Os óleos
vegetais disponíveis no mercado são, de modo geral, extraídos de sementes de
cereais (milho e arroz) e leguminosas (soja e amendoim). Há também os óleos
derivados de frutos, como os azeites de dendê (ou óleo de palma refinado) e de
oliva.
Na
produção industrial de óleos refinados, a extração da fração lipídica dos grãos
é geralmente realizada com o auxílio de solventes orgânicos, o que origina os
óleos brutos, posteriormente submetidos aos processos de refinação. Nesse
processo, são retiradas do óleo bruto as substâncias lipossolúveis extraídas
com o óleo, como fosfatídeos, pigmentos (clorofila, carotenoides) e vitaminas.
A refinação também elimina do óleo substâncias geradas durante o processo de
extração, como ácidos graxos livres e compostos voláteis responsáveis pelo
aroma característico, em uma etapa denominada “desodorização”.
No
caso dos azeites de oliva e dendê, a extração pode ser realizada por meios
mecânicos. A designação extravirgem e virgem para azeite de oliva está
relacionada ao processo de extração utilizado: ambos são produzidos por
prensagem das olivas, uma forma mecânica (física) de extração. No caso do
azeite extravirgem, a prensagem deve ser conduzida a frio e para o azeite
virgem é permitida a aplicação de calor durante esse processo. Ambos podem ser
purificados pela lavagem com água, filtração e centrifugação.
Em
sua composição, os óleos vegetais apresentam uma combinação de gorduras mono e
poli-insaturadas, com exceção dos óleos de palma e coco, que contêm grande
quantidade de gordura saturada.
As
gorduras mono e poli-insaturadas são consideradas “gorduras do bem”, pois
possuem um efeito benéfico na saúde cardiovascular. Os óleos vegetais também
contêm vitaminas, como a A e a E, e funcionam como compostos antioxidantes, que
são ótimos para combater os radicais livres. No Brasil, o campeão de vendas é o
óleo de soja.
Quanto
menos refinado, mais puro é o óleo, pois consegue manter maior concentração de
compostos bioativos, como os polifenóis.
Quantidade
Os
óleos são tipos de gordura e fazem parte da recomendação nutricional.
Entretanto, vale lembrar que devem ser consumidos com moderação, pois cada grama
tem 9 calorias, em média. Além disso, a gordura consumida durante o dia está
embutida em diversos alimentos e não só na forma de óleo.
A
recomendação da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN) é que a
ingestão de gordura na dieta diária deve representar 30% do total das calorias
ingeridas, com uma proporção aproximadamente 10% de gordura monoinsaturada, 10%
de poli-insaturada e até 10% saturada.
Como usar
Os
óleos vegetais são ideais para temperar saladas. Evite cozinhar com muito óleo,
prefira grelhar ou assar os alimentos. Se usar, coloque apenas um “fio”de óleo.
Se
for fazer fritura, deve-se utilizar, preferencialmente, óleo de soja ou milho,
pois demoram mais para atingir o ponto de fumaça. A gordura deve estar quente
(180 a 200°C), porque deve cozinhar o alimento. Exemplos: batata frita, bife à
milanesa, ovo frito, salgadinhos (coxinha, bolinha de queijo, croquete) e
pastel.
Qual escolher?
Óleo
|
Propriedades
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Benefícios
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Onde usar/Características
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Soja
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Poli-insaturado
e monoinsaturado; Ômega 3 e 6; Vitamina E
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Ajuda
a controlar os níveis de colesterol; Tem ação anti-inflamatória; Contribui no
funcionamento do sistema nervoso
|
Frituras;
Preparações culinárias em geral
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Canola
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Poli-insaturado
e monoinsaturado; Ômega 3 e 6; Vitamina E
|
Ajuda
a controlar os níveis de colesterol no sangue; Protege o coração
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Frituras;
Preparações culinárias em geral
|
Girassol
|
Ômega
6; Monoinsaturado; Vitamina E
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Ajuda
a aumentar o HDL e a reduzir o LDL
|
Bom
para preparar alimentos em conserva; Saladas; Preparações em baixa
temperatura
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Gergelim
ou Sésamo
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Monoinsaturado;
Ômega 6; Vitamina E; Sesamina (antioxidante)
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Protege
as células dos radicais livres
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Saladas;
Receitas orientais; Carnes; Massas
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Óleo de amendoim
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Ômega
6; Monoinsaturado; Vitamina E
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Protege
as artérias das placas de gordura
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Ideal
para frituras em alta temperatura; Sabor acentuado
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Óleo
de milho
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Ômega
6; Monoinsaturado; Vitamina E
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Ajuda
a prevenir coágulos sanguíneos e a controlar a pressão arterial
|
Ideal
para o preparo de bolos, doces e massas em geral
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Azeite
extravirgem/virgem
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Monoinsaturado;
Ômega 6; Polifenóis; Vitamina E
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Impede
a ação dos radicais livres que provocam a oxidação do colesterol e o acúmulo
de placas de gordura nos vasos
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Saladas;
Pratos frios em geral; Para preparam pratos quentes, prefira o virgem
|
Conservação
O
óleo vegetal pode ser conservado fora da geladeira, desde que mantido em
recipiente fechado ou em lugar fresco e escuro. A embalagem plástica possui um
filme protetor para evitar a oxidação do óleo pela luz.
O Poder da Oliva
Como
já vimos, o azeite de oliva é o mais completo, tanto com relação à composição
nutricional, quanto aos benefícios que traz para a saúde. Mas, será que o
azeite pode ser aquecido sem perder as propriedades nutricionais ou deve ser
usado apenas para temperar saladas?
Segundo
a Diretriz sobre o Consumo de Gordura e Saúde Cardiovascular, da Sociedade
Brasileira de Cardiologia (SBC), não há variação significativa no perfil de
gorduras do azeite de oliva extravirgem e nas misturas de azeite de oliva
quanto submetidos à temperatura de 170°C por 10 a 30 minutos.
Entretanto,
as propriedades antioxidantes encontradas nos azeites são bastante reduzidas e
prejudicadas, mesmo sob temperaturas brandas. A dica para evitar a deterioração
do azeite é usar em temperatura ambiente e se submetido ao calor, evitar altas
temperaturas e reduzir o tempo no fogo.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referências Bibliográficas:
Óleos e gorduras. Philippi,
ST. Nutrição e Técnica Dietética. 1 ed. Barueri, SP: Manole, 2003.
Santos, KMO; Aquino, CA.
Grupo dos óleos e gorduras. In: Philippi, ST. Pirâmide dos alimentos:
fundamentos básicos da nutrição. 1. ed. Barueri, SP: Manole, 2008.
Tudo o que você precisa
saber sobre óleos vegetais. Rev Meu Prato Saudável, 2014.
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