Constipação
também conhecida como “intestino preso” pode ser conceituada como a eliminação
das fezes endurecidas, com esforço, dor ou dificuldade, associada ou não a
aumento do intervalo entre as evacuações, escape fecal e sangramento em torno
das fezes.
As
duas principais causas do aparecimento e agravamento da constipação intestinal
são a baixa ingestão de alimentos ricos em fibras e a baixa ingestão de
líquidos, porém ela também pode estar associada à falta de atividade física,
sedentarismo e o uso de alguns medicamentos.
O
inchaço e dor abdominal são os sinais percebidos em um primeiro momento, com o
passar do tempo outros sinais começam a surgir como: mau humor, irritabilidade,
cansaço, pele oleosa e gases.
O bom
funcionamento do intestino, levando em consideração o hábito alimentar, depende
de fatores como:
●
Ingestão de água;
●
Consumo de alimentos saudáveis ricos em fibras como as hortaliças, as
leguminosas, as frutas e os cereais integrais;
●
Consumo de alimentos pré e probióticos.
A
ingestão de líquidos, principalmente a água, hidrata o bolo fecal e facilita o
trânsito intestinal. Recomenda-se mais de 2 litros de água por dia, dependendo
da atividade física, sexo, idade e clima.
As
fibras auxiliam na formação e no trânsito do bolo fecal e, em parceria com a
quantidade de água ingerida e atividade física, são responsáveis por estimular
a atividade muscular intestinal.
A
presença prolongada das fezes no intestino deve ser evitada, para que não haja
contato entre as substâncias carcinogênicas e a mucosa colônica. Para tanto, as
fibras diminuem sensivelmente esse contato, porque agem de forma a diminuir o
tempo de trânsito intestinal. Uma dieta rica em fibras forma um bolo fecal
volumoso e macio, que estimula a evacuação.
Existem
dois tipos de fibras que exercem diferentes funções na prevenção da constipação
intestinal:
● Fibra
insolúvel: celulose, lignina e algumas hemiceluloses, que são
encontradas nas verduras escuras, farelo de trigo, cereais e grão integrais.
São fibras pouco fermentáveis e aumentam a absorção de água, acelerando o tempo
de trânsito intestinal.
● Fibras
solúveis: pectina, gomas, mucilagem. As principais fontes são as
frutas, as verduras, os feijões e o farelo de aveia. São altamente fermentáveis
e alteram o metabolismo do cólon, aumentando o volume do bolo fecal e
estimulando a sua evacuação.
A
recomendação de fibras para adolescentes e adultos varia entre 21 a 38g por dia,
dependendo do sexo e idade. Para ajudar, veja abaixo uma ótima lista de
alimentos para aumentar a quantidade de fibras da sua alimentação:
● Frutas: mamão, laranja, ameixa, manga,
melancia, pêssego e maçã com casca;
● Hortaliças folhosas: alface, agrião,
couve, repolho, almeirão e espinafre; são alimentos que oferecem além das
fibras, vitaminas e sais minerais e possuem baixa quantidade de calorias;
● Legumes: pimentão, abóbora, berinjela,
cenoura, beterraba, mandioca, cará e outros;
● Cereais integrais: arroz integral, pão
integral, centeio, aveia, semente de linhaça, farelo de aveia e trigo.
Em
relação aos pré e probióticos, podemos dizer que os prebióticos auxiliam o
crescimento das bactérias benéficas para a saúde intestinal. E os alimentos
probióticos, que são as bactérias presentes nos leites fermentados e iogurtes,
têm a função de equilibrar a flora intestinal.
Sem
contar que, o consumo de alimentos com gorduras saudáveis, como castanhas,
nozes e azeite de oliva, ricos em gordura insaturada, ajudam na saúde do
coração, lubrificam e facilitam o trânsito intestinal. Uma dica importante é
incluir, na medida certa, estes alimentos diariamente. Um exemplo de porção é
fazer um mix de castanhas com: 1 castanha do Brasil; 3 nozes e 1 castanha de
caju.
Em
paralelo a isso, o elevado consumo de alimentos industrializados (com baixa
quantidade de fibras e altamente calóricos), pode deixar seu intestino mais
preguiçoso. Prefira alimentos naturais aos industrializados.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referências Bibliográficas:
Manual
de orientação de cardápios especiais. Governo do Estado de São Paulo, 2015.
Xô
prisão de ventre. Meu Prato Saudável. Disponível em: www.meupratosaudavel.com.br
Acessado em: 21/08/2018.
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