A
deficiência da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase consiste em uma
deficiência enzimática genética da glicose-6-fosfato (G-6-PD), a qual possui um
papel fundamental no metabolismo, tanto na captação de energia, a partir da
glicose, quanto na proteção contra agentes oxidantes (perda de elétrons). A
deficiência da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase pode causar hemólise
(rompimento de uma hemácia que libera a hemboglobina no plasma) levando à
anemia hemolítica.
A
anemia hemolítica pode ser induzida através da administração de algumas drogas
(indutoras de hemólise), pelo excesso de infecções ou pela ingestão de alguns
alimentos.
A
doença não tem tratamento, mas seus sintomas podem ser evitados com medidas
preventivas. O tratamento específico para anemia por deficiência de G6PD deverá ser determinado sempre pelo
médico responsável.
A
seguir estão os sintomas mais comuns da anemia hemolítica. No entanto, cada
indivíduo pode apresentar os sintomas de forma diferente. Os sintomas podem
incluir:
●
Palidez anormal ou ausência de cor da pele;
●
Icterícia ou amarelamento da pele, olhos e boca;
●
Urina escura;
●
Febre;
●
Tontura;
●
Confusão;
●
Intolerância à atividade física;
●
Aumento do baço e do fígado;
●
Aumento da frequência cardíaca (taquicardia);
●
Sopro cardíaco.
O
tratamento da doença consiste em cuidados gerais de monitoramento das funções
cardíaca, pulmonar e renal, bem como tratamento de infecções, se houver. O
diagnóstico é realizado através de um exame de sangue chamado “Dosagem de
G6PD”.
Há
alguns alimentos que devem ser evitados na deficiência de G6PD, pois estes são
conhecidos por causarem hemólise. São eles:
● Feijão e outras leguminosas: produtos
de proteína de soja, inclusive tofu, lentilha, ervilha e grão de bico;
● Água tônica: contém quinino, um
componente contraindicado que provoca hemólise em pessoas com G6PD;
● Corantes: embora a maioria dos
alimentos contenha um pouco de corante, devem-se evitar aqueles que deixam a
boca e a língua colorida após a sua ingestão, como é o caso de certas balas,
sucos, gelatinas e sorvetes;
● Mentol: doces, balas e chicletes de
menta;
● Sulfitos: são usados em uma grande
variedade de alimentos como conservantes, por isso não se esqueça de verificar
os rótulos cuidadosamente. Os sulfitos podem estar descritos como: dióxido de
enxofre, sulfito sódico, bissulfito sódico, metabissulfito sódico,
metabissulfito de potássio, bissulfito de cálcio e sulfito ácido de cálcio.
Alguns desses alimentos são:
► Artigos
de padaria: pães, biscoitos, tortas, pizzas, bolachas, waffles, etc.;
► Bebidas:
que contêm açúcares, ou xarope de milho, bebidas de frutas cítricas, suco de
frutas (congelado, enlatado ou engarrafado);
► Condimentos:
raiz forte, pepinos em conserva, mostarda, azeitona, vinagre de vinho;
► Laticínios
(alimentos de queijo processado – requeijão);
► Alimentos
secos: ervas, temperos e frutas secas;
► Peixes
e frutos do mar: camarões frescos, mexilhões, mariscos, bacalhau seco,
etc.;
► Gelatinas
e glacês: gelatina com e sem sabor, geleias e glacê;
► Produtos
em grão: milho para canjica, arroz, etc.;
► Doces
duros: goiabada, marmelada, doce de leite duro;
► Sorvetes
e geleias: incluindo os de frutas;
► Frutas
secas e oleaginosas: amêndoas, amendoim, nozes, avelãs, castanha de
caju, castanha do Brasil, coco;
► Açúcares:
mascavo, açúcar branco, cristal;
► Legumes
enlatados, legumes em conserva e legumes congelados.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referência Bibliográfica:
Manual
de orientação de cardápios especiais. Governo do Estado de São Paulo, 2015.
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