segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Cebolinha: Plante em Casa e Colha Seus Benefícios


Servir refeições saborosas com temperos frescos, produzidos dentro de casa, é uma coisa muito charmosa, cheirosa e natural! 
 
A cebolinha é uma ótima opção para se ter na sua hortinha, pois é super fácil de plantar, versátil, faz bem à saúde e precisa de pouco espaço e tempo para crescer. 
 
Suas folhas e talos podem ser aproveitados e acrescidos aos alimentos depois do fogo ter sido desligado, pois assim, mantêm o sabor e as propriedades nutricionais. Elas podem ser consumidas preferencialmente frescas, mas também ser congeladas, depois de lavadas e picadas. 
 
A cebolinha possui vitaminas, minerais e antioxidantes que ajudam a prevenir doenças do coração e o envelhecimento. É também fonte de vitamina K, fundamental para a saúde dos ossos, pois ajuda na fixação do cálcio, fortalecendo os ossos, dentes e diminuindo a propensão à osteoporose. 
 
As cebolinhas são os brotos verdes que surgem antes do bulbo da cebola começar a se formar. É como se fosse uma "cebola prematura", que ainda não cresceu completamente. As folhas são finas, compridas, cilíndricas e ocas, sem formar bulbos como a cebola. 
 
A cebolinha pode ser cultivada em vasos facilmente, mas é preciso que a drenagem seja boa, pois as cebolinhas não gostam de solos muito úmidos. 
 
Plantar é muito fácil: basta colocar na terra o bulbo da cebola com a raiz virada para baixo, em local que receba luz solar. Você vai observar que as folhas crescem rapidamente e podem ser cortadas várias vezes. Colha quando estiverem com 15 a 20 cm de comprimento. 
 
Ter sua própria hortinha em casa significa ter suas ervas sempre fresquinhas, livres de agrotóxicos e de produtos químicos. A cebolinha é uma das ervas que não pode faltar! 
 
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  As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Carpaccio de Beterraba

 

Quando falamos em beterraba, a primeira coisa que vem à mente é a sua cor intensa, vermelho-arroxeada. Essa pigmentação é causada pela betalaína, uma substância que, além da belíssima cor, é rica em antioxidantes, com muitos benefícios à saúde.

A beterraba é uma hortaliça tuberosa, originária da Europa, com sabor ligeiramente adocicado. Pode ser consumida crua ou cozida, geralmente em saladas, sucos, vitaminas ou molhos, mas também como ingrediente de massas para panquecas e bolos.

Suas folhas também podem ser utilizadas, pois são saborosas e nutritivas, ótimas fontes de ferro e fibras, e ajudam a controlar a glicemia e a prevenir a anemia.

A beterraba auxilia na diminuição da pressão arterial, fortalece o sistema imunológico, protege o sistema nervoso, previne o envelhecimento precoce, entre outros.

A receita abaixo é uma "releitura" do carpaccio original, que é feito com fatias finíssimas de carne crua, servidas com molho de mostarda, alcaparras e parmesão. Sua origem se deu em Veneza, na Itália, e o nome é uma homenagem ao pintor italiano Vittore Carpaccio.

Nesta surpreendente e deliciosa versão, a carne é substituída pela beterraba!

INGREDIENTES:


- 1 beterraba
- 1 fatia de queijo minas tipo frescal
- 1 maço de rúcula
- Nozes picadas
- 3 colheres (sopa) de azeite de oliva
- 2 colheres (sopa) de vinagre de maçã
- suco de 1 limão
- sal e pimenta-do-reino a gosto (ou outro tempero de sua preferência)

MODO DE PREPARO:


Cozinhe a beterraba descascada por cerca de 15 minutos até que fique "al dente", ou seja, cozida, mas com alguma firmeza ao ser mordida.

Prepare o molho, misturando o azeite de oliva com o suco do limão, o vinagre de maçã, o sal e a pimenta.

Corte a beterraba em fatias bem fininhas. Disponha-as em um prato, colocando o molho por cima. Finalize com a rúcula e os cubinhos de queijo.

Sirva frio e surpreenda-se com o sabor agridoce e elegante desse prato super bonito e nutritivo! Bom apetite!

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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Berberina: Um Potencial Candidato Para o Tratamento de Doenças Metabólicas e Cerebrais

 

O crescimento na incidência de doenças metabólicas, como diabetes, esteatose hepática e obesidade, tem impactado gravemente a saúde humana. Diante disso, a busca por medicamentos eficazes derivados de compostos naturais tornou-se fundamental, motivando inúmeras pesquisas. Nesse contexto, a berberina, um composto alcaloide presente em diversas plantas medicinais tradicionais, vem ganhando destaque pelo seu potencial no tratamento de diferentes condições metabólicas, câncer, doenças digestivas, cardiovasculares e neurológicas.

 

Efeitos bioquímicos e farmacológicos

A berberina é o principal composto ativo em várias plantas e ervas. Apresenta uma ampla gama de efeitos bioquímicos e farmacológicos, que podem impactar a saúde e as doenças. A berberina parece ter como alvo as mitocôndrias, ativando a AMPK, uma molécula que ‘liga’ os processos metabólicos e pode retardar a engrenagem do envelhecimento. Também tem efeitos no metabolismo da glicose e da gordura, perda de peso, disfunção muscular, microbiota intestinal, ação antibacteriana, déficits cognitivos, doenças neurodegenerativas e neuropsicológicas. Seu potencial neuroprotetor na modulação de Alzheimer e outras demências se dá por meio de múltiplas vias de sinalização. 

 

Doenças metabólicas

Muitos estudos têm sido feitos na aplicação clínica da berberina no tratamento de doenças metabólicas, incluindo diabetes tipo 2, obesidade, doença hepática gordurosa não alcoólica (esteatose hepática), hiperlipidemia (colesterol alto) e gota (ácido úrico alto). Os efeitos terapêuticos da berberina baseiam-se na regulação de vários aspectos metabólicos e fisiopatológicos: promove a secreção de insulina, melhora a resistência à insulina, inibe a lipogênese (produção de gordura), alivia a fibrose do tecido adiposo, reduz a gordura no fígado e melhora os distúrbios da microbiota intestinal.

 

Doenças do aparelho digestivo

A berberina tem ação protetora em doenças digestivas: pode inibir toxinas e bactérias, incluindo Helicobacter pylori, proteger a barreira epitelial intestinal de danos e recuperar lesões hepáticas. Além disso, a berberina exerce efeitos protetores na microbiota intestinal e este pode ser o mecanismo no alívio de distúrbios metabólicos e doenças inflamatórias intestinais.

 

Glicose, lipídios e energia

Berberina regula o metabolismo da glicose e dos lipídios, ativa o gasto de energia (queima de calorias), pode ajudar a reduzir o peso corporal e atua no fígado gorduroso. Ela também melhora a hemodinâmica cardiovascular, controla arritmias isquêmicas, atenua o desenvolvimento de aterosclerose e reduz a hipertensão. Além disso, a berberina apresenta potentes efeitos neuroprotetores. Há estudos recentes mostrando a ação da berberina na síndrome do ovário policístico e até na doença do olho seco, um problema bastante comum em pessoas idosas.

 

Câncer

A berberina inibe a proliferação de vários tipos de células cancerígenas e impede a invasão e a metástase. Evidências recentes confirmaram que a berberina melhora a eficácia e a segurança de tratamentos quimioterápicos e radioterápicos. Os mecanismos de suas ações têm sido extensivamente pesquisados, mas ainda há muito a ser esclarecido. 

 

Contraindicações e dose

Apesar de segura, a berberina deve ser evitada na gravidez e amamentação, em crianças pequenas, em pacientes com pressão baixa,  glicose baixa, portadores de doenças hepáticas e renais graves.  Ela pode interagir com medicamentos para diabetes, anticoagulantes e  alguns antibióticos. Os efeitos adversos são raros, mas podem ocorrer distúrbios gastrointestinais (náusea, diarreia e dor abdominal), fadiga e dor de cabeça. Dose usual: 300 a 500 mg 2x ao dia, podendo ser ajustada a critério médico.

 

Texto elaborado por: Dra. Tamara Mazaracki. 

 

Título de Especialista em Nutrologia –  Associação Brasileira de Nutrologia;

 

Membro Titular da ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia; 

 

Pós-graduação em Medicina Ortomolecular, Nutrição Celular e Longevidade – FACIS-IBEHE – Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo e Centro de Ensino Superior de Homeopatia;

 

Pós-graduação em Medicina Estética – Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino – IBRAPE.

 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

 

Referências Bibliográficas:

*Current Medicinal Chemistry 2024. Berberine: Pharmacological Features in Health, Disease & Aging.

*Archives of Biochemistry and Biophysics 2025. Assessing the role of Berberine as an inhibitor of advanced glycation end products (AGEs) formation using in vitro & molecular interaction studies.

*Phytomedicine 2024. Inhibition of inflammation by berberine: Molecular mechanism & network pharmacology analysis.

*Frontiers in Nutrition 2023. Berberine influences multiple diseases by modifying gut microbiota.

*Frontiers in Pharmacology 2025 Elucidation of the mechanism of berberine against gastric mucosa injury in a rat model with chronic atrophic gastritis based on a combined strategy of multi-omics & molecular biology.

*Pharmacologic Therapy 2024. Berberine prevents non-alcoholic fatty liver disease & hepatocellular carcinoma by modulating metabolic disorders.

 *Biochemical & Molecular Toxicology 2025. A Comprehensive Review Highlighting the Prospects of Phytonutrient Berberine as an Anticancer Agent.