O
sonho de toda mãe é ver a criança “raspar” o prato e adorar os verdinhos! Mas,
a recusa alimentar é um comportamento típico no início da infância, como a
resistência em experimentar novos alimentos, fazer birras, demorar a comer,
tentar negociar o alimento que será consumido e beliscar ao longo do dia. No
entanto, o perigo é a criança levar esses comportamentos para outras fases da
vida.
Esse
comportamento não é diagnosticado como um transtorno alimentar, mas pode levar
ao atraso no desenvolvimento da criança. O não aleitamento materno, o atraso na
introdução de alimentos sólidos durante o primeiro ano de vida e os maus
exemplos da família em relação ao consumo alimentar são as causas mais comuns
para a recusa alimentar.
A
amamentação exclusiva até os seis meses de vida facilita a aceitação de novos
alimentos, visto que o sabor e o aroma do leite materno são influenciados pela
dieta da mãe e permite o primeiro contato da criança com sabores e odores
variados.
A
demora na oferta de alimentos variados, após os seis meses de vida, pode
influenciar na formação do hábito alimentar da criança. Nesta fase, a criança
deve ter acesso a uma variedade de alimentos para sentir diferentes tipos de
sabores e texturas. Mas, vá devagar. O ideal é começar com um alimento por vez,
para que a criança possa saber identificá-lo depois.
A
família é fundamental para a formação do hábito alimentar das crianças. Ela é
quem vai oferecer as primeiras experiências alimentares que podem ser decisivas
para a aceitação de novos alimentos.
As
mães costumam ser muito ansiosas em relação à alimentação das crianças, e isso
pode ser um problema na fase da introdução alimentar. O que fazer? Não obrigue
e nem faça chantagem na hora das refeições. Além disso, se os pais são o
exemplo, seguindo uma alimentação saudável, rica em frutas, verduras, legumes,
já é meio caminho andado.
Estudos
confirmam que pais com excesso de peso têm filhos com maior chance de
desenvolver obesidade, não só pela herança genética, mas também pelo ambiente,
no qual a oferta de alimentos com alto valor calórico e baixa concentração de
vitaminas e minerais costuma ser maior.
Dicas
para que seu filho coma de forma mais saudável:
● Você deve oferecer até 10 vezes o novo alimento à
criança (em preparações variados). Se mesmo assim, ela não aceitar, respeite e
deixe para retomar após alguns meses
● Ofereça os alimentos em quantidades pequenas para
encorajar a criança a comer
● Não force, ameace, puna ou obrigue a criança a
comer
● Não ofereça recompensas e agrados, essas atitudes
reforçam a recusa alimentar e desgasta a relação entre pais e filhos
● Não utilize brincadeiras, como o famoso
“aviãozinho ou trenzinho”, visto que estas atitudes desviam a atenção e
comprometem a percepção dos alimentos
● Não demonstre irritação ou ansiedade no momento
da recusa. A criança deve sentir-se confortável no momento da refeição
● Estabeleça horários e duração para as refeições,
evitando os beliscos fora de hora
● Sirva a comida em prato de sobremesa ou aqueles
próprios para crianças
● Às vezes, a criança não está com apetite e isto é
normal durante a infância
● Não disfarce os alimentos: a criança deve saber o
que está comendo, favorecendo o aprendizado e a identificação de texturas e
sabores.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referências
Bibliográficas:
Saiba como fazer seu filho comer melhor. Meu
Pratinho Saudável. Disponível em: www.meupratinhosaudavel.com.br Acessado
em: 24/03/2019.
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