Os
padrões de beleza da humanidade sofrem mudanças significativas com o passar dos
anos. Antigamente, a sociedade presava a corpulência, uma mulher acima do peso
era valorizada por estar relacionada à fecundidade. Hoje há padrões estéticos
bem distintos daquela época, onde a magreza e o corpo perfeito são alvos de
obsessão, principalmente pelo fato de a mídia incentivar esse pensamento.
Devido
aos seus hormônios característicos, a sua disposição adiposa e o fato de terem
seus corpos modificados durante a gestação, as mulheres tendem a ter mais
dificuldade em controlar o seu peso e as irregularidades que vão aparecendo na
pele, as quais apesar de tão características e de estarem presentes em quase
toda a população feminina ainda são pouco aceitas. Uma dessas irregularidades é
a celulite, que afeta milhões de mulheres no mundo inteiro.
A
celulite, palavra de origem latina Cellulite, teve sua descrição feita pela
primeira vez em 1920, e ao passar dos anos foi recebendo diferentes terminologias
por diferentes autores os quais tentavam adequar as alterações
histomorfológicas encontradas com a sua denominação, sendo elas: Lipodistrofia,
Lipoedema, Fibroedema Geloide, Hidrolipodistrofia, entre outras.
O
fibroedema geloide, conceito mais adequado, traduz em retração irregular da
superfície cutânea, gerando o clássico aspecto de casca de laranja. Esse tipo
de retração pode ocorrer em qualquer parte do corpo, exceto as palmas das mãos,
as plantas dos pés e o couro cabeludo. A porção superior das coxas, interna e
externamente, é atingida com maior frequência, seguida da porção interna dos
joelhos, da região abdominal, da região glútea e da porção superior dos braços,
antero e posteriormente.
O
fibroedema geloide pode ser dividido em três ou quatro graus sempre de acordo
com o aspecto clínico e histopatológico. O 1º grau ou branda é de aspecto
notório à palpação ou é visível sob contração muscular voluntária, não tem
fibrose e aspecto de casca de laranja. O 2º grau ou média é de aspecto visível
em algumas regiões e apresenta fibroses sem predominância. É também visível
quando ocorre incidência de luz lateralmente, as margens ficam delimitadas com
facilidade. O 3º grau ou grave há fibrose com predominância, aspecto de casca
de nozes, o paciente apresenta sensibilidade à dor aumentada.
Sempre
que a mulher sofre um aumento excessivo de peso em virtude de uma alimentação
hipercalórica, as áreas ginoides são as mais atingidas, antes de se estender ao
resto do corpo, e preferenciais ao desenvolvimento da celulite. Uma dieta rica
em gorduras e carboidratos ou, mesmo, o baixo consumo hídrico e o excesso de
sal agravam o quadro microcirculatório, com aumento da resistência capilar.
Açúcares refinados, alimentos gordurosos, chocolates e refrigerantes são alimentos
que agravam o quadro metabólico do fibroedema geloide.
Sugere-se
assim uma dieta aplicada a prevenção e tratamento, podemos citar a dieta
anti-inflamatória a qual é capaz de reduzir os níves de marcadores
inflamatórios, favorecendo a produção de citocinas anti-inflamatórias e
contribuindo para a prevenção ou o controle da resistência insulínica, das
dislipidemias, e outras condições metabólicas. Pode-se também citar a dieta
destoxificante, a fim de eliminar as toxinas cumulativas que geram danos ao organismo,
dieta normo ou hipossódica, para se evitar a retenção de líquido o que pode
agravar ainda mais o fibroedema geloide aumentado a saturação do tecido
conjuntivo, e a dieta de baixo índice glicêmico, pois a hiperinsulinemia pode
favorecer a hipertrofia dos adipócitos inibir a lipólise pode contribuir para
elevar os níveis de estrogênio, hormônio desencadeador no fibroedema geloide.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referências Bibliográficas:
ANA PAULA PUJOL. Fatores
nutricionais e sua correlação com a proeminência abdominal em mulheres. In: Ana
Paula Pujol (org). Nutrição Aplicada à Estética. 1 ed. Rio de Janeiro: Editora
Rubio, 2011. 281-299.
MEURER, MC; ROCHA, GDW.
Probióticos. Instituto Ana Paula Pujol. Disponível em: www.institutoanapaulapujol.com.br
Acessado em: 10/09/2017.
SCHNEIDER, A. P. Nutrição
Estética. São Paulo: Editora Atheneu, 2009.
Um comentário:
Esclareceu minhas dúvidas sobre tratamento para celulite
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