O vegetarianismo é uma opção
alimentar que exclui do cardápio todos os tipos de carne, incluindo aves,
peixes e outros animais marinhos. Os primeiros registros do vegetarianismo vem
do século 6 a.C,na Índia,Grécia e a civilização grega no sul da Itália. Em
todos esses casos o vegetarianismo estava intimamente ligado a um desejo de não
prejudicar os animais.
Este tipo de alimentação exige
alguns cuidados e conhecimentos de nutrição, mas é possível ter uma dieta
saudável sem carne. A nutricionista afirma que “para que o nosso organismo
funcione de forma equilibrada, precisamos de vitaminas, minerais e eletrólitos
advindos de uma alimentação equilibrada”.E complementa: “A busca pelos
nutrientes essenciais, diferentemente por um substituto à carne animal,
naturalmente leva o indivíduo a ampliar o seu cardápio. Com isso mudam as
características da dieta, ampliando a ingestão dos elementos que nutrem e ainda
dos fatores que protegem”. A dieta vegetariana
é rica em grãos, vegetais, legumes, nozes, sementes e frutas. Esses alimentos
são fontes de fibras, nutrientes antioxidantes e possuem baixos teores de
gordura saturada e colesterol.
A
dieta vegetariana traz muitos benefícios à saúde, mas se não tiver um bom acompanhamento nutricional e uma alimentação
para suprir as necessidades do corpo,ele pode prejudicar a saúde. “A falta da vitamina B12, presente na carne,
resulta em deficiência no crescimento, anemia e distúrbios sanguíneos”, diz
Paula. Por isso,
é necessário o acompanhamento de nutricionista especializado no assunto para
orientar tanto os pais como a criança, adultos e mulheres no climatério, aonde
as necessidades de algumas vitaminas e minerais são maiores. A Associação Dietética Americana
declarou que as dietas vegetarianas bem elaboradas são apropriadas para todas
as fases da vida, incluindo gravidez, infância e adolescência e climatério.
O instituto de Medicina dos EUA e o Food and
Nutrition Board recomendam suplementação de Vit B12 em todos os indivíduos
(vegetarianos ou não) acima de 50 anos, pois apenas 10% a 30% destes indivíduos
apresentam dificuldades de extrair a Vitamina B12 dos alimentos.
As mulheres na pós-menopausa são mais vulneráveis a
ter deficiência de vitamina D mesmo tomando sol, sendo elas vegetarianas ou não.
A revelação faz parte da primeira fase de um estudo que acaba de ser
apresentado no 25.º Congresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia, em
Brasília. A vitamina D contribui para o fortalecimento dos ossos e auxilia na
fixação do cálcio, mas segundo um novo estudo publicado no British Journal of Medicine, periódico
acadêmico especializado em artigos de saúde, concluiu que a ingestão de leite
bovino não ajuda na prevenção de doenças ósseas, como diz o senso comum e
a maioria dos médicos e nutricionistas. Pelo contrário: o consumo de leite
prejudica a saúde dos ossos, do coração e colabora para a incidência de alguns
tipos de câncer.
Segundo a Tabela
Brasileira de Composição de Alimentos (TACO) podemos encontar uma boa
concentração de cálcio em 100 g de coentro.
Mas, considerando que é muito pouco provável que
alguém consuma 100g de coentro de uma só vez, consideramos que a couve refogada
é uma das melhores formas de manter o nível de cálcio. Além de deliciosa e
econômica, a couve é facilmente encontrada e já está no gosto dos brasileiros.
Para
você que ainda esta na duvida entre os benefícios de adotar uma dieta
vegetariana, há muitos estudos que defendem esta prática para evitar possíveis
doenças.
Segundo um relatório da ONU publicado em 2013, 70%
das doenças modernas são causadas pelo consumo de produtos de origem animal.
Isso significa que poderíamos evitar 7 em cada 10 enfermidades apenas mudando
nossos hábitos para uma alimentação vegetariana, sem carne, ovos ou laticínios.
O posicionamento da ADA (American
Dietetic Association) e nutricionistas do Canadá de 2003 reúne os principais
estudos científicos sérios sobre vegetarianismo.
Confira os resultados:
- - Redução das mortes por infarto (doença cardíaca isquêmica) em 31% em homens vegetarianos e 20% em mulheres vegetarianas (estudo com 76 mil indivíduos).
- - Níveis sangüíneos de colesterol 14% mais baixos em ovo-lacto-vegetarianos do que nos comedores de carne.
- - Níveis sangüíneos de colesterol 35% mais baixos em veganos do que nos comedores de carne.
- - Menor pressão arterial (redução de 5 a 10 mmHg) nos vegetarianos.
- - Redução de até 50% do risco de apresentar diverticulite nos vegetarianos.
- - Redução de até 50% do risco de apresentar diabetes nos vegetarianos.
- - Probabilidade duas vezes menor de apresentar pedras na vesícula nas mulheres vegetarianas (estudo com 800 mulheres entre 40 e 69 anos).
- - Os não vegetarianos têm um risco 54% maior de ter câncer de próstata.
- - Os não vegetarianos têm um risco 88 % maior de ter câncer de intestino grosso (cólon e reto). Obs - a carne vermelha ou branca está vinculada (de forma independente) com o risco aumentado de câncer de intestino grosso.
- - Redução da incidência de obesidade, um problema mundialmente preocupante.
- - Osteoporose: mulheres após a menopausa com dieta rica em proteína animal e pobre em proteína vegetal têm taxa mais alta de perda óssea e risco muito maior de ter fratura de quadril. Obs- Ainda não podemos afirmar que a dieta vegetariana protege da osteoporose.
- - Aparentemente, o consumo de carne aumenta em até 3 vezes as chances de desenvolver demência cerebral.
- - Aparentemente, uma dieta vegetariana sem derivados animais e com predominância de alimentos crus reduz os sintomas de fibromialgia.
Texto elaborado por: Dra. Paula C. F. Stempniewski – CRN3. 28748
Nutricionista
formada pelo Centro Universitário São Camilo;
Atua com reeducação alimentar, perda de peso, vegetarianismo e veganismo, com ênfase na culinária vegana;
Coaching nutricional e alimentar, com foco na parte emocional dos pacientes.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
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