Infarto
agudo do miocárdio (IAM), popularmente conhecido como ataque cardíaco, é um processo
de morte do tecido (necrose) de parte do músculo cardíaco por falta de
oxigênio, devido a obstrução da artéria coronária. A obstrução se dá em geral
pela formação de um coágulo sobre uma área previamente comprometida por
aterosclerose (placa de gordura), causando estreitamentos dos vasos sanguíneos
do coração.
Os
fatores de risco para o IAM podem ser divididos em fatores modificáveis e não
modificáveis, a depender se o fator pode ser alterado ou não pelo indivíduo. Os
principais fatores não modificáveis são a idade, a raça, o sexo e o histórico
familiar. As características de idade avançada, homens, raça negra e história
familiar de doenças cardiovasculares aumentam o risco de forma relevante. Os
fatores modificáveis mais importantes são a alimentação desequilibrada rica em
gorduras, carboidratos, sal e alimentos processados, o uso de álcool, de
cigarro e de outras drogas, as situações recorrentes de estresse e o
sedentarismo. Estes últimos se somam com os fatores não modificáveis,
aumentando (ou diminuindo, se forem bem controlados) o risco do indivíduo
apresentar um IAM no futuro.
A
dor torácica é o principal sintoma associado ao IAM, que é descrito como uma
dor súbita, sobre o esterno (osso localizado no meio do peito), constante e
constritiva, que pode ou não se irradiar para várias partes do corpo, como a
mandíbula, costas, pescoço e braços, especialmente a face interna do braço
esquerdo, e falta de ar. Quando ocorre na pessoa idosa, o IAM nem sempre se
apresenta a dor constritiva típica, em virtude da menor resposta dos
neurotransmissores que acontece no período de envelhecimento, podendo assim
passar despercebido.
A
dor do IAM se deve à redução de fluxo sanguíneo ocasionado pelo estreitamento
ou obstrução de uma artéria do coração, impedindo que oxigênio chegue em
quantidade adequada para as células cardíacas. Esse estreitamento se dá pelo
acúmulo de gordura por dentro na artéria ou pela impactação (“entupimento”) de
um êmbolo. A dor pode ser confundida com sintomas corriqueiros como má
digestão, dor muscular, tensões, dentre outros. A redução do fluxo sanguíneo
também pode ser resultante de choque, uso de drogas estimulantes, tumores ou
hemorragias.
Vale
lembrar que, na angina (é causada pelo estreitamento das artérias que conduzem
sangue ao coração), o suprimento de sangue é reduzido da mesma maneira que no
IAM, mas se diferencia deste último porque não há morte das células do coração.
A angina pode ser precipitada por um esforço físico ou uma emoção mais intensa
e geralmente melhora em um curto período com o repouso e o uso de medicamentos
específicos.
Dieta Equilibrada e Saudável
Alimentação
equilibrada é a que fornece quantidades adequadas de nutrientes ao organismo,
ajudando a manter e melhorar a saúde e prevenindo o aparecimento de várias
doenças.
●
Na base, estão os alimentos que devem ser consumidos em maior quantidade, pois
fornecem energia ao corpo: pães, cereais e massas.
●
Logo acima estão as verduras, legumes e frutas, importantes fontes de
vitaminas, minerais e fibras.
●
Em um nível mais alto estão o leite e seus derivados, carnes, aves, peixes,
ovos, feijão, soja, lentilha e grão-de-bico, que são ricos em proteínas,
cálcio, zinco e ferro.
●
No topo, estão as gorduras, óleos, molhos para salada, margarina e doces em
geral, que devem ser consumidos com muita moderação.
A dieta recomendada para a
prevenção pós-IAM é a da American Heart Association, com restrição
calórica variável, de acordo com o índice de massa corpórea, ajustada para uma perda
de 10% do peso em seis meses. Para índice de massa corpórea entre 25 e 27, a
redução de 500 a 1.000 calorias por dia pode levar a uma perda de peso semanal
de 454g a 908,4g; para índice de massa corpórea mais elevado, uma redução de
1.000 a 1.500 calorias por dia pode acarretar perda de 908,4g a 1.806,8g por
semana. Geralmente, após seis meses, o peso tende a se estabilizar, com
tendência a se elevar caso não sejam tomadas medidas para manter o equilíbrio
calórico. É nessa fase que o exercício regular e diário torna-se mais
importante. Perda de peso adicional implica maior diminuição do valor
energético total da dieta, aumento do exercício físico e maior ajuste comportamental.
Recomendações
Para Controle do Peso
● Evite ficar sem comer por mais de três horas;
● Faça 5 ou 6 refeições por dia, com pequenas quantidades de alimento;
● Evite tomar líquido durante as refeições;
● Coma lentamente, mastigando bem os alimentos;
● Prefira sempre alimentos com menos gorduras e calorias;
● Inicie as principais refeições comendo saladas, que aumentam a
saciedade;
● Tempere e cozinhe os alimentos com pouco óleo;
● Substitua o leite integral e seus derivados por desnatados;
● Evite doces em geral;
● Controle o consumo de massas, pães e farináceos;
● Não coma frituras, prefira alimentos assados, cozidos, ensopados ou
grelhados;
● Inclua fibras na alimentação, aumento o consumo de verduras, frutas,
legumes, leguminosas e cereais (aveia, granola, barra de cereal, pães e bolachas
integrais);
● Alimentos dietéticos são aqueles destinados a pessoas com necessidades
nutricionais específicas, nas quais pode haver restrição ou suplementação de
algum nutriente. Isso não significa que eles terão menos calorias;
● Alimentos lights apresentam, em média, 40% menos calorias que os
similares tradicionais. Se forem consumidos em dobro, porém, seu valor calórico
será equivalente ao do produto tradicional, e o volume dificultará a reeducação
alimentar;
● Associar atividade física regular à dieta, sempre sob orientação de
profissional da área.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas
por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos,
nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e
exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências Bibliográficas:
III Diretriz Sobre Tratamento do Infarto Agudo do
Miocárdio. Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2004.
Infarto Agudo do Miocárdio: Programa de Cuidados
Clínicos. Hospital do Coração (HCor). Disponível em: www.sitemedico.hcor.com.br
Acessado em: 13/11/2014.
Saúde do Homem: Os Sintomas do Infarto Agudo do
Miocárdio. Ministério da Saúde. Disponível em: www.saude.gov.br Acessado em: 13/11/2014.
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