A
salmonelose é uma doença causada pela bactéria do gênero Salmonella, frequentemente encontrada no trato intestinal de
humanos, animais domésticos e selvagens, sendo muito comum em aves. É
transmitida por alimentos frequentemente de origem animal, contaminado com
fezes dos animais, ingeridos crus ou mal cozidos.
Ovos,
leites, carnes ou frutos do mar. Todos estes alimentos podem conter salmonella, bactéria que oferece sérios
riscos à saúde por agir de forma rápida no organismo, provocando sintomas como
febre, náusea, diarreia, dores abdominais, calafrios e mal-estar. A Secretaria
de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde é responsável pela
vigilância epidemiológica e pelo controle das infecções provocadas por essa
bactéria, chamada de salmoneloses, que ocorrem a partir da ingestão de
alimentos contaminados.
No
caso dos ovos, porém, o mecanismo de transmissão se dá ou pela contaminação
fecal externa dos ovos, ou no interior do corpo da galinha, no qual a
Salmonella pode infectar a gema do ovo antes das cascas serem formadas e sem o
contato com as fezes. Quando os ovos são
ingeridos, insuficientemente cozidos ou crus (ex. maionese caseira) podem
transmitir a infecção. Isso faz com que os ovos sejam mais perigosos, pois só a
higiene não basta. A boa notícia é que as Salmonellas
são muito sensíveis ao calor, sendo o cozimento capaz de matar essas
bactérias. Daí a necessidade de sempre cozinhar os ovos, até endurecer a gema,
para matar a bactéria.
Entre
2007 e 2014, foram notificados ao Ministério da Saúde 450 surtos de Doenças
Transmitidas por Alimentos (DTA) e causadas pela bactéria do gênero Salmonella spp. No total, 13.165 pessoas
adoeceram. Desta forma, é importante estar atento ao consumir alimentos fora do
ambiente domiciliar e sempre ter hábitos de higiene no preparo das refeições,
optando sempre por comidas frescas ou refrigeradas de forma adequada. Pessoas
que moram ou trabalham em ambientes com condições de saneamento básico
precários estão mais suscetíveis à bactéria.
Os
principais sintomas da doença são: febre alta, vômito, diarreia e cólicas
abdominais. O tempo para aparecer os sintomas é de 12 a 72h após a ingestão de
alimentos contaminados, durando de 4 a 7 dias. Em geral é necessário tratamento
médico, mas em idosos, gestantes, crianças e pessoas com o sistema imunológico
comprometido, a doença pode ser muito grave e exigir hospitalização, pois em
alguns casos a Salmonella sai do
intestino e penetra na corrente sanguínea e atingindo outros locais, causando a
morte se não houver tratamento. A comprovação de que as manifestações clínicas
são causadas pela Salmonella só pode
ser feita pela identificação da bactéria nas fezes da pessoa infectada, sendo
necessário o uso de antibióticos para o tratamento.
Em
casos leves e de diarreia aguda deve-se hidratar bem utilizando sais de
reidratação oral, disponibilizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde,
ou outras soluções de reidratação oral. Em todos os casos, porém, é importante
a reposição de líquidos, principalmente em crianças, idosos e imunodeprimidos
que apresentam diarreia. Persistindo os sintomas, o mais recomendado é procurar
os serviços de saúde para avaliação, diagnóstico e medidas de suporte.
A
consulta médica é importante para se avaliar o estado de hidratação do paciente
e orientar a escolha de tratamento. Em geral, nas formas leves e moderadas,
recomenda-se a hidratação oral, com soro de reidratação oral (SRO), enquanto
nas formas graves, é indicada hidratação venosa associada à antibioticoterapia,
cujo objetivo é reduzir a disseminação da doença e a desidratação. É importante
lembrar que, diarreias leves podem se agravar e, caso não sejam tratadas
corretamente, poderão levar a uma desidratação grave e até mesmo a morte.
Pessoas
física ou jurídica, pública ou privada, responsáveis pela produção e
comercialização de alimentos que possam estar contaminados, independente dos
agentes causadores, ficam sujeitas às medidas de intervenção, prevenção e
controle, determinadas pela autoridade sanitária. A intervenção e a adoção de
medidas sanitárias para a prevenção e controle de surto de DTA são de
responsabilidade do Ministério da Saúde, da Agência Nacional da Vigilância
Sanitária e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que podem
ser complementadas a níveis estadual e municipal, no que concerne à vigilância
sanitária do ambiente, manipulação de alimentos e prestação de serviços de
interesse da saúde pública, bem como das vigilâncias zoo e fitossanitária.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências
Bibliográficas:
Higiene no Preparo de
Alimentos Evita Contaminação por Salmonella. Ministério da Saúde. Disponível
em: www.blog.saude.gov.br
Acessado em: 22/07/2017.
Minetto,J; Ribeiro, W.
Salmonella só dá em ovo? Alimento seguro e o papel do consumidor. Piracicaba:
GESEA, 2012.
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