A
gordura trans é formada durante um processo de hidrogenação industrial que
transforma óleos vegetais líquidos em gordura sólida à temperatura ambiente.
Porém esse processo oferece risco à saúde, como o aumento da ocorrência de
câncer, da resistência à insulina podendo progredir ao diabetes, da fração
LDL colesterol e dos triglicérides no sangue e diminuição do HDL colesterol,
sendo estes fatores considerados desencadeantes de doenças cardiovasculares.
Um
estudo publicado recentemente avaliou a alimentação e parâmetros relacionados
com a agressividade de cerca de 1000 indivíduos (que não tomavam medicação para
colesterol, sem valores elevados de colesterol LDL, sem diabetes, HIV, câncer
ou doença cardíaca). Os autores observaram que o maior consumo de gorduras
trans está relacionado com maior agressividade. Apesar de ser apenas um estudo
observacional todos os indicadores apontam para a relação do consumo de
gorduras trans e comportamentos mais agressivos e irritabilidade. Um mecanismo
proposto para explicar esse fenômeno seria pelas interações competitivas que a
gordura trans exibe com o ômega-3, diminuindo os seus efeitos benéficos,
principalmente aqueles relacionados ao sistema nervoso.
A
gordura trans é utilizada para melhorar a consistência dos alimentos e também
aumentar a vida de prateleira de alguns produtos, podem ser encontradas em
biscoitos, salgadinhos industrializados, margarinas, sorvetes cremosos,
chocolate diet, pipoca de micro-ondas, sopas enlatadas, alimentos fritos, molhos
prontos para saladas e em alguns produtos de panificação.
A
leitura dos rótulos dos alimentos permite verificar quais são ricos em gorduras
trans.
A
partir disso, é possível fazer escolhas mais saudáveis, dando preferência
àqueles que não as contenham. Sempre que puder, evite alimentos que no rótulo
tragam a informação “gordura hidrogenada” ou “gordura vegetal” ou “gordura
parcialmente hidrogenada”. Porém, no rótulo pode aparecer “0% gordura trans ou
não contém gordura trans”, quando a quantidade for menor ou igual a 0,2 g na
porção e se a pessoa consumir uma porção maior, ela pode extrapolar o máximo
recomendado. Além disso, as indústrias alimentícias para seguir a legislação
podem minimizar a quantidade de gordura trans adicionada no produto, mas para
manter a palatabilidade e consistência do alimento, aumentam as gorduras
saturadas que também estão relacionadas com o colesterol elevado, dentre outros
malefícios.
Texto elaborado por: Patrícia Bertolucci
Nutricionista pela Universidade Federal de Goiás –
UFG.
Assessoria a Clubes e Empresas ligadas ao esporte
ou com interesse em qualidade de vida.
Responsável pela empresa Patrícia Bertolucci
Consultoria em Nutrição.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
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