quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Deficiência da Enzima Glicose-6-Fosfato Desidrogenase


A deficiência da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase consiste em uma deficiência enzimática genética da glicose-6-fosfato (G-6-PD), a qual possui um papel fundamental no metabolismo, tanto na captação de energia, a partir da glicose, quanto na proteção contra agentes oxidantes (perda de elétrons). A deficiência da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase pode causar hemólise (rompimento de uma hemácia que libera a hemboglobina no plasma) levando à anemia hemolítica.

A anemia hemolítica pode ser induzida através da administração de algumas drogas (indutoras de hemólise), pelo excesso de infecções ou pela ingestão de alguns alimentos.

A doença não tem tratamento, mas seus sintomas podem ser evitados com medidas preventivas. O tratamento específico para anemia por deficiência  de G6PD deverá ser determinado sempre pelo médico responsável.

A seguir estão os sintomas mais comuns da anemia hemolítica. No entanto, cada indivíduo pode apresentar os sintomas de forma diferente. Os sintomas podem incluir:

● Palidez anormal ou ausência de cor da pele;
● Icterícia ou amarelamento da pele, olhos e boca;
● Urina escura;
● Febre;
● Tontura;
● Confusão;
● Intolerância à atividade física;
● Aumento do baço e do fígado;
● Aumento da frequência cardíaca (taquicardia);
● Sopro cardíaco.

O tratamento da doença consiste em cuidados gerais de monitoramento das funções cardíaca, pulmonar e renal, bem como tratamento de infecções, se houver. O diagnóstico é realizado através de um exame de sangue chamado “Dosagem de G6PD”.

Há alguns alimentos que devem ser evitados na deficiência de G6PD, pois estes são conhecidos por causarem hemólise. São eles:

Feijão e outras leguminosas: produtos de proteína de soja, inclusive tofu, lentilha, ervilha e grão de bico;

Água tônica: contém quinino, um componente contraindicado que provoca hemólise em pessoas com G6PD;

Corantes: embora a maioria dos alimentos contenha um pouco de corante, devem-se evitar aqueles que deixam a boca e a língua colorida após a sua ingestão, como é o caso de certas balas, sucos, gelatinas e sorvetes;

Mentol: doces, balas e chicletes de menta;

Sulfitos: são usados em uma grande variedade de alimentos como conservantes, por isso não se esqueça de verificar os rótulos cuidadosamente. Os sulfitos podem estar descritos como: dióxido de enxofre, sulfito sódico, bissulfito sódico, metabissulfito sódico, metabissulfito de potássio, bissulfito de cálcio e sulfito ácido de cálcio. Alguns desses alimentos são: 

Artigos de padaria: pães, biscoitos, tortas, pizzas, bolachas, waffles, etc.; 

Bebidas: que contêm açúcares, ou xarope de milho, bebidas de frutas cítricas, suco de frutas (congelado, enlatado ou engarrafado);

Condimentos: raiz forte, pepinos em conserva, mostarda, azeitona, vinagre de vinho; 

Laticínios (alimentos de queijo processado – requeijão); 

Alimentos secos: ervas, temperos e frutas secas;

Peixes e frutos do mar: camarões frescos, mexilhões, mariscos, bacalhau seco, etc.;

Gelatinas e glacês: gelatina com e sem sabor, geleias e glacê;

Produtos em grão: milho para canjica, arroz, etc.;

Doces duros: goiabada, marmelada, doce de leite duro;

Sorvetes e geleias: incluindo os de frutas;

Frutas secas e oleaginosas: amêndoas, amendoim, nozes, avelãs, castanha de caju, castanha do Brasil, coco;

Açúcares: mascavo, açúcar branco, cristal;

Legumes enlatados, legumes em conserva e legumes congelados.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referência Bibliográfica:

Manual de orientação de cardápios especiais. Governo do Estado de São Paulo, 2015.

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