A
obesidade é uma condição cada vez mais frequente nos consultórios dos
cirurgiões. Como o tratamento clínico não basta para que se alcancem bons
resultados, a terapêutica de pacientes obesos mórbidos passa a ser cada vez
mais direcionada para o cirurgião bariátrico.
A
cirurgia da obesidade é considerada terapia efetiva para obesidade mórbida e
pode resultar em melhora da qualidade de vida ou completa solução das
comorbidades associadas à obesidade. Contudo, este resultado depende de
adequada indicação da cirurgia e acompanhamento multidisciplinar adequado. A
adesão a um estilo de vida saudável, para indivíduos submetidos à cirurgia,
será condicionante do resultado em longo prazo.
MITOS
● Em
um ano de pós-operatório, o paciente normalmente engorda;
●
Somente em situações especiais não é possível realizar esse tipo de cirurgia. É
o caso, por exemplo, de pessoas submetidas a cirurgias abdominais prévias. A
depressão é uma consequência comum para quem faz a cirurgia;
● De
fato isso ocorre. Entre os pacientes, as mulheres têm maior tendência à anemia,
por causa da menstruação, perda de ferro e pouca presença de carne vermelha na
dieta. Essa situação pode ser minimizada com a ingestão de alimentos ricos em
ferro, ou, se necessário, com a utilização de suplementos vitamínicos. Depois
da operação, é comum a intolerância a leite;
●
Deve-se prestar toda a assistência e orientação à família do paciente,
oferecendo o máximo de informações solicitadas e, quando necessário, também
consulta psicológica. Os novos hábitos a serem adotados pelo paciente devem ser
compartilhados e estimulados por todos que convivem com ele. A cirurgia
causa problemas renais;
● Não
foi observada tendência a problemas renais. O paciente sente muitas dores
no primeiro mês do pós-operatório;
● Não
há restrição cirúrgica para paciente com gastrite. Depois da cirurgia
bariátrica, o paciente deve fazer cirurgia plástica corretiva;
● É
realizada uma semana antes da cirúrgica para conhecer o paciente, rever seus
exames e a avaliação clinica já feita, para detectar as características de cada
um com a finalidade de prevenir e corrigir qualquer problema que possa surgir
durante o ato operatório. Esta consulta prévia possibilita conhecer passado de
alergia, patologias associadas, histórico de outras anestesias e cirurgias
pelas quais o paciente já se submeteu. Permite que o paciente conheça o médico
que vai anestesiá-lo e tirar as duvidas e os medos mais comuns.
VERDADE
● Na
maioria dos casos, o ganho de peso ocorre quando o paciente não assume hábitos
saudáveis, como a adoção de dieta menos calórica e mais nutritiva e a prática
de exercícios físicos regulares. Perde-se mais peso nos primeiros seis meses;
● A
perda mais significativa de peso ocorre nos primeiros seis meses. Daí a
importância de o paciente seguir com disciplina as recomendações médicas nessa
primeira etapa do pós-operatório. A mulher pode engravidar no pós-operatório;
● A
paciente é liberada para engravidar sem riscos após 15 meses de pós-operatório.
Durante esse período, recomenda-se a anticoncepção. No entanto, os
anticoncepcionais orais (pílulas) devem ser evitados. Sempre é possível fazer a
cirurgia videolaparoscópica;
● Não
existe uma tendência. Se o paciente ficar deprimido, isso pode ocorrer devido a
fatores desconhecidos, que devem ser investigados por psicólogo ou psiquiatra.
Há tendência à anemia no pós-operatório;
●
Normalmente não há reações adversas ao consumo de leite e derivados. Esses
alimentos são, inclusive, recomendados, sobretudo para as mulheres, como fontes
de cálcio. O apoio da família e à família é indispensável;
●
Normalmente não há reações adversas ao consumo de leite e derivados. Esses
alimentos são, inclusive, recomendados, sobretudo para as mulheres, como fontes
de cálcio. O apoio da família e à família é indispensável;
● Nem
sempre é necessário fazer cirurgia plástica após o procedimento bariátrico.
Cada caso deve ser avaliado criteriosamente pela equipe multidisciplinar
responsável pelo tratamento. Durante a videolaparoscopia, há situações em
que é preciso converter a cirurgia em procedimento aberto.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referências Bibliográficas:
Carvalho,
KMB; Dutra, ES; Araújo, MSM. Obesidade e Síndrome Metabólica. In: Cuppari, L.
Nutrição: nas doenças crônicas não transmissíveis. 1 ed. Barueri, SP: Manole,
2009.
Evangelista,
LF; Campos, JM. Evolução histórica e Avaliação da eficácia da cirurgia
bariátrica. In: Burgos, G. Nutrição em Cirurgia Bariátrica. 1 ed. Rio de
Janeiro; Editora Rubio, 2011.
Mitos e Verdades. Sociedade Brasileira de Cirurgia
Bariátrica e Metabólica. Disponível em: www.sbcnm.org.br
Acessado em: 19/07/2018.
Nenhum comentário:
Postar um comentário