O câncer é a uma degeneração da função
celular que ao se multiplicar ataca os demais órgãos lhes causando danos que
podem paralisar completamente.
O desenvolvimento do câncer resulta de
uma interação entre fatores endógenos e ambientais. Acredita-se que os tipos de
câncer podem ocorrem através de interação de dietas e hábitos de vida
inadequados. Estudos realizados em alguns países revelam que uma alimentação
saudável ajuda na prevenção de doenças, incluindo diversos tipos de câncer.
O aumento de atividade física, da
manutenção de peso corporal e do não uso do tabaco promove modificações para se
adotar uma dieta mais saudável, podendo reduzir cerca de 60% a 70% a incidência
de câncer no mundo.
A dietoterapia ou terapêutica
nutricional é a parte fundamental no tratamento e na qualidade de vida de
pacientes oncológicos em cuidados paliativos, uma vez que um dos prazeres que
ainda pode estar conservado é o consumo de alimentos.
Para a intervenção nutricional, faz-se
necessário conhecer o perfil nutricional desses doentes, a fim de permitir
melhor manejo, reduzir as complicações, de forma a manter ou recuperar o estado
nutricional. Para sucesso no tratamento, o paciente deve procurar um
profissional nutricionista desde o início para evitar a desnutrição ou
recuperar o bom estado nutricional.
A alimentação é de vital importância para a
sobrevivência do ser humano, pois é a partir dela que ingerimos os nutrientes
essenciais para que as atividades metabólicas sejam realizadas. Na atualidade a
má alimentação tem sido fator preponderante para o aparecimento de uma série de
enfermidades. A ingestão excessiva de produtos industrializados, comidas com
alto teor calórico tem cooperado bastante para agravar mais essa situação. Uma
alimentação saudável contribui bastante para a prevenção de inúmeras doenças,
como colesterol, hipertensão arterial, diabetes, e outras, inclusive alguns
tipos de cânceres.
Há várias evidências que a alimentação
tem um papel importante nos estágios de iniciação, promoção e propagação do
câncer. Entre as mortes por câncer atribuídas a fatores ambientais, a dieta
contribui com cerca de 35%, seguida pelo tabaco com 30% e outros, como
condições e tipo de trabalho, álcool, poluição e aditivos alimentares, os quais
contribuem com menos de 5%. Acredita-se que uma dieta adequada poderia prevenir
de 3 a 4
milhões de casos novos de cânceres a cada ano.
Nos estudos que envolvem câncer e dieta
em diversas populações, um dos temas mais discutidos é a existência de uma
diferença na incidência das várias formas de câncer, que pode estar relacionada
às variações na ingestão de determinados componentes da dieta.
O planejamento alimentar é a parte fundamental
do tratamento do câncer. Uma alimentação correta durante essa fase pode
contribuir para o bem estar e fortalecimento, evitando a degeneração dos
tecidos do corpo e ajudando a reconstruir aqueles que o tratamento possa ser
prejudicado. Pacientes com uma boa alimentação durante o tratamento tem mais
condições de vencer os efeitos colaterais e de enfrentar, com êxito, a
administração de doses mais altas de certos medicamentos, adquirir menos
infecções e estarem aptos a ter uma vida normal. Os efeitos colaterais do
tratamento podem ser amenizados com uma alimentação adequada. Portanto, é
preciso encontrar maneiras de se alimentar. Nesse sentindo, o uso de
suplementos alimentares vem ganhado espaço no processo de nutrição de pacientes
com câncer.
Recomendações para
alimentação saudável: Pesquisas
realizadas em diversos países mostram que milhares de pessoas desenvolvem
alguns tipos de câncer ou irão desenvolver futuramente. Cientistas afirmam que
uma alimentação saudável, rica em proteínas, vitaminas e outros, é um grande
aliado no combate a inúmeras doenças inclusive alguns tipos de câncer. Alguns
alimentos como as leguminosas tem um grande potencial em vitaminas que ajudam o
organismo a produzir anticorpos aumentando assim as defesas do organismo no
combate as enfermidades.
A terapia nutricional adequada melhora a
resposta clínica e o prognóstico do paciente. A intervenção nutricional pode
ser realizada por meio de suplementação oral, nutrição enteral e/ou parenteral,
desde que se avaliem seus benefícios, indicações e contra-indicações.
Como exposto, estudos epidemiológicos
têm apontado o papel protetor da dieta contra o desenvolvimento do câncer. O
Comitê de peritos da World Cancer
Research Fund, desenvolveram as principais recomendações, visando à
prevenção do câncer.
Sabemos que uma alimentação saudável,
rica em nutrientes, auxilia não só na prevenção de outras doenças como também
na prevenção e no tratamento do câncer, pois alguns nutrientes, essenciais para
o bom funcionamento do nosso organismo, podem melhorar a imunidade, atuar na
supressão do tumor e ajudar a evitar a caquexia – estado de desnutrição e
emagrecimento – comum em pacientes com câncer. É possível combatê-lo a partir
de hábitos saudáveis, que apesar da carga genética ser um fator importante no
desenvolvimento do câncer, em muitos casos, a doença tem relação direta com a
alimentação e o estilo de vida.
Nutricionista. Mestre e
Doutora em Ciências da Saúde pelo Instituto de Cardiologia, RS.
Especialista em
Nutrição Clínica pela ASBRAN.
Especialização em
Fitoterapia pela Universidade de Léon (Espanha).
Especialização em Nutrição
Clínica pela Faculdade CBES.
Autora do Manual de
Atendimento em Nutrição Estética, 2ª edição, editora IPGS (2011).
Coautora do
livro Atendimento Nutricional em Cirurgia Plástica - Uma Abordagem
Multidisciplinar, editora Rúbio (2013).
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas
por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos,
nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e
exclusivamente, para seu conhecimento.
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