O enorme aumento de prevalência da obesidade, ou seja desordem
nutricional caracterizada pelo incremento da massa adiposa em relação à
massa magra dos indivíduos , é alarmante especialmente por sua conexão
com o maior risco de doenças degenerativas, que são as maiores causas de
mortalidade em muitos países.
A hereditariedade certamente é um
componente significativo, porém deve-se notar que a porcentagem de
adultos obesos que foram crianças ou jovens adultos obesos varia de 5 a
60%, então, também outros fatores estão envolvidos. A ideia de que a
obesidade reflete maior poder aquisitivo, também é questionada. Em
populações mais pobres foi constatado que os preditores de obesidade do
adulto se correlacionam com o maior IMC (Índice de Massa Corporal)
materna antes da gestação, o baixo peso ao nascer, o IMC elevado durante
a adolescência e com menarca precoce.
Os estudos concluem que os fatores genéticos contribuem como determinantes da obesidade. Observou-se que a regulação do gasto energético também depende da herança genética por modificações do MB ( metabolismo Basal) , colaborando como fator de risco do aumento do peso corporal. Mesmo que ainda não definitivamente comprovado as investigações científicas apontam que quando ambos, pai e mãe são obesos, há 80% de chances dos filhos também se tornarem obesos, enquanto que se os pais não apresentam sobrepeso este índice cai para apenas 10%.
O que é necessário ressaltar é que a hereditariedade não é apenas de
fatores genéticos mas também de hábitos familiares como de escolha e
quantidade e qualidade de alimentos consumidos e tipos de vida
sedentária, reduzindo as atividades físicas. Se o consumo de alimentos
ricos em energia e gordura extrapolam o gasto corporal de calorias , obviamente, irá ocorrer acúmulo de gordura , aumentando o tecido
adiposo.
Mas não é somente o excesso que se ingere que vai
facilitando o aumento do IMC, mas também muitos alimentos que não se
comem e que estão implicados nestes processos: os alimentos protetores e
preventivos, especialmente hortaliças, legumes e frutas, que por seus
componentes como fibras solúveis e insolúveis, além de substâncias com
características antioxidantes equilibram o funcionamento
gastrointestinal e as defesas celulares.
Estes poucos comentários convergem para a visão mais ampla da complexidade de fatores que predispõem ao risco da obesidade.
O conselho fundamental é educar as crianças desde a época do desmame a consumirem um regime alimentar variado, rico em frutas e verduras e sempre com moderação, aliado à manutenção de atividade física moderada realizada rotineiramente. Estas crianças , assim habituadas, transcorrerão a vida sem ter que sofrer a tortura de dietas restritas que exigem muitos sacrifícios. Obviamente, que estes cuidados ajudam a prevenir, mas nada é absoluto.
Estas precauções aumentam as chances de menores riscos ao longo da vida.
Antes de tentar regimes especiais para perda de peso, muitas vezes, pouco fundamentados em investigações científicas mais sérias, ele precisa se conscientizar de sua vontade, impondo-se redução total da quantidade de comida consumida, escolhendo alimentos menos energéticos e principalmente contendo menos gordura de origem animal substituídos por óleos vegetais, principalmente com bom teor de ácidos graxos monoinsaturados como de canola e de oliva e consumindo mais frutas e verduras. Deve-se assumir que não é apenas o que se come em excesso que prejudica, mas também o que deveria ser ingerido em abundância , frutas e verduras, que geralmente são esquecidas.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.
Referência Bibliográfica:
Angelis, RC. Desafios para vencer a obesidade. Nutrição em Pauta. Disponível em: www.nutricaoempauta.com.br Acessado em: 11/10/2021.
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