sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Orientação Para Diabetes



O Diabetes Mellitus (DM) não é uma única doença, mas um grupo de diferentes alterações metabólicas que apresentam em comum a hiperglicemia (excesso de açúcar no sangue). Vários processos patogênicos estão envolvidos no desenvolvimento do DM, variando desde a destruição das células beta do pâncreas (produtoras da insulina) por mecanismos autoimunes até as anormalidades que resultam na resistência à ação da insulina. A hiperglicemia crônica está associada a complicações, disfunções e insuficiências de vários órgãos, especialmente os olhos, os rins, os nervos, o coração e os vasos sanguíneos.

Diabetes Tipo 1 (DM1): se inicia principalmente na infância ou adolescência, por isso é chamada de “diabetes juvenil”. Não há fator hereditário envolvido. Ocorre por falha no sistema imunológico que passa a atacar e destruir as células pancreáticas responsáveis por produzir insulina. Sem insulina, o corpo tem sua fonte de energia afetada. Por isso, precisa ser tratada com insulina injetável, já que o pâncreas deixa de produzi-la.

Diabetes Tipo 2 (DM2): é o tipo mais frequente. Está relacionado ao aumento da resistência do organismo à ação da insulina e à produção insuficiente da mesma. A resistência leva o pâncreas a aumentar a produção de insulina para tentar manter a glicose em níveis normais. No DM2 ainda há produção de insulina pelo pâncreas, porém em quantidade inadequada.

O DM é diagnosticado através de exames bioquímicos e por sintomas clássicos, tais como, sede intensa, cansaço, desanimo, piora da visão, polidipsia, poliúria, perda de peso, impotência sexual, cicatrização prejudicada e infecção urinária.

O bom controle glicêmico depende: 



Principais Recomendações

● O fracionamento da alimentação é fundamental. Procure realizar 5 a 6 refeições/dia, com menor volume: café da manhã, almoço e jantar com pequenos lanches nos intervalos;

● Modere o consumo de alimentos fontes de carboidratos: batata, mandioca, pães, biscoitos, massas, tortas e evite os produtos fabricados com “farinha branca”;

● Evite também o consumo de açúcar, mel, doces de modo geral, refrigerantes e produtos industrializados adoçados, como por exemplo: sucos e iogurtes. O açúcar de mesa (sacarose) pode ser facilmente substituído por adoçantes, por exemplo, a base de sucralose e stevia. Existem, também, no mercado, substitutos do açúcar, próprios para uso culinário;

● Aumente o consumo de fibras, que diminuem a velocidade de absorção dos carboidratos, ajudando a controlar a glicemia;

● Consuma diariamente legumes e verduras (3 a 5 porções) no almoço e jantar;

● Prefira as versões integrais dos pães, torradas, biscoitos, arroz e massas e consuma com moderação;

● Prefira os alimentos fonte de boas gorduras: azeite de oliva, abacate, castanhas, salmão. Pessoas com diabetes tem um risco cardiovascular aumentado, então previna-se!

● O consumo diário de frutas é muito importante, mas não exagere nas quantidades, pois elas possuem frutose, uma forma de carboidrato que também eleva a glicemia. Consuma 3 porções de frutas por dia e em horários diferentes (fracionadamente). Atenção ao consumo de sucos que podem conter várias porções de frutas, exemplo: 1 copo de suco de laranja contém aproximadamente 3 laranjas;

● Bebidas alcoólicas quando liberadas pelo seu médico, não devem ser consumidas isoladamente e sim acompanhadas de alimentos, pois podem provocar hipoglicemia;

● Mantenha um peso saudável: se o seu peso está acima do recomendado procure manter um plano alimentar para redução do peso. Inclua na sua dieta carnes magras, grãos integrais, produtos lácteos sem gordura e hortaliças, com regularidade. Evite o excesso de gorduras e de bebidas alcoólicas;

● Mastigue bem os alimentos e aprenda a saboreá-los: a mastigação estimula o centro da saciedade (localizado no cérebro) e este processo demora cerca de 20 minutos para ocorrer, tempo mínimo que deve dedicar à sua refeição. Saboreie os alimentos e coma com prazer! 




As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

Orientação nutricional para controle do diabetes. Hospital Israelita Albert Einstein. Disponível em: www.einstein.br Acessado em: 12/09/2017.

Souza, AGMR; Magnoni, D; Kovacs, C; Santos, MJ. Ciências da Saúde no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia: volume Nutrição. 1 ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2013.

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