Uma
dieta balanceada interfere diretamente no crescimento e no desenvolvimento
adequado do feto. O cálcio é um exemplo de mineral essencial nesse estágio da
vida da mulher. É importante saber quais alimentos podem fornecer esse
nutriente, mas o fundamental é saber quanto comer para atingir as
recomendações. Portanto, se você está grávida ou conhece uma futura mamãe leia,
compartilhe essas informações e ajude a manter a saúde de ambos!
As
modificações hormonais presentes na gestação promovem ajustes no metabolismo do
cálcio, incluindo aumento da sua taxa de utilização pelos ossos, diminuição do
processo de reabsorção óssea e acréscimo da absorção intestinal. Esses ajustes
permitem que o organismo aumente o aproveitamento do cálcio ingerido durante
esse período.
Durante
as 40 semanas gestacionais, o feto acumula 30g de cálcio, sendo a maior parte
obtida no último trimestre, em que 300mg/dia são transportados diariamente para
o feto pela circulação placentária. Gestantes multíparas com baixa ingestão de
cálcio podem desenvolver ostemomalacia clínica e dar à luz a bebês com menor
densidade óssea.
As
recomendações para gestantes são maiores que para mulheres adultas em geral,
visto que o feto acumula cerca de 30g de cálcio, principalmente, no último
trimestre. De acordo com a National
Academy of Sciences mulheres adultas devem consumir 1.000 mg de
cálcio todos os dias e para as futuras mamães adolescentes a recomendação
aumenta para 1.300 mg/dia já que nessa fase a gestante também está em formação.
Esses valores podem ser obtidos pela ingestão de dois copos de leite, 30g de
queijo e 150g de iogurte.
Os
vegetais e feijões são considerados como fontes de cálcio porém, é preciso
lembrar que sua biodisponibilidade é menor, e é necessário que as porções
consumidas diariamente sejam relevantes para contribuírem com porcentagem
razoável em relação à prescrição. A suplementação com cálcio no valor de 2g foi
associada ao menor risco do distúrbio de hipertensão específico da gravidez (DHEG)
e à diminuição dos valores da pressão arterial em gestantes hipertensas. A
contraindicação para o uso clínico dessa prática é o risco de nefrolitíase.
As
cãibras nas pernas foram algumas vezes, associadas à deficiência ou a
distúrbios do metabolismo do cálcio. Um estudo com suplementação de cálcio
(2g/dia) durante três semanas revelou melhora na incidência de cãibras em
gestantes quando comparada com o grupo placebo, que utilizou 2g de ácido
ascórbico.
A
necessidade de manter os níveis adequados de cálcio é importante para preservar
a massa óssea e dentária. Durante a gravidez, momento em que as necessidades
aumentam, o mineral previne perda de massa óssea, em casos mais graves
osteopenia, e auxilia na formação do esqueleto do feto. Para atingir as recomendações
elaboramos uma lista de alimentos e suas respectivas quantidades em uma porção
média. Que tal inclui-los na sua dieta e reduzir os riscos de carência nessa
fase tão importante da vida?
Quantidade de cálcio em 100 gramas de alimentos:
Leite
em pó (30g) = 272,7mg
Leite
integral = 1 copo (240 ml) = 295mg
Leite
semidesnatado = 1 xícara (200 ml) = 293 mg
Leite
desnatado= 1 copo (240 ml) = 322mg
Iogurte
natural = 1 potinho (220 gramas) =275 mg
Ricota=
1 fatia grossa (45g) = 40,5 mg
Queijo
minas = 1 fatia media = 137 mg
Queijo
fresco = 2 pedaços (56g) = 324mg
Tofu
= 2 pedaços (56g) = 45 mg
Espinafre
cozido = 1 xicara = 245 mg
Amêndoas=
12 unidades =37 mg
Sardinha
assada 2 unidades (50g) = 219
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referência
Bibliográfica:
Ingestão de cálcio na gestação é fundamental para o
bebê. Meu Prato Saudável. Disponível em: www.meupratosaudavel.com.br
Acessado em: 04/12/2018.
Recomendações Nutricionais Para Gestantes. Vitolo,
MR. Nutrição: da Gestação à Adolescência. 1 ed. Rio de Janeiro: Reichmann &
Affonso Editores, 2003; p.36-37.
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