A compulsão alimentar é considerada um transtorno alimentar, que
afeta de 2 a 4% da população em geral; 6% dos obesos e mais da metade dos
obesos mórbidos, segundo a Associação Americana de Psiquiatria. Comer em excesso
é consequência de um distúrbio químico derivado de um desequilíbrio no
mecanismo da fome e da saciedade. A cada quatro pessoas com compulsão, três são
obesas.
Em geral, a compulsão por alimentos está associada a sentimentos
de ansiedade, estresse e depressão, que guardam uma estreita relação entre si.
Estima-se que a ansiedade está presente em 90% dos casos de depressão. E o que
gera a ansiedade, muitas vezes, é o estresse. Como consequência, 75% das
pessoas com esse distúrbio químico nos mecanismos da saciedade ganham muito
peso, pois consomem mais calorias do que precisam por dia, principalmente na
forma de doces e gorduras. Isso afeta a autoestima, e aumenta ainda mais o
estresse.
Os principais sintomas de quem sofre de compulsão alimentar é
comer muito de uma só vez, mesmo sem ter fome, engolir rápido, escolher
alimentos calóricos como doces, pizza, chocolates, frituras, etc. O compulsivo
come até se sentir mal, esconde os hábitos por vergonha e faz um estoque de
comida para os ataques de compulsão.
Normalmente, a emoção rege o ato da compulsão, ou seja, quando
pressionado, deprimido, triste ou alegre, o compulsivo come e depois o pior
acontece: ele sente uma enorme culpa por ter comido, o que aumenta os
sentimentos de estresse, depressão e ansiedade. O estresse é um aglomerado de
reações fisiológicas, que em excesso leva a um desequilíbrio no organismo. A
reação das pessoas ao estresse é uma atitude biológica necessária para a
adaptação a novas situações e comportamentos, nem sempre benéficos à saúde.
Quando o estresse se instala nas pessoas que já tem propensão para
a compulsão alimentar, é quase certo que a alimentação irá se tornar uma
válvula de escape. Hoje em dia, a prevalência do estresse é grande,
principalmente nas pessoas que moram nos grandes centros urbanos, trabalham
muito e têm pouco tempo para se divertir, cuidar da saúde e praticar atividade
física. Como consequência, a ingestão compulsiva de alimentos, não só agrava o
estresse, como a saúde em geral, levando ao desenvolvimento da obesidade,
pressão alta, diabetes, entre outras doenças.
O melhor tratamento para a compulsão alimentar é identificar o
motivo. Isso pode ser feito por meio de terapia cognitivo comportamental ou
outros tipos de terapia. A pessoa precisa direcionar da forma correta o
sentimento que a leva a comer demais. Além disso, gerenciar o estresse é
fundamental, pois quando submetido ao estresse, o organismo perde vários
nutrientes, vitaminas e minerais.
Além da terapia e da identificação da causa da compulsão, é
preciso fazer uma reeducação alimentar, aumentando a ingestão de frutas,
verduras, legumes, grãos integrais, etc. Fracionar as refeições, ou seja,
realizar pelo menos cinco refeições por dia, também é fundamental para manter a
fome saciada e o metabolismo em pleno funcionamento.
Por fim, mas não menos importante, a prática de uma atividade
física é fundamental para melhorar o humor e aliviar o estresse, além de ser
uma excelente maneira de manter o peso ou até eliminar o peso extra causado
pela compulsão. Portanto, comer para saciar a fome física e não a emocional é a
melhor forma de viver mais e melhor!
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referência Bibliográfica:
Estresse
e Compulsão Alimentar. Meu Prato Saudável. Disponível em: www.meupratosaudável.com.br
Acessado em: 18/11/2018.
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