Segundo estudos o aumento da prevalência de casos de
obesidade infantil se deu a partir dos anos 70, devido a industrialização dos
alimentos, e por apresentarem altos índices calóricos. Outro fato apontado por
especialistas que levou a epidemia de obesidade infantil, e é dada até hoje,
foi o fato de as crianças estarem cada vez mais sedentárias, passando os dias
sem praticar exercícios físicos, na frente de televisões e videogames. O grande
problema da obesidade infantil é que ela nem sempre vem sozinha, normalmente e
sim acompanhada de outras doenças metabólicas como diabetes tipo 2,
dislipidemias, hipertensão, e outras doenças cardiovasculares.
Em adultos essa associação de doenças prevalentes ou não
da obesidade é classificada como síndrome metabólica, não podendo ser a mesma utilizada
para crianças. Porém alguns estudos relatam a relação direta entre doenças
desencadeadas na infância e a síndrome metabólica em adultos, ainda mostram que
crianças desencadeantes de por exemplo dislipidemias na infância, tem mais
chances de desenvolver a doença no futuro e também consequentemente
desenvolverem problemas cardiovasculares.
A dislipidemia é uma alteração do metabolismo das
gorduras, o conhecido “colesterol”, que é necessário ao nosso organismo estando
presente na formação de membranas das células, também servindo como capa
protetora dos nervos, e presente em alguns hormônios. O nosso corpo o fabrica,
porém também o consumimos pela alimentação com alimentos gordurosos, e quando
está em excesso é metabolizado pelo fígado e eliminado pelo HDL (colesterol de
alta densidade), o problema maior é quando os níveis do LDL estão tão elevados
que o HDL não consegue o eliminar todo e suas taxas aumentam no sangue. Isto
pode levar a problemas como a aterosclerose que é o acúmulo dessa gordura nos
vasos sanguíneos impedindo o fluxo de sangue de passar por aquele vaso.
O tratamento ideal para estas crianças que apresentam
dislipidemia, é a mudança de estilo de vida, em primeiro lugar a prática de
atividade física regularmente. E também muito importante, realizar mudanças na
dieta da criança, ofertando menos os alimentos industrializados, e mais
alimentos fonte de gorduras poli-insaturadas e monoinsaturadas como azeites,
peixes e oleaginosas, assim como evitar a gordura aparente de carnes, cozinhar
com banha de porco, evitar frituras, não utilizar gordura hidrogenada como as de
margarinas, dando preferência para óleos vegetais como o de girassol, soja e
milho. Incluir alimentos fonte de proteína vegetal, e ricos em fibra como
frutas legumes, verduras e cereais os fazendo como base da alimentação. Além de
procurar ajuda profissional para receber as orientações certas sobre
alimentação, realizar exames periodicamente e assim conquistar uma vida mais
saudável para a criança.
Texto
elaborado por: Dra.
Caroline de Salve –
CRN3. 28964
Nutricionista
formada pelo Centro Universitário São Camilo
Especialista
em Nutrição Humana pelo Instituto Metabolismo e Nutrição (IMEN)
Especialista em Nutrição e Pediatria
pelo HCMUSP
Nutricionista Responsável pelo
Colégio Piaget
Nutricionista Responsável por
unidade Salutem Nutrição e Bem Estar em São Caetano do Sul e atendimentos
na Unidade Salutem de São Caetano do Sul.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
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