quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Leite e Derivados



O leite e seus derivados são uma importante fonte de proteínas, vitaminas e minerais, sendo a principal fonte alimentar de cálcio, mineral fundamental na saúde óssea, contração muscular e coagulação sanguínea. As proteínas do leite, como as de todos os alimentos de origem animal são de alto valor biológico. Isso significa que contêm todos os aminoácidos essenciais ao organismo (os que não conseguimos produzir no nosso corpo). Em um programa de redução de peso em que reduzimos o consumo de calorias totais da dieta e para indivíduos com alteração de colesterol, devemos dar preferência às versões com teores reduzidos de gordura. Algumas vitaminas podem ser perdidas nesse processo de redução de gordura, mas hoje já existem versões com baixo teor de gordura e enriquecidas em vitaminas. Por outro lado, a quantidade de cálcio é a mesma tanto no leite integral como no desnatado.

Tipos de Leite

O leite comumente comercializado é o leite de vaca, submetido a diferentes processos industriais, visando a maior conservação do produto. Como resultado desses diferentes processos, existem diversos tipos de leite:

Leite Pasteurizado: leite tratado pela pasteurização (o leite é aquecido de 72 a 76°C, por 15 a 20 segundos e resfriado a seguir. Essa combinação de tempo e temperatura eliminam os microrganismos patogênicos e reduz o número total de bactérias) e livre de bactérias patogênicas. Deve ser armazenado e transportado sob refrigeração.

Leite Pasteurizado Tipo A: leite pasteurizado integral, de elevada qualidade microbiológica contendo todo o teor de gordura original. Deve ser armazenado e transportado sob refrigeração.

Leite Pasteurizado Tipo B: leite pasteurizado integral extraído por ordenha mecânica, de média qualidade microbiológica contendo todo o teor de gordura original. Deve ser armazenado e transportado sob refrigeração.

Leite Pasteurizado Tipo C: leite pasteurizado de baixa qualidade microbiológica. Deve possuir no mínimo 3% de gordura e pode ter parte da gordura extraída para a fabricação de manteiga, creme de leite, requeijão. Pode ter sido utilizada ordenha manual. Deve ser armazenado e transportado sob refrigeração.

Leite Ultrapasteurizado (UHT): leite submetido ao processo de ultrapasteurização (aquecimento do leite de 130 a 150°C, por 2 a 4 segundos e resfriamento imediato, destruindo todos os microrganismos). Pode ser transportado e armazenado em temperatura ambiente e consumido no prazo de 3 meses a partir da data do seu processamento. 



Leite Semidesnatado: leite com retirada parcial de gordura.

Leite Desnatado: leite com retirada praticamente total de gordura.

Leite em pó: leite tratado termicamente, desidratado e de boa qualidade microbiológica, desde que reconstituído com água de boa procedência ou fervida. Pode ser integral ou desnatado.

Leite Evaporado: leite integral tratado termicamente, com retirada parcial de água e sem adição de açúcar, indicado para preparações culinárias.

Leite Condensado: leite integral pasteurizado, desidratado parcialmente e com a adição de açúcar, indicado para preparações culinárias. Existe no mercado leite condensado desnatado, com redução de gordura e menor valor calórico.

Leite Modificado: leite formulado com acréscimo ou redução de nutrientes, especial para a alimentação infantil. Pode ser acrescido de ferro ou ter a lactose reduzida.

O leite não deve ser consumido próximo as refeições de almoço e jantar quando comemos carnes e feijão, pois o cálcio pode atrapalhar a absorção de ferro desses alimentos.

Queijos

É um dos alimentos mais versáteis e populares, podendo ser utilizado de muitas formas na culinária, como entrada, em pratos principais e até em sobremesas. 

Queijo é o produto fresco ou maturado, sólido ou cremoso, obtido pela coagulação do leite pasteurizado através de ação isolada ou combinada do coalho, fermento lácteo ou calor, ou outro agente coagulante. Seguido pela drenagem parcial do soro, presente na massa resultante dessa coagulação.

O queijo pode ser obtido a partir do leite de diversos animais: vaca, cabra, ovelha e búfala.

Possuem alto teor de proteínas e cálcio além de serem boas fontes de vitamina B12. Os queijos são também importante fonte de zinco. O teor de fósforo é, em geral, próximo do teor de cálcio. No entanto, possuem alto teor de gordura saturada e seu consumo deve ser moderado. Muitas variedades também contêm muito sal e devem ser evitadas por hipertensos e pessoas com tendência a retenção de líquidos.

O recomendado seria evitar o queijo nas refeições de almoço e jantar quando consumimos carnes e feijão, pois o cálcio atrapalha a absorção do ferro. Dessa forma, evite preparações como molho branco, gratinados e recheadas com queijo.

Iogurtes

A produção do iogurte se inicia com a adição de culturas de bactérias (Lactobacillus bulgaricus e Strepatococcus thermophilus) adicionadas ao leite pasteurizado. Enquanto consome o açúcar do leite, a lactose, as bactérias excretam o ácido láctico que coalha o leite. Quando se atinge a acidez desejada, a fermentação é interrompida e o produto do leite sofre refrigeração. Em seguida, adiciona-se o leite em pó, gelatina e outros ingredientes para encorpar o iogurte.

O iogurte é fonte de proteínas, cálcio, fósforo, potássio, algumas embalagens citam como complementos vitaminas e minerais tais como do complexo B (B6, B12, riboflavina, ácido fólico e niacina), vitamina A e zinco. Quando na forma integral, são também ricos em gorduras, em particular em gorduras não saudáveis (gorduras saturadas). Versões sem gordura ou com menos gordura (desnatadas ou semidesnatadas) podem ser mais adequadas para os adultos. 



Os intolerantes à lactose não precisam excluir o leite e seus derivados da alimentação. Atualmente existem muitos produtos para esse público: leite integral, semidesnatado, desnatado; iogurte integral, iogurte com 0% gordura; queijo cottage, queijo minas frescal, queijo mussarela, queijo prato e requeijão. Durante a produção, os fabricantes adicionam a enzima lactase que “quebra” a lactose em glicose e galactose, forma como os açúcares são absorvidos pelo organismo.

É importante lembrar que intolerância à lactose é diferente da alergia à proteína do leite de vaca, ou seja, alérgicos NÃO devem consumir leite e derivados, mesmo os isentos de lactose.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

Bertolucci, P. Queijos. Disponível em: www.patriciabertolucci.com.br Acessado em: 02/10/2017.

Leite e derivados. Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica – ABESO. Disponível em: www.abeso.org.br Acessado em: 26/09/2017.

Maduro, R; Azevedo, J; Reis, B. Relatório sobre análise de gordura e colesterol em queijos. Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia –Inmetro 2010, p.1-32.

Phillippi, ST. Leite, queijo e iogurte. Nutrição e Técnica Dietética. 1 ed. Manole: Barueri,SP, 2003. p.97-101.

Philippi, ST. Nutrição e Técnica Dietética. 1 ed. São Paulo: Manole, 2003. p. 107.

Ribeiro, MER. Leite: Segurança, Qualidade e Consumo. Disponível em: www.embrapa.br Acessado em: 02/10/2017.

Souza, FC. Iogurte. Hospital Israelita Albert Einstein. Disponível em: www.einstein.br Acessado em: 28/06/2017.

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