As
proteínas são consideradas um macronutriente importante para o ser humano. É o
material de construção que consiste a estrutura básica do nosso corpo, possuem
papel importantíssimo de construção e manutenção dos tecidos, atuam como
enzimas, ajudam na coagulação do sangue, no sistema imunológico, na construção
e reparo do DNA, além de realizar muitas outras funções. O interesse no
potencial de utilização das proteínas a partir de fontes de biomassa subutilizado
tais como farinhas e leguminosas, tem aumentado nos últimos anos.
Os
valores nutricionais de proteínas diferem substancialmente, dependendo de sua
composição de aminoácidos e digestibilidade. Com efeito, o valor nutritivo ou
de qualidade de proteínas estruturalmente diferentes é variável e é regulada
pela composição de aminoácidos, proporção de aminoácidos essenciais, a
susceptibilidade à hidrólise durante a digestão, pureza e efeitos de
processamento, tais como o tratamento térmico.
No
entanto, existe uma necessidade crescente para substituir proteínas animais com
proteína vegetal, por causa do aumento do custo e fornecimento limitado de
proteínas de origem animal. Uma vez que o farelo de arroz é uma fonte de
proteína nutricional econômico e está disponível em grandes quantidades, os
seus isolados de proteína podia ser usado como novas fontes de proteína de
valor nutricional e econômico.
Em
um estudo comparando a proteína de arroz (RBP) com a proteína animal e mostrou
que a qualidade nutricional da RBP foi superior em comparação com outras
proteínas de origem vegetal, mas a disponibilidade biológica de RBP é ainda
mais baixa do que a de fontes de proteína animal. Mostrou também que a
digestibilidade verdadeira de RBP (94,8%) foi significativamente mais elevada
do que a da proteína do endosperma do arroz (REP) (90,8%), proteína de soja
(ISP) (91,7%) e Whey Protein (WPI) (92,8%) e a mesma que a da caseína.
Pontuação de aminoácidos corrigida e digestibilidade da proteína (PDCAAS) da
RBP foi de 0,90. Estes resultados sugerem que a proteína do farelo de arroz
parece ser uma fonte de proteína promissora com bons valores biológicos e
digestibilidade.
Um
estudo publicado no Journal of the International Society of Sports Nutrition
(2015) demonstrou que a suplementação de proteína pode exacerbar possíveis
adaptações induzidas pelo treinamento de resistência. O consumo de proteína de
ervilha promove ganhos de espessura bíceps braquial e, especialmente, em
iniciantes ou pessoas que regressam ao treinamento com pesos. Esta superioridade
estatística em comparação com o placebo e os resultados comparáveis com os
obtidos da ingestão de Whey Protein faz da proteína de ervilha uma alternativa
aos produtos alimentares à base de soro de leite para atletas de diferentes
níveis e esportes. Tais proteínas também devem ser de uso interessante em
outras populações, como idosos para retardar o processo de envelhecimento e
manter a massa muscular.
Em
outro estudo publicado no Nutrition Journal de 2013, analisaram 24 indivíduos,
do sexo masculino, treinados em resistência, em idade universitária. Foram
aleatoriamente divididos igualmente em dois grupos, que consumiram 48 g de
arroz ou de proteína de soro isolado (isocalóricas e isonitrogenadas) em dias
de treino, durante 8 semanas. Os resultados obtidos foram que não houve
diferenças detectáveis presentes na pontuação psicométricas da percepção de
recuperação, dor, ou a prontidão para treinar (p> 0,05). Efeitos temporais
significativas foram observados com o aumento da massa magra, massa muscular,
força e poder e redução de massa gorda diminuiu; No entanto, nenhuma condição
por interações do tempo foi observada (p> 0,05). Os resultados sugerem então
que ambas as proteínas, soro de leite e proteína de arroz isoladas,
administradas após exercício de resistência melhoraram os índices de composição
corporal e desempenho do exercício; No entanto, não houve diferença entre os
dois grupos.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referências Bibliográficas:
BABAULT, N. et al. Pea proteins oral supplementation
promotes muscle thickness gains during resistance training: a double-blind,
randomized, Placebo-controlled clinical trial vs. Whey protein. Journal of the
International Society of Sports Nutrition (2015) 12:3.
HAN, S. et al. Nutritional quality of rice bran
protein in comparison to animal and vegetable protein. Food Chemistry 172
(2015) 766–769.
JOY, J. M. The
effects of 8 weeks of whey or rice protein supplementation on body composition
and exercise performance. Nutrition Journal2013,12:86.
MEURER, MC; ROCHA, GDW.
Proteína Vegetal x Proteína Animal. Instituto Ana Paula Pujol. Disponível em: www.institutoanapaulapujol.com.br
Acessado em: 02/12/2017.
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