A
obesidade já é considerada um problema de abrangência mundial, pois atinge
milhares de pessoas e predispõe o organismo a várias doenças graves, como as
doenças cardiovasculares, renais, digestivas, diabetes, problemas hepáticos e
ortopédicos e morte prematura. Sabe-se ainda que a incidência dessas doenças
torna-se quatro vezes maior entre as mulheres e duas vezes maior entre os
homens obesos, quando comparado a indivíduos não obesos.
A
decisão de comer e a escolha de determinados alimentos para compor uma refeição
varia de indivíduo para indivíduo e de acordo com cada situação apresentada. As
diferenças individuais na apreciação e no desejo pelos alimentos desenvolvem-se
ao longo da vida condicionadas a diferentes experiências e atitudes relativas
aos alimentos. Há vários atributos internos e externos envolvidos nesse
processo. Os estímulos sensoriais (atributo externo) e a fome (atributo
interno) não são os únicos fatores que podem desencadear o desejo por comida e
orientar a escolha dos alimentos a serem ingeridos. O desejo por alimentos e a
sua ingestão propriamente dita são resultados de interações entre
características fisiológicas e psicológicas.
De
fato, as dificuldades com o controle de peso parecem mais propriamente refletir
problemas com atributos do alimento e motivações para comer do que com o prazer
que o alimento proporciona. Paradoxalmente, pessoas muito preocupadas com o
peso e a ingestão de alimentos parecem ser particularmente suscetíveis aos
pensamentos, emoções e situações que promovem o seu consumo excessivo.
O
objetivo do tratamento do paciente obeso é alcançar um controle metabólico em
que se atinjam níveis sanguíneos normais, ou próximos da normalidade, de
glicose, triglicerídeos, colesterol total e frações, ácido úrico, insulina e a
melhoria de problemas osteoarticulares, psicológicos, entre outros. Tais
objetivos podem ser alcançados com uma discreta ou moderada perda de peso, em
torno de 5% a 10% do peso inicial.
O
tratamento da obesidade envolve mudança de estilo de vida. E para isso,
precisamos de tempo, ou seja, as pessoas que precisam emagrecer devem seguir
não uma dieta restritiva e sim, fazer uma reeducação alimentar, corrigindo os
hábitos alimentares errados, um dos fatores responsáveis pelo aumento de peso.
Novos hábitos são adquiridos com prática no dia a dia.
É
preciso também praticar exercícios físicos regularmente e procurar ser mais
ativo no dia a dia. Dormir bem é fundamental.
Reeducação
alimentar é uma alimentação que contém todos os grupos de alimentos
considerados “saudáveis” e também os “não saudáveis”. No dia a dia, consumir
frutas, verduras, legumes, grãos integrais, castanhas, carnes magras, leite e
derivados magros. Doces, frituras e guloseimas também podem fazer parte desta
alimentação, desde que consumidos com moderação.
O
importante é que as pessoas tenham prazer ao se alimentar ao invés de culpa.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas
por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos,
nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e
exclusivamente, para seu conhecimento.
Referência Bibliográfica:
Beyruti,
M; Bressan, R. Obesidade se previne com dieta? Associação Brasileira para
Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica – ABESO. Disponível em: www.abeso.org.br
Acessado em: 08/10/2017.
Souza,
AGMR; Magnoni, D; Kovacs, C; Santos, MJ. Ciências da Saúde no Instituto Dante
Pazzanese de Cardiologia: volume Nutrição. 1 ed. São Paulo: Editora Atheneu,
2013.
Valverde,
MA. Obesidade e Programa de Controle de Peso. In: Aquino, RC; Philippi, ST. Nutrição
clínica: estudos de casos comentados. 1 ed. Barueri, SP: Manole, 2009.
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