sexta-feira, 31 de maio de 2024

Plantas e Ervas Para Tratar e Prevenir Doenças Digestivas

Usar plantas e ervas para tratar e prevenir doenças é uma prática da nossa espécie há milênios. Os povos antigos não sabiam o porquê, mas sabiam que as plantas resolviam e até hoje podem resolver problemas de saúde, especialmente gastrointestinais.

Uma das plantas que têm propriedades benéficas para um dos importantes órgãos digestivos, o estômago, é a espinheira santa. Essa planta, conhecida entre os botânicos como Maytenus ilicifolia, demonstra propriedades medicinais, incluindo ação anti-úlcera, anti-inflamatória e antioxidante.

 

O que é a gastrite?

A gastrite é uma inflamação no estômago, mais especificamente no revestimento que protege a parede do nosso estômago. Ela pode ser passageira, a chamada gastrite aguda ou crônica, quando começa aos poucos e demora para ser controlada. 

Essa inflamação pode ser causada por diversas razões, desde estresse e alimentação desregrada com excesso de gorduras, condimentos e/ou cafeína, até uso regular de medicamentos anti-inflamatórios e infecção bacteriana, por H. pylori.

Os sintomas da gastrite podem ser dores e desconfortos na região abdominal, náusea, vômitos e azia. O tratamento pode ser feito com protetores gástricos e mudanças na dieta, mas algumas plantas parecem também ajudar, como é o caso da espinheira-santa, aloe vera e da folha da castanheira-portuguesa.

Espinheira-santa para gastrite

A espinheira-santa apresenta ação anti-inflamatória que previne e pode tratar a gastrite, evitando que ela avance para a formação de úlceras. Essas propriedades estão embutidas nos flavonoides e taninos, substâncias dessa planta que, respectivamente, pigmentam e protegem-as, demonstrando efeitos também na saúde humana.

 O poder da espinheira-santa é tamanho que ela é capaz de diminuir a acidez do estômago de uma forma muito parecida aos medicamentos utilizados para esta finalidade. Ela é responsável por aumentar o muco e os antioxidantes para proteger o órgão e ainda desinflama a região afetada pela doença, tendo ação imunomoduladora.

 

Para o preparo:

  • Cozinhar a folha seca por 10 minutinhos em fogo baixo.
  • Manter em repouso por mais 5 minutos antes de coar.
  • E está pronta para consumo.

Contudo, apesar de ser uma planta amiga da nossa saúde, a espinheira-santa pode interagir  com  medicamentos,  prejudicando a  absorção  de ferro e cálcio, o  que  pode  ser um problema para quem tem deficiências desses minerais. Além disso, ela pode interferir com medicamentos anti-coagulantes, anti-hipertensivos e anti-inflamatórios não esteroides.

Portanto, os benefícios são válidos, mas o uso deve ser acompanhado por um profissional da saúde que saberá orientar doses e quando a espinheira-santa é contraindicada. 

Suco de aloe vera para gastrite

A aloe vera é uma planta amplamente conhecida por seus benefícios hidratantes para a pele, mas, ela também pode ser positiva para outros fins de saúde. Testes em laboratório e com camundongos demonstraram que a planta oferece propriedades farmacológicas, como anti-inflamatória e antibiótica.

Esses potenciais revelaram nesses estudos eficácia no controle do processo inflamatório da mucosa gástrica, apoiando o tratamento da gastrite. Porém, ressaltamos que os estudos foram feitos em animais e ainda faltam pesquisas que validem os benefícios gastrointestinais da aloe vera na saúde humana.

Além disso, ainda não há uma recomendação quantitativa, pois doses elevadas podem levar a danos ao estômago.

Folha da castanheira-portuguesa contra H. pylori

Outra planta que revela seu potencial contra a inflamação no estômago é a folha da árvore que dá a castanha portuguesa, a Castanea sativa Mill. De acordo com uma pesquisa, o extrato dessa planta é composto de compostos bioativos que inibem a inflamação causada pelo H. pylori. 

O estudo simulou um modelo que imitava a nossa digestão para avaliar os efeitos da planta, e adivinhe só! Os compostos da folha da castanheira-portuguesa puderam inibir a proliferação da bactéria e reduzir a inflamação do estômago, mostrando benefícios contra a bactéria e a gastrite por outras causas.

Mas, assim como a aloe vera, o extrato da folha da castanheira ainda não foi testado em humanos, sendo portanto, um produto ainda sem comprovação e recomendação.

 


Tratamento para a gastrite

Considerando as pesquisas e recomendações atuais, somente a espinheira-santa tem comprovação válida suficiente para nosso uso e, sempre com acompanhamento profissional. 

Mas, além dela, outras formas de tratar a gastrite são evitar alimentos que provoquem aumento na secreção ácida do estômago, como:

  • Bebidas gaseificadas ou com cafeína
  • Chocolate
  • Frutas ácidas
  • Carnes vermelhas e embutidos
  • Alimentos gordurosos como frituras e ultraprocessados
  • Doces concentrados como goiabada e doce de leite
  • Temperos e molhos condimentados

É importante também evitar fazer jejuns prolongados, preferir fracionar a alimentação em 5 ou 6 refeições por dia para evitar o acúmulo de suco gástrico no estômago que provocará mais incômodo. Outra recomendação é evitar a ingestão de líquidos durante as refeições e mastigar bem os alimentos.

 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.


Referências Bibliográficas:

Sula. Espinheira santa no combate à gastrite. Nutritotal. Disponível em: www.nutritotal.com.br Acessado em: 31/05/2024.

Araújo, C. Serviço de Nutrição, Pró-Reitoria de Assuntos Estudantes, UFG. Orientações Nutricionais sobre Gastrite.

Barbosa, E. da S.; da Silva, Édipo L.; Amorim, J. S.; Guerra Junior, J. I. Uso da espinheira santa (Maytenus ilicifolia) no tratamento de pacientes portadores de transtornos gastrointestinais. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 7, n. 2, p. e67727, 2024. DOI: 10.34119/bjhrv7n2-003. 

Barros, J. V. de M., Nery, M. D. M., Coutinho, B. N., Silva, H. F. de L., Berenguer, M. I. R., do Vale, C. C., da Costa, B. H. G., Albuquerque, G. N. de D., & Cavalcante, F. J. de O. (2021). Aplicação da Aloe vera no tratamento da gastrite e benefícios do seu uso em disfunções gastrointestinais: Uma revisão de literatura. Brazilian Journal of Development, 7(4), 42789–42795. 

Piazza, S.; Martinelli, G.; Fumagalli, M.; Pozzoli, C.; Maranta, N.; Giavarini, F.; Colombo, L.; Nicotra, G.; Vicentini, S.F.; Genova, F.; et al. Ellagitannins from Castanea sativa Mill. Leaf Extracts Impair H. pylori Viability and Infection-Induced Inflammation in Human Gastric Epithelial Cells. Nutrients 2023, 15, 1504. https://doi.org/10.3390/nu15061504

 

quarta-feira, 29 de maio de 2024

Mel: Ouro Líquido Para Sua Saúde

 

O mel é considerado por muitos um "superalimento", graças aos seus muitos benefícios à saúde. 🍯 E, claro, é também muito apreciado por seu sabor, textura, cores e aroma.

Seus principais componentes são os açúcares, frutose e glicose que, juntos, perfazem 70% de seu total. Possui também sacarose, maltose e outros açúcares, além de outros componentes, ainda que em quantidades pequenas, como os sais minerais, vitaminas, enzimas, compostos nitrogenados, ácidos e voláteis.

O sabor do mel depende do tipo de flor em que as abelhas estiveram: mel de laranjeira, mel de cipó uva, mel silvestre, entre outros. Cada tipo de florada produz um mel de cor e sabor diferentes. A composição exata de qualquer mel depende das fontes vegetais de onde derivam, do clima, solo e outros fatores. Sendo assim, nunca um mel é idêntico a outro. 🐝

O mel é um alimento que traz muitos benefícios à saúde. Pode ser usado para substituir o açúcar, com vantagens: os carboidratos presentes no mel requerem níveis mais baixos de insulina para serem metabolizados, em comparação ao açúcar refinado. Com isto, não gera picos de insulina na corrente sanguínea. Com a supervisão do nutricionista ou do médico e, em quantidades moderadas, até mesmo diabéticos podem consumi-lo.

O mel também fortalece o sistema imunológico, melhora a capacidade digestiva, fluidifica secreções e até alivia a prisão de ventre. Tem conhecidos efeitos antienvelhecimento, antisséptico, antioxidante, antirreumático, diurético, digestivo, expectorante e calmante.

Prefira comprar mel diretamente do produtor, sempre que possível. Além da maior chance de ser um produto puro, você ajuda a reforçar o comércio local. Se for comprar em supermercados, verifique se tem o Selo de Inspeção no rótulo, o que garante que foi fiscalizado por um órgão do governo.

Alimente-se de forma saudável e consciente, garantindo seu bem-estar e sua saúde sempre em dia. O mel é um ótimo - e muito saudável - aliado!

#mel #melesaude #melévida #nutricionista #vivercomsaude

 As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.

domingo, 26 de maio de 2024

Cérebro e Insulina

 

O cérebro utiliza uma vasta quantidade de energia para sustentar suas funções básicas e a maior parte desta energia é derivada da glicose. O cérebro era considerado um órgão "insensível à insulina" porque a captação de glicose cerebral parecia não ser afetada pela ação da insulina. No entanto, recentemente tornou-se claro que o uso da glicose no cérebro é regulado pela insulina e suas ações são essenciais no desenvolvimento e balanço energético cerebral, bem como na neuroplasticidade neuronal.

 

Cérebro produz insulina

Desde sua descoberta, há mais de 100 anos, a insulina tem sido reconhecida como um hormônio chave no equilíbrio da glicose. Resistência à insulina é um evento central para o diabetes e para muitos outros distúrbios metabólicos, incluindo doenças cerebrais. Descobriu-se depois que o cérebro é capaz de fabricar a própria insulina para que os neurônios possam absorver a glicose sanguínea. Há evidências substanciais demonstrando que a insulina cerebral é derivada do pâncreas, e também de células do cérebro, como neurônios e astrócitos.

 

Cérebro produz colesterol

Por sua alta demanda energética, o cérebro depende da glicose como seu principal combustível. Além disso, o cérebro é o órgão mais rico em colesterol no organismo, contendo aproximadamente 25% do colesterol corporal total. No cérebro o colesterol é importante na formação da mielina e na função da membrana neuronal. Uma vez que as lipoproteínas contendo colesterol no sangue não podem atravessar a barreira hematoencefálica, o cérebro depende da produção local de colesterol. A ação da insulina em condições glicêmicas normais induz a expressão de genes envolvidos na biossíntese de colesterol – na resistência à insulina este mecanismo pode ser afetado, causando distúrbios e doenças neurológicas.

 

Sinalização da insulina no cérebro

A insulina é essencial na regulação do metabolismo energético corporal e cerebral. Diminuição da ação da insulina no cérebro (ou resistência à insulina cerebral) pode ser observada na obesidade, diabetes tipo 2, outros distúrbios metabólicos, envelhecimento e doença de Alzheimer, indicando uma possível ligação entre saúde metabólica e cognitiva. A resistência à insulina é um estado em que as células não respondem mais a este hormônio. O cérebro é um tecido sensível à insulina, e a sinalização da insulina desempenha um papel fundamental nas células cerebrais: ela modula a função neuronal e glial, resultando em alterações no humor, cognição e comportamento.

 

Saúde do cérebro

A sinalização da insulina cerebral tem um impacto significativo na saúde e fisiologia do cérebro. A sinalização normal da insulina é importante para o funcionamento das mitocôndrias e ingestão alimentar. A resistência cerebral à insulina contribui para a obesidade e também pode desempenhar um papel importante na neurodegeneração. Evidências acumuladas mostram que a sinalização desregulada da insulina está presente no declínio cognitivo, em transtornos psiquiátricos (depressão), doenças neurodegenerativas e demências. Alzheimer é uma das doenças neurológicas mais associadas à resistência à insulina no cérebro, conhecida como ‘diabetes tipo 3’.

 


Sensibilizadores de insulina

Uma melhor compreensão das ações da insulina cerebral pode levar a novas terapias no tratamento de distúrbios cerebrais. O uso de sensibilizadores de insulina pode ter efeito neuroprotetor. Metformina é um deles, assim como vários fitoterápicos - berberina, quercetina, silimarina, canela, curcumina, gengibre, resveratrol, catequinas do chá verde e outros.

 

Resumo

Em síntese podemos dizer que:

1-       a insulina é um importante regulador do metabolismo cerebral;

2-       a sinalização de insulina do cérebro ajuda a regular o metabolismo do corpo todo;

3-       a sinalização cerebral da insulina pode desempenhar um papel importante na evolução da doença de Alzheimer e de outras desordens neurodegenerativas.

 

 

Texto elaborado por: Dra. Tamara Mazaracki. 

 

Título de Especialista em Nutrologia –  Associação Brasileira de Nutrologia;

 

Membro Titular da ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia;

 

Pós-graduação em Medicina Ortomolecular, Nutrição Celular e Longevidade – FACIS-IBEHE – Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo e Centro de Ensino Superior de Homeopatia;

 

Pós-graduação em Medicina Estética – Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino – IBRAPE.

 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.

 

Referências Bibliográficas:

*Diabetologia 2024. The insulin resistant brain: impact on whole-body metabolism & body fat distribution.

*Trends in Neuroscience 2022. Insulin Action in the Brain: Cell Types, Circuits & Diseases.

*Molecular Metabolism 2021. The brain as an insulin-sensitive metabolic organ.

*J Public Health 2022. Is Alzheimer's disease a type 3 diabetes?

*Clinical Medicine 2021. Brain Glucose Metabolism in Health, Obesity & Cognitive Decline - Does Insulin Have Anything to Do with It? A Narrative Review.

 

sexta-feira, 24 de maio de 2024

Cogumelos: Macios, Delicados e Muito Saudáveis

Cogumelos comestíveis são muito apreciados desde a antiguidade, em pratos ao redor do mundo.

Embora muita gente se refira a eles como sendo vegetais, os cogumelos na verdade são fungos, não plantas. Por isso, não possuem raiz, nem folhas, nem frutos. Existem cerca de 2.000 espécies de cogumelos comestíveis, que são ótimas fontes de proteína, vitaminas e minerais.

São alimentos com pouca gordura, ricos em fibras e com alto valor nutricional. Têm um sabor marcante, delicioso e uma textura delicada e única. Cada espécie de cogumelo tem suas propriedades e pode apresentar diferentes valores nutricionais.

Entre os nutrientes mais comuns presentes nos cogumelos comestíveis, um dos principais destaques é a betaglucana, uma fibra alimentar valiosa, que, combinada às proteínas, promove a sensação de saciedade. Como têm baixo valor calórico, pois quase não possuem gordura, cogumelos são comuns em dietas de perda e controle de peso - desde que consumidos sem manteiga, margarina, nem excesso de sal.

Como apresentam alto teor de proteínas, contendo todos os aminoácidos essenciais, ácidos graxos poli-insaturados, potássio, fósforo, manganês, ferro e cálcio, além das vitaminas B1, B2, B7 e C, carboidratos e fibras, cogumelos são muito benéficos para a saúde. Eles fortalecem o sistema imunológico, têm ação anti-inflamatória, auxiliam no bom funcionamento do intestino e contribuem para a saúde óssea.

No Brasil, os cogumelos mais consumidos são o champignon, o cogumelo Paris, o shitake, o shimeji, o Portobello, o cogumelo do sol e o funghi secchi.

Um cuidado importante: nunca pegue cogumelos livremente na natureza, pois muitos não são comestíveis! Você só deve consumi-los se tiver absoluta certeza de que se trata de uma espécie comestível. Alguns são venenosos e podem até causar efeitos alucinógenos.

É comestível? Comprou no supermercado ou na feira? Então pode consumir com tranquilidade - e com moderação, como qualquer outro alimento. Além de deliciosos, os cogumelos fazem muito bem à saúde! Bom apetite!

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quarta-feira, 22 de maio de 2024

Probióticos: Eles Favorecem Mesmo A Imunidade?

 

Diferente do que muita gente acredita, nem todas as bactérias são "ruins" ou causam malefícios. As bactérias naturalmente presentes em nossa flora intestinal, por exemplo, são fundamentais para que nossa digestão aconteça e a absorção de nutrientes seja adequada.

Entre os alimentos que auxiliam a manter e equilibrar a flora intestinal estão os probióticos. Eles fornecem bactérias vivas e leveduras que têm efeito benéfico para o corpo, facilitando a digestão e a absorção dos nutrientes que ingerimos, além de ajudarem a fortalecer o sistema imunológico, combater os agentes patogênicos, eliminar toxinas e regular o trânsito intestinal.

Quando entram em nosso organismo, os probióticos passam pelo sistema digestório e as bactérias e leveduras - aquelas que sobrevivem à acidez dos sucos gástricos e sais biliares - se instalam no nosso intestino. Elas podem devolver o equilíbrio do intestino e melhorar nossa imunidade. 70% das nossas células imunológicas estão no intestino! Por isso, é muito importante cuidar bem delas!

Manter uma alimentação equilibrada e rica em probióticos favorece a permanência das bactérias boas em nosso organismo. Alguns exemplos de alimentos fontes de probióticos são os iogurtes, coalhadas e leites fermentados, o kefir, a kombucha, alguns alimentos em conserva, como o chucrute, azeitonas e picles, o missô, o vinagre de maçã e o molho shoyu. A presença de probióticos nestes alimentos se dá por causa do processo de fermentação natural a que são submetidos.

Praticamente todas as pessoas podem se beneficiar do consumo dos probióticos, com exceção, é claro, de quem sofre de algum tipo de alergia ou intolerância à sua composição.

Converse sempre com o seu nutricionista para avaliar a possibilidade de uso e as melhores opções para você. Estou à sua disposição para ajudar você a adotar uma alimentação mais saudável e equilibrada, que conte com o benefício dos probióticos!

#probióticos #probioticos #vidasaudavel #floraintestinal #alimentacaoequilibrada

 

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terça-feira, 21 de maio de 2024

Panqueca Vegana

 

É comum que pais invistam um bom tempo tentando estimular o consumo de frutas e verduras pelos seus filhos.

Quer uma ótima dica? Crianças comem também com os olhos, como diz o tão conhecido ditado! Use isto a seu favor (e a favor dela)! Uma das formas mais eficientes de fazer com que as crianças se sintam atraídas por um alimento, além do sabor, é fazer um visual irresistível.

Comida também é uma forma de afeto. Prepare essa receita deliciosa e saudável para as crianças da sua vida - ou mesmo para aquelas que já nem sejam mais tão crianças assim! 😉

Convidar as crianças para participar dessa receita pode "temperar" ainda mais o momento e o sabor das panquecas veganas. Fale para elas sobre a importância de uma alimentação nutritiva e incentive-as a comer sempre fazendo boas escolhas. O momento será divertido e inesquecível!

INGREDIENTES:


- 1 e 1/2 xícara de farinha de trigo integral
- 2 colheres de sopa de açúcar demerara
- 1 xícara de leite de soja
- 2 colheres de sopa de óleo vegetal
- 1 colher de sopa de vinagre branco
- 2 colheres de chá de fermento em pó
- 2 morangos
- ½ banana
- 2 ou 3 folhas de hortelã
- 4 mirtilos
- 1 pitada de sal

MODO DE FAZER:


Misture a farinha, o açúcar e a pitada de sal e vá adicionando aos poucos o leite de soja, o óleo e o vinagre. Adicione o fermento em pó e misture bem. A massa está pronta!

Em uma frigideira antiaderente, despeje a massa formando uma camada com cerca de 0,5 cm de espessura, em círculos com cerca de 10cm de diâmetro. Quando estiver com aparência já sequinha e dourada, vire e deixe dourar também do outro lado.

Faça isso com toda a massa e elas estarão prontas para a próxima (e divertida) etapa: o recheio e o enfeite do pássaro! Decore com as frutas, formando as asas, o bico, os olhos e as flores de banana.

Use a sua criatividade - e a da criança - para fazer também outras figuras e sabores! Vai ser uma enorme diversão e, com certeza, será também a memória de um momento delicioso, que ela vai levar pela vida toda. ❤️

Bom apetite e bom divertimento!

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 As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

domingo, 19 de maio de 2024

Por que Limitar o Consumo de Alimentos Processados e Evitar Alimentos Ultraprocessados?

 

Alimentos in natura ou minimamente processados são a base de uma alimentação nutricionalmente balanceada, saborosa, culturalmente apropriada e promotora de um sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável. E já que a recomendação é evitar o consumo de alimentos ultraprocessados, vale a pena conhecer as diferentes classificações dos alimentos. Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, produzido pelo Ministério da Saúde, essas são as definições: 

  • Alimentos in natura: são aqueles obtidos diretamente de plantas ou de animais (como folhas e frutos ou ovos e leite) e adquiridos para consumo sem que tenham sofrido qualquer alteração após deixarem a natureza. Exemplos: legumes, verduras, frutas, batata, mandioca e outras raízes e tubérculos;
  • Alimentos minimamente processados: são alimentos in natura que, antes de sua aquisição, foram submetidos a alterações mínimas. Exemplos: grãos secos, polidos e empacotados ou moídos na forma de farinhas, raízes e tubérculos lavados, cortes de carne resfriados ou congelados e leite pasteurizado;
  • Ingredientes culinários: são os extraídos de alimentos in natura ou direto da natureza e utilizados como temperos, para cozinhar os alimentos e fazer as preparações culinárias. Exemplos: óleos, sal e açúcar;
  • Alimentos processados: são fabricados pela indústria, com a adição de sal ou açúcar e outros ingredientes a alimentos in natura para torná-los duráveis e mais agradáveis ao paladar. Exemplos: palmito e outros vegetais em conserva, sardinhas enlatadas, frutas em calda e queijos, pães feitos com farinha de trigo, leveduras, água e sal;
  • Alimentos ultraprocessados: são formulações industriais prontas para consumo, feitas com ingredientes com nomes pouco familiares e não usados em casa (carboximetilcelulose, açúcar invertido, maltodextrina, frutose, xarope de milho, aromatizantes, emulsificantes, espessantes, adoçantes, entre outros). Exemplos: salgadinhos de pacote, refrigerantes e bebidas adoçadas, macarrão instantâneo, biscoitos recheados e chocolate.

Conforme explica o Guia Alimentar, embora o alimento processado mantenha a identidade básica e a maioria dos nutrientes do alimento do qual deriva, os ingredientes e os métodos de processamento utilizados na fabricação alteram de modo desfavorável a composição nutricional. 

É o caso do sal e açúcar, por exemplo. Por mais que esses sejam produtos amplamente conhecidos, eles são usados em quantidades bem maiores nos alimentos processados quando comparado às preparações culinárias. E vale lembrar que sal e açúcar em excesso estão associados ao desenvolvimento de doenças do coração, à obesidade e outras enfermidades.

A eventual adição de açúcar ou óleo transformam alimentos com baixa ou média quantidade de calorias por grama – por exemplo, leite, frutas, peixe e trigo – em alimentos de alta densidade calórica– queijos, frutas em calda, peixes em conserva de óleo e pães. Por esses motivos, o consumo dos alimentos processados deve ser em pequenas quantidades, seja como ingredientes de preparações culinárias, seja como acompanhamento de refeições baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados.

 


Uma forma prática de distinguir alimentos ultraprocessados de alimentos processados é consultar a lista de ingredientes que, por lei, deve constar dos rótulos de alimentos embalados que possuem mais de um ingrediente.

Já com os alimentos ultraprocessados, a situação muda um pouco. Enquanto os processados podem ser consumidos em pequenas quantidades, os ultraprocessados devem ser evitados  Devido a seus ingredientes, alimentos ultraprocessados – como biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, refrigerantes e macarrão instantâneo – são nutricionalmente desbalanceados, explica o guia produzido pelo Ministério da Saúde. 

Além disso, a formulação desses produtos e até mesmo a sua apresentação, que geralmente é feita em grandes quantidades, incentivam o consumo excessivo e a substituição da comida de verdade.  De acordo com o Guia, muitas dessas substâncias são sintetizadas em laboratório e têm como função estender a duração dos produtos ou, mais frequentemente, dotá-los de cor, sabor, aroma e textura que os tornem extremamente atraentes.

Além dessas características citadas acima, esses produtos são feitos  para serem consumidos a qualquer hora e lugar, incentivando o  ato de comer sem atenção. Todos esses fatores promovem o alto consumo de calorias. E não para por aí! As formas de produção, distribuição, comercialização e consumo dos ultraprocessados também afetam de modo desfavorável a cultura, a vida social e o meio ambiente. Portanto, pensando na saúde e no bem-estar geral de uma sociedade. 

 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

Por que limitar o consumo de alimentos processados e evitar alimentos ultraprocessados? Ministério da Saúde. Disponível em: www.saude.gov.br Acessado em: 19/05/2024.

 Guia alimentar para a população brasileira. Ministério da Saúde, 2014.

sexta-feira, 17 de maio de 2024

Massa de Pizza Sem Glúten

O glúten é uma proteína presente em grande parte das massas, farinhas e cereais à base de trigo, centeio e cevada.

Para pessoas com intolerância ou que foram diagnosticadas com a doença celíaca, o consumo de glúten pode levar a problemas digestivos, como inchaço, diarreia, fortes dores abdominais, erupções na pele, dor de cabeça e cansaço.

Embora não faça mal à maioria das pessoas, hoje muita gente busca receitas sem glúten, com farinhas diferentes, que são menos industrializadas ou com menos calorias.

É o caso desta receita massa de pizza sem glúten:

INGREDIENTES:


- 1/2 xícara de farinha de arroz
- 1/2 xícara de fécula de batata ou amido de milho
- 1/2 copo de goma hidratada de tapioca
- 1 colher de chá de goma xantana
- 1/2 colher de sopa de fermento biológico seco
- 1 colher de chá de açúcar demerara
- 1/2 copo de água morna
- 1 colher de sopa de azeite de oliva
- 1 ovo
- 1 colher de chá de sal

MODO DE FAZER:


Dissolva o fermento e o açúcar demerara em água morna e deixe descansar por 15 minutos. Em outra tigela, misture a farinha de arroz, a fécula de batata, a goma de tapioca e a goma xantana.

Faça um buraco no meio dessa mistura seca e adicione a mistura do fermento e o açúcar demerara. Adicione também o ovo levemente batido. Misture tudo, até obter uma massa lisa.

Coloque o óleo e o sal por último, misturando também. Use uma espátula para facilitar, pois a massa é bem grudenta.

Deixe-a descansar, coberta com um pano, perto do forno quente, até que dobre de volume. Abra-a em forma de pizza, colocando-a sobre uma forma untada.

Leve ao forno preaquecido a 180 graus por 10 a 15 minutos. Então, adicione o recheio de sua preferência (queijos, brócolis, abobrinha, palmito, ovos, cogumelos e tomates são ótimas opções) e volte ao forno, por mais uns 10 a 15 minutos, a 200 graus.

Use sua criatividade para cobrir sua pizza como desejar, usando inclusive frutas e geleias, para fazer uma versão doce!

Se você não pode ou não quer comer glúten, vai adorar esta receita! Porque, afinal, ninguém resiste a uma boa pizza, né?

#pizzasemglúten #pizzasemgluten #massadepizzasemgluten #receitasfitness #nutricaoesaude

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