju

 


Esta fruta brasileira é típica de regiões de clima tropical, tem uma estrutura fibrosa e suculenta e está no topo dos alimentos ricos em vitamina C. O consumo de 100g de um pedúnculo de caju - a parte sem castanha - supera a necessidade diária de vitamina C de crianças e adolescentes com idade até 18 anos. Para se ter uma ideia, o caju tem mais que o triplo de vitamina C que a laranja (319 mg contra 56,9 mg em 100g de fruta). Ele é sinônimo de sistema imunológico protegido, cabelos, pele e unhas fortalecidos, metabolismo regulado e mais disposição.


Outro benefício do caju para a saúde das crianças é a grande quantidade de fibras, que aceleram o trânsito intestinal (cerca de 1,7g em 100g de fruta), melhora problemas de constipação e aumenta a sensação de saciedade durante as refeições.


Para completar, o caju é rico em minerais, como potássio e magnésio, além de compostos fenólicos, principalmente taninos, carotenoides e antocianinas, poderosos antioxidantes que previnem o envelhecimento das células.


O caju, na verdade, é um pseudofruto, já que o real fruto do cajueiro é a castanha de caju, que também é riquíssima em nutrientes.


Como oferecê-lo à criança



Você pode oferecer caju in natura desde a introdução alimentar. Ele é uma excelente opção para as mamães que praticam abordagem de introdução alimentar oferecer ao bebê por dois motivos: primeiro, o formato do caju facilita na hora de a criança segurá-lo sozinho; o segundo é que a consistência do alimento faz com que não caia nenhum pedaço da boca da criança, permitindo que ela coordene o processo com mais facilidade.


Ele também pode ser incluído em saladas, purês, farofas, sobremesas e até mesmo em refogados.


Período de Safra

Setembro-Outubro


Pode Congelar


Estudos comprovam que não tem diferença na quantidade de compostos fenólicos - poderosos antioxidantes - presentes no caju in natura e na polpa congelada. O que pode ocorrer no processo do congelamento é a redução na quantidade de vitamina C, mas nada que deixe essa fruta perder sua posição no topo do ranking das mais poderosas nesse quesito. Sucos e sorvetes agradecem!
 



Sorvete de Caju com Coco (Indicado a partir de 6 meses)


Ingredientes:


- 1 caju maduro sem a castanha;
- 1 colher de sopa de polpa de coco;
- 100ml de água de coco


Modo de Preparo:


Bata tudo no liquidificador e coloque em forminhas de sorvete. Espere congelar e sirva.
 
 
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:


De Vuono, T. 101 alimentos para seu filho comer antes de crescer. 1 ed. Bauru, São Paulo: Astral Cultural, 2019.