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A falta de uma boa qualidade do sono
tem impacto nos condutores fisiológicos do balanço energético, nomeadamente no
apetite, na fome e no gasto energético. Além disso, a privação do sono
apresenta efeitos negativos na capacidade do corpo distribuir a glicose
sanguínea e pode aumentar o risco de diabetes tipo II.
Obesidade
Um estudo realizado numa grande
população demonstrou uma relação significativa entre a habitual duração do sono
curta e o aumento no índice de massa corporal (IMC). A reduzida duração do sono
está associada a alterações nos hormônios que controlam a fome; por exemplo, os
níveis de leptina (ação na redução do apetite) baixam, enquanto os níveis de
grelina (ação estimulante do apetite) aumentam. Estes efeitos observam-se
quando a duração do sono é inferior a 8 horas, sugerindo que a privação de sono
é um fator de risco para a obesidade. Num estudo realizado numa população
masculina saudável, descobriu-se que uma média de 4 horas de sono está
associada a um desejo significativo de alimentos calóricos, com um conteúdo
mais elevado de hidratos de carbono (alimentos doces, salgados e ricos em
hidratos de carbono complexos). Estes indivíduos também manifestaram ter mais
fome. É necessário ter em consideração também que quanto menos horas se
dorme, mais tempo se tem para comer e beber. Existem estudos que mostram que
este é um fator que contribui para os aspectos obesogênicos da redução do
número de horas de sono.
Estresse
O hormônio cortisol, conhecido como o
hormônio do stress, é responsável por manter o corpo em estado de alerta.
Segundo a pneumologista e especialista em doenças do sono Heloisa Glass, quando
ele está em níveis normais, é extremamente importante para o funcionamento do
corpo. "Com o cortisol baixo, o corpo fica mais sensível à dor e
desenvolve um cansaço acima do normal", explicou a
especialista. Problemas relacionados ao sono aumentam a produção de
cortisol, o que mantém o corpo em constante estado de alerta, sem espaço para o
descanso da noite. Isso faz com que o corpo não descanse a musculatura. Há
ainda o hormônio conhecido como melatonina. Quando o dia acaba e o sol se põe,
a ausência da luz naturalmente inibe a produção desse hormônio no corpo, o que
é, segundo Heloisa Glass, um "sinal para dormir". Os atuais hábitos
noturnos, em especial da faixa etária que vai dos 16 aos 38 anos, impedem o que
deveria ser a ação natural do corpo à noite.
Depressão
Dormir poucas horas por noite também
pode aumentar as chances de desenvolver depressão. A falta de sono pode trazer
problemas psicológicos, principalmente em adolescentes que ainda não conseguem
lidar com questões emocionais. O tempo de sono suficiente para revitalizar uma
pessoa pode variar, porém, o ideal são oito horas de sono por noite.
Diabetes
A redução dos períodos de sono está
associada a uma redução da tolerância à glicose. A tolerância à glicose é um
termo que descreve a forma como o organismo controla a disponibilidade de
glicose sanguínea para os tecidos e cérebro. Em períodos de jejum, o elevado
nível de glicose e insulina no sangue indica que a distribuição da glicose pelo
organismo é realizada de forma inadequada. Há evidências que demonstram que a
baixa tolerância à glicose é um fator de risco para a diabetes tipo II. Estudos
sugerem que a restrição do sono, a longo prazo (menos de 6,5 horas por noite),
pode reduzir a tolerância à glicose em 40%.
Hipertensão
Quem dorme mal tem cinco vezes mais
chance de desenvolver um quadro de pressão alta do que uma pessoa sem problemas
para dormir. O causador é a mistura de cortisol, adrenalina e noradrenalina,
que tem ação vasoconstritora, o que favorece não só a hipertensão, como as
arritmias cardíacas. É necessário procurar um médico quando estas
interrupções do sono prejudicam a rotina da família, não deixando que um ou
mais membros tenham uma noite tranquila de descanso, pois dormir é essencial
para a nossa saúde.
Dicas Nutricionais:
● Procure diminuir a ingestão de alimentos e
bebidas a base de cafeína (café, refrigerantes, chá preto, mate e chocolate) no
período do fim da tarde e noite, pois a cafeína é um estimulante e “desperta”.
● A camomila é um ótimo chá para tomar minutinhos
antes de dormir, ela induz o sono através da ligação aos receptores
benzodiazepínicos cerebrais.
● Aumente o consumo do triptofano, presente nas
leguminosas (feijão, grão de bico e ervilha), leite, carnes magras e nozes,
pois ele é um aminoácido essencial, precursor do neurotransmissor serotonina e
possui papel importante no prolongamento do sono.
● Procure diminuir a ingestão de bebidas
alcoólicas, ela faz o sono ser interrompido muitas vezes durante a noite e piora
quadros de apneia e ronco.
● A vitamina B6 auxilia na melhora do quadro de
insônia. Aumente o consumo de peixes, aveia, leite e cereais de grãos
integrais.
● É importante que se tenha uma ingestão adequada
de magnésio, pois este mineral melhora a qualidade do sono, procure consumir
nozes, frutas, amêndoas, vegetais verdes escuros e cereais integrais.
● A banana está sendo relacionada com a melhora da
insônia, contem triptofano e magnésio aumentando a síntese de serotonina.
● Prefira refeições mais leves no jantar, não
consuma muita gordura e não exagere nas proteínas, pois elas demoram mais para
serem metabolizadas.
● Procure se exercitar para reduzir ou manter o
peso. Além disso, alguns estudos mostram que a prática de atividade física no
fim da tarde auxiliaria o sono. Apenas não pratique atividades físicas
vigorosas a noite.
● Defina o horário para deitar-se e levantar-se,
assim seu organismo se acostuma com o seu tempo de sono.
As informações contidas neste
blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais
da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos
e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências
Bibliográficas:
Bertolucci,
P. Distúrbios do sono: insônia, ronco e apneia obstrutiva. Disponível em: www.patriciabertolucci.com.br
Acessado em: 19/04/2016.
Privação
do sono pode desencadear doenças graves. Ministério da Saúde. Disponível em: www.blog.saude.gov.br Acessado em: 19/04/2016.