sexta-feira, 31 de março de 2023

Hipoglicemia: Como e Por que Evitar?


 

 "Hypós", em grego, significa "abaixo". A hipoglicemia, portanto, significa ter a glicemia abaixo do nível adequado. É um distúrbio provocado pela queda da taxa de glicose no sangue, que pode ocorrer em homens e mulheres de qualquer idade, inclusive em crianças e jovens, com ou sem diabetes.

Entre os seus sintomas estão a fraqueza, palidez, náuseas, dor de cabeça, tremores, sudorese, confusão mental e desmaios. Não se deve ignorar a hipoglicemia. Se nada for feito, e a pessoa não se alimentar, a hipoglicemia severa pode levar ao coma e até mesmo à morte.

Uma das causas mais comuns da hipoglicemia é ficar longos períodos sem ingerir alimentos. O excesso de álcool e tratamentos para a diabetes também podem levar a episódios de hipoglicemia, devido à oscilação muito acentuada dos níveis de insulina no sangue (que regulam a entrada da glicose nas células).

Quem está com hipoglicemia precisa se alimentar o mais breve possível. O suco de laranja, a água de coco, uma torrada integral, mel e uvas passas, por exemplo, ajudam a prevenir a hipoglicemia, bem como elevam a glicemia rapidamente, diminuindo os sintomas e o mal-estar.

O consumo de alimentos, incluindo carboidratos complexos, também precisa ser compatível com o gasto energético de uma pessoa. Por isso é tão importante o acompanhamento médico e nutricional, inclusive para quem leva uma vida saudável, com a prática de atividades físicas.

Nestes casos, para evitar a hipoglicemia, pode ser necessário fazer ajustes na quantidade de carboidratos ingeridos antes ou até durante o exercício físico, levando-se em conta as características de cada pessoa e as atividades praticadas.

Algumas mudanças de hábitos ajudam muito a evitar os episódios de hipoglicemia. A principal delas é realizar refeições equilibradas, saudáveis, em quantidades moderadas e com intervalo menor entre elas.

Procure o seu nutricionista para definir a rotina alimentar ideal para você. Mesmo quem deseja perder peso precisa tomar alguns cuidados indispensáveis com a saúde. Entre eles, estão o cuidado com a alimentação e a manutenção adequada da glicemia.

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 As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.

terça-feira, 28 de março de 2023

Reação de Luta ou Fuga ou Congelamento – Descarga de Adrenalina em Resposta ao Perigo!

 


Luta ou fuga ou congelamento - um instinto de sobrevivência que nossos ancestrais desenvolveram nos primórdios. A resposta de luta-fuga-congelamento é a reação natural do corpo a qualquer tipo de perigo. É uma reação ao estresse que nos ajuda a confrontar riscos, como uma pessoa suspeita, um carro desgovernado ou um cachorro feroz.

 

Luta ou fuga

Especificamente, luta ou fuga é uma resposta de defesa ativa onde se enfrenta ou se escapa da ameaça. A frequência cardíaca fica mais rápida, há aumento do fluxo de oxigênio para os músculos, a percepção de dor cai e a audição fica mais aguda. A resposta vem instantaneamente, causando alterações hormonais e fisiológicas, e essas mudanças permitem uma ação rápida para se proteger.

 

Congelamento

No congelamento há uma paralisia transitória, onde se procura avaliar melhor o perigo. O congelamento também é chamado de imobilidade reativa ou imobilidade atenta. Envolve mudanças fisiológicas semelhantes à luta ou fuga, mas, em vez disso, a reação é de ficar completamente parado e se preparar para o próximo movimento.

 

Resposta automática

Lutar-fugir-congelar não é uma decisão consciente, é uma resposta automática, não se pode controlar. A reação começa na amígdala, a parte do cérebro responsável pela percepção do medo. A amígdala responde enviando sinais para o hipotálamo, que estimula o sistema nervoso autônomo (SNA). Quando o SNA é estimulado, o corpo libera uma carga de adrenalina, noradrenalina e cortisol de forma rápida, produzindo ações fisiológicas específicas ao estresse. O SNA se subdivide em dois sistemas: simpático e parassimpático. O sistema nervoso simpático impulsiona a resposta de luta ou fuga, enquanto o sistema nervoso parassimpático impulsiona o congelamento. A reação vai depender de qual sistema domina a resposta no momento.

 

Adrenalina e noradrenalina

Também chamadas de epinefrina e norepinefrina, a adrenalina e noradrenalina atuam como neurotransmissores e hormônios. Denominadas catecolaminas, elas são produzidas pela medula da glândula adrenal, uma extensão do sistema nervoso. Como hormônios, influenciam diferentes partes do corpo e estimulam o sistema nervoso central. Quimicamente são muito semelhantes: ambas ativam os receptores alfa e beta, no entanto, a adrenalina tem um efeito maior sobre os receptores beta em comparação com a noradrenalina. Receptores alfa são encontrados apenas nas artérias, e receptores beta estão no coração, pulmões e artérias dos músculos esqueléticos.

 

Descarga de adrenalina no estresse

Adrenalina e noradrenalina causam aumento dos níveis de açúcar no sangue, da frequência cardíaca e contratilidade. No entanto, a adrenalina produz relaxamento do músculo liso nas vias aéreas (broncodilatação), facilitando a respiração, enquanto a noradrenalina faz com que os vasos sanguíneos se estreitem (vasoconstrição), o que pode elevar a pressão arterial. A noradrenalina é continuamente liberada na circulação, enquanto a adrenalina se apresenta durante períodos de estresse.

 

Deficiência e excesso

Baixos níveis de adrenalina e noradrenalina podem contribuir para uma variedade de condições físicas e mentais, incluindo depressão, fibromialgia, hipoglicemia, enxaqueca, síndrome das pernas inquietas e distúrbios do sono. Já níveis altos podem causar hipertensão arterial, ansiedade, sudorese excessiva, palpitação cardíaca, dor de cabeça. Alguns fatores podem fazer com que o corpo produza menos adrenalina e noradrenalina, como estresse crônico, nutrição inadequada e certos medicamentos, como metilfenidato (Ritalina). Fatores que aumentam a produção são alguns tipos de tumores das adrenais, obesidade e situações de estresse súbito (luta ou fuga).

 

Texto elaborado por: Dra. Tamara Mazaracki. 

 

Título de Especialista em Nutrologia –  Associação Brasileira de Nutrologia;

 

Membro Titular da ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia;

 

Pós-graduação em Medicina Ortomolecular, Nutrição Celular e Longevidade – FACIS-IBEHE – Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo e Centro de Ensino Superior de Homeopatia;

 

Pós-graduação em Medicina Estética – Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino – IBRAPE.

 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.

 

Referências Bibliográficas:

*Encyclopedia of Personality & Individual Differences 2020. Fight-Flight-Freeze System. 

*StatPearls 2022. Physiology, Catecholamines.

*Scientific Reports 2019. Neural Dynamics of Shooting Decisions & the Switch from Freeze to Fight.

*Nature Reviews Neuroscience 2022. Freezing revisited: coordinated autonomic & central optimization of threat coping.

*Drugs.com 2022. Norepinephrine vs epinephrine: what's the difference?

 

segunda-feira, 27 de março de 2023

Nutrição no TDHA


 

Que a alimentação tem um papel importante na forma como nosso cérebro funciona, disso não há dúvidas e quando falamos no Transtorno de Déficit de Atenção ela é ainda mais importante. A nutrição no TDAH é uma aliada na redução de seus sintomas, bem como na boa saúde do cérebro como um todo.

 

O que é TDAH?

O Transtorno do Déficit de Atenção é uma doença neurobiológica e crônica, caracterizada pela dificuldade de atenção ou concentração, juntamente com impulsividade e hiperatividade. Alguns dos seus sintomas, além da falta de atenção, são dificuldade em manter a rotina, dificuldade em expor ideias e em ouvir o outro falar, além da dificuldade em executar tarefas preestabelecidas, prazos e a repetição de erros.

Estes sintomas podem levar ao desenvolvimento de ansiedade, e dificuldades de relacionamento interpessoal. O TDAH ocorre devido à uma deficiência na Dopamina Cerebral, um neurotransmissor de regulação motora, de atenção e concentração. Estudos indicam que esta deficiência afeta a região do córtex pré-frontal do cérebro e da amígdala, e podem ter origem genética.

Isso quer dizer que, o diagnóstico do TDAH não é apenas baseado em uma análise sintomática, uma vez que tais sintomas também podem indicar outros distúrbios neuropsicológicos. Sendo assim, é necessário o diagnóstico clínico realizado pelo profissional de saúde, neurologista ou psiquiatra.

Embora ainda seja tratado como um distúrbio infantil, a TDAH pode evoluir na vida adulta.

Nutrição no TDAH: Como a alimentação pode ajudar

A forma como nos alimentamos afeta o funcionamento do organismo, e com a saúde cerebral não é diferente. De 20% à 30% da energia que gastamos é consumida pelas atividades cerebrais. Nutrientes como ácidos graxos e lipídios, além de fornecerem de maneira natural a energia que o cérebro precisa, auxiliam na manutenção da saúde e prevenção do desenvolvimento e avanços de doenças.

A nutrição no TDAH ainda é alvo de estudos, e algumas informações ainda não se encontram conclusivas. Uma delas, por exemplo, é em relação ao consumo de açúcar, alguns estudos indicam que este pode aumentar os sintomas do TDAH enquanto outros autores não encontraram tal relação.

Existe, por outro lado, uma linha de consenso sobre a saúde neurológica, e também o TDAH, relacionado ao consumo de ácidos graxos e lipídios. Estudos indicam que existe uma relação da suplementação de ômega-3 e DHA na redução de sintomas como a impulsividade, além de observar-se leve melhora na atenção em si. A deficiência destes nutrientes no organismo também está relacionada ao aumento destes sintomas.

A deficiência de minerais como Zinco, Ferro e Magnésio também podem estar relacionados ao aumento de tais sintomas.


 

Fosfatidilserina e o TDAH

A fosfatidilserina é um lipídio encontrado em abundância no tecido cerebral. Ele atua na fluidez das membranas cerebrais, e consequentemente, nas funções cognitivas. Ou seja, a presença da fosfatidilserina no cérebro auxilia na comunicação entre os neurônios, atuando em processos cognitivos, humor e concentração.

Um estudo concluído recentemente indica que a suplementação com fosfatidilserina pode auxiliar na redução dos sintomas do TDAH em crianças. A atuação efetiva deste nutriente nestes sintomas e seus efeitos à longo prazo ainda estão em fase de estudos.

O estudo é mais um indicativo de como os lipídios são positivos para a saúde cerebral e para o TDAH. Assim como qualquer suplementação ou terapia nutricional, a suplementação da fosfatidilserina, bem como nutrientes como ômega-3, deve ser indicada e acompanhada pelo médico e/ou profissional de saúde.

 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

 

Referência Bibliográfica:

Nutrição no TDHA: como os nutrientes podem auxiliar. ProDiet Nutrição Clínica. Disponível em: www.prodiet.com.br Acessado em: 27/03/2023.

sexta-feira, 24 de março de 2023

Muffin Fit de Ovos e Cogumelos


 

O ovo é considerado um superalimento: uma fonte importante de nutrientes valiosos para o organismo. Ele teve seus dias de "vilão" no passado, mas hoje a ciência já provou que, consumido com moderação, a ingestão de ovos oferece muitos benefícios à saúde.

O ovo é tão importante que dizem até que cada prega do "toque blanche" - aquele chapéu branco e comprido usado pelos Chefs de cozinha - representa uma forma diferente de cozinhar o ovo, aprendida ao longo de sua carreira: omeletes, mexidos, fritos, cozidos, pochê, mollet, curado e muitos outros.

A receita dos Muffins de Ovos e Cogumelos é uma ótima opção para servir junto com uma salada ou no café da manhã. São fáceis de fazer, saudáveis, rendem bastante e podem ser preparados com antecedência e guardados na geladeira por até 3 dias. Podem até mesmo ser congelados, depois de frios.

É uma receita lowcarb, rica em proteínas e que você pode consumir quente ou fria: um snack perfeito para apreciar entre as refeições. Aposto que você vai adorar!

INGREDIENTES:


- 5 ovos
- 1 colher de sopa de manteiga
- 100g de cogumelos da sua preferência
- 2 dentes de alho
- ½ xícara de parmesão ralado
- sal e pimenta a gosto
- óleo de coco (para untar)

MODO DE FAZER:


Pré aqueça o forno a 200° C. Disponha 12 forminhas untadas com óleo de coco em uma assadeira (se a forma for de silicone não precisa untar). Derreta a manteiga numa frigideira, fatie os cogumelos e o alho e refogue levemente. Reserve e deixe esfriar. Em uma tigela, coloque os ovos e bata bem. Adicione os cogumelos, até ficarem incorporados.

Adicione o queijo parmesão. Misture e tempere com o sal e a pimenta a gosto. Distribua entre as forminhas e leve para assar, por cerca de 20 minutos. Sirva quente.

Se desejar, finalize com um tomate cereja ou polvilhe mais queijo quando estiver pronto.

Você pode também variar o recheio: use espinafre, pimentão vermelho, atum, queijo cottage, couve, brócolis, cenoura, abobrinha, entre outras tantas possibilidades e combinações.

Prontos, os muffins ficam leves, saborosos e muito saudáveis. Bom apetite!

#muffinfit #receitasaudável #nutriçãocominteligência #muffins #receitademuffin

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quarta-feira, 22 de março de 2023

Ciriguela


 

Ciriguela, seriguela ou ceriguela: você pode escrever e falar o nome desta fruta da forma que achar melhor, já que a língua portuguesa admite as tr6es versões como corretas. Esta fruta de cor amarela (ou vermelha-escura) tem uma quantidade interessante de zinco, mineral importante que interage com hormônios envolvidos no metabolismo ósseo, agindo positivamente no crescimento e no desenvolvimento infantil. A concentração de zinco nos ossos é mais elevada do que em outros tecidos, e isso é considerado um componente essencial para o crescimento da criança.

Ao consumir a quantidade recomendada de zinco diariamente, seu filho ainda aumenta a efetividade dos sistema imunológico, podendo evitar infecções respiratórias, diarreias graves e até pneumonia.

Mas atenção: para bater a meta de zinco diária é importante consumir a fruta com casca. A combinação casca e polpa potencializa a oferta do mineral.

A ciriguela também é ótima fonte de fósforo e potássio, além de ser rica em pectina, uma fibra que não é digerida pelo intestino delgado, mas que, ao atingir o intestino grosso, funciona como probiótico, servindo de alimento para bactérias benéficas (estimulam o crescimento de bifidobacterium e lactobacillus, bem como a redução de bactérias ruins como shigella, salmonella, klebsiella, enterobacter, proteus e citrobacter) que cumprem com a função de manter a microflora do intestino saudável.

Como oferecê-la à criança

Para que seu pequeno experimente ao máximo as propriedades e as texturas, vale oferecer a fruta com casca e tudo. Faça um corte longitudinal, ao meio, antes de oferecer à criança e fique de olho para que não aconteça nenhum acidente em que seu filho possa se engasgar com o caroço, viu? Se preferir, faça sucos, geleias, mousses ou até mesmo bolos com a ciriguela.

Período de Safra

Fevereiro.

Polpa de Ciriguela

Escolha ciriguelas bem maduras e coloque-as em uma peneira de feijão, com furos maiores do que uma peneira comum. Esprema as frutas com as mãos para extrair o caldo e reserve. Coloque o conteúdo que sobrou na peneira em um caldeirão, adicione água e esprema de novo. Depois, passe novamente na peneira de feijão para extrair completamente o caldo da fruta, sobrando na peneira apenas o caroço. Por fim, passe todo o líquido em uma peneira mais fina. Para conservar a polpa por mais tempo, adicione em um recipiente e leve ao congelador.

Geleia de Ciriguela (Indicado a partir de 6 meses)

Descongele a polpa da fruta e leve ao fogo baixo por, aproximadamente, 1 hora e 30 minutos, até que o preparo fique consistente e comece a desgrudar do fundo da panela. Coloque a geleia em um vidro com tampa e cozinhe em banho-maria por 15 minutos. A geleia pode ser consumida por 6 meses.


 

 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

De Vuono, T. 101 alimentos para seu filho comer antes de crescer. 1 ed. Bauru, São Paulo: Astral Cultural, 2019.

 


segunda-feira, 20 de março de 2023

Cebola: Acessível, Versátil e Cheia de Benefícios

 


A cebola é um vegetal bulboso, com alta concentração de água, fibras e minerais como o ferro, cálcio, zinco, manganês e magnésio. É rica em antioxidantes como fenóis e flavonoides, e em vitaminas A, C e do complexo B.

Além de ser apreciada como tempero, a cebola tem propriedades muito benéficas ao organismo: ela ajuda na defesa imunológica e no combate às inflamações, sobretudo nas vias aéreas e sistema respiratório.

Além disso, a cebola tem ação expectorante e age como um ótimo remédio natural para o tratamento da tosse, ajudando na eliminação de catarro e na limpeza das vias respiratórias. É também uma aliada no combate à hipertensão e doenças relacionadas à circulação sanguínea.

Ao cortar a cebola, acontece também a liberação da alicina, uma substância com propriedades antivirais, antibacterianas e antifúngicas, que ajudam a combater gripes, resfriados e infecções em geral.

A cebola também possui fibras e substâncias com efeitos probióticos, que contribuem para a saúde da microbiota intestinal, multiplicando as bactérias "do bem" que lá vivem. Isso favorece o controle de infecções e melhora a absorção de nutrientes importantes para o organismo, como o cálcio.

Pouco calórica, a cebola é uma grande aliada das dietas. Com apenas 40 calorias a cada 100 gramas, promove a sensação de saciedade e previne a retenção de líquidos. A quercetina, presente em sua casca, acelera o metabolismo e estimula a queima de gordura. Por isso, procure usar também a casca da cebola no preparo de sucos e sopas, por exemplo.

Prefira comer a cebola crua, ou pouco cozida, para que ela mantenha seus nutrientes. E, para evitar a ardência nos olhos - e o inevitável choro - mergulhe a cebola inteira em água com gelo por meia hora, antes de cortá-la. Isso desacelera a reação química na hora de fatiá-la. 😉

Sempre que puder, adicione cebola (de preferência orgânica) à sua alimentação. Não é por acaso que a cebola é um dos alimentos mais universais: sendo tão acessível, tão versátil e com tantos benefícios, o mundo todo aprecia! E você também, não é? 🧅

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sexta-feira, 17 de março de 2023

Principais Sintomas de Gordura no Fígado

 


Está enganado quem pensa que o fígado serve só para receber e metabolizar o álcool das bebidas, esse órgão é responsável por diversas funções importantes do nosso corpo.

Como exemplo podemos citar a eliminação de toxinas, a filtragem do sangue, a produção de hormônios, o armazenamento de vitaminas, a conversão dos nutrientes que consumimos em energia e a produção de bile que ajuda na digestão de gorduras.

Porém, todas essas atividades podem ser prejudicadas se o órgão acumular muita gordura, uma condição chamada de"gordura no fígado" ou esteatose hepática ou doença hepática gordurosa.

A esteatose hepática pode ser causada pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas, uso de medicamentos, sedentarismo, alimentação de baixa qualidade nutricional e outras condições de saúde que levam a esse quadro.

Tipos de gordura no fígado

A doença hepática gordurosa é classificada de acordo com as suas causas. Quando causada pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas, ela é chamada de doença hepática gordurosa alcoólica.

Mas, quando suas causas são relacionadas ao uso de medicamentos, doenças hepáticas (exemplo: hepatite C) ou aos hábitos de vida não saudáveis que levam ao ganho de peso, alterações nos exames de sangue e diabetes,  ela é chamada de doença hepática gordurosa não alcoólica.

Sintomas da doença hepática gordurosa

Alguns profissionais de saúde acreditam que a doença seja silenciosa, sem sintomas evidentes, sendo descoberta somente com a solicitação de exames de rotina.

Mas, pesquisas têm demonstrado que alguns sintomas são comuns em pacientes que apresentam gordura no fígado, são eles:

  • Inchaço
  • Fraqueza
  • Fadiga/cansaço
  • Desconforto e dor abdominal
  • Distensão abdominal

Como são sintomas comuns de outras doenças que acometem órgãos como estômago e intestino, o diagnóstico requer outros exames.

Por isso, é natural que antes de afirmar a doença, o médico peça ultrassonografia de abdômen, exames laboratoriais para avaliar colesterol, triglicérides, glicose, insulina, e até tomografia e ressonância magnética.


 

Após o diagnóstico

Se você notou esses sintomas, fez a consulta com um médico, realizou os exames e recebeu o diagnóstico, é hora de se cuidar.

O tratamento vai depender da conduta de cada médico, mas em geral, recomenda-se a adoção de hábitos de vida mais saudáveis, como a prática diária de atividade física que vai ajudar na perda de peso dos pacientes que apresentam a doença associada ao sobrepeso ou obesidade e em outros parâmetros de saúde.

Também é possível a prescrição de um ou mais medicamentos, incluindo preparações à base de ervas. E, a mais importante das recomendações é a mudança alimentar para ajudar na eliminação da gordura no fígado.

Evitar alimentos gordurosos, principalmente com gordura saturada como carnes vermelhas, manteiga, óleo de coco e consumir em quantidades adequadas grãos, cereais, verduras, legumes, frutas, óleos vegetais e feijões.

 

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Referências Bibliográficas:

Gonçalves, R. Conheça os principais sintomas de gordura no fígado. Nutritotal. Disponível em: www.nutritotal.com.br Acessado em: 17/03/2023.

Hartleb M, Mastalerz-Migas A, Kowalski P, Okopień B, Popovic B, Proga K, Cywińska-Durczak B. Healthcare practitioners’ diagnostic and treatment practice patterns of nonalcoholic fatty liver disease in Poland: a cross-sectional survey. Eur J Gastroenterol Hepatol. 2022 Apr 1;34(4):426-434. doi: 10.1097/MEG.0000000000002288. PMID: 34560694; PMCID: PMC8876434.

Sharma P, Arora A. Clinical presentation of alcoholic liver disease and non-alcoholic fatty liver disease: spectrum and diagnosis. Transl Gastroenterol Hepatol. 2020 Apr 5;5:19. doi: 10.21037/tgh.2019.10.02. PMID: 32258523; PMCID: PMC7063523.

Yuan, S., Chen, J., Li, X. et al. Lifestyle and metabolic factors for nonalcoholic fatty liver disease: Mendelian randomization study. Eur J Epidemiol 37, 723–733 (2022). https://doi.org/10.1007/s10654-022-00868-3

Zeybel M, Altay O, Arif M, Li X, Yang H, Fredolini C, Akyildiz M, Saglam B, Gonenli MG, Ural D, Kim W, Schwenk JM, Zhang C, Shoaie S, Nielsen J, Uhlén M, Borén J, Mardinoglu A. Combined metabolic activators therapy ameliorates liver fat in nonalcoholic fatty liver disease patients. Mol Syst Biol. 2021 Oct;17(10):e10459. doi: 10.15252/msb.202110459. PMID: 34694070; PMCID: PMC8724764.


quarta-feira, 15 de março de 2023

Azeite de Oliva: Mil Razões Para Chamá-lo de "Ouro Líquido"

 


O azeite de oliva é um produto completamente natural, super saudável e encontrado em mesas de todo o mundo. É uma unanimidade, recomendada por nutricionistas e profissionais de saúde.

É carinhosamente chamado de "ouro líquido" pelos países do Mediterrâneo - não por seu valor econômico, mas por seus efeitos positivos à saúde.

Seus benefícios começam pela forma como é feito, que permanece a mesma desde a antiguidade. O azeite extravirgem é produzido sem qualquer tratamento químico. É o sumo puro da azeitona, totalmente natural, que pode substituir outras gorduras que você usa para cozinhar ou temperar seus pratos - desde que, como qualquer outro alimento, seja consumido com moderação e bom senso.

O azeite de oliva extravirgem é uma ótima fonte de antioxidantes que combatem os radicais livres. É uma "gordura do bem": possui cerca de 80% de gordura monoinsaturada, que ajuda a controlar os níveis de colesterol ruim (LDL) e aumentar o bom colesterol (HDL).

É também um alimento funcional, que contém ômegas 6, 9 e ácido oleico, que auxiliam na absorção de vitaminas e favorecem a imunidade. Além disso, possui propriedades anti-inflamatórias, previne doenças cardíacas, reduz o risco de diabetes, protege o cérebro e melhora os sintomas de artrite reumatoide.

Porém, tenha em mente que os azeites não são todos iguais. Os efeitos benéficos do azeite de oliva são relacionados à sua quantidade de ácido oleico e de polifenóis (antioxidantes naturais), que dependem de fatores como a variedade das azeitonas e seu teor de maturação. A melhor opção é o azeite extravirgem. Sempre que possível, opte por ele.

Experimente também os azeites com sabores diferentes, que variam de acordo com a acidez e o solo em que a oliveira foi plantada. Alguns podem ser mais doces, amendoados e até frutados. Há também os azeites aromatizados com especiarias, trufados, entre outros.

Não é exagero dizer que o azeite de oliva é "ouro líquido": ele é mesmo muito valioso nas suas receitas e precioso para a sua saúde!

#azeiteextravirgem #azeitedeverdade #ouroliquido #azeitedeoliva #alimentosfuncionais

 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.

segunda-feira, 13 de março de 2023

Dopamina é o Principal Neurotransmissor do Prazer

 


Há muitas maneiras de cultivar felicidade na vida diária. A chave é descobrir quais atividades aumentam os hormônios naturais que trazem satisfação e prazer, e estimular a sua produção. Diversos neurotransmissores atuam como mensageiros no corpo, regulando tudo, desde o funcionamento físico até o bem-estar emocional, e são influenciados por pensamentos, atividades e alimentos. Há três neurotransmissores principais que interagem entre si e aumentam a felicidade: dopamina, serotonina e endorfinas.

 

Dopamina

Dopamina é um dos impulsionadores do sistema de recompensa do cérebro, e aumenta quando se experimenta algo prazeroso: elogios, sexo, fazer compras, comer, ouvir música, ganhar dinheiro e praticamente qualquer outra atividade que se considere agradável. Apaixonar-se? Seus níveis de dopamina vão disparar!

 

Tirosina

Dopamina é produzida em um processo de duas etapas, em que o aminoácido tirosina é convertido em outro aminoácido chamado L-dopa e, em seguida, esta é metabolizada em dopamina por enzimas. A tirosina está presente em todos os produtos de origem animal, como carne, aves, peixe, ovos, laticínios, e em amêndoas, gergelim, sementes de abóbora, banana (bem madura), maçã, abacate, chocolate (cacau 70%), chá verde, café, feijão verde e feijão branco, aveia, germe de trigo, beterraba, folhas verdes, algas.

 

Bem estar

Dopamina é um ativo químico liberado nas células nervosas que ajuda a enviar mensagens entre o cérebro e o corpo, ou seja, é um neurotransmissor. Esta molécula do "bem estar" é regulada pelo organismo, no entanto, substâncias externas, como álcool, açúcar, cafeína, nicotina e drogas, intensificam ou interrompem a produção normal, causando uma disfunção do neurotransmissor, e podem criar um efeito de montanha-russa, com altos e baixos emocionais.

 

‘Rush’ de dopamina

Como parte do sistema de recompensa do cérebro, a dopamina nos ajuda a sentir prazer em atividades como sexo, interação social, jogos, pular de paraquedas, surfar ou mergulhar na cachoeira, filmes, músicas, comida ou qualquer outra coisa associada ao prazer. Estas atividades são impulsionadas com um ‘rush’ de dopamina (fluxo súbito), que pode ser desencadeado por apenas se pensar nelas. A dopamina não está ligada somente ao prazer, e desempenha um papel em muitas funções, incluindo aprendizagem, atenção, humor, movimento, sono, libido e muito mais. Há evidências de que o cérebro libera mais dopamina quando se medita.

 

Dopamina baixa

De acordo com pesquisas científicas, a dopamina desempenha um papel vital na modulação da ansiedade em diferentes partes do cérebro. Níveis baixos de dopamina podem fazer com que alguém se sinta menos motivado, menos animado com a vida, e pode levar a doenças mentais, incluindo depressão, desordens emocionais e psicose. Deficiência de dopamina causa movimentos mais rígidos, que são a marca registrada da doença de Parkinson.

 

Conexão entre vício e dopamina                   

Existem muitas substâncias viciantes no planeta, como álcool, açúcar, cafeína, nicotina, drogas lícitas e ilícitas, e quando as pessoas começam a usar não pretendem ficar viciadas. Quanto mais frequente é o uso e quanto mais potente é o produto, mais dopamina é liberada no cérebro e, ao longo do tempo, isso vai causar sérios problemas de saúde mental e física. Ao tentar reduzir ou parar os ativos que aumentam a dopamina, seus níveis ficam muito baixos. Daí surge o estresse, depressão, ansiedade e compulsão, o que acaba arrastando o indivíduo de volta ao uso e ao vício.

 

Euforia química

Álcool, açúcar, cafeína, maconha, nicotina, cocaína, medicamentos opioides, heroína e metanfetamina têm um efeito subjacente em comum: influenciam fortemente a produção de dopamina e produzem sentimentos de euforia. A ciência por trás disso é sólida, com muitos estudos publicados. Mesmo baixas quantidades dessas substâncias, alimentos ou drogas, podem levar ao vício quando o indivíduo perde o autocontrole e cede à gratificação imediata, repetidamente. O açúcar é reconhecido por induzir o cérebro a produzir enormes picos de dopamina, assim como as drogas pesadas, como cocaína e heroína.

 

Mucuna pruriens e dopamina

Uma planta que cresce em climas tropicais aumenta os níveis de dopamina naturalmente. Mucuna pruriens tem sido usada extensivamente em um dos sistemas de saúde mais antigos do mundo - a medicina tradicional indiana. Mucuna é um tipo de leguminosa, presente na Índia, sul da China e Brasil. As sementes e raízes são usadas em suplementos para fins medicinais diversos. Mucuna acalma e relaxa o sistema nervoso, ajudando a reduzir o estresse e a depressão. Há pesquisas mostrando a sua ação em alguns tipos de câncer, em fertilidade masculina e como um afrodisíaco.

 

Efeitos terapêuticos

A ação antiparkinsoniana da Mucuna é bem conhecida, e sua atividade na preservação de células nervosas no cérebro foi demonstrada por vários pesquisadores. A levodopa (L-dopa) é o ativo precursor de dopamina, e o importante constituinte responsável pelo efeito na doença de Parkinson - na Mucuna sua concentração é de 5%. Além de L-dopa, vários outros componentes bioativos, como ácido ursólico e ácido betulínico, atuam na proteção de neurônios. Estudos documentaram amplamente as propriedades neuroprotetoras, neurorrestauradoras e imunomoduladoras da planta. Além de combater a deficiência de dopamina comum nos que se recuperam de substâncias viciantes, seu maior valor reside no tratamento de Parkinson, porém ela também atua em outras doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, esclerose lateral amiotrófica e derrame cerebral.

 

Texto elaborado por: Dra. Tamara Mazaracki. 

 

Título de Especialista em Nutrologia –  Associação Brasileira de Nutrologia;

 

Membro Titular da ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia;

 

Pós-graduação em Medicina Ortomolecular, Nutrição Celular e Longevidade – FACIS-IBEHE – Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo e Centro de Ensino Superior de Homeopatia;

 

Pós-graduação em Medicina Estética – Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino – IBRAPE.

 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.

 

Referências Bibliográficas:

*Advances in Experimental Medicine & Biology 2021. The Brain’s Reward System in Health & Disease.

*Neuron 2015. Pleasure systems in the brain.

*Biomolecules 2021. A runner's high for new neurons? Potential role for endorphins in exercise effects on adult neurogenesis.

 

*J Biomedical Science 2021. Dopamine, behavior & addiction.

 

*J of Neural Transmission 2019. Dopamine & addiction: what have we learned from 40 years of research?

 

*Neurochemical Research 2022. Neuroprotection by Mucuna pruriens in Neurodegenerative Diseases.

*3 Biotech 2020. Mucuna pruriens in Parkinson's & in some other diseases: recent advancement & future prospective.