A
principal causa do aumento de peso após os 50 anos é a diminuição das
necessidades energéticas basais, o famoso metabolismo basal, que podem ser
acentuadas pela diminuição da atividade física. A redução no metabolismo é
decorrente da mudança na composição corporal, pois o envelhecimento leva a
perda progressiva da massa muscular e óssea e há aumento progressivo da massa
gordurosa e sua redistribuição.
Outra
alteração comum ocorre no hipotálamo e se refere à redução dos receptores de
leptina, hormônio responsável pela saciedade, fazendo com que o indivíduo tenha
mais “fome”. Na mulher, esse efeito é potencializado pela redução dos hormônios
sexuais, principalmente o estrogênio. Fatores psicológicos, como baixa
autoestima, depressão e transtornos de humor, costumam estar associados ao
aumento de peso devido ao efeito adverso das medicações usadas para tratamento
dessas doenças, comuns em pessoas desta faixa etária.
Fazer
atividade física regularmente mantem a massa muscular, tecido metabolicamente
ativo, ou seja, quanto mais massa, mais alto o metabolismo. A terapia de
reposição hormonal pode ser uma opção, mas existem restrições, por isso o
médico é o único que pode indicar e acompanhar cada caso. Uma dica importante é
manter o fracionamento da dieta, comer em intervalos regulares e em pequenas
quantidades, isso evita que se exagere na próxima refeição e favorece que o
metabolismo se mantenha ativo. Evitar as armadilhas de dietas milagrosas que,
muitas vezes, fazem com que se perca peso rápido, mas não é sustentada no longo
prazo, fazendo com que o ganho de peso depois seja maior, o que leva a
alterações metabólicas ruins, além de aumentar o risco de doenças
cardiovasculares, como hipertensão, diabetes e dislipidemias.
A
alimentação tem papel importante. O ideal é equilibrar o consumo de nutrientes
e dar atenção ao consumo de cálcio, vitaminas e água. Praticar atividade
física, sempre com a avaliação médica e acompanhamento profissional. O correto
é se alimentar de maneira adequada, equilibrada e ajustar a ingestão energética
à necessidade individual. É recomendado realizar refeições completas e leves,
priorizando alimentos ricos em fibras, vitaminas e minerais, como hortaliças,
frutas e cereais integrais, carnes e/ou laticínios magros e controlar o consumo
de alimentos ricos em gordura, açúcar e sal, como frituras, embutidos e
enlatados.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referências Bibliográficas:
Gonsalves, CRL. Aumento de
peso após os 50. Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo – SOCESP.
Disponível em: www.socesp.org.br
Acessado em 26/08/2018.
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