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O queijo pode ser feito a partir do
leite de diversos animais: vaca, cabra, ovelha e búfala.
A grande variedade de queijos
depende de vários fatores como os tipos de leite, os processos de fabricação,
os tipos de fermentos adicionados, a utilização de derivados de leite e a
maturação.
Maturação
Maturação ou amadurecimento é a fase
final do processo de fabricação dos queijos. Consiste na manutenção dos mesmos
em câmaras com temperaturas e umidade controladas. É a maturação adequada que
confere aos queijos aroma, consistência e textura característicos de cada
variedade.
Os queijos dividem-se em quatro
grandes grupos, de acordo com a quantidade de umidade presente na massa:
●
moles: os mais conhecidos são
o requeijão e o queijo cremoso (tipo cream cheese). Alguns queijos moles, como
o brie e o camembert, formam uma casca fina. Com o tempo estes queijos vão
endurecendo e concentrando o sabor.
●
semimoles: são queijos de
consistência intermediária, como mussarela e roquefort. Alguns apresentam veios
de mofo, de cor azulada ou esverdeada, provocados por um processo especial de
fabricação, conferindo a esses queijos sabor e odor peculiares.
●
duros: os mais conhecidos são
o edam, o cheddar e o gruyère. Caracterizam-se pelos buracos, chamados “olhos”,
que se formam pela ação das bactérias introduzidas no coalho. Essas bactérias
produzem bolhas de ar que transformam-se em buracos, visíveis ao cortar o
queijo.
●
muito duros: são queijos
envelhecidos durante mais tempo, como parmesão; geralmente são consumidos
ralados.
Conservação
Os queijos brancos (queijo fresco,
requeijão, ricota) devem ser conservados sob refrigeração. Como o queijo é um
alimento “vivo”, que sofre constantemente ação dos microorganismos, aqueles de
massa muito delicada, como o camembert e o roquefort, não podem ser guardados
em geladeira, pois o frio retarda a ação dos microorganismos. Os queijos de
massa meio dura e seca tem menos problemas de conservação, e podem ser
guardados por mais tempo em locais frescos e arejados.
●
Queijos com soro (Minas):
retire-o da embalagem, escorra todo o soro, embrulhe o produto em filme
plástico e guarde-o em um recipiente. Esses pequenos cuidados evitam o
aparecimento de leveduras na casca, que deixam o queijo com aspecto de melado,
diminuindo sua validade.
●
Queijos em pedaço sem soro (Mussarela,
Prato, Provolone, Parmesão, Gorgonzola, Cheddar e Gouda): sempre após o
consumo, embrulhe o produto com filme plástico ou papel alumínio para diminuir
o contato com o oxigênio, evitando assim o ressecamento da massa e o
aparecimento precoce de bolor.
●
Queijos em fatia sem soro (fatiados
tipo Prato e Mussarela): devem ser mantidos em potes fechados e
consumidos no máximo até três dias após serem fatiados.
●
Queijos cremosos (Requeijão): devem
ser mantidos fechados nas embalagens originais e consumidos no prazo
estabelecido pelo fabricante.
●
Queijos de mofo branco (Brie,
Camembert): devem ser conservados embrulhados no próprio papel da
embalagem, que já é especial para a melhor conservação.
Composição Nutricional
A
composição nutricional dos queijos depende, em grande parte, do leite e da
tecnologia utilizados. No entanto, a maioria dos queijos destaca-se pelo teor
relevante de proteínas, de minerais e oligoelementos (principalmente cálcio,
zinco, potássio) e de vitaminas (principalmente A, D, B2, B9,
B12).
Os
principais nutrientes dos queijos são:
► Proteínas: O
teor de aminoácidos essenciais das proteínas dos queijos lhes confere um alto
valor biológico e uma digestibilidade próxima a 95%. Em outras palavras, as
proteínas dos queijos são absorvidas quase integralmente na altura do intestino
e fornecem ao organismo os aminoácidos necessários ao seu desenvolvimento.
►
Lipídios: Os
lipídios conferem aos queijos sua cremosidade e, alguns ácidos graxos livres
formados durante a maturação, contribuem para a formação do aroma. Os lipídios
dos queijos encontram-se sob a forma de emulsão, o que os torna particularmente
fáceis de serem digeridos. São compostos de uma mistura de ácidos graxos
saturados, mas também mono e poliinsaturados. O teor de ácidos graxos trans dos
queijos depende fundamentalmente do leite utilizado e da região produtora.
►
Cálcio: Os benefícios do cálcio sobre a formação dos dentes, ossos e
cartilagens e na prevenção da osteoporose já estão amplamente demonstrados. Os
queijos são uma excelente fonte de cálcio. No entanto, a presença desse mineral
varia em função do teor de umidade e da técnica de fabricação dos queijos. Os
queijos frescos têm teores mais baixos, já os queijos de massa prensada cozida
chegam a apresentar até mais de 1.200 mg de cálcio por 100 g de produto.
►
Vitaminas: O teor de vitaminas lipossolúveis dos queijos (A, D e eventualmente
E), depende do teor de lipídios. Já o teor de vitaminas hidrossolúveis (grupo
B) varia consideravelmente dependendo do tipo de queijo. Na verdade o teor de
vitaminas resulta de dois fatores antagônicos: a perda na fase de dessoragem e
o enriquecimento durante o processo de maturação. A maioria dos queijos fornece
quantidades consideráveis de ácido fólico (vitamina B9) e de retinol (vitamina
A). Por outro lado são pobres em vitamina C.
►
Outros minerais e oligoelementos: Os queijos são também importante fonte de
zinco (2 a 10 mg/100 g), de iodo e de selênio. Alguns fornecem quantidades não
desprezíveis de potássio (entre 100 e 200 mg/100g). O teor de fósforo é, em
geral, próximo do teor de cálcio, e a relação Ca/P (próxima a 1,3) é
particularmente favorável ao aproveitamento do cálcio. A maioria dos queijos é
pobre em magnésio (de 10 a 50 mg/100 g).
É importante ficar atento ao teor de
gordura e colesterol dos queijos que consome, especialmente porque uma
alimentação rica em gorduras saturadas faz com que o colesterol excedente se
deposite nas paredes das artérias, que ficam mais estreitas e impedem o sangue
de chegar ao cérebro.
Pesquisa realizada pela Universidade
de Harvard comprovou que o uso de gorduras consideradas saudáveis diminui
bastante o risco de doenças do coração e que, ao contrário a gordura saturada e
trans (encontrada em alguns biscoitos, bolos, alimentos processados) contribuem
para o aumento do nível de colesterol LDL (ruim) no organismo. O estudo
concluiu ainda, que cada vez que você aumenta em 5% o consumo de gorduras
insaturadas, a boa gordura, você reduz em 10% o risco de problemas no coração.
Prefira os queijos com baixos
teores, principalmente, de gordura saturada, colesterol e trans. Antes de optar
pela versão light de qualquer queijo, é importante verificar se a redução de
gordura e colesterol é expressiva, já que os produtos light, normalmente,
apresentam um preço mais alto. Muitas vezes, a redução é pequena e não vale à
pena consumir o mais caro, sendo mais vantajoso fazer pequenos ajustes no
cardápio para compensar essa diferença.
Porém, na hora de escolher, prefira
o branco. Ele contém menos calorias, gordura e menos sódio. Apesar disso, o
queijo prato ou a mussarela não devem ser cortados totalmente do cardápio, pois
possuem maior quantidade de cálcio do que o queijo branco. Consuma-os com
moderação.
A recomendação, segundo o Guia Brasileiro Alimentar,
é de três porções ao dia, que devem ser consumidas no café da manhã ou nos
intervalos das grandes refeições (lanche da manhã, lanche da tarde ou ceia).
Referências
Bibliográficas:
Benefícios
nutricionais dos queijos. Associação Brasileira das Indústrias de Queijo.
Disponível em: www.abiq.com.br Acessado
em: 20/04/2013.
Guia
Alimentar para a População Brasileira, 2006. Disponível em: http://nutricao.saude.gov.br/guia_conheca.php
Acessado em: 20/04/2013
Maduro,
R; Azevedo, J; Reis, B. Relatório sobre análise de gordura e colesterol em
queijos. Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia –Inmetro 2010,
p.1-32.
Philippi,
ST. Nutrição e Técnica Dietética. 1 ed. São Paulo: Manole, 2003; p. 102-106.
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