O
Diabetes Mellitus (DM) não é uma única doença, mas um grupo de diferentes
alterações metabólicas que apresentam em comum a hiperglicemia (excesso de
açúcar no sangue). Vários processos patogênicos estão envolvidos no
desenvolvimento do DM, variando desde a destruição das células beta do pâncreas
(produtoras da insulina) por mecanismos autoimunes até as anormalidades que resultam
na resistência à ação da insulina. A hiperglicemia crônica está associada a
complicações, disfunções e insuficiências de vários órgãos, especialmente os
olhos, os rins, os nervos, o coração e os vasos sanguíneos.
● Diabetes Tipo 1 (DM1): se inicia principalmente
na infância ou adolescência, por isso é chamada de “diabetes juvenil”. Não há
fator hereditário envolvido. Ocorre por falha no sistema imunológico que passa
a atacar e destruir as células pancreáticas responsáveis por produzir insulina.
Sem insulina, o corpo tem sua fonte de energia afetada. Por isso, precisa ser
tratada com insulina injetável, já que o pâncreas deixa de produzi-la.
● Diabetes Tipo 2 (DM2): é o tipo mais
frequente. Está relacionado ao aumento da resistência do organismo à ação da
insulina e à produção insuficiente da mesma. A resistência leva o pâncreas a
aumentar a produção de insulina para tentar manter a glicose em níveis normais.
No DM2 ainda há produção de insulina pelo pâncreas, porém em quantidade
inadequada.
O DM
é diagnosticado através de exames bioquímicos e por sintomas clássicos, tais
como, sede intensa, cansaço, desanimo, piora da visão, polidipsia, poliúria,
perda de peso, impotência sexual, cicatrização prejudicada e infecção urinária.
O
bom controle glicêmico depende:
Principais Recomendações
● O
fracionamento da alimentação é fundamental. Procure realizar 5 a 6
refeições/dia, com menor volume: café da manhã, almoço e jantar com pequenos
lanches nos intervalos;
●
Modere o consumo de alimentos fontes de carboidratos: batata, mandioca, pães,
biscoitos, massas, tortas e evite os produtos fabricados com “farinha branca”;
●
Evite também o consumo de açúcar, mel, doces de modo geral, refrigerantes e
produtos industrializados adoçados, como por exemplo: sucos e iogurtes. O açúcar
de mesa (sacarose) pode ser facilmente substituído por adoçantes, por exemplo,
a base de sucralose e stevia. Existem, também, no mercado, substitutos do
açúcar, próprios para uso culinário;
●
Aumente o consumo de fibras, que diminuem a velocidade de absorção dos
carboidratos, ajudando a controlar a glicemia;
●
Consuma diariamente legumes e verduras (3 a 5 porções) no almoço e jantar;
●
Prefira as versões integrais dos pães, torradas, biscoitos, arroz e massas e
consuma com moderação;
●
Prefira os alimentos fonte de boas gorduras: azeite de oliva, abacate,
castanhas, salmão. Pessoas com diabetes tem um risco cardiovascular aumentado,
então previna-se!
● O
consumo diário de frutas é muito importante, mas não exagere nas quantidades,
pois elas possuem frutose, uma forma de carboidrato que também eleva a
glicemia. Consuma 3 porções de frutas por dia e em horários diferentes
(fracionadamente). Atenção ao consumo de sucos que podem conter várias porções
de frutas, exemplo: 1 copo de suco de laranja contém aproximadamente 3
laranjas;
●
Bebidas alcoólicas quando liberadas pelo seu médico, não devem ser consumidas
isoladamente e sim acompanhadas de alimentos, pois podem provocar hipoglicemia;
●
Mantenha um peso saudável: se o seu peso está acima do recomendado procure
manter um plano alimentar para redução do peso. Inclua na sua dieta carnes
magras, grãos integrais, produtos lácteos sem gordura e hortaliças, com
regularidade. Evite o excesso de gorduras e de bebidas alcoólicas;
●
Mastigue bem os alimentos e aprenda a saboreá-los: a mastigação estimula o
centro da saciedade (localizado no cérebro) e este processo demora cerca de 20
minutos para ocorrer, tempo mínimo que deve dedicar à sua refeição. Saboreie os
alimentos e coma com prazer!
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referências Bibliográficas:
Orientação
nutricional para controle do diabetes. Hospital Israelita Albert Einstein.
Disponível em: www.einstein.br
Acessado em: 12/09/2017.
Souza,
AGMR; Magnoni, D; Kovacs, C; Santos, MJ. Ciências da Saúde no Instituto Dante
Pazzanese de Cardiologia: volume Nutrição. 1 ed. São Paulo: Editora Atheneu,
2013.
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