segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Estresse e Compulsão Alimentar


A compulsão alimentar é considerada um transtorno alimentar, que afeta de 2 a 4% da população em geral; 6% dos obesos e mais da metade dos obesos mórbidos, segundo a Associação Americana de Psiquiatria. Comer em excesso é consequência de um distúrbio químico derivado de um desequilíbrio no mecanismo da fome e da saciedade. A cada quatro pessoas com compulsão, três são obesas.

Em geral, a compulsão por alimentos está associada a sentimentos de ansiedade, estresse e depressão, que guardam uma estreita relação entre si. Estima-se que a ansiedade está presente em 90% dos casos de depressão. E o que gera a ansiedade, muitas vezes, é o estresse. Como consequência, 75% das pessoas com esse distúrbio químico nos mecanismos da saciedade ganham muito peso, pois consomem mais calorias do que precisam por dia, principalmente na forma de doces e gorduras. Isso afeta a autoestima, e aumenta ainda mais o estresse.

Os principais sintomas de quem sofre de compulsão alimentar é comer muito de uma só vez, mesmo sem ter fome, engolir rápido, escolher alimentos calóricos como doces, pizza, chocolates, frituras, etc. O compulsivo come até se sentir mal, esconde os hábitos por vergonha e faz um estoque de comida para os ataques de compulsão.

Normalmente, a emoção rege o ato da compulsão, ou seja, quando pressionado, deprimido, triste ou alegre, o compulsivo come e depois o pior acontece: ele sente uma enorme culpa por ter comido, o que aumenta os sentimentos de estresse, depressão e ansiedade. O estresse é um aglomerado de reações fisiológicas, que em excesso leva a um desequilíbrio no organismo. A reação das pessoas ao estresse é uma atitude biológica necessária para a adaptação a novas situações e comportamentos, nem sempre benéficos à saúde.

Quando o estresse se instala nas pessoas que já tem propensão para a compulsão alimentar, é quase certo que a alimentação irá se tornar uma válvula de escape. Hoje em dia, a prevalência do estresse é grande, principalmente nas pessoas que moram nos grandes centros urbanos, trabalham muito e têm pouco tempo para se divertir, cuidar da saúde e praticar atividade física. Como consequência, a ingestão compulsiva de alimentos, não só agrava o estresse, como a saúde em geral, levando ao desenvolvimento da obesidade, pressão alta, diabetes, entre outras doenças.

O melhor tratamento para a compulsão alimentar é identificar o motivo. Isso pode ser feito por meio de terapia cognitivo comportamental ou outros tipos de terapia. A pessoa precisa direcionar da forma correta o sentimento que a leva a comer demais. Além disso, gerenciar o estresse é fundamental, pois quando submetido ao estresse, o organismo perde vários nutrientes, vitaminas e minerais.

Além da terapia e da identificação da causa da compulsão, é preciso fazer uma reeducação alimentar, aumentando a ingestão de frutas, verduras, legumes, grãos integrais, etc. Fracionar as refeições, ou seja, realizar pelo menos cinco refeições por dia, também é fundamental para manter a fome saciada e o metabolismo em pleno funcionamento.

Por fim, mas não menos importante, a prática de uma atividade física é fundamental para melhorar o humor e aliviar o estresse, além de ser uma excelente maneira de manter o peso ou até eliminar o peso extra causado pela compulsão. Portanto, comer para saciar a fome física e não a emocional é a melhor forma de viver mais e melhor!

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referência Bibliográfica:

Estresse e Compulsão Alimentar. Meu Prato Saudável. Disponível em: www.meupratosaudável.com.br Acessado em: 18/11/2018.

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