sexta-feira, 20 de julho de 2018

Mitos e Verdades: Cirurgia Bariátrica


A obesidade é uma condição cada vez mais frequente nos consultórios dos cirurgiões. Como o tratamento clínico não basta para que se alcancem bons resultados, a terapêutica de pacientes obesos mórbidos passa a ser cada vez mais direcionada para o cirurgião bariátrico.

A cirurgia da obesidade é considerada terapia efetiva para obesidade mórbida e pode resultar em melhora da qualidade de vida ou completa solução das comorbidades associadas à obesidade. Contudo, este resultado depende de adequada indicação da cirurgia e acompanhamento multidisciplinar adequado. A adesão a um estilo de vida saudável, para indivíduos submetidos à cirurgia, será condicionante do resultado em longo prazo.

MITOS

● Em um ano de pós-operatório, o paciente normalmente engorda;

● Somente em situações especiais não é possível realizar esse tipo de cirurgia. É o caso, por exemplo, de pessoas submetidas a cirurgias abdominais prévias. A depressão é uma consequência comum para quem faz a cirurgia;

● De fato isso ocorre. Entre os pacientes, as mulheres têm maior tendência à anemia, por causa da menstruação, perda de ferro e pouca presença de carne vermelha na dieta. Essa situação pode ser minimizada com a ingestão de alimentos ricos em ferro, ou, se necessário, com a utilização de suplementos vitamínicos. Depois da operação, é comum a intolerância a leite;

● Deve-se prestar toda a assistência e orientação à família do paciente, oferecendo o máximo de informações solicitadas e, quando necessário, também consulta psicológica. Os novos hábitos a serem adotados pelo paciente devem ser compartilhados e estimulados por todos que convivem com ele. A cirurgia causa problemas renais;

● Não foi observada tendência a problemas renais. O paciente sente muitas dores no primeiro mês do pós-operatório;

● Não há restrição cirúrgica para paciente com gastrite. Depois da cirurgia bariátrica, o paciente deve fazer cirurgia plástica corretiva;

● É realizada uma semana antes da cirúrgica para conhecer o paciente, rever seus exames e a avaliação clinica já feita, para detectar as características de cada um com a finalidade de prevenir e corrigir qualquer problema que possa surgir durante o ato operatório. Esta consulta prévia possibilita conhecer passado de alergia, patologias associadas, histórico de outras anestesias e cirurgias pelas quais o paciente já se submeteu. Permite que o paciente conheça o médico que vai anestesiá-lo e tirar as duvidas e os medos mais comuns.

VERDADE

● Na maioria dos casos, o ganho de peso ocorre quando o paciente não assume hábitos saudáveis, como a adoção de dieta menos calórica e mais nutritiva e a prática de exercícios físicos regulares. Perde-se mais peso nos primeiros seis meses;

● A perda mais significativa de peso ocorre nos primeiros seis meses. Daí a importância de o paciente seguir com disciplina as recomendações médicas nessa primeira etapa do pós-operatório. A mulher pode engravidar no pós-operatório;

● A paciente é liberada para engravidar sem riscos após 15 meses de pós-operatório. Durante esse período, recomenda-se a anticoncepção. No entanto, os anticoncepcionais orais (pílulas) devem ser evitados. Sempre é possível fazer a cirurgia videolaparoscópica;

● Não existe uma tendência. Se o paciente ficar deprimido, isso pode ocorrer devido a fatores desconhecidos, que devem ser investigados por psicólogo ou psiquiatra. Há tendência à anemia no pós-operatório;

● Normalmente não há reações adversas ao consumo de leite e derivados. Esses alimentos são, inclusive, recomendados, sobretudo para as mulheres, como fontes de cálcio. O apoio da família e à família é indispensável;

● Normalmente não há reações adversas ao consumo de leite e derivados. Esses alimentos são, inclusive, recomendados, sobretudo para as mulheres, como fontes de cálcio. O apoio da família e à família é indispensável;

● Nem sempre é necessário fazer cirurgia plástica após o procedimento bariátrico. Cada caso deve ser avaliado criteriosamente pela equipe multidisciplinar responsável pelo tratamento. Durante a videolaparoscopia, há situações em que é preciso converter a cirurgia em procedimento aberto.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

Carvalho, KMB; Dutra, ES; Araújo, MSM. Obesidade e Síndrome Metabólica. In: Cuppari, L. Nutrição: nas doenças crônicas não transmissíveis. 1 ed. Barueri, SP: Manole, 2009.

Evangelista, LF; Campos, JM. Evolução histórica e Avaliação da eficácia da cirurgia bariátrica. In: Burgos, G. Nutrição em Cirurgia Bariátrica. 1 ed. Rio de Janeiro; Editora Rubio, 2011.

Mitos e Verdades. Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. Disponível em: www.sbcnm.org.br Acessado em: 19/07/2018.

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