segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025
Cebolinha: Plante em Casa e Colha Seus Benefícios
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025
Carpaccio de Beterraba
Quando falamos em beterraba, a primeira coisa que vem à mente é a sua cor intensa, vermelho-arroxeada. Essa pigmentação é causada pela betalaína, uma substância que, além da belíssima cor, é rica em antioxidantes, com muitos benefícios à saúde.
A beterraba é uma hortaliça tuberosa, originária da Europa, com sabor ligeiramente adocicado. Pode ser consumida crua ou cozida, geralmente em saladas, sucos, vitaminas ou molhos, mas também como ingrediente de massas para panquecas e bolos.
Suas folhas também podem ser utilizadas, pois são saborosas e nutritivas, ótimas fontes de ferro e fibras, e ajudam a controlar a glicemia e a prevenir a anemia.
A beterraba auxilia na diminuição da pressão arterial, fortalece o sistema imunológico, protege o sistema nervoso, previne o envelhecimento precoce, entre outros.
A receita abaixo é uma "releitura" do carpaccio original, que é feito com fatias finíssimas de carne crua, servidas com molho de mostarda, alcaparras e parmesão. Sua origem se deu em Veneza, na Itália, e o nome é uma homenagem ao pintor italiano Vittore Carpaccio.
Nesta surpreendente e deliciosa versão, a carne é substituída pela beterraba!
INGREDIENTES:
- 1 beterraba
- 1 fatia de queijo minas tipo frescal
- 1 maço de rúcula
- Nozes picadas
- 3 colheres (sopa) de azeite de oliva
- 2 colheres (sopa) de vinagre de maçã
- suco de 1 limão
- sal e pimenta-do-reino a gosto (ou outro tempero de sua preferência)
MODO DE PREPARO:
Cozinhe a beterraba descascada por cerca de 15 minutos até que fique "al dente", ou seja, cozida, mas com alguma firmeza ao ser mordida.
Prepare o molho, misturando o azeite de oliva com o suco do limão, o vinagre de maçã, o sal e a pimenta.
Corte a beterraba em fatias bem fininhas. Disponha-as em um prato, colocando o molho por cima. Finalize com a rúcula e os cubinhos de queijo.
Sirva frio e surpreenda-se com o sabor agridoce e elegante desse prato super bonito e nutritivo! Bom apetite!
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As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025
Berberina: Um Potencial Candidato Para o Tratamento de Doenças Metabólicas e Cerebrais
O crescimento na incidência de doenças metabólicas, como diabetes, esteatose hepática e obesidade, tem impactado gravemente a saúde humana. Diante disso, a busca por medicamentos eficazes derivados de compostos naturais tornou-se fundamental, motivando inúmeras pesquisas. Nesse contexto, a berberina, um composto alcaloide presente em diversas plantas medicinais tradicionais, vem ganhando destaque pelo seu potencial no tratamento de diferentes condições metabólicas, câncer, doenças digestivas, cardiovasculares e neurológicas.
Efeitos bioquímicos e farmacológicos
A berberina é o principal composto ativo em várias plantas e ervas. Apresenta uma ampla gama de efeitos bioquímicos e farmacológicos, que podem impactar a saúde e as doenças. A berberina parece ter como alvo as mitocôndrias, ativando a AMPK, uma molécula que ‘liga’ os processos metabólicos e pode retardar a engrenagem do envelhecimento. Também tem efeitos no metabolismo da glicose e da gordura, perda de peso, disfunção muscular, microbiota intestinal, ação antibacteriana, déficits cognitivos, doenças neurodegenerativas e neuropsicológicas. Seu potencial neuroprotetor na modulação de Alzheimer e outras demências se dá por meio de múltiplas vias de sinalização.
Doenças metabólicas
Muitos estudos têm sido feitos na aplicação clínica da berberina no tratamento de doenças metabólicas, incluindo diabetes tipo 2, obesidade, doença hepática gordurosa não alcoólica (esteatose hepática), hiperlipidemia (colesterol alto) e gota (ácido úrico alto). Os efeitos terapêuticos da berberina baseiam-se na regulação de vários aspectos metabólicos e fisiopatológicos: promove a secreção de insulina, melhora a resistência à insulina, inibe a lipogênese (produção de gordura), alivia a fibrose do tecido adiposo, reduz a gordura no fígado e melhora os distúrbios da microbiota intestinal.
Doenças do aparelho digestivo
A berberina tem ação protetora em doenças digestivas: pode inibir toxinas e bactérias, incluindo Helicobacter pylori, proteger a barreira epitelial intestinal de danos e recuperar lesões hepáticas. Além disso, a berberina exerce efeitos protetores na microbiota intestinal e este pode ser o mecanismo no alívio de distúrbios metabólicos e doenças inflamatórias intestinais.
Glicose, lipídios e energia
Berberina regula o metabolismo da glicose e dos lipídios, ativa o gasto de energia (queima de calorias), pode ajudar a reduzir o peso corporal e atua no fígado gorduroso. Ela também melhora a hemodinâmica cardiovascular, controla arritmias isquêmicas, atenua o desenvolvimento de aterosclerose e reduz a hipertensão. Além disso, a berberina apresenta potentes efeitos neuroprotetores. Há estudos recentes mostrando a ação da berberina na síndrome do ovário policístico e até na doença do olho seco, um problema bastante comum em pessoas idosas.
Câncer
A berberina inibe a proliferação de vários tipos de células cancerígenas e impede a invasão e a metástase. Evidências recentes confirmaram que a berberina melhora a eficácia e a segurança de tratamentos quimioterápicos e radioterápicos. Os mecanismos de suas ações têm sido extensivamente pesquisados, mas ainda há muito a ser esclarecido.
Contraindicações e dose
Apesar de segura, a berberina deve ser evitada na gravidez e amamentação, em crianças pequenas, em pacientes com pressão baixa, glicose baixa, portadores de doenças hepáticas e renais graves. Ela pode interagir com medicamentos para diabetes, anticoagulantes e alguns antibióticos. Os efeitos adversos são raros, mas podem ocorrer distúrbios gastrointestinais (náusea, diarreia e dor abdominal), fadiga e dor de cabeça. Dose usual: 300 a 500 mg 2x ao dia, podendo ser ajustada a critério médico.
Texto elaborado por: Dra. Tamara Mazaracki.
Título de Especialista em Nutrologia – Associação Brasileira de Nutrologia;
Membro Titular da ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia;
Pós-graduação em Medicina Ortomolecular, Nutrição Celular e Longevidade – FACIS-IBEHE – Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo e Centro de Ensino Superior de Homeopatia;
Pós-graduação em Medicina Estética – Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino – IBRAPE.
Referências Bibliográficas:
*Current Medicinal Chemistry 2024. Berberine: Pharmacological Features in Health, Disease & Aging.
*Archives of Biochemistry and Biophysics 2025. Assessing the role of Berberine as an inhibitor of advanced glycation end products (AGEs) formation using in vitro & molecular interaction studies.
*Phytomedicine 2024. Inhibition of inflammation by berberine: Molecular mechanism & network pharmacology analysis.
*Frontiers in Nutrition 2023. Berberine influences multiple diseases by modifying gut microbiota.
*Frontiers in Pharmacology 2025 Elucidation of the mechanism of berberine against gastric mucosa injury in a rat model with chronic atrophic gastritis based on a combined strategy of multi-omics & molecular biology.
*Pharmacologic Therapy 2024. Berberine prevents non-alcoholic fatty liver disease & hepatocellular carcinoma by modulating metabolic disorders.
*Biochemical & Molecular Toxicology 2025. A Comprehensive Review Highlighting the Prospects of Phytonutrient Berberine as an Anticancer Agent.
domingo, 2 de fevereiro de 2025
Você Sabe Quais São Os Alimentos Mais Ricos Em Sódio?
Mais do que reduzir o sal na comida, quem está com a pressão alta precisa prestar atenção ao sódio, um nutriente presente tanto no sal quanto em diversos outros alimentos. Ele é um dos principais responsáveis por elevar a pressão arterial, por isso, é fundamental conhecer os alimentos mais ricos em sódio para manter a pressão e a saúde em dia.
Antes que você decida acabar com o sódio na sua vida, entenda: o sódio é um mineral importante para o nosso corpo. Ele ajuda, por exemplo, na transmissão de impulsos nervosos e na contração muscular.
O problema dele está quando excedemos a quantidade de consumo diário. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), nosso consumo de sódio não deve ultrapassar 2.000mg por dia, o equivalente a 5g de sal de cozinha.
E aí você pode até falar “imagina! Eu não consumo 5g de sal em um dia!”. Pode até não consumir mesmo, mas você já checou a quantidade de sódio que tem nos alimentos que você compra no supermercado?
Alimentos mais ricos em sódio
Os alimentos que geralmente possuem quantidades mais elevadas de sódio são os industrializados, principalmente os processados e ultraprocessados. Descubra abaixo quais são os alimentos mais ricos em sódio:
1° Molhos e temperos prontos
Molho de soja, ketchup, mostarda e caldos prontos são campeões no teor de sódio. Por exemplo, o molho de soja pode conter até 5.000 mg de sódio em 100 ml, então, na hora de visitar o restaurante japonês, lembre-se de diminuir a quantidade de molho de soja nos seus temakis, sashimis e outros pratos.
Outra estratégia é optar pela versão light que tem menos sódio. Quanto aos temperos, busque substituir por temperos naturais, como alho, cebola, ervas e especiarias, eles vão ajudar a reduzir o sódio na sua dieta sem perder o sabor.
2° Embutidos e processados
Presunto, salame, salsicha e mortadela são alguns exemplos de alimentos embutidos. Esses produtos são amplamente consumidos pela praticidade, mas podem conter mais de 1.000 mg de sódio por porção de 100 gramas.
Além disso, são fontes de conservantes artificiais, como nitritos e nitratos, que também apresentam potenciais riscos à saúde. O consumo frequente desses alimentos contribui para um aumento significativo da ingestão de sódio, por isso, evite-os na alimentação diária e ao consumir, faça sempre com moderação.
3° Sopas e macarrões instantâneos
Esses produtos são conhecidos pela praticidade, mas podem conter até 1.800 mg de sódio por porção. Esse valor representa quase toda a recomendação diária de sódio em uma única refeição!
O consumo frequente desses alimentos pode levar a retenção de líquidos e aumento da pressão arterial, tornando-se um fator de risco para complicações cardiovasculares. Preparar sopas caseiras e massas caseiras com ingredientes naturais e pouco sal é uma estratégia bem mais saudável.
4° Queijos e laticínios
Entre os laticínios, os queijos curados e envelhecidos, como parmesão, provolone e gorgonzola podem ter até 500 mg de sódio por porção de 30 gramas. Embora sejam ricos em cálcio e proteínas, o consumo excessivo desses produtos pode ser prejudicial à saúde.
Alternativas como queijos frescos, ricota e cottage apresentam menor teor de sódio e podem ser incluídas com mais segurança na alimentação do dia a dia.
5° Enlatados e conservas
Alimentos enlatados, como sardinha e atum e vegetais em conserva, como picles, azeitona e cenoura, também apresentam altos teores de sódio. Eles utilizam o sal como conservante para prolongar a validade, podendo conter até 500 mg por porção.
Embora sejam opções convenientes, especialmente em situações onde o tempo é escasso, é recomendável enxaguar esses produtos antes do consumo para reduzir parte do sódio presente ou optar por versões frescas, congeladas ou “light”.
6° Pães, biscoitos e doces
Como a maioria tem um sabor adocicado, os produtos de panificação e os doces podem enganar na quantidade de sódio escondida. Pães, biscoitos industrializados e sobremesas prontas contêm sódio como conservante e agente estabilizante.
Um pão francês, por exemplo, pode ter cerca de 340 mg de sódio por unidade, o que representa aproximadamente 17% do limite diário recomendado. Esse valor pode aumentar ainda mais nos pães recheados ou cobertos com queijos e embutidos.
Por isso, é importante estar atento aos rótulos e optar por versões com menor teor de sódio ou preparações caseiras.
7° Refrigerantes e sucos adoçados
Bebidas como refrigerantes e alguns sucos adoçados também contêm sódio. Mesmo em quantidades menores em comparação aos alimentos mencionados, essas bebidas, além do sódio, possuem grandes quantidades de açúcar, aumentando o risco de doenças cardiovasculares.
A versão “zero” ou “diet” dos refrigerantes também se encaixa aqui, devendo ser evitadas e substituídas por água ou sucos naturais para melhorar a qualidade da alimentação.
Impactos do sódio na saúde
A relação entre o consumo de sódio e a saúde cardiovascular é bem estabelecida por estudos científicos. Uma revisão publicada nos jornais da American Heart Association e American Stroke Association, por exemplo, confirmou que a redução do sódio na dieta é capaz de reduzir não somente a pressão arterial de pessoas com hipertensão, como também de pessoas que não têm essa condição.
O controle da pressão arterial é um dos pilares para o bom funcionamento do coração e para a prevenção de infartos e derrames. Além disso, o consumo de sódio dentro dos limites adequados contribui também para a saúde renal.
Como reduzir o consumo de sódio no dia a dia?
Para controlar o consumo de sódio, é essencial desenvolver o hábito de ler os rótulos dos alimentos. Termos como “sódio”, “sal” e “glutamato monossódico” na lista de ingredientes indicam a presença do mineral que, geralmente, aparece em quantidades elevadas.
Para saber a quantidade exata de sódio no produto, verifique a tabela nutricional. Compare diferentes marcas e escolha aquelas com menor teor de sódio, isso pode fazer uma grande diferença na ingestão diária.
Filippini, Tommaso, et al. Blood pressure effects of sodium reduction: dose–response meta-analysis of experimental studies. Circulation 143.16 (2021): 1542-1567.
Gupta DK, Lewis CE, Varady KA, et al. Effect of Dietary Sodium on Blood Pressure: A Crossover Trial. JAMA. 2023;330(23):2258–2266. doi:10.1001/jama.2023.23651
Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA). Universidade de São Paulo (USP). Food Research Center (FoRC). Versão 7.2.
WHO global report on sodium intake reduction. Geneva: World Health Organization; 2023.