terça-feira, 28 de março de 2017

Dislipidemia Infantil



Segundo estudos o aumento da prevalência de casos de obesidade infantil se deu a partir dos anos 70, devido a industrialização dos alimentos, e por apresentarem altos índices calóricos. Outro fato apontado por especialistas que levou a epidemia de obesidade infantil, e é dada até hoje, foi o fato de as crianças estarem cada vez mais sedentárias, passando os dias sem praticar exercícios físicos, na frente de televisões e videogames. O grande problema da obesidade infantil é que ela nem sempre vem sozinha, normalmente e sim acompanhada de outras doenças metabólicas como diabetes tipo 2, dislipidemias, hipertensão, e outras doenças cardiovasculares.

Em adultos essa associação de doenças prevalentes ou não da obesidade é classificada como síndrome metabólica, não podendo ser a mesma utilizada para crianças. Porém alguns estudos relatam a relação direta entre doenças desencadeadas na infância e a síndrome metabólica em adultos, ainda mostram que crianças desencadeantes de por exemplo dislipidemias na infância, tem mais chances de desenvolver a doença no futuro e também consequentemente desenvolverem problemas cardiovasculares. 

A dislipidemia é uma alteração do metabolismo das gorduras, o conhecido “colesterol”, que é necessário ao nosso organismo estando presente na formação de membranas das células, também servindo como capa protetora dos nervos, e presente em alguns hormônios. O nosso corpo o fabrica, porém também o consumimos pela alimentação com alimentos gordurosos, e quando está em excesso é metabolizado pelo fígado e eliminado pelo HDL (colesterol de alta densidade), o problema maior é quando os níveis do LDL estão tão elevados que o HDL não consegue o eliminar todo e suas taxas aumentam no sangue. Isto pode levar a problemas como a aterosclerose que é o acúmulo dessa gordura nos vasos sanguíneos impedindo o fluxo de sangue de passar por aquele vaso.

O tratamento ideal para estas crianças que apresentam dislipidemia, é a mudança de estilo de vida, em primeiro lugar a prática de atividade física regularmente. E também muito importante, realizar mudanças na dieta da criança, ofertando menos os alimentos industrializados, e mais alimentos fonte de gorduras poli-insaturadas e monoinsaturadas como azeites, peixes e oleaginosas, assim como evitar a gordura aparente de carnes, cozinhar com banha de porco, evitar frituras, não utilizar gordura hidrogenada como as de margarinas, dando preferência para óleos vegetais como o de girassol, soja e milho. Incluir alimentos fonte de proteína vegetal, e ricos em fibra como frutas legumes, verduras e cereais os fazendo como base da alimentação. Além de procurar ajuda profissional para receber as orientações certas sobre alimentação, realizar exames periodicamente e assim conquistar uma vida mais saudável para a criança.

Texto elaborado por: Dra. Caroline de Salve – CRN3. 28964

Nutricionista formada pelo Centro Universitário São Camilo 

Especialista em Nutrição Humana pelo Instituto Metabolismo e Nutrição (IMEN)

Especialista em Nutrição e Pediatria pelo HCMUSP

Nutricionista Responsável pelo Colégio Piaget

Nutricionista Responsável por unidade Salutem Nutrição e Bem Estar em São Caetano do Sul e atendimentos na Unidade Salutem de São Caetano do Sul. 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.
















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