terça-feira, 8 de junho de 2021

Curcumina: Aliada na Síndrome Pós Covid 19

 


Existe um equívoco de que todos os pacientes com COVID-19 podem se recuperar em duas semanas, isso não é sempre assim. As consequências a longo prazo da infecção por coronavírus 2 (SARS-CoV-2) não são bem compreendidas. Além disso, a recuperação prolongada dos sintomas foi descrita mesmo em pacientes que apresentaram sintomas leves, e não necessitaram de hospitalização. Essas manifestações foram denominadas como síndrome pós-covid.

Até o momento não há tratamento específico disponível para tratar pacientes com COVID-19. A terapia combinada tem sido considerada pelos médicos, que inclui agentes antivirais, antibióticos e anti-inflamatórios. No contexto da terapia preventiva e de suporte, vários compostos poli fenólicos extraídos de produtos naturais foram identificados com diversos efeitos benéficos. Em conformidade com esses estudos, a curcumina é um dos compostos naturais amplamente investigados.

Cúrcuma longa L. (família Zingiberaceae) e seu composto poli fenólico curcumina foram submetidos a uma variedade de investigações antivirais, devido aos extensos usos tradicionais e baixos efeitos colaterais. Seu uso exibe uma ampla gama de propriedades terapêuticas, incluindo alívio de dores musculares, artrite reumatoide, distúrbios gastrointestinais, febre intermitente, problemas renais, antioxidantes, antimicrobianas, anti-inflamatórias, cardioprotetoras, imunomoduladores, benefícios no câncer, diabetes mellitus, doenças autoimunes, condições cerebrais ou psiquiátricas como melhora na cognição, demência, doença de Alzheimer (DA), esquizofrenia e depressão.

Relatórios iniciais sugerem efeitos residuais da infecção por SARS-CoV-2, como fadiga, dispneia, dor torácica, distúrbios cognitivos, ansiedade, depressão e alteração do sono.

Efeitos terapêuticos da curcumina contra covid-19

Alivia Depressão

 
As evidências mostram que a curcumina pode aliviar os sintomas da depressão, aumentando a neurogênese no hipocampo e no córtex frontal do cérebro. Um estudo (em ratos) de 2009 que avaliou os Potenciais da Curcumina Como Antidepressivo, mostrou que o polifenol é capaz de reverter alterações induzidas pelo estresse, alterando os níveis de neurotrofina. A curcumina não só aumenta a função neuronal, mas também pode proteger contra os efeitos da degeneração neuronal.

Antivirais 


A curcumina impediu a replicação do SARS-CoV. Além disso, tem uma atividade inibitória significativa contra o efeito citopatogênico do SARS-CoV em células Vero E6. A curcumina foi eficaz contra outros vírus, como vírus influenza A, HIV, enterovírus, herpes, hepatite C e papilomavírus humano.

Brônquio dilatador 


O principal problema da Covid19, durante todo o seu processo, são as complicações pulmonares, principal causador da mortalidade.

Efeito antiemético 


Cúrcuma longa L, como medicamento fitoterápico, é usada para tratar vômitos desde os tempos antigos em países asiáticos. 


Estudos mostraram que a curcumina melhorou o apetite de ratos na quimioterapia induzida. Por isso pode ser eficaz contra o vômito devido ao Covid-19.

Reduz mialgia e fadiga 


•Em estudo em animais, a administração oral de curcumina mostrou função anti fadiga e melhorou a função física. 


• A administração de curcumina reduziu o estresse e a fadiga em indivíduos que experimentaram ansiedade e cansaço, relacionadas ao estresse ocupacional em um estudo randomizado. 


• A curcumina evitou a perda muscular e melhorou o desempenho físico em idosos saudáveis, e retardou o início da sarcopenia. 


• Esses resultados sugerem que a curcumina pode ser eficaz para controlar os sintomas de mialgia, cansaço e fadiga induzidos por Covid ‐ 19. 

 


 



Anti-inflamatórios 


Os efeitos anti-inflamatórios da curcumina foram relatados em estudos realizados com animais e humanos. Além disso foi mostrado efeito antipirético em ratos.

Duas metas análises de ensaios clínicos randomizados mostraram que a curcumina reduziu os níveis circulantes de IL-6 e TNF-α, que são os principais mediadores inflamatórios. Também reduziu a expressão de IL-1β em macrófagos de pacientes com doença de Behçet.

Além disso, a curcumina protegeu as células epiteliais da mucosa genital humana contra a replicação do HIV, ao inibir a ativação de quimiocinas pró-inflamatórias, como IL-8. Os efeitos protetores da curcumina foram estudados em várias doenças pulmonares, como DPOC, fibrose pulmonar e asma.

A curcumina regulou negativamente a produção de citocinas pró-inflamatórias (TNF ‐ α, IFN ‐ α e IL ‐ 6) em macrófagos e em humanos infectados com o vírus influenza A. A curcumina tem um efeito inibidor sobre a IL-17. Em outras palavras, IL-17 ao ativar P53 causa a estabilização do PAI-1, que por sua vez medeia o acúmulo de matriz extracelular e subsequente desenvolvimento de fibrose pulmonar em células alveolares tipo II.

Efeitos antioxidantes 


Na infecção grave por Covid-19, a pneumonia pode causar hipoxemia, que por sua vez, altera o metabolismo celular e reduz o suprimento de energia, e aumenta a fermentação anaeróbica. Logo a acidose acontece e faz com que os radicais livres de oxigênio (RL) destruam a camada fosfolipídica da membrana celular. Portanto, um tratamento com propriedades antioxidantes será bom para esses pacientes. Neste sentido, a curcumina é uma ótima opção pelo potente efeito antioxidante presente no rizoma.

A curcumina aumentou o nível de superóxido dismutase (SOD) em lesão pulmonar aguda induzida, por isquemia-reperfusão intestinal em camundongos.
Além disso, a curcumina reduziu o nível de malondialdeído (MDA) e recuperou os níveis de xantina oxidase (XO), e a capacidade antioxidante total em lesão pulmonar induzida por ventilador em ratos. 


Da mesma forma, a curcumina aumentou a atividade da enzima superóxido dismutase (SOD) e diminuiu o conteúdo de malondialdeído (MDA) no pulmão em lesão aguda induzida por sepse.

Imunidade 


A curcumina combate o vírus inibindo a invasão e a multiplicação viral. Se já foi infectado, os efeitos serão menores e os sintomas serão mais brandos/leves. 

 

 As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

 

Referência Bibliográfica:

 

Stavro, A. Curcumina, uma aliada na síndrome pós covid 19. Nutrição em Pauta. Disponível em: www.nutricaoempauta.com.br Acessado em: 08/06/2021.

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