Transgênico
ou Organismos Geneticamente Modificados (OGM) são plantas, animais ou
micro-organismos cujo código genético foi mudado através da transformação. Como
o código genético é universal, isto é, idêntico para todos os seres vivos, os
genes transferidos de uma espécie para outra, vão produzir as mesmas
características que produziram na espécie doadora.
De
acordo com a Organização Não-Governamental ESPLAR - Centro de Pesquisa e
Assessoria (2012), os transgênicos, são aqueles que tiveram genes estranhos, de
qualquer outro ser vivo inserido em seu código genético. O processo consiste na
transferência de um ou mais genes responsáveis por determinada característica
num organismo para outro organismo ao qual se pretende incorporar esta
característica.
Com
essa tecnologia, é possível produzir plantas resistentes a pragas, adaptar
plantas para cultivo em terras inóspitas, adaptá-las a condições climáticas
adversas, enriquecer plantas alimentícias com nutrientes especiais, usar as plantas
como produtoras de substâncias para fins terapêuticos entre outras
possibilidades.
Entre
os alimentos transgênicos, o exemplo mais comum é o do milho que recebe o gene
de uma bactéria para produzir uma substância que destrói o sistema digestivo de
uma praga de inseto, evitando, assim, o uso de agrotóxicos.
Essas
modificações começaram a ser feitas pelo Homem desde o início da agricultura:
há dez mil anos atrás as populações existentes utilizavam métodos empíricos
para melhorar geneticamente as plantações. Esses estudos foram evoluindo ao
longo dos anos até que o homem conseguiu descobrir novas regras genéticas. Com
essas descobertas começaram a utilizar métodos racionais de melhoramento
genético e não mais empíricos.
No
entanto, a questão da inocuidade dos alimentos transgênicos faz parte de uma
discussão técnica que pede uma resposta experimental e científica aberta. Ela
está no centro de um debate internacional, cuja resolução envolve a saúde dos
consumidores, a economia dos produtores e a orientação política dos governos.
Pesquisas
alertam para as principais desvantagens do consumo de tais produtos
geneticamente modificados que são: aumento de alergias, desenvolvimento de
resistência bacteriana, com redução da eficácia de remédios à base de antibióticos,
e o aumento de resíduos tóxicos.
A
inserção da tecnologia de GMO's no mercado acarreta debates polêmicos que
envolvem, desde implicações éticas a impactos socioeconômicos, uma vez que pode
possibilitar a reprogramação da vida, inclusive a do ser humano, afetar a
segurança alimentar da população, com reflexos imprevisíveis no campo da saúde,
afetar drasticamente o meio ambiente em que vivemos, com a introdução de
espécies invasoras e acentuando drástica diminuição na biodiversidade e a
intensificar os monopólios associados à produção de alimentos, que estão
adotando novas estratégias de apropriação dos conhecimentos gerados, mediadas
por acordos internacionais de propriedade intelectual, e de acesso aos recursos
genéticos, o que na prática implica no patenteamento de formas de vida e no
controle absoluto, por umas poucas companhias, da produção de alimentos a nível
mundial.
Os
organismos geneticamente modificados (OGM), sobretudo as plantas transgênicas –
cujas pesquisas se encontram em estágios mais avançados, quando comparadas com
as conduzidas com animais – e seus derivados, vêm suscitando muita polêmica,
tanto em âmbito nacional como internacional, uma vez que vários cientistas
argumentam que as pesquisas com alimentos modificados estão ainda em fase
incipiente e defendem a necessidade de estudos mais aprofundados para uma
melhor avaliação das consequências, no longo prazo, das manipulações genéticas,
sobretudo no campo da agricultura.
Recentemente
uma pesquisa realizada por cientistas e estudantes da Universidade de Caen, na
França, divulgou resultados alarmantes, que trouxeram à tona a discussão sobre
os possíveis efeitos dos OGM. Neste estudo os ratos alimentados com alimentos
transgênicos morreram antes do previsto e desenvolveram câncer com mais frequência
do que os outros animais da espécie. O estudo mencionado comprovou uma
mortalidade duas ou três vezes maior entre as fêmeas tratadas com organismos
geneticamente modificados.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referências Bibliográficas:
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em: www.institutoanapaulapujol.com.br
Acessado em: 06/02/2018.
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