Uma
alimentação equilibrada e saudável resulta em um ótimo nível de saúde e
nutrição. Estudos mostram que o consumo de dietas ricas em gorduras
monoinsaturadas (ácido oleico), em substituição a gorduras saturadas, exerce seletivos
efeitos fisiológicos sobre humanos, reduzindo os níveis de colesterol total, de
triglicerídios e de LDL (Low
Density Lipoproteins), sem alterar a fração HDL (High-Density Lipoprotein) do
plasma.
A
concentração de colesterol no plasma pode ser diminuída pela constante ingestão
de ácidos graxos poli-insaturados e redução de ácidos graxos saturados da
dieta. Em animais, os estudos apontam que a alimentação hiperlipídica é um
componente importante na etiologia da obesidade, já que dietas hiperlipídicas
comprovadamente levaram ao excesso de gordura corporal em macacos, cães,
suínos, esquilos, hamsters e ratos.
O
abacate é uma das frutas que mais se destaca pela sua qualidade nutricional. É
rico em ácido oleico e b-sitosterol, uma gordura insaturada utilizada como
coadjuvante no tratamento de hiperlipidemias. Em um estudo, realizado em 2002,
com dieta enriquecida com 1,68 g de fitosterois por dia, observou-se a redução
da concentração de colesterol total e o LDL em 10 e 12%, respectivamente.
O
fitoesterol é uma substância de origem vegetal cuja estrutura é muito similar a
do colesterol. São descritas numerosas propriedades fisiológicas para os
fitoesterois, sendo o efeito hipocolesterolêmico o melhor caracterizado e que
se observa em indivíduos alvo de moderada hipercolesterolemia. O mecanismo de
efeito do fitoesterol envolve a inibição intestinal de absorção do colesterol e
diminuição da síntese de colesterol hepático.
Em
100g do alimento podemos encontrar 96 Kcal, 1,2g de proteína, 8,4g lipídeos,
6,0g carboidrato, 6,3g fibra alimentar e 8mg de cálcio, além de ser rico em
vitaminas do complexo B, e vitaminas A, C, E, minerais como potássio, ferro e
magnésio, confirmando o seu poder nutricional perante outras frutas.
Hu
em 2003 observou efeitos benéficos do consumo de gordura monoinsaturada de
origem vegetal como óleos de oliva, canola, nozes e abacate, com uma
significante redução do risco de desenvolver doenças cardiovasculares.
Em
um estudo realizado por Salgado e colaboradores em 2008 foram investigados os
padrões hipercolesterolêmicos, em ratos Wistar,
durante 30 e 60 dias de experimento. Ao final de 30 dias, a dieta com 15% de
abacate mostrou ser mais efetiva para reduzir os níveis de colesterol total e
LDL e aumentar o HDL em comparação ao controle. Foi observado que para o teor
de colesterol excretado a melhor dieta foi a de 25% de abacate, pois quanto
maior a concentração de abacate, maior a excreção de colesterol. A dieta com
15% e 25% de abacate, foram as que mais influenciaram nos níveis de colesterol
hepático. Isso demonstra que a dieta tem papel fundamental na redução dos
níveis de colesterol.
Maionese de abacate
Ingredientes:
- 1
abacate
- 1 dente de alho
- ½ limão
- 1 punhado de manjericão
- 1 dente de alho
- ½ limão
- 1 punhado de manjericão
Modo
de Preparo:
Amasse
o abacate e o dente de alho. Misture o manjericão picadinho e adicione o limão.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referências
Bibliográficas:
LOTEMBERG, A.M.P. Eficiência
dos ésteres de fitoesteróis alimentares na redução dos lipídios plasmáticos em
hipercolesterolêmicos moderados. Arquivos Brasileiros de cardiologia, 2002.
SOUZA, J. S. Efeitos da adição
do abacate na alimentação de ratos wistar. Caderno de Ciências Biológicas e da
Saúde, n. 01, 2013.
SALGADO, J. M. Efeito do
abacate (Persea americana Mill) variedade hass na lipidemia de ratos
hipercolesterolêmicos. Ciênc.
Tecnol. Aliment., Campinas, 28(4): 922-928, out.-dez. 2008.
HU, F. B. Plant-based foods and prevention of
cardiovascular disease: an overview. The American Journal of
Clinical Nutrition, v. 78, n. 3, p. 544-551, 2003.
TACO – Tabela Brasileira de
Composição de Alimentos 4a. edição revisada e ampliada, 2011.
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