quinta-feira, 19 de abril de 2018

Nutrição e Síndrome do Pânico


A síndrome do Pânico ou ataque de pânico atinge cada vez mais uma parcela grande da sociedade E é caracterizado por um período de medo intenso ou desconforto, no qual pelo menos quatro dos seguintes sintomas tenham se desenvolvido abruptamente e alcançaram o ápice em 10 minutos:

• palpitações ou taquicardia; • sudorese; • tremores; • sensação de falta de ar; • dor ou desconforto torácico; • náusea ou desconforto abdominal; • sensação de tontura, vertigem ou desmaio; • despersonalização (estar distanciando de si mesmo); • medo de perder o controle; • sensação de formigamento; • calafrios ou ondas de calor.

O tratamento convencional usa medicamentos antidepressivos e terapia cognitiva comportamental.

Infelizmente este quadro não atinge apenas adultos, cada vez mais crianças e adolescentes tem sofrido com este problema. A maneira como encara os desafios dentro da escola, as avaliações, os compromissos, tudo isso somado com baixo preparo emocional, violência urbana e falta de auto controle aumentam ainda mais a incidência.

O que a Nutrição Funcional pode fazer nesses casos?

● Manter os níveis de glicemia adequado é de extrema importância, pois muitos sintomas de hipoglicemia são parecidos com sintomas de pânico (palpitações, tremores, falta de ar, sudorese, sensação de desmaio e calafrios). Para isso, consuma alimentos de mais baixo índice glicêmico, carboidratos integrais, vegetais e leguminosas, e evite açúcar simples, doces, pães brancos e arroz banco.

● Consuma alimentos fontes de triptofano (é um aminoácido) de 6 em 6 horas e dependendo do caso verifique junto a sua nutricionista a necessidade de suplementação. Esse aminoácido não age associado a produção de serotonina (neurotransmissor associado ao bem estar geral), mas ajuda a melhorar sintomas de pânico e melhora a compulsão principalmente por carboidratos. Boas fontes de triptofano são abacate, queijos, amendoim, ervilha, etc.

● Sabemos que nenhum nutriente age sozinho em nosso organismo e para que o triptofano faça seu papel corretamente, precisamos de ácido fólico, vitamina B12, zinco, vitamina B6 e B3, dentre outros.

Outros nutrientes importantíssimos nesses casos são: ômega 3, fosfatidilcolina e inositol
Quais outros fitoterápicos podem ajudar?

Mulungu: Além do combater a insônia, o chá é eficaz para diminuir a ansiedade pela comida. A planta medicinal também em efeito antioxidante, que fortalece o fígado, além de regular os ritmos cardíacos; 


Camomila: combate a insônia e ajuda no relaxamento geral do corpo;

Macela: excelente relaxante e também antialérgico.

Maracujá, passiflora, valeriana (nesse último exemplo, somente pode ser prescrito em forma de chás pelo Nutricionista), dentre outros, podem ser úteis no tratamento. Griffonia é um precursor direto de serotonina e pode ser prescrito pelo seu Nutricionista em farmácias magistrais, e tem resultados fantásticos!

Todos podem ser consumidos em forma de infusões (chás) e em forma de tintura (feito em farmácias magistrais, prescritos pelo médico ou nutricionista):

O poder da Vitamina D nesses casos:

Vitamina D ativa os genes que regulam o sistema imune e ajuda a liberar os neurotransmissores como dopamina e serotonina, que afetam a função cerebral como um todo, prevenindo e combatendo ansiedade e tendência a tristeza/depressão.

A deficiência de vitamina D prolonga tempo de tratamento e pode piorar os quadros. Exames de sangue deve ser feitos periodicamente para averiguar o status dessa vitamina.

Texto elaborado por: Priscila Di Ciero

Nutricionista formada em 2001, sou pós-graduada em Nutrição Esportiva Funcional e estou em formação para obtenção da certificação do Functional Medicine Institute (USA). Sou self e professional Coach formada pelo IBC e certificada pelo Internacional Society of Sports Nutrition (USA). Atualmente curso pós-graduação em Fitoterapia e atendo em consultório particular na zona sul de São Paulo (SP).

 As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

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