segunda-feira, 16 de julho de 2018

Perda de Peso


Não basta apenas “fechar a boca”, ou comer só salada. Para perder peso, mais importante do que cortar, é prestar atenção no que se come, ou seja, quantidade e qualidade dos alimentos, horários e fracionamento da dieta.

A qualidade dos alimentos muitas vezes é mais importante que a quantidade de calorias que ele contém. Por exemplo, na hora de escolher uma bebida prefira um suco de laranja natural que um refrigerante light, pois além do suco ter mais nutrientes importantes para a saúde e manutenção do peso, os refrigerantes diet / light contém adoçantes. E muitos estudos mostram que a simples adição de adoçantes, sem que haja modificação dos hábitos alimentares, pode fazer a pessoa atacar mais os doces e carboidratos tendo o efeito contrário.

Outro fator que melhora a qualidade da alimentação é adicionar fibras a dieta. As fibras, além de aumentarem a saciedade, diminuem a absorção de gorduras no intestino e diminuem o índice glicêmico dos alimentos. Quanto menor o índice glicêmico, menor é a produção de insulina, menor é o acúmulo de gordura e a vontade de comer cada vez mais alimentos ricos em carboidratos. Por isso inclua na dieta: farelos, gérmen de trigo, aveia, pães integrais, leguminosas (feijão, ervilha, lentilha e etc), frutas frescas (laranja com bagaço, pêra, pêssego e etc), saladas cruas, vegetais cozidos e algas.

Além disso, para a alimentação ser adequada, proporcionar a queima de gordura e a perda de peso, nunca corte nenhum tipo de nutriente da dieta. Até pouco tempo atrás, os carboidratos eram os primeiros a sair do cardápio de quem queria perder peso. Porém, se houver restrição de carboidratos, a sensação de fraqueza se instala e o organismo dispara um sinal de alarme diminuindo a taxa metabólica, o corpo começa a utilizar mais proteínas que o normal para a produção de energia e surgem os desejos de comer um docinho no final da tarde. O ideal seria consumir carboidratos de baixo Índice Glicêmico, ou seja, os que fazem a glicose entrar lentamente na corrente sanguínea sem estimular muito a insulina. Dessa forma, prefira os carboidratos que venham das frutas in natura, das frutas secas, dos pães integrais, do arroz integral, dos cereais (como milho, trigo, centeio, aveia e cevada) e dos grãos (feijão, lentilha).

Nunca deixe de beber bastante água ao longo do dia, pois a água mantém a hidratação da pele, estimula o funcionamento dos rins (e consequente eliminação de toxinas) diminuindo a retenção de líquidos e pode ser consumida à vontade. 


Em relação aos horários e fracionamento da dieta, está mais que provado: a perda de peso acontece mais rapidamente em quem faz pequenas refeições pelo menos 5 vezes por dia. Quem se alimenta só nos três horários convencionais (café da manhã, almoço e jantar) tende a consumir mais e alimentos mais calóricos. Além disso, comer em intervalos menores, a cada 3 ou 4 horas, mantém o metabolismo em constante funcionamento, fato que, por si só, acelera a perda de peso.

Depois de uma noite de orgia alimentar, vida normal na manhã seguinte. No máximo, um pouco de moderação. O organismo está apto a trabalhar com os excessos. O que o deixa confuso são as oscilações bruscas. Nessas condições, o corpo tende a estocar mais gordura. É assim que o organismo busca se prevenir de um eventual período de faquir. O mesmo raciocínio vale para quem pula refeições ou faz jejuns prolongados.

Para quem se priva de tudo, o desastre é eminente. Cedo ou tarde, a pessoa vai devorar uma caixa de bombons ou um hambúrguer temperado com todos os pecados. Uma dieta equilibrada permite que se coma de tudo: o segredo está na moderação e na combinação dos alimentos.

Texto elaborado por: Patrícia Bertolucci

Nutricionista pela Universidade Federal de Goiás – UFG.

Assessoria a Clubes e Empresas ligadas ao esporte ou com interesse em qualidade de vida.

Responsável pela empresa Patrícia Bertolucci Consultoria em Nutrição.

 As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

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