segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Alimentos que Dão Energia Ao Praticante de Atividade Física

 

Sabe-se que a alimentação balanceada é um fator indispensável para se atingir bons resultados nos treinos, garantir maior performance, possibilitar uma melhor qualidade de vida, prevenir doenças e garantir maior longevidade para os seres humanos.

Antes de tudo, temos que entender que a energia é a forma que o nosso corpo utiliza para desempenhar as suas mais diversas funções: seja o batimento cardíaco, o raciocínio no cérebro, a contração da musculatura para realizar um exercício e até mesmo a própria respiração.

Essa energia é obtida através da alimentação e dos nutrientes contidos nos alimentos, sejam eles calorias, carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e minerais.

Já a disposição é um estado que ocorre no corpo quando a alimentação se encontra balanceada, com todas as necessidades nutricionais supridas e assim os nossos sistemas têm substrato energético suficiente para desempenhar todas as suas funções, com excelência e sem gerar desgaste, cansaço, fadiga e/ou indisposição.

 

Os 10 principais alimentos que dão energia

1.Abacate

 Fonte de gorduras e importantes vitaminas e minerais;

2.Açaí

 Fonte de gorduras e importantes vitaminas e minerais;

3.Água

 Nutriente mais importante do corpo. Responsável por hidratar as células, promover a respiração celular e também atuar como reagente e/ou solvente em diversas reações químicas fundamentais no corpo.

O consumo é em média de 40 mL de água por kg de peso do indivíduo, essa deve ser fracionada ao longo do dia, e fortemente abastecida em períodos que antecedem, postergam ou durante a prática de atividade física.

4.Arroz integral

 Fonte de carboidratos e fibras alimentares;

5.Aveia

 Fonte de carboidratos e fibras alimentares;

6.Banana

 Fonte de carboidratos e minerais;

7.Batata doce

 Fonte de carboidrato;

8.Beterraba 

Fonte de carboidratos e de nitrato, substância vasodilatadora;

9.Oleaginosas

 Fonte de gorduras e importantes vitaminas e minerais;

10.Ovos 

 Fonte de proteínas e gorduras.

Alimentos que dão energia: qual o melhor horário para consumi-los?

 

Existe um melhor horário para consumir os alimentos que dão energia? A resposta é depende! 

Cada grupo alimentar e seus respectivos nutrientes principais (carboidratos, proteínas, lipídeos, fibras, vitaminas e minerais) desempenha um papel específico no processo de geração de energia e disposição para o nosso corpo. Dessa forma, iremos separar por grupo alimentar para o melhor entendimento.

  1. Carboidratos: Os carboidratos são a principal moeda energética do nosso corpo (cada grama de carboidrato fornece 4 calorias ao corpo), a forma mais rápida e econômica de transformar nutriente (glicose) em energia (ATP). Nesse sentido, o seu consumo é recomendado ao longo de todo o dia, além de um incremento nos períodos imediatamente (30 minutos) anteriores e posteriores ao treinamento / atividade-física visando assim liberar energia para o treino e posteriormente repor os estoques na forma de glicogênio.
  1. Proteínas: As proteínas são os nutrientes estruturais do nosso corpo, em grande maioria não são utilizadas para a geração de energia (4 kcal/g) e sim para o funcionamento do sistema muscular, no ganho de força, no sistema imune, no sistema articular entre muitos outros. Assim, a recomendação é manter um pool (oferta) proteico constante ao longo de todo o dia e em todas as refeições.
  1. Lipídeos: Já os lipídeos ou gorduras são as nossas reservas energéticas, ou seja, são mais densamente calóricos (9 kcal/g) e são armazenados na forma de tecido adiposo para a utilização em momentos oportunos onde a concentração de carboidratos não consegue suprir a demanda energética do corpo.
  1. Fibras: As fibras alimentares, presentes em peso nos alimentos de origem vegetal, não desempenham papel importante na geração de energia para o corpo, pois as fibras não são consideradas alimentos que dão energia. Todavia, o seu consumo impacta diretamente nos sentimentos de fome, saciedade e na mobilidade gastrointestinal, assim não é recomendado que essas sejam consumidas em períodos próximos aos treinos, visando evitar desconfortos gastrointestinais.
  1. Vitaminas e Minerais: As vitaminas e minerais não são utilizados para a geração direta de energia através das calorias, contudo são cofatores no processo de respiração celular do nosso corpo e funcionam como impulsionadores/aceleradores da produção de energia provinda de outros nutrientes (principalmente os carboidratos). Além disso, juntos são o principal grupo responsável por possibilitar o real incremento da energia mental e na disposição do corpo, uma vez que desempenham e regulam importantes funções neuro cognitivas no nosso corpo.

Alimentos que dão energia nos treinos

Os principais alimentos responsáveis por essa característica de dar mais energia e disposição nos treinos são os carboidratos, assim use-os com abundância, de preferência de boas fontes como o arroz, cereais integrais, tubérculos e frutas. Para o ganho de força e na musculação, não existe risco de desconforto gástrico então o consumo pode ser feito normalmente.

Já pensando em alimentos que dão energia para correr, podem ser utilizados alimentos mais concentrados e menos volumosos como o mel, sucos integrais, geleias e géis de carboidrato, evitando assim o risco de desconforto gastrointestinal.

Dicas extras para ter mais energia no dia a dia

 

  • – Ter uma boa noite de sono;
  • – Praticar atividade física regularmente (ao menos 150 minutos por semana);
  • – Se expor ao sol diariamente;
  • – Ter uma rotina alimentar, de trabalho, de lazer e de sono;
  • – Utilizar de chás energéticos (chá verde, chá preto, chá mate, chá de laranja, chá de hortelã, chá de menta, chá de canela…);
  • – Praticar a aromaterapia e utilização de óleos essenciais;
  • – Fazer check-ups periódicos com nutricionista para avaliação de exames sanguíneos e possíveis deficiências nutricionais.
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  •    As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.
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  • Referências Bibliográficas: 

    Mendes, P. 10 principais alimentos que dão energia ao praticante de atividade física. Dietbox. Disponível em: www.dietbox.com.br Acessado em 30/09/2024.

    ARAGON, Alan A. et al. International society of sports nutrition position stand: diets and body composition. Journal of the International Society of Sports Nutrition, v. 14, n. 1, p. 16, 2017.

    ARAGON, Alan Albert; SCHOENFELD, Brad Jon. Nutrient timing revisited: is there a post-exercise anabolic window?. Journal of the international society of sports nutrition, v. 10, n. 1, p. 5, 2013.

    BERDANIER, Carolyn D.; BERDANIER, Lynnette A.; ZEMPLENI, Janos. Advanced nutrition: macronutrients, micronutrients, and metabolism. CRC press, 2008.

    BUENO, Bruna Aparecida; RIBAS, Marcelo Romanovitch; BASSAN, Julio Cesar. Determinação da ingestão de micro e macro nutrientes na dieta de praticantes de Crossfit. RBNE-Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 10, n. 59, p. 579-586, 2016.

    BURKE, Louise M. et al. Carbohydrates for training and competition. Food, Nutrition and Sports Performance III, p. 17-27, 2013.

    BURKE, Louise M.; KIENS, Bente; IVY, John L. Carbohydrates and fat for training and recovery. Journal of sports sciences, v. 22, n. 1, p. 15-30, 2004.

    BURKE, Louise; DEAKIN, Vicki. Clinical sports nutrition. McGraw Hill, 2010.

    IVY, John. Nutrient timing: The future of sports nutrition. Basic Health Publications, Inc., 2004.

    JÄGER, Ralf et al. International society of sports nutrition position stand: protein and exercise. Journal of the International Society of Sports Nutrition, v. 14, n. 1, p. 20, 2017.

    KERKSICK, Chad M. et al. International Society of Sports Nutrition position stand: nutrient timing. Journal of the international society of sports nutrition, v. 14, n. 1, p. 33, 2017.

    LA BOUNTY, Paul M. et al. International Society of Sports Nutrition position stand: meal frequency. Journal of the international society of sports nutrition, v. 8, n. 1, p. 4, 2011.

    MALAKOUTI, Mohammad Jafar. The effect of micronutrients in ensuring efficient use of macronutrients. Turkish Journal of Agriculture and Forestry, v. 32, n. 3, p. 215-220, 2008.

    MEREGE FILHO, Carlos Alberto Abujabra et al. Influência do exercício físico na cognição: uma atualização sobre mecanismos fisiológicos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 20, p. 237-241, 2014.

    SAWKA, Michael N. et al. American College of Sports Medicine position stand. Exercise and fluid replacement. Medicine and science in sports and exercise, v. 39, n. 2, p. 377-390, 2007.

    SOLFRIZZI, Vincenzo et al. Relationships of dietary patterns, foods, and micro-and macronutrients with Alzheimer’s disease and late-life cognitive disorders: a systematic review. Journal of Alzheimer’s Disease, v. 59, n. 3, p. 815-849, 2017.

    THOMAS, D. Travis; ERDMAN, Kelly Anne; BURKE, Louise M. Position of the Academy of Nutrition and Dietetics, Dietitians of Canada, and the American College of Sports Medicine: nutrition and athletic performance. Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, v. 116, n. 3, p. 501-528, 2016.

domingo, 29 de setembro de 2024

Salada de Frutas (Na Casca da Laranja)

 

Uma salada de frutas pode ser muito mais do que simplesmente colocar frutas picadas em uma tigela. Com algumas dicas simples e criatividade, você pode torná-la a estrela da festa!

Para que sua salada de frutas fique perfeita, escolha as mais frescas, observando suas texturas, cores e cheiros. Estimular todos os sentidos e brincar com a fusão de sabores é o que torna o prato delicioso e atraente!

As frutas mais macias irão contrastar com as mais crocantes; as adocicadas ficam harmônicas com as cítricas - uma realçando a outra e criando uma surpresa a cada colherada!

Rica em fibras e uma ótima fonte de vitaminas, minerais e outros nutrientes, as frutas podem, inclusive, ajudar até mesmo na prevenção de certas doenças e na melhora da imunidade.

Nesta receita, além de todo o sabor, o maior destaque é a forma charmosa de servir.


INGREDIENTES:

- Frutas da sua preferência: mamão, banana 🍌, maçã 🍎, abacaxi 🍍, laranja 🍊, melão 🍈, kiwi 🥝, abacate 🥑, romã, uva 🍇, morango 🍓, pêssego🍑 etc.

- cravo-da-índia

- Hortelã



MODO DE PREPARO:

Depois de escolhidas as frutas, remova as cascas, hastes, peles e sementes. Procure picar cada fruta em pedaços pequenos e uniformes. Assim o visual ficará mais harmônico e cada colherada terá várias frutas.

Para tornar a salada de frutas ainda mais saborosa, use raspinhas das cascas de frutas cítricas frescas e esprema o seu sumo por todas as frutas, para evitar que escureçam.

Retire uma "tampa" da parte superior da laranja e raspe todo seu interior, até que ela se pareça com uma cumbuca. Decore-a com os cravos e sirva nela a salada de frutas. Finalize polvilhando sementes de romã e colocando um ramo de hortelã. Fica bonito demais, não fica?

Para adicionar ainda mais textura e sabor, incremente com um toque de iogurte, mel, castanhas, granola ou até sorvete.

Aprecie o que vem em cada colherada! E, claro, coma com moderação, pois essa delícia também conta calorias! Sem exagerar nas quantidades, você vai adorar cada pedacinho desta salada de frutas super elegante e gostosa! Bom apetite!

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  As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Granola: Mix Cheio de Sabor e de Benefícios

 

 Você com certeza já ouviu falar em granola, mas sabe exatamente do que ela é feita?

A granola é um mix de cinco cereais torrados: aveia, flocos de arroz, farelo e gérmen de trigo, floco de milho e centeio. A eles são misturados mel ou açúcar mascavo, oleaginosas (amêndoas, castanhas e nozes) e frutas secas (banana passa, flocos de maçã, coco, uvas passas e damasco).

Mas não foi sempre assim. Quando criada, em 1830, nos Estados Unidos, era feita de uma mistura de cereais crus. Só 30 anos depois ela passou a ser assada e foi chamada de "granula".

Em 1870, John H. Kellogg (médico e empresário americano) adicionou a ela alguns componentes e patenteou-a com o nome de "granola". Foi só na década de 60, porém, que ela realmente passou a fazer sucesso.

Hoje, é parte do cardápio de muita gente, por ser um alimento rico em nutrientes e uma boa fonte de carboidratos, fibras, proteínas e minerais.

É excelente para regularizar o intestino, controlar a gordura e o açúcar do sangue e prevenir doenças cardiovasculares, pela presença de beta-glucanos, que ajudam a reduzir o mau colesterol (LDL).

Também proporciona sensação de saciedade e ajuda no emagrecimento, na saúde da pele e até na diminuição do risco de câncer, por ser rica em selênio, vitamina E e ômega-3, antioxidantes que previnem o dano celular causado por radicais livres.

A granola é muito versátil, tanto em versões doces quanto salgadas. Fica deliciosa em saladas, dando a elas uma deliciosa crocância; em sopas e caldos; como complemento de recheios de sanduíches; com iogurte ou no leite, em vitaminas, sucos ou smoothies, acompanhando frutas frescas; empanando docinhos, entre outras opções.

A granola pode, inclusive, ser feita em casa. Seu valor nutricional depende dos ingredientes usados no preparo. Mas, atenção: embora saudável, deve ser consumida com moderação, por conter uma grande quantidade de calorias.

Guarde a granola em um recipiente hermético e use sua criatividade para compor pratos diferentes e contar com os benefícios, sabor e textura que ela acrescenta às suas receitas!

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terça-feira, 24 de setembro de 2024

Porque Estamos Cada Vez Mais Gordos e Doentes?

 

Nas últimas décadas, as taxas de obesidade e diabetes tipo 2 aumentaram expressivamente em todo o mundo. A obesidade é um contribuinte estabelecido para diabetes, bem como um componente central da síndrome metabólica, caracterizada por acúmulo de gordura abdominal, hipertensão arterial, resistência à insulina ou diabetes, níveis elevados de glicose e colesterol no sangue. O estilo de vida sedentário e o consumo de dietas hipercalóricas contribuem para os riscos aumentados de obesidade e síndrome metabólica. Somando-se a isso temos fatores genéticos, ambientais e alterações na microbiota intestinal (disbiose).

 

Estresse físico e mental

Um ponto agravante é o estresse. Nesse sentido, vários estudos têm mostrado que o sofrimento psicológico está associado à inatividade física e ao alto consumo de alimentos não saudáveis, como comidas com alto índice glicêmico, produtos ultraprocessados, doces e salgadinhos, além de baixo consumo de alimentos ‘limpos’, como carne, peixe, frutas e vegetais. Muitas pessoas desenvolvem hábitos alimentares ligados ao estresse, ansiedade ou depressão, o que pode resultar em "alimentação emocional" (comfort food).

 

Alimentação industrializada e ultraprocessada

Os alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar, sódio, gorduras trans e aditivos, tornaram-se cada vez mais acessíveis e populares. Eles são mais baratos e convenientes, pobres em nutrientes e ricos em calorias vazias. Esse tipo de alimentação promove um aumento no consumo calórico, além de provocar uma resposta metabólica negativa no organismo, afetando principalmente a microbiota intestinal.

 

Sedentarismo

Com o avanço da tecnologia, as atividades físicas diárias diminuíram drasticamente. Muitas pessoas passam longas horas sentadas, seja no trabalho, no transporte ou em casa, assistindo TV, jogando games ou imersas em redes sociais. A falta de movimento reduz o gasto energético e contribui diretamente para o ganho de peso e o desenvolvimento de doenças metabólicas, como diabetes.

 

Distúrbios do sono

A privação do sono tem sido associada ao ganho de peso e a desequilíbrios metabólicos. O sono insuficiente altera hormônios reguladores da fome, como a grelina e a leptina, levando a um aumento no apetite, principalmente por alimentos ricos em carboidratos e gorduras. Situações de estresse e falta de sono também afetam a produção de hormônios, como o cortisol, que está conectado ao aumento da vontade de comer e ao ganho de peso.

 

Genética e epigenética

Embora a genética possa influenciar a predisposição ao ganho de peso, o ambiente tem um impacto muito maior. No entanto, a interação entre genes e ambiente, conhecida como epigenética, pode fazer com que certas condições hereditárias sejam exacerbadas por fatores ambientais, como dieta e estilo de vida. A globalização tem influenciado os hábitos alimentares de muitas sociedades, substituindo dietas tradicionais ricas em alimentos naturais por dietas ocidentalizadas, que são ricas em açúcares, sal e gorduras não saudáveis, os famigerados alimentos ultraprocessados.

 

Ambiente obesogênico e propaganda massiva

Hoje, o ambiente ao nosso redor favorece o ganho de peso. Em muitas cidades, há falta de espaços públicos adequados para atividades físicas, e a disponibilidade de ‘fast food’ é muito maior do que a de opções saudáveis. Indústrias alimentícias investem pesado em propaganda, muitas vezes focando em públicos vulneráveis, como crianças e adolescentes. Isso cria um ambiente que promove o consumo excessivo de alimentos pouco nutritivos. Além disso, praticar o hábito alimentar saudável é menos atrativo ou difícil (dá mais trabalho para preparar), se comparado aos alimentos rápidos e processados, de consumo instantâneo.

 

Acesso desigual à saúde e informação

O desconhecimento geral sobre nutrição acaba levando a erros alimentares. Muitas populações têm acesso limitado a cuidados médicos de qualidade e a educação sobre alimentação saudável e atividade física. A falta de políticas públicas que incentivem hábitos saudáveis, principalmente nas classes mais baixas, agrava a situação. Curiosamente, este problema não afeta apenas as populações mais carentes. Em populações de alta renda, espera-se que a obesidade grave dobre sua prevalência de 10 para 20% até 2035, representando uma enorme ameaça para os sistemas de saúde.

 


Consequências

Esses fatores de risco do estilo de vida aumentam fortemente as chances de obesidade e doenças associadas. O resultado dessas combinações é um aumento preocupante na incidência de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardiovasculares, síndrome metabólica, esteatose hepática e vários tipos de câncer, além de problemas psicológicos ligados à imagem corporal e autoestima. A obesidade, em geral, causa uma grande redução na expectativa de vida.

 

O que fazer?

Precisamos de uma abordagem integrada, que inclui políticas públicas eficazes, conscientização sobre alimentação, incentivo à prática de atividades físicas e uma mudança cultural em relação ao modo como nos alimentamos e cuidamos do corpo. Em vez de pizza ou hambúrguer com fritas, muito melhor é um prato de arroz, feijão, bife e salada. Ou seja, para emagrecer, desinflamar e ter saúde, as modificações no estilo de vida são essenciais.

 

Texto elaborado por: Dra. Tamara Mazaracki. 

 

Título de Especialista em Nutrologia –  Associação Brasileira de Nutrologia;

 

Membro Titular da ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia;

 

Pós-graduação em Medicina Ortomolecular, Nutrição Celular e Longevidade – FACIS-IBEHE – Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo e Centro de Ensino Superior de Homeopatia;

 

Pós-graduação em Medicina Estética – Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino – IBRAPE.

 

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Referências Bibliográficas:

*Adv Exp Med Biology 2024. The Definition and Prevalence of Obesity & Metabolic Syndrome: Correlative Clinical Evaluation Based on Phenotypes.

*PLoS One 2024. Microevolutionary hypothesis of the obesity epidemic.

*Current Obesity Reports 2023. Update on the Obesity Epidemic: After the Sudden Rise, Is the Upward Trajectory Beginning to Flatten?

*Science Advances 2023. Emergence of the obesity epidemic preceding the presumed obesogenic transformation of the society.

 

domingo, 22 de setembro de 2024

Salada Vertical: Saúde Em Camadas

 

A salada é um prato presente nas refeições de quase todas as culturas, em todo o mundo, desde os tempos antigos. Já era consumida, por exemplo, no Antigo Egito, onde a cultura de frutas e hortaliças era comum.

A origem da palavra "salada" vem do termo latino "herba salata", ou "erva salgada", usado pelos romanos para denominar a forma de consumir os vegetais crus, temperados com água e sal. Eles também usavam o termo "insalare", pois já tinham o hábito de adicionar sal aos alimentos, especialmente às saladas.

Hoje, a salada protagoniza a entrada de almoços e jantares, de forma charmosa e muito saudável. E, por serem tantas as possibilidades, é muito fácil abandonar tradições e criar receitas mais livres, criativas e surpreendentes, com ingredientes e combinações inusitados para surpreender o paladar e os olhos de seus convidados.

É o caso dessa elegante e deliciosa Salada em Camadas...

INGREDIENTES:

- 1 beterraba ralada
- 2 cenouras médias raladas
- 1 xícara de parmesão light em lascas
- 200g de tofu defumado em cubos
- 200g de champignon fatiado


MOLHO:

- 1 xícara de creme de ricota light
- 1 colher de sopa de azeite extravirgem
- 1/2 cebola ralada
- sal e pimenta do reino moída, a gosto


MODO DE PREPARO:
A melhor dica para esta receita é impressionar com sua montagem. Escolha copos transparentes e bem bonitos, onde serão servidas as saladas. Sirva em porções individuais, para que o visual seja ainda mais surpreendente.

Monte as camadas intercaladas com o molho e fique à vontade para substituir os ingredientes por outros, como alface americana, grão-de-bico, pepino, kani, palmito, milho, frutas, azeitonas, nozes, tomate cereja, granola salgada, entre outros.

Esta é uma entrada saudável, chique e muito gostosa, perfeita para abrir qualquer reunião de família, amigos ou para um encontro a dois. Não vão faltar elogios - à salada e a você! Bom apetite!

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sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Alzheimer: O Ômega 3 Realmente Ajuda?

 

A doença de Alzheimer é uma patologia neurodegenerativa que provoca perda da memória e redução gradual das habilidades cognitivas, mentais e sociais, incapacitando a pessoa de realizar suas atividades cotidianas de forma independente.

Com o envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, a incidência vem aumentando ao longo das últimas décadas. Ainda não se sabe ao certo quais são as causas da doença, mas evidências apontam para condições genéticas combinadas a certos fatores de risco, como o envelhecimento, o sedentarismo, alguns traumas cranianos, entre outros.

Muito se fala sobre os benefícios do consumo do ômega-3 na prevenção e diminuição dos sintomas da doença de Alzheimer. O ômega-3 é um lipídio da família das gorduras poli-insaturadas, - que são as mais saudáveis -, que auxiliam na saúde do cérebro e na memória, além de atuar na prevenção de doenças cardiovasculares e no controle dos níveis de colesterol.

Porém, é importante destacar que não existe ainda comprovação definitiva da eficiência do ômega-3 na prevenção ou tratamento especificamente da doença de Alzheimer. Ainda são necessários mais estudos, que comprovem o real benefício desta relação.

Ainda assim, o ômega-3 é fundamental para o organismo e precisa fazer parte de uma dieta saudável. Ele é encontrado especialmente em alimentos como os peixes marinhos (sardinha, pescada, salmão, corvina, atum), caranguejo, linhaça, chia, nozes e castanhas, entre outros.

Consulte o seu nutricionista para ter um plano alimentar mais adequado para você - ou para quem você ama - de acordo com a fase da vida, gostos pessoais e necessidades.

Faça atividade física, cuide da sua saúde emocional e tenha uma alimentação equilibrada, o mais natural possível. Mesmo que certas doenças ainda sejam desafios importantes, a ciência reconhece que bons hábitos e um estilo de vida saudável são fundamentais para a boa saúde e podem ajudar a prevenir muitas doenças crônicas.

A boa alimentação é parte fundamental desses cuidados com você e com quem você ama! ❤️

#alzheimer #cuidandodalongevidade #nutricao #nutricaosaudavel #alzheimerafamiliaadoença

 

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quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Alguns Excessos Tentam Compensar Faltas?

Excessos frequentes em qualquer área da vida podem ser sinal de algum desequilíbrio emocional. Exageros não ocorrem somente na quantidade de horas trabalhadas, nos vícios ou na preocupação excessiva com a aparência física. Eles também podem ocorrer na alimentação. Não é à toa que o sobrepeso e obesidade são problemas cada vez mais comuns, relacionados não só a doenças físicas, mas também emocionais.

O que pode existir por trás da alimentação excessiva? Que faltas este excesso tenta suprir? O que ele revela?

De forma geral, revelam um vazio latente; uma falta que precisa ser preenchida por alguma coisa que dê prazer. Algumas delas podem estar relacionados a alguma situação momentânea que você esteja vivendo; outras nos acompanham desde a infância, mesmo que muitas vezes não tenhamos consciência delas.

Encarar essas faltas pode ser doloroso, mas compreendê-las pode nos levar a uma vida com muito mais paz e equilíbrio. A ajuda da psicoterapia é muito proveitosa para lidar com estas questões. E, ao mesmo tempo, um nutricionista pode ajudar a mudar hábitos que muitas vezes são carregados há anos, transformando sua qualidade de vida por meio de uma alimentação mais equilibrada.

Alimentar-se com mais qualidade - e na quantidade adequada - é aumentar a consciência do seu corpo, melhorar a disposição, autoestima e ainda diminuir os riscos de contrair doenças crônicas. Com o corpo e a mente mais equilibrados, a falta passa a não ter espaço. O foco torna-se outro.

Invista em você! Esta é uma decisão importante para ajudar a olhar para dentro e a aprender a preencher estas "faltas" - que todos sentimos - de forma mais saudável. A partir daí, não tenha pressa: a jornada estará iniciada e cada dia representará mais um passo na conquista do seu bem-estar, tanto físico, quanto emocional.

Agende sua consulta e conte comigo para ajudar nesta trajetória de crescimento pessoal e formação de novos hábitos, que vão mudar não só o que você come, mas também o que você pensa e sente.

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segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Chá-Mate Pode Ajudar A Emagrecer?

 

Você sabia que o chá-mate está entre as ervas mais consumidas pelos brasileiros? Essa bebida, apreciada pelo sabor e efeito energizante devido à presença de cafeína, também é rica em nutrientes antioxidantes e compostos anti-inflamatórios que contribuem para a saúde geral. Mas, o que muitos não sabem é que o chá-mate pode ajudar a emagrecer!

Mas, como isso acontece? De acordo com pesquisas, os nutrientes antioxidantes presentes no chá-mate têm a capacidade de melhorar o metabolismo do açúcar e da gordura no corpo. Isso significa que o açúcar dos alimentos é mais eficientemente utilizado como energia, em vez de permanecer na corrente sanguínea, onde poderia ser transformado em gordura.

Dessa forma, o chá-mate pode ajudar a reduzir o acúmulo de gordura corporal e apoiar o emagrecimento. Boa notícia, não é mesmo? Mas, não pense que é só viver tomando chá-mate que seus problemas serão resolvidos, entenda:

 

Chá-mate para emagrecer

Mesmo que o chá-mate contribua para o controle do ganho de peso através do metabolismo da glicose, ele não é suficiente para o emagrecimento. O emagrecimento saudável é feito de um déficit calórico, ou seja, é preciso controlar o consumo de alimentos ao longo do dia e colocar o corpo em movimento para que você gaste mais calorias do que ingere na dieta.

Nenhum alimento, nem sequer o chá-mate, será capaz de promover o emagrecimento sozinho. A perda de gordura exige tempo e ajustes na alimentação, às vezes mais simples do que pensamos, para que os efeitos apareçam e sejam duradouros. 

Riscos do consumo de chá-mate

É importante que você saiba também que o consumo de chá-mate não é recomendado a gestantes e crianças devido à presença de cafeína que pode aumentar a frequência cardíaca dos fetos e provocar distúrbios indesejados ao sono dos pequenos. 

Além disso, o exagero no consumo de chá-mate é desencorajado, especialmente em algumas condições de saúde, como:

Hipertensão

Pessoas hipertensas podem apresentar aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca com o consumo excessivo do chá-mate devido à presença de cafeína na bebida. Por isso, é indicado não ultrapassar o consumo de 5 xícaras por dia, que equivalem a 175 mg de cafeína. 

Distúrbios gastrointestinais

A cafeína também pode provocar e agravar distúrbios gastrointestinais, como azia, refluxo e gastrite. Se você apresenta uma sensibilidade maior no estômago, é importante evitar a ingestão de chá-mate e outras bebidas e alimentos fonte de cafeína. 

Anemia e osteoporose

O chá-mate contém substâncias conhecidas como taninos, que protegem as plantas contra pragas e insetos. No nosso organismo, entretanto, esses taninos podem combinar-se com nutrientes importantes, como o ferro e o cálcio, interferindo na absorção deles. 

Logo, para pessoas que já apresentam uma deficiência desses nutrientes, como quem tem anemia e/ou osteoporose, é indicado evitar e reduzir o consumo de alimentos e bebidas ricas em taninos, como o chá-mate. 

Se você não se encaixa em nenhum desses grupos de risco e faz um uso moderado do chá-mate, pode aproveitar seus benefícios experimentando diferentes preparações!
 
 
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Referências Bibliográficas:

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