O
sal é uma combinação de dois minerais (cloreto e sódio), sendo composto por 40%
de sódio e 60% de cloreto.
O
sódio é um mineral encontrado naturalmente em alimentos. É adicionado
durante a produção de alimentos industrializados na forma de sal ou de outros
aditivos químicos e na preparação dos alimentos em casa quando adicionamos o
sal de cozinha. Ele tem a função de manter o equilíbrio osmótico das células e
regula o volume de fluidos corporais como o sangue, além de atuar no
funcionamento normal de músculos e nervos. Entretanto a ingestão excessiva
desse nutriente é considerada um dos maiores fatores de risco para o
desenvolvimento de hipertensão arterial e outras doenças
cardiovasculares.
Nesse
sentido, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o consumo de sódio
para a população adulta seja de até 2.000 mg/dia, o que equivale a até 5 gramas
de sal. Esta recomendação inclui todos os alimentos que farão parte da
alimentação no dia e não somente aquela quantidade utilizada no preparo ou
quando a refeição já está pronta.
O cenário
atual é preocupante. O consumo diário de sal do brasileiro é mais do que o
dobro da recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), pois segundo dados
da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF -2008-2009), do IBGE, o consumo
diário médio de sal chega a 12 gramas.
A
diminuição do consumo de sódio traz benefícios à saúde, como a redução no
número de óbitos em 15 % por Acidente Vascular Cerebral e em 10 % por infarto.
Ainda, estudos revelam aumento de quatro anos na expectativa de vida para
pessoas com hipertensão.
O
Ministério da Saúde tem adotado algumas estratégias para a redução do consumo
excessivo de sódio, incluindo ações voltadas para a promoção da alimentação
adequada e saudável e aumento da oferta de alimentos saudáveis, redução
voluntária dos níveis de sódio em alimentos processados e ultraprocessados e
alimentos vendidos em estabelecimentos de food service e restaurantes, melhoria
na rotulagem nutricional de forma a possibilitar informações mais claras ao
consumidor e proporcionar escolhas alimentares mais saudáveis, além de ações de
educação e sensibilização para consumidores, indústria, profissionais de saúde
e outras partes interessadas.
Mas vocês devem estar se perguntando
agora: como identificar se um alimento industrializado é rico em sódio? Estes
alimentos são obrigados a apresentarem seu conteúdo de sódio no rótulo, e desta
forma, se a quantidade de sódio for superior a 400mg em 100g do alimento este é
um alimento rico em sódio e você deve pensar duas vezes antes de incluí-lo como
parte da sua dieta. Neste grupo podemos incluir as sopas liofilizadas, os
macarrões instantâneos, temperos prontos em geral, molhos para saladas, shoyo,
produtos em conserva como as azeitonas, entre outros. Considerando
o macarrão instantâneo, uma pesquisa da ANVISA demonstrou que, dependendo
da marca, a pessoa ingere apenas em uma porção até 167% do sódio recomendado
para o consumo diário.
A meta firmada pelo Ministério da Saúde
é retirar das prateleiras de todo o país mais de 20 toneladas de sal, até 2020
e o calendário de redução você encontra logo abaixo! É isso mesmo, o sódio é um
problema mundial! Alguns produtos inclusive já passaram por esta mudança. Você
já percebeu? Acredito que muita gente ainda nem percebeu. Entre eles temos os
pães (nosso querido pão francês de todas as manhãs foi um dos primeiros),
biscoitos, macarrão instantâneo, maionese, temperos prontos, caldos, margarinas
e até itens doces, como cereais matinais.
Segundo o governo federal, a redução do
consumo de sal 12g para 5 g implicará no aumento de quatro anos na expectativa
de vida dos hipertensos. Além disso, serão 1,5 milhões de brasileiros livres de
medicação para hipertensão. O Brasil terá 15% a menos óbitos por AVC e 10% a
menos óbitos por infarto. Além disso, estudos mostram que pessoas que
consomem dietas ricas em sal podem ter mais chances de desenvolver catarata,
uma doença que se não for tratada pode levar a cegueira.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referência Bibliográfica:
Morzelle, MC. A ordem é clara:
Redução Já! Grupo de Estudo em Alimentos Funcionais – GEAF, ESALQ/USP.
Disponível em: www.grupoalimentosfuncionais.blogspot.com.br
Acessado em: 04/09/2018.
Por que a redução no consumo
de sal traz benefícios para a nossa saúde. Ministério da Saúde. Disponível em: www.saudebrasilportal.com.br
Acessado em: 04/09/2018.
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