domingo, 5 de novembro de 2017

Pasta de Amendoim



A pasta ou manteiga de amendoim sacia a fome, é saborosa, nutritiva e boa para a saúde.  Muitos confundem e acham que o amendoim, com alto teor de gordura, faz parte do grupo das sementes oleaginosas, como nozes, castanhas e amêndoas. No entanto, o amendoim é uma leguminosa da família dos feijões.  Por seu notável teor de nutrientes o consumo regular de pasta de amendoim ajuda a melhorar a qualidade da dieta, e assim atua na prevenção de doenças cardiovasculares, diabetes e também contribui para manter a forma.

Nutrientes

Metade da composição da pasta de amendoim é gordura, e a outra metade contém proteínas (25%), carboidratos (20%) e fibras (5%). O amendoim é uma excelente fonte de vitamina E e de vitaminas do complexo B, principalmente B3, B6, folato e biotina; também é rico em diversos minerais como ferro, magnésio, potássio, fósforo, zinco, selênio, cobre, manganês e cálcio. A manteiga de amendoim contém fitosteróis, ácido p-cumárico e resveratrol, antioxidantes que em conjunto com a vitamina E ajudam a prevenir doenças cardíacas e câncer. Além disso, o amendoim é uma boa fonte de coenzima Q10, diretamente ligada à produção de energia pela mitocôndrias.

Fonte de gorduras saudáveis

Quase 50% da gordura presente no amendoim é composta de ácido oleico ou ômega-9, o mesmo ácido graxo do abacate e do azeite de oliva, que ajuda a regular o colesterol. O restante se divide em ômega-6 e dois tipos de gordura saturada, os ácidos palmítico e esteárico, que são a fonte preferida de energia para o coração.

Previne o diabetes

Pesquisas  mostram que a ingestão de uma a duas colheres de sopa de pasta de amendoim de 4 a 5 vezes por semana pode reduzir o risco de desenvolver diabetes em até 30%.  Por ser ótima fonte de ômega-9 a pasta auxilia no controle do açúcar sanguíneo e também baixa os triglicerídios, uma gordura composta por três moléculas de glicose. 

Ajuda a emagrecer

O consumo regular de manteiga de amendoim contribui para o emagrecimento e ainda reduz a chance de ganhar peso, de acordo com pesquisas clínicas.  Apesar de ser um alimento calórico, seu elevado teor de gordura e proteína atua na saciedade e reduz a vontade de beliscar entre as refeições. Além disso, o ômega-9 ativa a adiponectina, um hormônio que comanda o corpo a produzir a energia que precisa a partir dos depósitos de gordura localizados principalmente na cintura e abdômen. 

Amiga do coração

Diversos estudos publicados em revistas científicas mostram que o conjunto de antioxidantes pode ser a chave para os benefícios ao coração e aparelho circulatório. Pessoas que comem pasta de amendoim 4 vezes por semana podem reduzir o risco de morte por doença cardíaca em 37%, em comparação com pessoas que não têm o hábito. Outro benefício vem da sua capacidade de diminuir o colesterol LDL oxidado, mantendo o bom colesterol (HDL) elevado.

Boa para quem malha

Pasta de amendoim é uma excelente fonte de energia e contém um alto teor de proteínas que ajudam na construção muscular. Ela também é rica em potássio e magnésio, que aceleram a recuperação de músculos cansados. A presença de ácido palmítico e esteárico fornece combustível para o coração, aumentando a capacidade vascular. E o resveratrol estimula a síntese de óxido nítrico, uma molécula que exerce numerosas funções no nosso organismo, dentre elas o aumento do fluxo sanguíneo nos músculos, que recebem mais oxigênio e nutrientes.  



Alergia

O amendoim está incluído entre os oito alergênicos alimentares mais comuns, e seu efeito pode ser grave, potencialmente fatal. Nas últimas duas décadas, a prevalência de alergia ao amendoim tem crescido em todo o mundo, e afeta aproximadamente 1% da população. A boa notícia é que cerca de 20% das pessoas superam este problema, livrando-se da alergia. Portadores de alergia devem ter muito cuidado com alimentos e produtos que contenham amendoim.

Aflatoxinas

O ideal é comprar amendoim de boa procedência, para evitar a ocorrência de fungos (Aspergillus flavus) que produzem aflatoxina. O melhor armazenamento e métodos de manipulação praticamente eliminam o risco de ingestão de aflatoxina, um conhecido agente cancerígeno. Evite adquirir o amendoim fora da data de validade e se apresentar qualquer sinal de mofo. Os estudos mostram que o processamento do amendoim por aquecimento reduz o teor de aflatoxina em até 90%.

Faça em casa a sua pasta de amendoim

Se comprar cru, toste o amendoim no forno médio (200 graus) por 15 a 20 minutos, para neutralizar os fungos de aflatoxina e preservar os óleos saudáveis presentes nele, sensíveis a altas temperaturas. Depois coloque no processador ou liquidificador por alguns minutos até ele virar uma pasta. Acrescente um pouco de sal na mistura. Guarde em recipiente bem fechado na geladeira.

Como usar

A pasta de amendoim pode ser consumida ao natural direto na colher, pode ser colocada no pão ou na tapioca, acompanha uma banana, turbina sucos e vitaminas, e também pode ser usada no preparo de pratos diversos: combina com aves, arroz, quinoa e legumes. Uma colher de sopa caprichada tem 90 calorias e é a quantidade suficiente para enriquecer a refeição, seja o café da manhã ou um lanche. Quem malha ou tem um estilo de vida ativo pode aumentar o consumo para duas colheres de sopa.

Texto elaborado por: Dra. Tamara Mazaracki.

Título de Especialista em Nutrologia –  Associação Brasileira de Nutrologia;

Membro Titular da ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia;

Pós-graduação em Medicina Ortomolecular, Nutrição Celular e Longevidade – FACIS-IBEHE – Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo e Centro de Ensino Superior de Homeopatia;

Pós-graduação em Medicina Estética – Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino – IBRAPE.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

*United States Department of Agriculture - National Nutrient Database.

*Journal of Food Science & Technology 2016.  Peanuts as functional food: a review.

*Biological Research 2013. Lipids, proteins, phenolic composition, antioxidant and antibacterial activities of seeds of peanuts.

*Critical Reviews in Food Science & Nutrition 2014. Resveratrol in peanuts.

*British Journal of Nutrition 2013. Acute and second-meal effects of peanuts on glycaemic response and appetite in obese women with high type 2 diabetes risk.

*Nutrition Research 2013. Peanut consumption in adolescents is associated with improved weight status.

*Journal of Nutrition 2008. Impact of peanuts and tree nuts on body weight and healthy weight loss in adults.

*Journal of Nutrition 2008. The role of tree nuts and peanuts in the prevention of coronary heart disease: multiple potential mechanisms.

*Journal of the American Academy of Dermatology 2012. Peanut allergy: an increasingly common life-threatening disorder.

*Food Research International 2017. Kinetics of aflatoxin degradation during peanut roasting.

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