O BCAA é um suplemento composto de
aminoácidos de cadeia ramificada e também chamado de “aminoácidos essenciais”,
ou seja, que o nosso corpo não produz e deve ser obtido através de alimentação
e suplementação. Este composto é formado por 3 aminoácidos: Valina, Leucina e
Isoleucina, juntos fazem parte do grupo de uma proteína.
E um suplemento utilizado, tanto por
praticantes de atividade de força, quanto de endurance, principalmente pela
possibilidade de se controlar a fadiga central, pois durante treinos longos
como maratonas, ocorre um aumento da captação de L-triptofano pelo hipotálamo,
resultando num aumento da síntese do neurotransmissor serotonina, e essa
concentração maior de serotonina no hipotálamo pode desencadear o
processo de fadiga, e os BCAAs competem com a entrada do L-triptofano dentro do
cérebro.
A
L-leucina tem papel na ativação no crescimento muscular, não porque somente faz
parte das proteínas construtoras, mas porque estimula a sua síntese por atuar
na insulina, hormônio com potente efeito anabólico e importante na hipertrofia
muscular.
Além
disso, durante a prática de exercícios, os BCAAs são os aminoácidos mais
oxidados, isso com a intenção de ajudar a manter os níveis de energia estáveis
o corpo degrada esses aminoácidos para oferecer mais carbono e nitrogênio para
o processo de neoglicogênese, e para suprir a demanda durante os treinos o
corpo busca esses aminoácidos no tecido muscular, criando uma situação
CATABÓLICA, já que os BCAAs perfazem mais de 30% dos aminoácidos que constituem
nossos músculos. Com isso ao suplementar BCAA, principalmente antes do treino,
há uma tentativa de suprimir essa demanda, evitando a captação deles nos
músculos e promovendo um estado mais anabólico, podendo acelerar o processo de
recuperação.
Vários
estudos mostram a utilização do BCAA em tratamento de algumas patologias que
podem levar ao catabolismo muscular como é o caso das alterações renais,
diabetes, alterações hepáticas como a cirrose e também como prevenção do CA
hepático, atuando como reconstrutor tecidual e fortalecimento. Sabe-se que o
BCAA possui um papel no processo de destoxificação corporal, que ocorre 60% no
fígado e 20% no intestino, além de outros tecidos.
O BCAA NÃO sobrecarrega os rins devido
a maior parte deles serem oxidados nos músculos periféricos, porém altas doses
podem interferir na disponibilidade de outros aminoácidos como o triptofano ao
cérebro, levando a alguns sintomas como irritabilidade, depressão, transtornos
no humor entre outros.
A
dosagem de BCAA é e individualizada e depende do objetivo, podendo girar em
torno de 5-20g de BCAA/dia.
Faz-se necessário o controle desta
suplementação por um profissional nutricionista.
Texto elaborado por: Edith Zulato Chaves Figueiredo, Nutricionista, Inscrita
regularmente no CRN9 8051.
Graduada
pela Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENAS em 2009;
Pós
graduada pelo Instituto Valeria Pascoal (VP) 2013 em Nutrição Esportiva;
Membro
do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional em 2015;
Atendimento clínico em consultório próprio,
com foco em Nutrição Funcional para pacientes com alterações metabólicas,
desnutrição, esportistas, atletas e renais;
Nutricionista da empresa Usiminas \ Usisaude
FSFX e participa dos grupos de apoio aos credenciados em alimentação saudável e Gestantes;
Atendimento Clinico na empresa CDTN – Centro
de Desenvolvimento Nuclear de Belo Horizonte;
Conselheira CRN 9 – Comissao de Etica,
Comissão de Comunicação e Câmara de Nutrição Clinica
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referências
Bibliográficas:
Branched chain amino acid
metabolism profiles in progressive human nonalcoholic fatty liver disease
In a single-blind, matched group design:
branched-chain amino acid supplementation and resistance training maintains
lean body mass during a caloric restricted diet
Efectos de los aminoácidos ramificados en deportes
de larga duración: revisión bibliográfica
Branched-chain amino acids reduce hepatic iron
accumulation and oxidative stress in hepatitis C virus polyprotein-expressing
mice
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