Durante
a gestação, o consumo de alimentos deve ser aumentado, porém de acordo com cada
gestante e sua história clínica. Porém, mais do que a quantidade de alimentos a
ser consumida é preciso dar atenção à qualidade dos alimentos, de modo que a
boa alimentação está diretamente relacionada ao desenvolvimento adequado do
feto. Sendo assim, a crença do “comer por dois” durante a gestação deve ser
esquecida.
Para
suprir as necessidades diárias do organismo durante a formação do bebê e manter
uma alimentação balanceada, o ideal é se alimentar com moderação e de maneira
fracionada ao longo do dia, preferencialmente em seis refeições ao dia: café da
manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. Essas refeições
podem ser espaçadas de três em três horas e devem acontecer em horários
regulares, em um local tranquilo, mastigando bem os alimentos. Fazendo isso é
possível amenizar alguns desconfortos da gestação como azia e gases e controlar
melhor o ganho de peso.
Seguindo
algumas dicas simples é possível equilibrar a alimentação: prefira carnes
magras em preparações assadas, cozidas, ensopadas ou grelhadas; procure
aumentar o consumo de frutas e verduras (cerca de quatro porções de frutas por
dia e três a quatro porções de hortaliças); consuma produtos lácteos, como
leite, queijo, iogurte para suprir a quantidade necessária de cálcio; consuma
grãos e cereais (arroz, grão de bico, aveia, farelo de trigo, etc.) e dê
preferência aos integrais, pois contêm maior quantidade de fibras, auxiliando
no funcionamento do intestino, que geralmente fica mais lento neste período.
Procure usar sal com moderação nos alimentos.
A
água deve ser ingerida com frequência ao longo do dia, sendo necessários pelo
menos oito copos de água por dia. Além de hidratar o corpo, atrelada ao consumo
de fibras (provenientes de grãos integrais, frutas e hortaliças) a água auxilia
no funcionamento do intestino.
O
consumo de alimentos contendo ácido fólico durante a gestação previne a
condição conhecida como “espinha-bífida”, que se caracteriza por expor a medula
espinhal, a qual pode ser danificada levando a uma paralisia dos membros
inferiores. O ácido fólico previne também a anencefalia, que é a falha no
desenvolvimento do cérebro do bebê. Excelentes fontes de ácido fólico são:
fígado, brócolis, amendoim, chicória, melão, nozes, castanha, ervilha, entre
outros.
Alimentos
que contêm zinco também devem ser consumidos pela futura mamãe de modo a evitar
a má formação do bebê. Estes alimentos são: carne bovina, peixe, aves, leite e
derivados, fígado, cereais integrais, leguminosas e nozes.
Os
alimentos ricos em ferro são outros que não podem faltar para a mãe e o bebê. O
consumo deste nutriente evita o nascimento de crianças com baixo peso ou
prematuras e pode ser encontrado em: carne bovina, aves, ovos, vegetais
folhosos escuros, feijão e melado de cana. Entretanto, destaca-se que as
melhores fontes de ferro para o organismo são as carnes, pois o ferro contido
nas carnes está mais biodisponível.
Alimentos
ricos em vitamina C evitam o sangramento da gengiva e o parto prematuro. Este
nutriente pode ser encontrado em frutas e hortaliças como acerola, goiaba,
manga, laranja, morango, mamão, pimentão, tomate, couve, dentre outros.
Ao
contrário do que já foi sugerido, alguns hábitos ou alimentos podem ser
prejudiciais para a gestante e para o bebê. Desta forma, procure evitar o
excesso de café, coca-cola, guaraná e chá preto. Evite beber líquidos em
excesso durante as refeições. Procure não “pular” as refeições, pois muitas
horas sem se alimentar pode prejudicar o desenvolvimento cerebral do bebê.
Evite o consumo de ovos, peixes e carnes cruas, por questões de contaminações
microbianas ou parasitoides. Excesso de frituras, doces, balas, refrigerantes,
pastelarias podem ser prejudiciais, assim como o excesso de enlatados e
embutidos.
Cigarro
e bebida alcoólica devem ser evitados. Fumar durante a gestação pode acarretar
em maior probabilidade de dar a luz a um recém-nascido de baixo peso, maior
risco de mortalidade neonatal, prematuridade, hemorragias durante a gravidez e
aborto espontâneo e, o alto consumo de álcool pode acarretar em anormalidades
no feto como atraso no desenvolvimento, anormalidades faciais, aborto
espontâneo e deslocamento placentário.
As informações
contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referências
Bibliográficas:
Schwarz, K. Alimentação na gestação: sua primeira
atitude de amor para o seu filho. Grupo de Estudos em
Alimentos Funcionais – GEAF, ESALQ/USP. Disponível em: www.grupoalimentosfuncionais.blogspot.com.br
Leão,
LSSC; Gomes, MCR. Manual de
nutrição clínica: para atendimento nutricional do adulto. 7. ed.
Rio de Janeiro: Vozes, 2007.
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