É
bastante comum na busca pelo corpo perfeito, homens e mulheres se submeterem a
dietas restritivas para emagrecer. Entre as principais capas de revistas e
sites de beleza do país há sempre uma celebridade dizendo que perdeu peso
porque deixou de comer carboidrato, por exemplo. Porém, é importante
desassociar a ideia de que a alimentação equilibrada e que faz bem para o
organismo impõe restrições a alguns grupos de alimentos.
O
carboidrato é um nutriente presente no grupo dos alimentos energéticos, ou
seja, gera a energia que o corpo precisa para funcionar bem. Com a falta desse
alimento, o corpo começa a buscar caminhos alternativos para suprir essa
deficiência. O problema é que a primeira opção dessa busca será retirar a
energia de outros nutrientes, como as proteínas que estão no organismo para
construir e regenerar os músculos dos desgastes do dia a dia. Sem o
carboidrato, é possível ganhar energia com a proteína, mas a musculatura poderá
ser prejudicada.
O
cérebro também sofre com a falta de carboidrato. Isso porque esse nutriente
estimula a energia vital do sistema nervoso central.
Aquela
vontade desesperada de comer doces, por exemplo, é um sinal do cérebro
alertando pela falta de carboidratos.
Se
há, por alguma razão, a necessidade da retirada do carboidrato em um tratamento
médico, o paciente deve ser acompanhado e monitorado pelo nutricionista e por
uma equipe médica para que a saúde não seja comprometida. Deverão ser
analisados os sinais e sintomas apresentados pelo paciente durante o período de
restrição, lembrando que este procedimento não pode ser por longo período de
tempo, pois a carência destes nutrientes pode causar danos para o corpo.
Macarrão
e pão são alimentos que vem à mente quando se fala em carboidrato. Mas nesse
grupo alimentar também estão as frutas, como o abacate, o morango e o limão, e
ainda outros vegetais como as batatas inglesa, baroa e doce, mandioca, inhame,
além do arroz entre outros.
Mito ou Verdade
Carboidrato
engorda? A melhor
resposta é depende. Depende de quem vai consumir, qual o tipo de carboidrato,
qual quantidade, o que vem junto a esse carboidrato e o qual o horário de
consumo. É importante que as pessoas saibam que temos que ter equilíbrio e
qualidade no que ingerimos.
A
tapioca, que faz parte do grupo de carboidratos e da cultura brasileira, é um
alimento nutritivo. Mas se for consumido de forma inadequada, pode trazer
malefícios para a saúde. Se a pessoa consome a tapioca com manteiga, leite
condensado, chocolate, requeijão, queijo... esses alimentos combinados vão
gerar um pico na glicemia e na insulina facilitando a formação de gorduras e
trazendo problemas para a saúde. Isso quer dizer que a tapioca está fora do
cardápio do brasileiro? De jeito nenhum. Consuma uma tapioca com semente de
abóbora, passa o azeite extravirgem para deixar mais molhadinha. Coma com uma
banana prata com canela ou o ovo cozido. Escolhas saudáveis vão manter os
níveis de glicemia em patamares normais trazendo equilíbrio no consumo.
Consumo Saudável dos Alimentos
Falar
de consumo saudável é um desafio já que muitas pessoas associam às dietas restritas.
Adotar medidas simples no dia a dia já podem acrescentar muito a saúde e fugir
de erros comuns como os citados com a tapioca. Consuma 5 a 6 porções de frutas
ao dia, ter uma ingestão adequada de água e consuma alimentos de todos os
grupos em suas quantidades necessárias. Se tiver dúvida, consulte um
profissional de saúde para te ajudar. Para que fique mais fácil o entendimento,
consuma mais vezes no dia aqueles alimentos que estragam, ou seja, comer comida
de verdade, aquilo que podemos encontrar na natureza.
Orientação do Ministério da Saúde
O
Guia Alimentar para a População Brasileira é uma publicação do Ministério da
Saúde que ajuda a orientar as famílias a optarem por refeições caseiras e
evitarem a alimentação fast food.
Entre as dicas práticas para uma Alimentação Adequada e Saudável estão:
●
Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e
cozinhar alimentos e criar preparações culinárias;
●
Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que
possível, com companhia;
●
Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou
minimamente processados;
●
Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece;
●
Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na
hora;
●
Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação
veiculadas em propagandas comerciais.
Para
entender a diferença entre alimentos in natura (naturais), minimamente
processados e ultraprocessados, citados Guia Alimentar, confira alguns
exemplos:
Alimentos in natura: Banana, tomate, abóbora batata e
caju.
Minimamente Processados: Feijão, arroz, farinha de mandioca,
sucos de caju, carnes e pescados frescos.
Alimentos Processados: Carne seca, pães feitos farinha de trigo, queijos,
frutas cristalizadas.
Ultraprocessados: Biscoitos recheados, salgadinhos, refrigerantes,
macarrão instantâneo e cereais açucarados.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas
por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos,
nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e
exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências Bibliográficas:
Carboidrato
faz bem à saúde. Ministério da Saúde. Disponível em: www.blog.saude.gov.br
Acessado em: 03/10/2016.
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