sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Dia Mundial da Osteoporose



A osteoporose é um distúrbio caracterizado pela diminuição da densidade óssea, que leva a aumento da fragilidade esquelética e maior risco de fraturas. Por isso, a prevenção da osteoporose visa à redução de fraturas. Assim, faz-se necessário o conhecimento por parte dos profissionais de saúde dos fatores de risco da doença, como idade avançada (em consequência da maior perda óssea), sexo (mulheres são mais suscetíveis que homens) e raça (brancos e asiáticos têm maior risco que negros). Alguns fatores ambientais também podem contribuir para a redução da massa óssea, como hábitos nutricionais, sedentarismo e tabagismo, além de doenças e uso de drogas.

O diagnóstico é baseado na quantificação de massa óssea sendo que o método com melhor relação eficácia/efetividade e custo/benefício é a densitometria óssea, um método de boa acurácia, reprodutível e não invasivo. A absormetria de dupla emissão com raios da densidade mineral óssea, possui ainda baixa radiação, sendo, portanto o método de avaliação mais utilizado atualmente.

A National Osteoporosis Foundation (NOF) recomenda que todos os homens e mulheres façam o exame antes dos 65 anos.

Em algumas ocasiões, não é possível fazer o exame de densidade mineral óssea, principalmente entre os idosos institucionalizados com mobilidade restrita. Nesses pacientes, os exames laboratoriais de metabolismo fosfocálcico, secundados pela avaliação radiológica, podem orientar o diagnóstico e o tratamento.

Alimentação

A prevenção da diminuição da massa óssea pode ser realizada em qualquer idade, sendo mais eficaz na infância e na juventude. Nesta fase deve haver um adequado aporte de cálcio, que tem um efeito positivo, aumentando o pico de massa óssea. Na mulher, depois da menopausa espontânea ou cirúrgica, a prevenção faz-se com a terapia hormonal de substituição impedindo assim a perda acelarada do osso, e nesse sentido este método deve ser considerado preventivo.

Existe um nutriente indispensável na prevenção da osteoporose, que é o cálcio. Com o passar da idade, ocorre diminuição na absorção de cálcio e aumento de sua eliminação. A ingestão inadequada pode resultar em redução da massa óssea, principalmente após os 50 anos, em ambos os sexos, progredindo mais rapidamente nas mulheres.

Sendo assim, é importante uma adequada oferta de cálcio proveniente da alimentação desde a infância, quando ocorre a formação dos hábitos alimentares, até a fase adulta. A recomendação de cálcio é de 1.200mg/dia para adultos e de 1.500mg/dia para mulheres no período pós-menopausa. 



As fontes alimentares de cálcio são as hortaliças de folhas verdes escuras, como couve, folhas de mostarda e brócolis; as sardinhas, salmão, moluscos e ostras. A soja também contém grandes quantidades de cálcio.

Quadro 1. Quantidade de cálcio em alguns alimentos.

Alimento
Quantidade
Cálcio (mg)
Leite integral
200ml
220
Leite desnatado
200ml
230
Iogurte com baixo teor de gordura
170ml
160
Iogurte de frutas
200g
160,8
Requeijão
30g
32,1
Queijo Mussarela
2 fatias
180
Ricota
½ xícara
337
Couve
1 xícara
357
Brócolis
1 xícara
136
Fonte: Baldez, TS, 2012.

Exposição Solar

A exposição solar contribui para a prevenção de osteoporose estimulando a produção de vitamina D na pele, que participa do metabolismo do cálcio, responsável pela saúde óssea. Alguns fatores podem reduzir a síntese epidérmica dessa vitamina, como a exposição através de vidro, presença de bloqueadores solares, latitudes extremas e indivíduos com pele mais pigmentadas. Na população de idosos a síntese também é menor pelo fato de permanecerem mais tempo em ambientes fechados e de utilizarem roupas mais pesadas quando estão fora de casa.

Além da síntese por exposição solar, a vitamina D pode ser obtida pela ingestão de alimentos como fígado, leite, óleo de peixe, sardinha, atum e salmão, por meio de suplementação multivitamínica ou alimentos fortificados.

Exercícios Físicos

Estudos observam que indivíduos fisicamente ativos têm maior massa óssea em relação aos sedentários, e que os exercícios podem prevenir a perda de massa óssea mesmo nas mulheres com osteoporose.

A contração muscular e a ação da gravidade são as duas primeiras forças aplicadas no osso, ou seja, o exercício transmite carga ao esqueleto mediante o impacto direto. O efeito do exercício sobre o tecido ósseo é dependente da intensidade, tipo, frequência e duração da atividade física.

As atividades físicas, principalmente exercícios com ação da gravidade (como caminhar ou correr), podem melhorar o pico de massa óssea e, assim, reduzir a incidência de osteoporose. Além disso, um programa de exercícios físicos regulares aumenta a força muscular e o equilíbrio, além de melhorar a marcha, a coordenação e a mobilidade, reduzindo a probabilidade de quedas e fraturas ósseas.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

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Baldez, TS. Prevenção da Osteoporose através da dieta. [Trabalho de Conclusão de Curso]. Grupo de Nutrição Humana – GANEP, 2012.

Bankoff ADP, Zylberberg TP, Schiavon LM. A osteoporose nas mulheres pós-menopausa e a influência da atividade física: “uma análise de literatura”. Revista de educação física. 1998;v.9, n.1, p:93-101.

Bischoff-Ferrari HA, Sawson-Hughes B, Willett WC, et al. Effect of vitamin D on falls: a meta-analysis. JAMA. 2004; v.291, n.16, p:1999-2006.

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