Elas são gostosas,
saudáveis, capa de várias revistas, sim as castanhas ou oleaginosas são muito
famosas por seus benefícios. Mas, existe muita dúvida, como por exemplo: elas
são todas iguais? E o que mais ouço... elas engordam?! Então, vamos esclarecer
as diferenças entre elas.
Um recente estudo da Universidade de
Scranton, nos Estados Unidos, mostrou que uma determinada quantidade de
nozes contém duas vezes mais antioxidantes do que a mesma quantidade de
castanhas, amêndoas, amendoins, pistaches, avelãs, castanhas do Pará, castanhas
de caju, macadâmias. Além disso, os antioxidantes presentes nas nozes têm
maior qualidade e potência do que os dos outros frutos secos analisados.
Os antioxidantes encontrados nas
nozes são entre duas a 15 vezes mais poderosos do que os da vitamina E, também
conhecida pelo seu benefício antioxidante. Os antioxidantes impedem
reações químicas que ocasionam mudanças na estrutura molecular das células do
corpo.
Pesquisas anteriores demonstraram que
o consumo regular de pequenas quantidades de frutas oleaginosas pode reduzir o
risco de doenças cardíacas, alguns tipos de câncer, diabetes tipo 2 e outros
problemas de saúde. As porções dessas frutas consumidas devem ser
pequenas. Sete ao dia são o suficiente para obter os benefícios para a saúde
descobertos nos estudos.
A castanha do Pará rebatizada
recentemente como castanha do Brasil (mas ninguém a chama desta forma), é uma
excelente fonte de selênio, 1 castanha contém a recomendação diária deste
mineral. O selênio participa da formação de diversas enzimas no nosso
organismo, inclusive dos hormônios da tireoide. Além disso, é um excelente
antioxidante que combate o envelhecimento celular. Além disso, trabalha para
manter mais ativo nosso sistema imunológico, também acaba por proteger as
células do sistema nervoso das doenças neurodegenerativas como Parkinson e
Alzheimer e também está associado à capacidade do organismo de eliminar metais
pesados.
Segundo estudo americano publicado no
periódico especializado Journal of the American College of
Nutrition, a amêndoa tem propriedades que protegem o corpo contra o
diabetes tipo 2 e as doenças cardíacas. Os médicos verificaram que após a
introdução no cardápio, houve nos pacientes um aumento da sensibilidade à
insulina, o que melhora o processamento de açúcares pelo corpo. Os
voluntários apresentaram também uma significativa redução dos níveis de
LDL, o chamado mau colesterol, no sangue.
Outra pesquisa desenvolvida no City
of Hope National Medical Center in Duarte, Califórnia, nos Estados Unidos, e
publicado no International Journal of Obesity. Mostrou que um farto
punhado de amêndoas, cheia de gorduras benéficas é capaz de reduzir o peso. Em
seis meses, os pacientes que adotaram diariamente a fruta oleaginosa reduziram
18% do peso e 14% da medida na cintura. O colesterol ruim (LDL) também diminuiu
15% e os triglicerídeos, 29%. Além das fibras, que afastam a fome por mais
tempo, a amêndoa contém ômega-3, gordura do bem que ajuda a estimular os
hormônios da saciedade.
Outra descoberta da ciência publicada
na Applied and Environmental Microbiology é de que as amêndoas
são sementes e não frutos como se pensava. Mas o que foi descoberto também é
que elas melhoram o processo digestivo e reforçam o sistema imunológico,
por aumentarem os níveis de bactérias que auxiliam o trato
digestivo. Recentemente, o Institute of Food Research identificou
potenciais efeitos prebióticos das amêndoas, ufa, elas são maravilhosas!
Mas, nem tudo são flores ou
praticidade, o ideal seria comprar as castanhas em suas cascas e descascá-las
no momento do consumo (não briguem comigo!). Isso seria o ideal! Todas as
castanhas são compostas basicamente de óleo, e o maior inimigo dele é a luz e o
oxigênio. Como são difíceis de achar com casca e nada práticas, siga estas
dicas para que elas fiquem ricas em nutrientes por mais tempo: ao comprar as
castanhas em potinhos transparentes, prefira os que estão no fundo da
prateleira (mais protegidos da luz), evite as com aspecto muito amarelado ou furinhos,
armazene na geladeira em um pote escuro (ficam bem conservadas por até dois
meses) e prefira as que foram embaladas recentemente.
Uma dica
importante: Preste atenção no tipo de castanha que foi recomendado em seu
Plano Alimentar, pois é comum a confusão. Muitas vezes recomendo castanha do
Brasil e meus pacientes compram castanha de caju e comem felizes achando que é
a mesma coisa. Cada uma será recomendada para um objetivo específico, portanto
consumir a certa fará toda diferença!
Não abuse deste alimento, pois são
muito calóricos, e seu excesso ao invés de trazer benefícios irá aumentar
seu peso corporal. Eu costumo dizer aos meus pacientes para não encarar as
castanhas como um alimento, já que todos gostam, pense nelas como um complemento/suplemento
e por isso as quantidades devem ser restritas. As castanhas não devem ser
consumidas de forma abusiva porque podem também desencadear alergias.
As
informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento
presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas,
psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente,
para seu conhecimento.
Nutricionista
pela Universidade Filadélfia-UNIFIL, Paraná.
Pós-Graduação
em Bases Nutricionais da Atividade Física pela Universidade Gama Filho de São
Paulo.
Pós
Graduação de Nutrição Clínica Funcional pela Universidade Cruzeiro do
Sul.
Autora
do Blog NutriCorpo.
Referências Bibliográficas:
Escola Paulista de Medicina – Unifesp. Departamento de Informática em
Saúde. Tabela de Composição Química dos Alimentos.
Nuts and Plasma Lipids: An Almond-Based Diet Lowers LDL-C while
Preserving HDL-C: http://www.jacn.org/content/17/3/285.short.
Effect on
Body Weight of a Free 76 Kilojoule (320 Calorie) Daily Supplement of Almonds
for Six Months: http://www.jacn.org/content/21/3/275.short.
Investigation of the potential prebiotic properties of almond (Amygdalus
communis L.) seeds. G. Mandalari, C. Nueno-Palop, G. Bisignano, M.
S.J. Wickham, and A. Narbad. Applied and Environmental Microbiology July 2008.
Published online ahead of print 23rd May 2008 doi:10.1128/AEM.00739-08.
For Heart
Healthy Antioxidants, Walnut are number one: http://www.medicalnewstoday.com/articles/220362.php.
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